Reportagens com clipes descrevendo histórias de artistas famosos,
principalmente de intérpretes da Black Music, além de destacar a importância do Blues no Showbiz.
Shirley Goodman e Leonard Lee, nascido apenas
dez dias de intervalo em 1936, marcaram época nas paradas de R&B quando
tinham 20 anos com os hits: “Feel So Good”, “I Fell Good” e “Let the Good Times
Roll”, todos de autoria deles.
Eles tinham um traço em comum entre as suas
gravações; este duo com sede em Nova Orleans quase nunca cantou em harmonia,
muito menos juntos em tudo. Seu estilo contrastante dueto masculino-feminino
foi mais tarde influente no Ska e Reggae nas primeiras produções da Jamaica.
Shirley & Lee gravou extensivamente para
Eddie Messner e Aladdin Records de Leo Messner. A estréia foi com o hit “I'm Gone”, escrito e
produzido por Dave Bartholomew, arranjador e produtor da A&R e um dos
principais contribuintes do estilo R&B de New Orleans. A dupla estourou em
1952, aos 16 anos de idade.
No início da carreira, Shirley & Lee
ficaram conhecidos como “the Sweethearts of the Blues” por causa do romantismo
de suas canções, muitas delas descrevendo história de amantes. O público
comprava os discos para acompanhar a continuação desse namoro. Exemplo disso
ocorreu com o hit “Shirley Come Back to Me”, de 1953, seguido de “Shirley's
Back,”. Prosseguiram nessa pegada até o próximo single: “The Proposal” b/w “Two
Happy People.”
Embora o casal na vida real estivesse
separado, nas canções precisavam se manter juntos. Quando o público se casou,
adotaram novo tema lírico. Em 1955, a gravadora pediu que cantasse o rock “Feel
So Good”, mas foi a canção “You'd Be Thinking of Me,” que os trouxe de volta ao
topo das paradas.
Dois anos depois repetiram a dose. O hit “Let the Good Times Roll” criou um dos refrões
mais famosos de New Orleans. Venderam mais de 1 milhão de cópias. Nunca
mais foram capazes de repetir esse mesmo sucesso. Em 1974 Shirley apareceu nas
paradas de R&B com banda de estúdio usando o nome Shirley and Company
cantando a canção “Shame, Shame, Shame”.
Composta pela produtora Sylvia Robinson, que
na década de 1950 era a dupla Mickey & Sylvia, com Mickey Baker, o hit
esteve nas paradas. Para Goodman ela escreveu a canção “Cry, Cry, Cry”.
Infelizmente Leonard Lee morreu em 1976, junto com o sonho de reviver a dupla.
Roddy ficou famoso pelo estilo violente de tocar piano
Luís
Alberto Alves
Com seus vocais cheios de cascalho e fazendo
palhaçadas no piano, Roddy Jackson era a versão do Oeste dos Estados Unidos de
Jerry Lee Lewis no final da década de 1950. Sua carreira não decolou muito, mas
deixou raízes sólidas. Era um dos últimos verdadeiros pioneiros do Rockabilly.
Batizado como George Roderick Jackson onde
nasceu na Califórnia em 1940, enfrentou as barreiras raciais do Blues ao gravar
o primeiro disco aos 16 anos. Lançou
vários singles, entre 1958 e 1959, todos sob produção de Sonny Bono: “I've Got
My Sights on Someone New”/“Love at First Sight,” , “Hiccups”/ “Moose on the
Loose,” e “Any Old Town”/ “Gloria.”
Ao vivo ele era nitroglicerina pura,
esmurrando o piano como se estivesse numa briga, também mostrando suas habilidades
soprando um saxofone. Infelizmente não conseguiu atingir o grande público,
apesar de até hoje ser reverenciado pelos fãs do Rockabilly.
Em 2007, a Ace Records lançou um CD incluindo
várias de suas canções, algumas delas inéditas, inclusive gravações caseiras.
Ainda vivo, faz shows na Califórnia e percorre o circuito de flash back,
mostrando o lado excêntrico e eletrizante de grande presença no palco em mais
de 50 anos de carreira.
Tammy foi considerada a primeira dama da Country Music
Luís
Alberto Alves
De muitas maneiras, Tammy Wynette merece o
título de "a primeira-dama da Country Music." Durante os anos de 1960
e início dos anos 1970, ela dominou as paradas dos Estados Unidos, marcando 17
hits número um. Junto com Loretta Lynn, definiu o papel de vocalistas femininas
daquele país na década de 1970.
Nascida no Mississippi, na infância aprendeu a
tocar diversos instrumentos. Na adolescência mudou para Birminghan. Aos 17 anos
se casou com Euple Byrd. Nesse curto matrimônio teve três filhos.
Para manter a casa passou a cantar em clubes
noturnos. Em 1965 entrou no programa de televisão The Country Boy Eddie Show.
No ano seguinte foi para Nashville, antes de o produtor Billy Sherrill descobri-la
para a Epic Records.
Em 1966 soltou o single "Apartment
# 9", seguido de “Your Good Girl's Gonna Go Bad”, seu grande sucesso, terceira
posição nas paradas. O Verão
de 1967 trouxe o hit “I Do Not Wanna Play House. Durante 1968 e 1969 emplacou: “
Take Me to Your World”, “Stand by Your Man” e “D-I-V-O-R-C-E”. Em 1971
lançou vários duetos com George Jones.
Na década de 1980 sua carreira
entrou em queda, embora tenha gravado alguns singles de sucesso, mas sem chegar
ao Top Tem. Isto se repetiu nos anos de 1990. Morreu em 1998.
Buck Owens, juntamente com Merle Haggard, foi
o líder do som Bakersfield, uma fanhosa, electricified, interpretação
influenciada-rock da casa de espetáculos de hardcore que surgiu nos anos de 1960. Owens foi o primeiro bona fide
estrela do país a emergir de Bakersfield, marcando um total de 15 hits
consecutivos naquela época.
Mais tarde, em sua carreira, esse impacto
musical acabou esquecido por alguns com ele se tornando personalidade de
televisão através do show de comédia Hee Haw.
No entanto, várias gerações de músicos - a
partir de Gram Parsons nos anos 60 para Dwight Yoakam em dos anos 80 - foram
influenciados por sua música, o que acabou sendo um dos projetos para a moderna
Country Music.
Nascido no Texas, Owens desenvolveu fervoroso
interesse pela música já na infância, aprendendo tocar guitarra na adolescência.
Logo deixou o serviço na fazenda para fazer shows em clubes de Phoenix ao lado
do amigo Theryl Ray Britten.
Aos 19 anos se casou com a cantora de Country,
Bonnie Campbell. Saíram do Arizona em 1951. Em Bakersfiel passou a trabalhar
numa série de casas noturnas, onde cantava e tocava. Criou a banda The
Schoolhouse Playboys. Com ela passou a participar de gravações na Capitol
Records.
Entre 1954 e 1958 tocou guitarra para inúmeros
discos produzidos por Ken Nelson, incluindo alguns de Faron Young, Tommy Sands
e Wanda Jackson. No ano de 1956 fez suas primeiras gravações solo no estúdio de
Lewis Talley. Os singles: “Down on the
Corner of Love” e “Sweethearts in Heaven”, com o nome artistico Corky Jones
fracassaram.
Porém, chamou atenção de algumas gravadoras.
Conheceu o cantor e compositor Harlan
Howard, formando a editora musical Blue Book. Chamou a atenção da Columbia
Records. Desvalorizado na Capitol Records, visto que investia em backing vocal.
Em 1958 vai trabalhar numa rádio, desiludido com a carreira de cantor. Lançou o
hit “ Second Fiddle”. Estourou, principalmente após conhecer Don Rich.
Together Again
Essa canção abriu as portas para o sucesso. Depois emendou “Under Your Spell Again”, seguida de “Above
and Beyond”. Owens e Rich passaram a fazer turns juntos. Passou a tocar
guitarra Fender Telecaster. Em 1963, com o hit “Act Naturally” chegou ao
estrelato, emplacando vários singles, como: “Love´s Gonna Live Here”, passando
16 semanas nos primeiros lugares.
No ano
seguinte repetiu a dose estourando “My Heart Skips a Beat”. Em 1965 vieram as canções “I´ve Got a Tiger by The
Tail”, “Together Again”, “Don´t Care (Just as Long as You Love Me”. O album I´ve
Got a Tiger by the Tail trouxe versão de Chuck Berry no hit “Memphis”, era no
estilo Rockabilly, segundo ele, parte da Country Music.
Esperto criou a Buck Owens Enterprises, sob
controle de sua irmã, e a agência de dinheiro, lhe ajudando a comprar quatro
estações de rádio. Ele se tornou um dos artistas mais populares dos Estados
Unidos na década de 1960, fazendo vários shows, inclusive no Exterior, e
vendendo muitos discos.
É dessa época
os grandes sucessos: “Waitin' in Your Welfare Line," "Think of
Me," e "Open Up Your Heart" . That year, Owens launched his
first television. Em 1966 lançou sua primeira série de televisão:
Buck Owen´s Ranch. O ano de 1967
trouxe mais sucesso: “Where Does the Good Times Go," "Sam's
Place," e "Your Tender Loving Care", terminando co "It
Takes People Like You (To Make People Like Me)".
Em 1969 abriu estúdio de gravação de 16 canais
no centro de Bakersfield. Recebeu sinal verde da Capital Records para ali fazer
seus discos e de outros artistas, como Susan Raye, Tony Booth e Buddy Alan.
Atraiu atenção da Pop Music e Rock. Até 1971 lançou nove discos, incluindo
reedições e inéditos de estúdio. Ao longo desse ano freqüentou várias vezes a
Top Tem hits, incluindo a versão “Bridge Over Troubled Water” de Simon &
Garfunkel.
A primavera de 1972 marcou seu último hit de
sucesso: a balada “Made in Japan”. Dois anos após morreu seu parceiro, Don
Rich, provocando grande depressão em Owens. Em 1975 chegou ao fim o contrato
com a Capitol Records. Entrou na Warner Brothers. Sua música ganhou roupagem
Country Pop, em vez do som que lhe trouxe muito dinheiro.
Caíram as vendas, porém seu programa de
televisão o tornou o comediante mais famoso dos Estados Unidos. Assim
permaneceu até final da década de 1970, quando emendou dueto com Emmyloou
Harris na canção “Play Together Again Again”. Em 1980 saiu da Warner Brothers
Records. Na década de 1990 soltou várias de suas gravações clássicas. Morreu
aos 76 anos em 2006 de câncer na garganta.
Os sucessos instrumentais de Duane Eddy do
final dos anos de 19 50 pode soar indevidamente básico e repetitivo
(especialmente quando feito de uma só vez), mas ele era muito influente. Talvez
o roqueiro instrumental mais bem-sucedido de seu tempo, também pode ter sido o
homem mais responsável (junto com Chuck Berry) por popularizar a guitarra
elétrica.
Seus riffs, twangy distintamente baixo podiam
ser ouvidos em nada menos que 15 Top 40 hits, entre 1958 e 1963. Ele também foi
um dos primeiros astros do Rock de crack com sucesso no mercado LP.
Esse som baixo, fanhoso foi concebido em
colaboração com o produtor Lee Hazlewood, um disc jockey de rádio do Arizona adolescente.
Ao final dos anos de 1950, Hazlewood tinha ramificado em produção. Antes Duane
começou a gravar, sua principal influência tinha sido Chet Atkins, mas por
sugestão de Hazlewood, começou a
concentrar-se em linhas de guitarra na extremidade inferior das cordas.
Seu riff do single de estréia, de abertura
"Movin 'e Groovin'", seria enviado para os Beach Boys, cinco anos
depois de abrir "Surfin 'EUA”, "Rebel Rouser", que realmente
iria torná-lo uma estrela nacional, alcançando o Top Ten em 1958. Abertura com
um riff de guitarra pesadamente ecoou e suja, continua sendo a sintonia com o
que ele é mais frequentemente identificado.
Sucesso fenomenal dele foi por causa da
variação sobre o tema “Rebel Rouser”. Com gritos de cowboy entoados por sua
banda de apoio, virou algo inovador durante aquela época, principalmente após
lançar os singles “Peter Gunn”, “Cannonball” e “Shazam”.
Porém o maior sucesso de Duane viria em 1960,
quando escreveu e gravou o tema adocicado do filme “Because They´re Young”. Suas
gravações influenciaram inúmeros guitarristas. Na Inglaterra, a banda The
Shadows, no hit: “Apache”. Outro que bebeu na sua fonte foi o Beatle George
Harrison, na canção “I Want to Hold Your Hand”. Para tirar as dúvidas é só
ouvir os riffs desse hit.
Mas na música nada é eterno, principalmente o
sucesso. Duane logo começou a perder força. Entrou na RCA Victor Records onde
lançou a canção “(Dance with The) Guitar Man”, que teve um coral atípico
feminino.
A partir daí gravou discos baseados em temas
soltos, como: “A Million Dollars Worth of Twang”, “Twisting With Duane Eddy”, e
“Surfing With Duane Eddy” . Parou no tempo, apesar de ser capaz de voar mais alto
embarcando no Bluesy ou Straight-out de Rock. Mesmo assim continuou
trabalhando, inclusive produzindo, em 1986, um álbum com o som que se fazia no
final dos anos de 1950 e início da década de 1960, trazendo participações de
Paul McCartney, George Harrison e Ry Cooder.
A T-Bone Walker inspirou uma legião de jovens guitarristas
do Texas amantes do Blues nos anos após o final da Segunda Guerra Mundial,
principalmente por causa de seus inesquecíveis riffs de guitarras e melodiosos
acordes.
Entre eles ganhou destaque Houston Goree
Carter. Conhecido pelo hit: “Rock Awhile”, composto por ele e His Hepcats. Nos
próximos anos ele embarcaria na cola de Chuck Berry, The Platters, gravando na
Imperial Records, porém sem estoura por completo nas paradas.
Nascido no Canadá, James Jamie, cantor,
compositor e guitarrista, começou a tocar guitarra aos 13 anos, quando passou a
participar de bandas na região de Detroit, no início da década de 1970. Depois se
mudou para o sul da Califórnia e formou o grupo de Rockabilly, The Kingbees no
final dos anos de 1970.
Após o final do conjunto no começo de 1980,
passou a tocar com o ex-Stray Cats, Lee Rocker e Slim Jim Phantom, virando
atração na Hermosa Beach.
Em seguida conheceu Harry Dean Stanton em
1990. No ano 2000 lançou álbum solo Crossroads e emendou turnê Hootenanny,
incluindo os músicos Chris Isaak, Dave Edmunds e o reverendo Horton Heat.
Andy Starr nunca foi muito de um de rock 'n'
notas de rodapé dos livros de música. Jamais teve explosão de sucesso. Não era
conhecido fora do Sul dos Estados Unidos. Apesar de que entre 1956 e 1957 a
mídia dizia que ele seria o próximo Elvis Presley.
Gravou bons discos. Fez barulho suficiente
para lançar álbuns durante a segunda metade da década de 1950, repetindo a dose
nos anos de 1990. Nascido no Arkansas em 1932, cresceu na extrema pobreza.
Starr era bem talentoso. Ao servir na Guerra
da Coreia, alguém descobriu que ele tinha habilidade musical. Saiu da linha de
combate para algo diferente. Sobreviveu dois anos no Sul da Ásia. Morando na
Califórnia formou conjunto batizado de Plowboys Arkansas.
Superou os irmãos na habilidade para tocar
guitarra. Ganhou fama de fazer um espetáculo emocionante e gerando um som
Rockabilly quente. Em 1955, durante apresentação numa rádio, impressionou Joe
M. Leonard, da Kliff Records. Conseguiu emprego na gravadora.
Escreveu algumas canções, incluindo “Rockin
´Reelin´Country Style”. Em 1956 precisou mudar de nome de Frank Starr para Andy
Starr. Mudou para MGM Records, onde sua carreira teve a melhor gravação da
vida, Stone Rockin ´Rollin. O som muito cru e visceral chamou a atenção. O hit “I
Wanna Go of Sul”, fez sucesso.
Com base neste disco surgiu a hipótese de ele
ser um novo Elvis Presley, mas faltou bala na agulha para a MGM Records
enfrentar a RCA Records. Na década de 1960 teve problemas com álcool e drogas.
Passou os anos de 1970 como trabalhador de serraria em Idaho.
Tentou emplacar algumas canções por sua
própria gravadora, Starr Records, mas foi furo n´agua. Em 1972 e 1992 concorreu
à presidência dos Estados Unidos. Morreu aos 70 anos, em 2003, e viu todas suas
canções gravadas no CD Bear Family Records e Wild Oats Records.
Nick Curran teve forte dívida ao Blues e
artistas de Rockabilly dos anos de 1950. Na adolescência tocava com a banda do
pai, Mike Curran. Aos 19 anos brincava com conjuntos de Rockabilly. Nessa
estrada conheceu a lenda Ronnie Dawson, fazendo seis meses de turnê.
Mudou para o Dallas e mergulhou no Blues. Nessa
época teve contato com Wayne Hancock. Logo teve influências de Wynonie Harris,
Otis West, Roy Brown e outros artistas de Blues do pós-guerra e Rock.
Curran é considerado como um dos músicos de
raízes mais autênticas e emocionantes de sua geração. Em 2002 entrou na Blind
Pig Records, soltando o terceiro CD. Retrabalhou o rock clássico de garagem dos
Sonics “Shot Down”, além de se apresentar ao lado do ídolo Jimmie Vaughan. Dois
anos depois lançou o CD Player!
O ano de 2010 marcou a gravação do álbum
Reform School Girl pela Eclecto Groove Records. No final de 2010 driblou um
câncer bucal. Morreu em 2012 aos 35 anos
quando passava por outra rodada de quimioterapia.
O guitarrista Hank Davis passou por várias transformações
musicais durante sua longa carreira. Inspirado nas primeiras gravações de Elvis
Presley, gravou várias fitas demo inéditas durante a década de 1960.
Ele centrou fogo no Blues e Gospel Music.
Mudou para o Canadá no início dos anos de 1970, ressurgindo como cantor de
Country Music. Na cidade de Ontário montou pequeno estúdio, onde soltou oito
álbuns.
Davis nasceu em Little Rock, mesma cidade do
ex-presidente Bill Clinton. Aprendeu a tocar violão com o tio aos 12 anos. Em
1955 criou a própria banda e fez teste na lendária Sun Records, de Memphis, em
1956, que também iria revelar Elvis Presley.
Ao descobrir, dois mais tarde, que a gravadora
havia perdido suas fitas demos, tomou um porre e pegou um ônibus para Montreal.
Ali gravou o primeiro single para Disques Frogges, depois apareceu no programa
de televisão de Alan Freed.
De volta a Nova York, passou muito tempo nos
bastidores do teatro Paramount. Após gravar algumas demos passou a freqüentar escola
de pós-graduação em Boston. Durante o auge criou a banda Blues Brothers, lançando
dois discos.
Kirchen é conhecido pelo trabalho com a banda Commander Cody & His Lost Planet Airmen
Luís
Alberto Alves
Bill Kirchen é mais conhecido pelo trabalho realizado
nos anos de 1970 com a banda rebelde Commander Cody & His Lost Planet
Airmen. Liderando o grupo gravou diversos discos de Country e Rock, às vezes
mesclando os dois estilos.
O encontro dele com George Frayne, mais tarde
conhecido como Commander Cody, em sua cidade natal de Ann Arbor, Michigan,
definiu os rumos de sua carreira.
O futuro “deus” da guitarra primeiro aprendeu
a tocar trombone, mas na escola conheceu o folksinger David Siglin. Era o
primeiro caminho para aulas futuras de cordas. Tomou gosto pelo banjo e depois
violão. Teve interesse pelo Blues.
Ainda na escola criou a primeira banda,
descrita como Psico Folk/Rock. Na universidade de Michigan teve contato com
outras feras da música. Em 1969 percebeu que San Francisco era a meca do
sucesso.
Ali ganhou elogios de Willie Nelson, Waylon
Jennings e até de Allman Brothers e Grateful Dead. O talento de vocalista,
músico e compositor ganhou corpo. Lançou
os hits “Mama Hated Diesels” e “Down to Seeds and Stems Again Blues”. Depois
vieram os discos Hot Licks, Cold Steel & Truckers´.
Não em gravar o
clássico Live From Deep in the Heart of Texas (1973). Entrou
para a história como excelente disco. Três anos depois a banda Commander Cody
& His Lost Planet Airmen chega ao fim.
Não fica parado. Logo cria a The
Moonglighters, orquestra de Swing. Chama atenção do astro britânico Nick Lowe.
Nasce grande amizade entre ambos. Como produtor do álbum Moonlighters, Lowe
encontrou a alma gêmea em Kircher.
Enquanto na Inglaterra, o estilo de Kirchen
era uma propriedade quente como é evidenciado pela sua participação em projetos
de gravação de Elvis Costello, o rei do
rockabilly Gene Vincent e Link Wray.
Aclamado pela crítica faz sucesso no rádio,
com seu estilo selvagem de tocar guitarra. Casado há 25 anos com a mesma
mulher, ele é peça fundamental para manter o trabalho de muitos pioneiros
musicais, não apenas de memória. Nas mãos sua Fender Telecaster 1950, Kircher
continua à frente do seu tempo, encara a música como forma de arte. Desde 2000
já lançou vários CDs.