Abbey foi a clone perfeita de Billie Holiday |
Luís
Alberto Alves
Tal como aconteceu com a sua heroína Billie
Holiday, Abbey Lincoln sempre significou as letras que ela cantava. Uma artista
dramático, cujas interpretações estavam cheias de verdade e insight, Lincoln,
na verdade, começou sua carreira como cantora de supper-club.
Passou por diversas mudanças de nome
(incluindo Anna Marie, Gaby Lee, e Gaby Woolridge) antes de se decidir sobre
Abbey Lincoln. Gravou com Benny Carter em 1956 e realizou um número , em 1957,
no filme The Girl Can not Help It. De 57 a 59 soltou três álbuns pela Riverside
Records.
Nos seus discos manteve a influência do
baterista Max Roach. Ele era exigente com o seu repertório, sugerindo aumentar
a carga emocional. Nesse estilo teve encontros com feras do porte de: Kenny
Dorham, Sonny Rollins, Wynton Kelly, Curtis Fuller, Benny Golson.
Em 1961, no álbum Roach Freedom Now Suite
deixou transparecer suas emoções. Esteve ao lado de grandes músicos como Roach,
Booker, Little, Eric Dolphy e Coleman Hawkins. No ano seguinte se casou com Max
Roach, ficando juntos até 1970. Trabalharam juntos, mas as letras dela eram bem
políticas, dificultando local para cantar.
Em 1973 gravou pela Inner City Records e caiu
de vez no Jazz. Seus dois discos de tributo a Billie Holiday para Enja em 1987
revelou aos fãs que ela estava no auge. Na década de 1990 soltou diversos
álbuns. O último saiu em 2007, AbbeySingsAbbey. Três anos depois morreu em Nova
York aos 80 anos.
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