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Luís Alberto Alves/Hourpress

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Roy Buchanan: O homem da famosa Fender Telecaster 1950


Buchanan é considerado um dos melhores guitarristas de Blues

Luís Alberto Alves

 Roy Buchanan tem sido considerado um dos melhores guitarristas de Blues Rock. Seu estilo iria influenciar Jeff Beck e o aluno de uma aula só, Robbie Robertson. Nascido em 1939, o pai era fazendeiro e pregador pentecostal da Palavra de Deus. Não demorou em ele ter contato com a Gospel Music nos cultos da igreja.

 O contato com a programação de rádio despertou nele a paixão pelo Blues. Passou a tocar violão aos sete anos de idade. Aos 13 fixou os dedos na guitarra. Ao encontrar a Fender Telecaster tudo mudou. Aos 15 anos foi para Los Angeles, pois a música já se encontrava nas veias. Conheceu Johnny Otis antes de estudar Blues com Jimmy Nolen, James Brown, Pete Lewis e Johnny “Guitar” Watson.

 Durante a segunda metade do final dos anos 50, Buchanan levou sua própria banda de rock, The Heartbeats, que logo depois começou a tocar o estilo Rockabilly. Na explosiva década de 1960 já fixava moradia no Canadá, onde conheceu o cantor Ronnie Hawkins. Passou parte daqueles anos como guitarrista de gravadoras.

 O talento de Buchanan logo ganhou as ruas, recebendo elogios de John Lennon, Eric Clapton e Merle Haggard. Chegou até a receber convite para tocar com os Rolling Stones. Em 1971 o documentário O Melhor Guitarrista Desconhecido do Mundo rendeu um contrato com a Polydor Records.

 Passou o restante daquela década lançando discos solo, incluindo o clássico Guitar. Nesse álbum tinha uma de suas mais famosas canções: “The Messiah Will Come Again”. Em 1974 soltou That´s What I Am Here For. O ano de 1975 trouxe Live Stock, antes de assinar com a Atlantic Records.

 Na década de 1980 ficou desiludido com o mercado da música, que tentava lhe moldar como artista mais mainstream, o levando a ficar quatro anos longe dos holofotes, de 1981 a 1985. Mas a Alligator Records o convenceu a voltar aos estúdios, lançando três discos.

 Numa batida policial acabou preso em agosto de 1988. Dias depois morreu enforcado na própria cela. A tragédia aumentou a fama de um dos grandes guitarristas de Blues/Rock, resultando em diversas coletâneas póstumas, como Sweet Dreams, The Anthology, Guitar on Fire: The Atlantic Sessions, Deluxe Edition e 20th Century Masters, lançada em 2009.


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