Postagem em destaque

#BMW - Morre #QuincyJones, o gênio da produção de grandes discos

Luís Alberto Alves/Hourpress

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Woody Shaw: Outro talento destruído pelas drogas



A carreira de Shaw foi destruída pelas drogas

Luís Alberto Alves

Herman Shaw II, nascido em 1944 na Carolina do Norte foi criado em Newark, New Jersey, onde o pai cantava num grupo gospel. Logo tomou gosto pelo trombone, aos 11 anos de idade. Não demorou em mostrar o talento ao lado de jazzistas de renome. Aos 16 saiu da escola para trabalhar com Willie Bobo, em cuja banda tocou ao lado de Chick Corea e Joe Farrell.

 Também conheceu Eric Dolphy, gravando com ele em 1963. No ano seguinte Shaw foi convidado para participar de uma turnê na Europa, mas Dolphy morreu antes. Mesmo assim viajou e ficou algum tempo na França tocando com Kenny Clarke, Bud Powell e outros.  Retornou aos Estados Unidos no começo da década de 1960 e se uniu a Horace Silver, gravando dois discos, em 1965 e 1966.

 Em seguida trabalhou com McCoy Tyner e Art Blakey. No final da década de 1960 e começo dos anos de 1970 permaneceu muito tempo envolvido como músico de estúdio e caiu sua reputação no Jazz. Passou a gravar para Muse Records, onde seu talento renasceu. Mais uma vez tocou junto com Chick Corea e Art Blakey e o seu grupo apoiado por Dexter Gordon.

 O início da década de 1980, a banda de Shaw estava em trânsito constante, inclusive com a entrada dos músicos Terri Line Carrington e Larry Willis. Em 1984 virou destaque com a banda Paris Reunion, aparecendo em dois álbuns French Cooking e For Klook. Infelizmente Shaw passou a enfrentar problemas de saúde, provocados por dependência em drogas. Estava quase cego, quando no começo de 1989 visitou o Village Vanguard para ouvir Max Roach.


 Ao voltar para casa, tropeçou nos degraus de uma escada na estação de metrô de Nova York, sofrendo a amputação de um dos braços, decepado pelo trem. Socorrido ao hospital, permaneceu em coma e morreu três meses depois. É lembrado por ter o estilo de tocar de Clifford Brown e Freddie Hubbard, artistas com quem ele trabalhou. Se tivesse ficado longe das drogas, Shaw poderia ter sido um dos grandes nomes do Jazz Contemporâneo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário