O hit "Raunchy" virou eterno cartão de visita de Justis |
Luís
Alberto Alves
Mais conhecido para a maioria dos ouvintes por
causa do hit instrumental “Raunchy”, ele foi peça importante na Meca da Country
Music, Nashville. Ganhou fama como produtor e diretor musical.
Nascido no Alabama em 1927 cresceu em Memphis,
onde estudou música e inglês na universidade de Tulane, enquanto tocava
trompete nas bandas de Jazz da cidade. Aos 30 anos a sorte mudou, ao começar a
trabalhar na lendária Sun Records, responsável pelo lançamento de Elvis
Presley.
No princípio não gostava de Rock, até perceber
a mina de dinheiro que este gênero começou a trazer. Como diretor musical
escreveu a canção instrumental “Backwoods”, depois batizada de “Raunchy”. Ela
estourou nas paradas em 1957.
A jogada é que Bill forjou o riff da canção
não nas cordas médias tradicionais da guitarra, mas nas graves, criando um som
cavernoso, aproveitando o eco do estúdio. Ficou 14 semanas no Top 40 Pop.
Continuou a gravar, incluindo a famosa “Flea Circus”, escrita por Steve
Cropper.
Porém centrou foco numa carreira dentro dos
estúdios, organizando gravações para Jerry Lee Lewis, Johnny Cash e Roy
Orbison. Também descobriu Charlie Rich em Memphis quando estava num clube e o
levou à Sun Records em 1960, produzindo seu grande sucesso “Lonely Weekends.”
Brigas internas o levaram a sair da Sun. Criou
a própria gravadora, de curta duração, Play Me Records. Mudou-se para Nashville
e ao lado de Rich entraram na Mercury, onde ficou até o fim da carreira.
A partir daí participou de trabalho com a
rainha da Country Music, Patsy Cline, Dean Martin e Tom Jones. Lançou diversos
discos instrumentais. Depois trabalhou no cinema com Burt Reynolds e Hooper. Em
15 de julho de 1982 morreu de câncer.
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