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#BMW - Morre #QuincyJones, o gênio da produção de grandes discos

Luís Alberto Alves/Hourpress

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Ferlin Husky: Cantor de três carreiras artísticas



Luís Alberto Alves

Ferlin Husky tinha três carreiras separadas. Fora dos três, a mais conhecida é na Country-Pop, que o levou ao topo das paradas no final dos anos de 1950, mas ele também era conhecido como um cantor honky tonk chamado Terry Preston e uma história em quadrinhos país chamado Simon Crum . Claro, Preston e Crum são apenas notas de rodapé a carreira muito popular da Husky, embora Crum quase se tornou um nome familiar também.

 Durante os anos de 1950 e início dos anos de 1960, ele teve uma série de Top 40 hits , com destaque para dois hits número um - "Gone" e  "Wings of a Dove”, que explodiu nas paradas de todos os Estados Unidos.

 Nascido e criado numa fazenda do Missouri, logo se apaixonou por música e passou a tocar guitarra ainda criança. Na Segunda Guerra Mundial se alistou na Marinha para fazer show para as tropas a bordo do navio. Depois voltou a Califórnia e adotou o codinome de Terry Preston. Não demorou em entrar na Capitol Records e voltou a usar o nome de Ferlin Husky.


 Chegou ao pico em 1957 com a canção “Gone” e começou a carreira de ator no filme Mr. Rock & Roll. Durante a década de 1960 não chegou ao sucesso de novo. Seu último hit foi “Just for You” no final dos anos de 1960. Até 1975 lançou músicas sem expressão. Dois anos depois uma cirurgia do coração aposentou. Morreu em 2011 aos 85 anos.

Don Gibson: Um dos papas da Country/Pop



Luís Alberto Alves

O cantor e compositor Don Gibson foi uma das forças mais populares e influentes nos anos 50 e 60 em vários países. Era o Country/Pop que atingiu grande público. Por quase uma década seu primeiro single de sucesso foi “Sweet Dreams”, de 1956. Vários intérpretes gravaram suas canções: Patsy Cline, Ray Charles, Kitty Wells, Emmylou Harris, Neil Young e Ronnie Milsap.

Caçula de cinco filhos, seu pai, que era ferroviário, morreu quando ele tinha dois anos de idade. Por trabalhar na roça na infância tinha trauma de multidão. Mas aos 14 anos aprendeu a tocar guitarra e tudo mudou. Ao conhecer o violinista Ned Costner entrou num trio. Aos 16 anos passou a tocar numa rádio.

 Não pensava em grandes projetos, mas em 1949 foi convencido a entrar na Mercury Records e produtor Murray Nash passou a lapidar a pérola. Veio o hit “Mama Automatic”. No ano seguinte estava na RCA Victor Records, ali montou o grupo Cotton Kinfolks King. Não vendeu muitos discos. Em 1952 entrou na Columbia Records através do produtor Don Law. Passou a colecionar sucessos.

 No ano de 1955 veio o sucesso “Sweet Dreams”. Já estava na MGM Records. Dois após voltou à RCA Victor pelas mãos de Chet Atkins, para lançar o single “Oh Lonesome Me”, que ficou oito semanas no topo das paradas de sucessos.

Na década de 1960 gravou sucessos como “I Can not Stop Lovin You”, “Day Blue Blue”, “Just One Time”, “Sea of Heartbreak” entre outros. Virou o compositor mais influente daquela época. No final dos anos de 1960 era alcóolatra e drogada, que o levou a clínicas de recuperação para voltar limpo em 1971. 

No Verão de 1973 lançou seu último single “Woman (Sensuous Woman”. Depois passou a visitar as paradas com hits de pouca expressão, como “Bring Back Your Love to Me”. Durante os anos de 1980 e 1990 viajou bastante e viu vários de seus sucessos lançados pela Bear Family Records. Morreu em Nashville em 2003.



segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Claude King: O homem do grande sucesso “Wolverton Mountain”




King: marcado por um único grande sucesso

Luís Alberto Alves

O cantor e compositor e ator Claude King é lembrado pelo seu único grande sucesso, “Wolverton Mountain”, baseado no conto de Clifton Clowers em que uma menina é mantida sequestrada numa montanha sob mira de uma faca.

 Ao se concentrar apenas nesta canção, se tem uma imagem distorcida dele. King surgiu do meio que produziu Johnny Horton. Lançou mais de 27 singles. Aprendeu a tocar guitarra aos 12 anos. Passou os anos de 1940 e começo da década de 1950 trabalhando como engenheiro de construção e cantando em clubes noturnos.

 Tudo mudou ao conhecer Tillman Franks, que iria virar gerente de Johnny Horton e também dos melhores talentos da rádio KWKH de Louisiana. Seu primeiro single saiu em 1947. Quatorze anos depois entrou na Colombia Records, gravando o single “Big River, Big Man”. A canção explodiu nas paradas.


 Cantando no estilo de Johnny Horton, escreveu “Wolverton Mountain”. Depois soltou “The Burning of Atlanta”. Em 1964 lançou “Hey Lucille!”, “Sam Hill”  e “Building a Bridge”. Em 1971 saiu da Columbia e passou a gravar com pouco sucesso em selos independentes. Seu último hit, “Cotton Dan” saiu em 1977.

Al Dexter: A voz célebre de “Pistol Packin Mama”



Dexter ganhou vários Discos de Ouro

Luís Alberto Alves

Al Dexter ganhou um lugar na música popular quando escreveu "Pistol Packin 'Mama" em 1942. Gravado por ele um ano depois, o single vendeu 3 milhões de cópias - não contando partituras - em menos de dois anos e foi classificada como a terceira música mais popular dos anos de guerra.

 Ambos Bing Crosby (com as Andrews Sisters) e Frank Sinatra gravou " 'Mama de hits, e a canção influenciada pelo som de Nashville impactou os Estados Unidos na década de 1950.

 Ele também influenciou o estilo Honky Tonk que virou contraponto para o som de Nashville. Dono de bar durante os anos de 1930, popularizou esse gênero musical, na época uma gíria para bares barulhentos.

Nascido em Jacksonville, em 1902, começou a tocar na região rica em petróleo do Texas na década de 1920. A crise econômica de 1929 o fez trabalhar de pintor de casas. Nas horas vagas cantava com o grupo Texas Troopers no início da década de 1930.
Até os anos de 1940 gravou para Okeh e Vocalion. Em 1944 emplacou o primeiro grande sucesso nas paradas: “Pistol Packin Mama”, seguido de “Rosalita”. O grande estourou aconteceu em 1944, com “So Long Pal”, além de “Too Late to Worry, Too Blue to Cry”.

Os anos da Segunda Guerra Mundial foram bons para Dexter:  "I'm Losing My Mind Over You"/"I'll Wait for You Dear” ficaram várias semanas nas paradas. Repetiu a dose com "Triflin' Gal"/"I'm Lost Without You”. Em 1946, o hit “Guitar Polka” passou quase quatro meses no topo das paradas. Em seguida veio os hits “Wine, Women and Song”, na cola de “Kokomo Island” e “ Down at the Roadside Inn” e o single “Rock and Rye Rag” e “ Calico Rag”.


 Ganhou 12 Discos de Ouro entre 1943 e 1948. Ganhou um Oscar pela canção “Guitar Polka”. No final de 1940 abriu o próprio clube, em Dallas e ali ficou até se aposentar. 

Charline Arthur: A cantora que a mãe de Elvis Presley era fã


Charline tinha como fã a mãe de Elvis Presley

Luís Alberto Alves

Charline Arthur não atua pelas regras do showbiz. Durante a década de 1950, a Country Music  não era bem vista e muito menos cantada por mulheres, que se submetiam às ordens das gravadoras ou promotores de festas. Ela recebeu muita pressão, mas nunca mudou seu estilo.

 De temperamento feroz, era difícil de se trabalhar, especialmente irritando seu produtor. Porém sua música era boa. Foi precursora do Rockyabilly. Mesclou Bluesy, Country e fazia os shows pegarem fogo. Charline acabou sendo a primeira cantora deste gênero a se apresentar vestindo calças compridas e liberdade total no palco.

 De carreira curta, gravou na RCA Records por três anos. Filha de pastor pentecostal, Charline nasceu em 1929 no Texas, aonde começou a cantar na igreja. Aos sete anos começou a juntar garradas para comprar uma guitarra por seis dólares. Influenciada pelo Honky Tonk de Ernest Tubb, escreveu a primeira canção “I Got the Blues Boogie” aos 12 anos.

 Na adolescência já se apresentava em shows de rádio até ganhar um convite de viajar na década de 1940 num programa de medicina. Os pais não deixaram. Respondeu casando com Jack Arthur, contrabaixista de suas gravações.

 No final de 1940 começou a soltar em discotecas do Texas. Depois gravou um single e mudou-se, com o marido, para a cidade de Kermit, no mesmo Estado do Texas. Ali foi contratada como DJ numa estação de rádio. Montou uma banda e passou a se apresentar em clubes locais e ganhou diversos fãs.

 Em 1950, aos 21 anos, entrou na Imperial Records, lançando single. Nesta época o seu empresário Coronel Tom Parker, que mais tarde iria definir o destino de Elvis Presley, ficou impressionado com seu talento. Em 1953 estava na RCA Records.

 Do seu disco participaram os músicos renomados e passou a dividir o palco com Elvis Presley, cuja mãe era fã de Charline. Em 1955 foi segunda colocada num concurso promovido por uma revista de Country Music.

 Porém nem tudo era flores para ela. Seus hits eram considerados bem avançados para a época. Não fazia sucesso. Saiu da RCA em 1956. E depois largou o marido. Formou um trio com suas irmãs, Betty e Dottie, mas sem êxito também.

 Em 1960 estava sem dinheiro. Mudou-se para Salt Lake City e ali conheceu Ray  Pellum, dono de uma discoteca e gravadora. Passou a cantar naquele clube. Também gravou para a Eldorado Records. Em 1965 foi para a Califórnia.


Até 1978 lançou discos em três pequenos selos (Rustic, Wytra e Republic) com Alice Michaels. Em 1979 passou a sofrer de artrite, retornou a Idaho e ali ficou até 1987, ano de sua morte. Viveu o bastante para ver seu material reeditado da RCA Records pela Bear Family Records em 1986.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Johnny Horton: Talento que a morte levou cedo




Caso não tivesse morrido aos 35 anos, Horton teria influenciado muito a música

Luís Alberto Alves

Embora ele seja lembrado por suas canções histórias, Johnny Horton foi um dos melhores e mais populares cantores de Honky Tonk do final da década de 1950. Misturou esse gênero com Rockabilly. Teve a carreira liquidada após sofrer grave acidente de carro em 1960, mas suas canções continuaram ecoando por mais 30 anos.

 Nascido em Los Angeles em 1925, durante a infância mudou-se para o Texas. Aos 11 anos a mãe lhe ensinou a tocar guitarra. Aos 19 anos concluiu o Ensino Médio e participou de seminário metodista para aderir a um ministério. Não gostou e logo depois passou a viajar pelo país. Foi para o Alasca e ali passou a compor.

Retornou ao Texas e entrou num concurso de caça talentos apresentado por Jim Reeves. Venceu e passou a participar de todos que apareciam em sua frente, até chamar a atenção de Fabor Robison. Ele arranjou um contrato na Corman Records.

Durante 1951 Horton se apresentou em diversos programas de televisão. Não demorou em chegar à Mercury Records. Depois teve vários problemas conjugais até conhecer Billie Jean em 1953. Percebeu que estava afundando. Pulou no barco da Columbia Records no final de 1955. Ali lançou o single “Honky Tonk Man”, que viraria clássico em suas mãos. Virou estrela.

 Para esconder a calvície usava chapéu de cowboy e mesmo se tornou atração em diversos eventos, com os três singles: "I'm a One-Woman Man", "I'm Coming Home" e "The Woman I Need" . Nos anos de 1957 e 1958 não visitou as paradas de sucesso.
 Em 1958 lançou “All Grown Up”, mas a balada “"When It's Springtime in Alaska (It's Forty Below)" lhe deixou bem no filme. A letra era baseada em histórias populares do final da década de 1950. Depois soltou o single “The Battle of New Orleans”. Gravou outras canções até se dedicar à Folk Music.


Os hits “Johnny Reb” virou hit Top Ten em 1959 e “Sink The Bismarck” repetiu a dose no ano seguinte. Nessa época passou a ter premonições de que iria morrer. Infelizmente em 4 de novembro de 1960, aos 35 anos sofreu acidente automobilístico quando retornava para casa após show em Austin. Morreu ainda jovem, mas influenciou diversos artistas de sua época.

Bobby Fuller Four: O segundo Buddy Holly do Rock & Roll


Luís Alberto Alves

Com sua reverência flagrante para Buddy Holly, o companheiro texano Bobby Fuller foi um pouco de uma anomalia em meados dos anos 60. Com sua guitarra Stratocaster e impetuoso, som completo, no seu melhor Fuller soou como Holly poderia ter sido se estivesse sobrevivido ao acidente que o matou em 1959.

 Ao lançar uma regravação de Holly,  "Love's Made a Fool of You" e o Top Ten  "I Fought the Law" chegou ao mundo da fama, até morrer em circunstâncias misteriosas num carro estacionado em Hollywood. A polícia imaginou que fosse suicídio.

Neste curto período Fuller estourou em todos os Estados Unidos, lançando várias canções. Após gravar vários singles em sua cidade natal de El Paso, no começo da década de 1960, mudou-se para a Califórnia em 1964 e conheceu o produtor Bob Keene, o mesmo que descobriu Ritchie Valenz e Barry White.


Lançou os hits “Let Her Dance”, “Another Sad and Lonely Night”, "My True Love," "Never to Be Forgotten," "Fool of Love," e "The Magic Touch." Era um herdeiro digno do Rock & Roll. Caso não tivesse morrido precocemente iria produzir bons discos, pois era compositor talentosos. Na década de 1980 muitas canções inéditas deles foram regravadas.

Boyd Bennett: O homem que se imortalizou com o hit " Seventeen"


Ganhou muito dinheiro e saiu do mundo da Música

Luís Alberto Alves

A música de Boyd Bennett caiu no gosto popular quando o Rock & Roll começava a dar seus primeiros passos nos Estados Unidos. Atuando como baterista em Nashville e cantor na banda de Francis Craig, não demorou em chegar à King Records no final de 1952. Onde lançou o single “Time” no final daquele ano.

 Dois anos depois mudou o nome de seu conjunto de Southlanders para Rockets, mesclando elementos do R&B visando ganhar um público mais jovem. Coincidentemente isso aconteceu quando Bill Haley refez sua banda.

No começo de 1955, Bennett and The Rockets gravou o hit “Seventeen”. A canção estourou nas paradas Pop da época. Um dos discos mais vendidos da King Records. Na onda, lançou os singles “My Boy Micro-Top”, além do clássico Rockyabilly “"Seven Nights to Rock”.

Ao longo de 1957 e 1958 gravaram outros hits, como “Hit That Jive” “School Hop High”, sem grande êxito. Em 1959 entrou na Mercury Records. Após várias fracassos, percebeu que estava velho para o público que gostava de Rock & Roll e resolveu se retirar do palco.


Com o dinheiro ganho pela canção “Seventeen” tinha comprado três discotecas e virou sócio de uma emissora de televisão. Dez anos depois abriu uma empresa fabricante de peças para ar condicionado. Nunca mais voltou ao mundo da música.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Buddy Knox: Grande estrela esquecida do Rock and Roll


A grande pegada do Rockabilly

Luís Alberto Alves

Buddy Knox foi o primeiro artista da era do Rock & Roll a escrever e gravar seu próprio hit ‘Party Doll” que vendeu milhões de cópias em 1957. Foi pioneiro da Lone Star State Rockabilly, que depois ganharia o nome de Tex-Mex. Ele antecipou a carreira do colega do Texas, Buddy Holly. O mais curioso é que as contribuições de Knox para o Rock ficaram subestimadas.

 Nascido Wayne Knox, em 1933, numa fazenda na periferia de West Texas Town of Happy, durante a Segunda Guerra Mundial sua mãe e os irmãos eram integrantes de um grupo gospel, embora fosse apaixonado por Country Music.

No Ensino Médio ele participou do West Texas State College e como clandestino entrou no grupo vocal amador Serenaders, que incluía o baixista Jimmy Bowen e o guitarrista Donny Lanier. Em 1955 o trio ganhou o nome de The Rhythm Orchids por causa das camisas roxas que usavam nas apresentações.

 Depois entrou o baterista Don Mills, nesta época se aproximaram do Rock. Conheceram a lendária Sun Records, a gravadora que descobriu Elvis Presley. Aconselhados por Roy Orbison deixaram a produção do disco nas mãos de Norman Petty, que já havia trabalhado com outras estrelas deste estilo musical. Porém o baterista Mills sentiu a responsabilidade e resolveu voltar para a escola. No seu lugar entrou Dave Alldred.

 Gravaram os hits: “ Party Doll” e “"I'm Stickin' With You”. Pegaram 500 cópias dos discos e voltaram para West Texas. Juntaram uma grana e fundaram a Triple D e prensaram mais 2.500 discos. A irmã do guitarrista Lanier passou, modelo em Nova York, pegou um dos vinis e repassou para editora de música Phil Kahl. O hit entrou na recém-formada Roulette Records.

                                             Ed Sullivan
 Conseguiram vender mais de 1 milhão de cópias, com o hit “Party Doll”, estourando nas paradas. A canção ficou mais de 23 semanas no topo dos grandes  sucessos, rendendo apresentação no programa de Ed Sullivan, o Silvio Santos dos Estados Unidos na década de 1950.

A partir dai Knox e Bowen optaram por carreiras solos, mas usando a banda
The Rhythm Orchids como grupo de apoio. Em 1957, Knox explodiu com a canção "Rock Your Little Baby to Sleep”, vendendo mais 1 milhão de discos. A grande jogada é que o som dele era um Rockabilly  mais bonito. Durante aquele ano ele ocupou o posto de grande estrela do Rock. Em 1958 gravou os hits “Devil Woman” e "Swingin' Daddy”, seguido de uma regravação de “Somebody Touched Me”, outro estouro de vendas. A canção "I Think I'm Going to Kill Myself", que incentiva o suicídio foi proibida em diversas rários, marcou o último Hot 100.

                                           Taste of the Blues
 Após lançar dois singles para a Roulette, “Taste of the Blues” (1960) e “Long Lonely Nights”, Knox saiu da gravadora para entrar na Liberty Records. Ali o produtor Snuff Garret o lapidou mais. Soltou o hit “Lovey Dovey” em 1961, mas a produção de Garret numa pegada adolescente não rendeu bons frutos.

Lançou outros singles: “Ling-Ting- Tong”, “Dear Abby” e “All Time Loser” sem bons resultados. Saiu para entrar na Reprise Records em 1964. Gravou as canções “"Livin' in a House Full of Love" e "Love Has Many Ways." Pulou no barco da United Artists e o produtor Bob Montgomery acertou a mão na música “Gypsy Man", grande sucesso em 1968.

 Mudou para o Canadá e abriu uma boate e manteve agenda intensa de turnês nas décadas de 1970 e 1980. Em 1999 descobriu que tinha câncer no pulmão, por causa do vício no cigarro. Quando o mês de fevereiro daquele ano terminou, Knox já estava na lista dos passageiros que embarcaram rumo ao além.


Joe Maphis: O talento instrumental da guitarra dupla


Maphis e sua famosa guitarra dupla


Luís Alberto Alves

Joe e Rose Maphis foram uma popular dupla de marido e mulher na década de 1940 e 1950, cantando diversas canções ancorada no talento instrumental de Joe que tocava tudo sobre cordas, especialmente guitarra dupla.


A canção “Dim Lights, Thick Smoke (And Loud, Loud Music)” é um dos grandes sucessos da dupla. Até a morte de Joe, em 1986, ele tocou para diversos artistas, entre eles Rick Nelson, Tex Ritter e Wanda Jackson.

Morte de Maurice White deixa Black Music mais pobre


Maurice White foi um dos fundadores da Earth, Wind & Fire
Luís Alberto Alves

A Black Music ficou mais pobre no dia 3 de fevereiro: morreu um dos fundadores da Earth, Wind & Fire, Maurice White. Aos 74 anos, ele já estava afastado dos palcos por causa do mal de Parkinson. Talentoso, durante várias décadas fez os arranjos da maioria dos grandes sucessos da banda que tirou do papel em 1968 em Chicago.  

Dois anos antes, White era baterista da banda Young Holt Unlimited, que estourou nas paradas de todo o mundo com o hit “Soulful Strut”. Nessa época ele conheceria Ramsey Lewis, que ao lado de White, mais tarde, escreveria canções e arranjos de hits que viraram clássicos nos bailes de todo o mundo. Um deles é a balada de 1975 “Reasons”, onde a bela introdução feita com clarinete a imortalizou.

 Nascido em Memphis, terra da inesquecível e legendária gravadora Stax Records, em 1941, na adolescência mudou-se para Chicago e ali começou a trabalhar como baterista na Chess Records, quando conheceu Ramsey Lewis. Num dos hits da Eart, Wind & Fire, gravado em 1979, o talento de White é exposto na canção “September”, até hoje outro grande sucesso do grupo.

 No palco era difícil não reconhecê-lo, por causa dos quase 2 metros de altura e a famosa cabeleira estilo black power. Ao lado do irmão e contrabaixista Verdine White, o vocalista Philip Bailey (a voz fina do hit “Reasons”), o percussionista e vocalista Ralph Johnson, manteve a Earth, Wind & Fire no topo.


 Mesmo quando a doença o afastou das apresentações, o trio Verdine, Bailey e Johnson manteve ativo o DNA da banda, agora com 48 anos de estrada. Com mais de 90 milhões de discos vendidos, seis prêmios Grammy e espaço assegurado no Rock & Roll Hall of Fame, White pode descansar em paz. Entrou para a galeria dos grandes artistas da Black Music.