Postagem em destaque

Burt Bacharach, o maestro e compositor de grandes sucessos

Radiografia da Notícia *  O trabalho de Bacharach naquele filme resultou em dois Oscars: melhor canção e melhor trilha sonora * S uas cançõe...

sexta-feira, 15 de maio de 2015

B.B.King: O Blues perde o seu rei



A guitarra Lucille perde para sempre o talento de B.B. King

Luís Alberto Alves

  O Blues ficou mais triste: morreu seu rei B.B. King, nascido Riley B. King´s. O apelido é diminutivo de Beale Street Blues Boy. Suas notas dobradas e o staccato influenciaram diversos bluesman em todo o mundo. Ao lado da famosa guitarra, carinhosamente chamada de Lucille (homenagem a uma mulher que tocou fogo num hotel após briga de amor e seu instrumento escapou de virar cinzas), nos últimos 54 anos entrou literalmente para a história.

 Entre 1951 e 1985, B.B. King entrou 74 vezes nas paradas da Billboard, especializada em Rhythm and Blues. Nos Estados Unidos foi um dos poucos artistas, sem ter olhos azuis, a fazer tal proeza, inclusive com o sucesso “The Thrill is Gone”, no programa de televisão Ed Sullivan Show (o Sílvio Santos dos norte-americanos).

 A fonte do seu talento veio do Blues tocado na região do Mississippi, celeiro de grandes artistas deste gênero musical. Tudo teve início em 1925, na cidade de Bena Itta, no caminho entre a casa de sua mãe e avó.

 Como eram comuns os cânticos de adoração ao Senhor (o Blues nasceu nas igrejas evangélicas dos Estados Unidos na época da escravidão dos negros), logo o garoto Riley B. King´s acabou envolvido pela Gospel Music.

 Teve grandes influências: T. Boone Walker e Lonnie Johnson, além dos gênios do Jazz, como Charlie Christian e Django Reinhardt. Mas o pulo do gato na sua carreira aconteceu aos 21 anos, quando se mudou para Memphis em busca do primo, grosseiro guitarrista de Blues conhecido como Bukka White. Ele foi o professor de B.B. King.

 Em 1948 passou a tocar numa rádio daquela cidade e apresentar solos de guitarra como fundo de propaganda. É dessa época que passa a ficar conhecido como Beale Street Blues Boy, encurtado para B.B. King. Logo gravou um disco com quatro faixas, uma delas batizada de “Martha King”, nome de sua esposa. Os álbuns eram produzidos por Sam Philips, homem que iria descobrir Elvis Presley na gravadora Sun Records.

                                                              Novos hits

 O ano de 1951 brilha para ele com o sucesso de “Three O´Clock Blues”. Coloca os pés na estrada de vez.  A partir daí emplaca vários hits nas paradas de Blues: “You Know I Love You” (1952), “Please Love Me” (1953), “You Upset Me Baby” ( 1954), “Ten Years Long” (1955), “Angel Sweet Little” (1956), “Please Accept My Love” (1958).

 A década de 1960 foi pródiga em novos hits e assinatura de contrato com a ABC-Paramount Records. Um de seus grandes destaques é “Why I Sing The Blues” entre vários hits emplacados.

 Durante os anos de 1970, o público pop descobriu que não poderia ignorar mais o talento de B.B. King. É quando explode o hit “The hrill is Gone” no programa Ed Sullivan Show.

 Em 1973 vai a Filadélfia e grava  “To Know You is To Love You” e “I Like To Live The Love”, usando o mesmo ritmo do grupo Spinners. Na Década de 1980 prossegue fazendo mistura de Jazz com Funk e uma média de 300 shows por ano.

 O ano de 1993 marca a gravação do disco Blues Summit com participações de Etta James, Fulson, John Lee Hooker e Koko Taylor. Seis anos depois faz outro disco, junto com o guitarrista Eric Clapton.

 Em 2005 comemorou 80 anos, com um álbum repleto de estrelas, inclusive da música pop como Gloria Estefan, John Mayer e Van Morrison. Em 2008 gravou o álbum One Kind Please, classificado por ele de Blues puro.


Nenhum comentário:

Postar um comentário