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#BMW - Morre #QuincyJones, o gênio da produção de grandes discos

Luís Alberto Alves/Hourpress

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

King Tubby: O mestre que inovou a Black Music jamaicana


Tubby viveu 48 anos, mas revolucionou a música da Jamaica


Luís Alberto Alves

 O nome de batismo de King Tubby é Osbourne Ruddock, nascido em 28 de janeiro de 1941 em Kingston, Jamaica. Viveu 48 anos, mas deixou seu nome marcado para sempre no Reggae. Na adolescência aprendeu a consertar rádio e no final da década de 1950 já conhecia amplificadores de som.

 Aos 23 anos, em 1964, já personalizava seu próprio sistema, pois já trabalha com Duke Reid. Ao seu lado aprendeu a fazer versões de grandes sucessos. Ao gravar a maior parte das canções, fazendo backing vocal passou a reduzir o mix apenas para o baixo, soltando outras faixas instrumentais para dentro ou fora. Acabou inventado o dub.

 Inicialmente essa técnica foi utilizada para especiais ou placas dub (acetatos personalizados fabricados exclusivamente para uso no sistema de som). Esses espaços no mix permitiram que DJs usassem o sistema de som para esticar liricamente as canções, antes de surgir os rappers nos Estados Unidos na década de 1970.

 Não demorou em produtores de gravadoras começarem a ver potencial nessas versões. Isto ocorreu com os engenheiros de som, Joe Gibbs e Errol Thompson. Para se manter à frente da concorrência, Tubby comprou aparelho mais sofisticados, introduzindo outras técnicas, faders de slides.

 No final de 1971 trabalhava com produtores do naipe de Bunny Lee, Lee Perry, Glen Brown, Augustus Pablo e “Prince” Tony Robinson. Ao longo daquela década emprestou sua técnica para diversos artistas, como Johnny Clarke, Cornell Campbell, Linyal Thompson, Jackie Edwards, Derrick Morgan, Horace Andy entre outros.

 A geração de engenheiros de som treinados por Tubby incluiu King Jammy e “Prince” Phillip. Construiu estúdio próprio. Em 1988 passou a fazer música digital através de computadores, como outros DJs de Raggae do porte de Pad Anthony, Courtney Melody, Anthony Rose Rede e demais feras. Quando tudo navegava em águas tranqüilas do sucesso, Tubby morre assassinado num assalto em fevereiro de 1989.

Ele deixou diversas inovações na Black Music da Jamaica. É dele a técnica de prorrogar as letras de faixas de música, destacando mais na mixagem baixo e bateria, desenvolvida entre 1969/1974.


quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Gene Vincent: O cantor de gênio difícil do Show Biz


Gene tinha temperamento igual de Tim Maia

Luís Alberto Alves

 Vincent Eugene Craddock, mais tarde conhecido como Gene Vincent, foi outro grande nome do Rock na década de 1950. Nascido na Virginia em 1935, Gene era amante da destruição. Em julho de 1955 sofreu acidente de moto e teve a perna esquerda ferida gravemente. Dispensado do Serviço Militar na Marinha passou a aparecer nas rádios como astro da Country Music, sob asas do DJ “Sheriff” Tex Davis. Ele supervisionou a fita demo “Be-Bop a-Lula”.

 Em 1956 a mesma canção foi regravada na Nashville Capitol Records, com apoio da banda Blue Caps. Semanas mais tarde estourou nas paradas o hit “Be-Bop a-Lula”. Na carona Elvis Presley fez sua própria versão, mas a versão de Gene com riffs de guitarra e vocais marcaram nos ouvidos dos fãs do Rock, ainda criança.

 Ele era produto difícil para as gravadoras, pois apresentava imagem ameaçadora. A segunda canção, “Race With The Devil” não foi bem, porém explodiu no Reino Unido junto aos simpatizantes das trevas. Sem boa assessoria e influenciado por maus conselhos acabou perdendo espaço no Rock. Nem mesmo a ponta no filme The Girl Can Not Help It conseguiu deter a corrida rumo à ribanceira.

 Conseguiu respirar com os milhões de cópias do hit “Lotta Love”, mas mudanças na banda Blue Caps e problemas pessoais voltaram a lhe prejudicar. As seqüelas do ferimento na perna esquerda começaram a prejudicar sua carreira. Para completar o quadro ruim, mergulhou no alcoolismo.

 No final da década de 1950 foi para a Inglaterra. Ali o produtor Jack Good explorou sua imagem rebelde, incentivando a vestir roupas pretas. Não recuperou a glória do início da carreira. Escapou da morte num acidente de carro em 1966, onde morreu o amigo Eddie Cochran.

 Em 1970 gravou um disco sem grande destaque. Prosseguiu cantando, centrando fogo no repertório antigo. Desiludido passou a reclamar dos velhos amigos. Era apresentado como lenda original do Rock. Virou refém do tempo e já não encontrava força para seguir na carreira.

 A dor na perna o levou de vez ao alcoolismo, prejudicando a saúde. A agonia terminou em 1971, quando uma úlcera hemorrágica acendeu o sinal verde para morte. O Rock perdia um de seus mais rebeldes representantes.



Warren Smith: Cantor e guitarrista da nitroglicerina "So Long I´m Gone"


Warren Smith é do Mississippi
 Luís Alberto Alves

 Warren Smith é conhecido como excelente cantor de Rock e Country, além de bom guitarrista. Nascido no Mississippi conheceu as dores da separação dos pais ainda criança. Acabou criado pelos avós. Na época de Serviço Militar na Força Aérea pegava a guitarra para espantar o sono. Ao sair da Aeronáutica decidiu abraçar a música.

 Mudou para o Arkansas e ali fez teste num night club. O guitarrista Stan Kessler tocava naquele local e percebeu o potencial de Smit. Foi apresentado na Sun Records (a gravadora que descobriu Elvis Presley). O dono Sam Philips gostou do som dele e o mandou gravar o hit “Rock & Roll Ruby”, de Johnny Cash. O hit explodiu nas paradas. Vendeu mais discos do que os primeiros lançamentos de Elvis, Johnny Cash e Carl Perkins.

 Em agosto de 1956 voltou aos estúdios para lançar “Ubangi Stomp”. No lado B do disco soltou o hit “Black Jack David”. Para alguns é uma das mais antigas canções no estilo Rock. Não vendeu bem. No ano seguinte veio com “So Long I´m Gone”, composta por Roy Orbison. Entrou para história como maior sucesso de Smit.

 A Sun Records não tinha grana para promover Smith, pois precisava apoiar também Jerry Lee Lewis no hit “Whole Lotta Shakin´Goin On”. Smith continuou na gravadora, no estilo hoje conhecido como Rockabilly, incluindo versão remake de Slim Harpo “Got Love If Your Want It”, gravada em 1957. No final de 1958 fez outro remake, de “Sweet Sweet Girl”, considerada bem comercial pela Billboard, mas vendeu poucos discos.

 Tempos depois saiu da Sun Records. Em 1959 fixou moradia na Califórnia, perto de Johnny e Vivian Cash. No início de 1960 entrou na Liberty Records e sentiu o gosto do sucesso com o hit “Odds and Ends, Bits and Pieces”. Até 1965 lançou vários álbuns que explodiam nas paradas. No auge sofreu grave acidente e seu contrato com a Liberty chegou ao fim.

 Tentou reiniciar a carreira em selos menores para chegar depois à Mercury Records, mas a dependência em remédios e álcool o prejudicou. Para complicar ficou 18 meses preso por se envolver com drogas e roubo numa farmácia. Saiu e continuou na luta para alavancar a carreira. Em 1977, convidado para apresentação no Rainbow Theatre de Londres, acabou surpreendido por calorosos aplausos. Ganhou vigor e no retorno aos Estados Unidos emendou diversas turnês. Infelizmente três anos depois sua carreira estacionou ao morrer de ataque cardíaco aos 47 anos.





Billy Lee Riley: A voz da clássica " Flyin Saucers Rock ´N` Roll



Billy é outro grande nome do Rock de raiz

Luís Alberto Alves

 Billy foi um dos membros desconhecidos da Sun Records (gravadora responsável pela descoberta de Elvis Presley). Da mistura de irlandesa e indiana, Riley foi criado no Arkansas colhendo algodão quando tinha dez anos de idade.

 Felizmente seu pai o presenteou com uma gaita e guitarra. Começou a tocar em bandas caipiras. Ganhou experiência musical. Não demorou em ser contratado como vocalista num grupo do Tennessee, onde deixou uma fita demo com Jack Clement.

 Ela chamou a atenção da Sun Records. Ganhou contrato para gravar o hit “Flyin Saucers Rock ´N´Roll”, que virou clássico do Rockabilly. Tempo depois saiu para a Brunswick Records. Logo retornou à casa antiga, sem fazer sucesso comercial.

 Em 1960 juntou forças com o guitarrista Roland Janes lançando disco na Rita Records, para depois criar o próprio selo, Mojo Label. Ali escreveu jingles de rádio até se mudar para Los Angeles. Nessa cidade trabalhou com Herb Alpert, The Beach Boys, Sammy Davis Jr, Dean Martin e Rick Nelson. Relançou sua carreira.

 Saiu de Los Angeles em 1966 para morar em Atlanta. Decepcionado, no começo da década de 1970 foi trabalhar de decorador. Nos de 1980 emendou turnê na Europa cantando clássicos do Rockabilly. Em 1992 mudou de rumo lançando disco de Blues para Hightone Records. Cinco anos depois acabou indicado ao Grammy. Em 2003 lançou o CD Hillbilly Rockin’ Man.




Carl Mann: Talento do Tennessee na galeria da Sun Records


Carl Mann é outra cria da Sun Records

 Luís Alberto Alves

 Do fértil Tennessee saiu Carl Man, artista de Rockabilly que lançou apenas dois singles pela Sun Records, de Sam Philipps descobridor de Elvis Presley. Cantor e pianista do grupo Kool Kats, fixou bases em Jackson, Tennessee, de onde soltou suas primeiras faixas para o selo Jaxon, de Jim Stewart, mais tarde fundador da inesquecível Stax Records.

  Entre as canções estava “Gonna Rock And Roll Tonight”, publicadas pela Knox Music, de Sun Philips. Logo assinou contrato com a Sun Records, soltando “Mona Lisa”, que já havia estourado na voz de Nat King Cole no começo da década de 1950. Ajudou vender muitos discos. Soltou sete singles e um álbum antes de sair em 1962.

 No começo da década de 1960 emendou turnê com Carl Perkins. De 1967 a 1974 deixou a música em segundo plano. Retornou na ABC/Dot Records
, gravando remake dos Platers, Twilight Time”.



Sonny Burgess: A lenda do The Pacers


Sonny foi líder da banda The Pacers

Luís Alberto Alves

 Albert Burgess, ainda criança ganhou o apelido de Sonny. Inspirado no programa de rádio Grand Ole Opry começou aprender a tocar violão. No Ensino Médio já tinha sua própria banda. Após a formatura entrou no conjunto de Fred Waner, mais tarde fazendo sucesso como Freddie Hart.

 Após os 18 anos gravou versão de “Grand Ole Opry”. Retornou ao Arkansas em 1953 e formou outra banda, The Moonlighters. O surgimento de Elvis Presley o levou a incorporar suas canções em seu conjunto. Após acompanhar rei do Rock em 1955, mudou o nome do grupo para The Pacers.

 Em 1956 lançou os singles: “Red Headed Woman/We Wanna Boogie, vendendo quase 90 mil cópias. Ganhou fama em algumas cidades dos Estados Unidos. O segundo single: “Restless/Ain’t Got A Thing”. Vieram outros. Com a banda na formação de guitarra, piano e bateria gravaram outros hits: “Oh Mama!”, “What´cha Gonna Do” e “One Night”. Até o final de 1957 estavam sem contrato com a Sun Records.

Após terminar a banda, Burgess prosseguiu na música até 1970. De 1974 a 1986 preferiu deixar a carreira em segundo plano. Na década de 1990 estava na Rounder Records soltou um disco. Sua contribuição para o Rockabilly e a sua passagem pela Sun Records viraram referência no mundo do Show Biz. Ganhando reconhecimento como uma das grandes estrelas do Rock, 40 anos após seu surgimento.




Bob Luman: Grande músico na galeria do Rockabilly



Bob Luman está galeria dos grandes músicos do Rock and Roll
Luís Alberto Alves

 Robert Glynn Luman, nascido no Texas, foi outro músico talentoso. O pai era motorista de ônibus, mas era amante da partitura. Logo cedo ensinou a Bob essa nobre arte, apesar que seu primeiro amor foi o baseball, onde atuou como semi-profissional até 1959, quando estava com 22 anos.

 Influenciado por Elvis Presley ao assistir um concerto dele, investiu no sonho até vencer um concurso de Caça Talentos. Antes, ainda no baseball, em 1955 gravou a versão original de “Red Cadillac And A Black Moustache” para a Imperial Records.

 Depois entrou na Louisiana Haypride no lugar de Johnny Cash. Seu talento de músico chamou a atenção de Ricky Nelson. Depois foi para a Capitol Records e saiu para a Warner Brothers, onde lançou “Class Of 59” e “Dremy Doll”, com Roy Buchanan.

 Após passar parte do começo da década de 1960 no Exército, virou membro da Grand Ole Opry, em 1964 e gravou várias canções para o selo Hicktory. A crítica via Luman com gravações épicas, como os hits: “When You Say Love”, “Lonely Women Make Good Lovers” e “Neither One Of Us”, balada imortalizada na voz de Gladys Knight And The Pips em 1973.

 Em 1976, depois de passar por cirurgia médica, lançou disco produzido por Johnny Cash, num álbum ao vivo. Desmaiou no palco e morreu pouco tempo depois. Entrou para galeria dos grandes nomes do Rockabilly.