Reportagens com clipes descrevendo histórias de artistas famosos,
principalmente de intérpretes da Black Music, além de destacar a importância do Blues no Showbiz.
Blandon é conhecido por sucessos na boca de outros cantores
Os amantes da Soul Music conhecem Curtis
Blandon por causa do hit "In the Long Run”. De família musical, ele
estudou o Ensino Médio com futuros artistas da Motown Records, como Eddie
Kendricks e Shorty Long. Saiu de Birmigham, Alabama, em 1960, para Chicago,
antes de mudar o roteiro para Nova York, onde conheceu o produtor Teddy Powell.
Cantor e compositor vendeu diversas canções
para ele, antes de ficar no lugar de Joe Duncan no quarteto de Doo Wop,
Vocaleers. Apesar de escrever para o grupo o hit "Cootie Snap”, a falta de
apoio promocional da Atlantic Records, o fez deixar o conjunto.
Após gravar os singles solo “Soul” e “Mr.
Imagination”, no ano seguinte foi prestar Serviço Militar. Em 1965 voltou e
lançou o single “I Nedd You” para subsidiária Tower, da Capitolio Records. Um
acordo posterior com a Buddah Records não deu em nada.
Após cantar em vários grupos sem expressão, em
1972 assina com a Wand Records. Os vocais marcantes do disco resultaram em
sucesso regional. Desanimado optou por escrever canções, compondo vários hits
que explodiram durante a Disco Music, como ““ Let’s Make a Deal," "Do
It Right," e "Let's Make Love”, esse último incluso no álbum de
Gloria Gaynor, de 1976. Apesar de várias músicas compostas, Blandon ficou conhecido
no Show Biz dos Estados Unidos, como autor da célebre “In the Long Run".
Nolan Chance foi outro artista de talento da
música de Chicago, porém nunca conseguir ganhar reconhecimento da crítica.
Nascido como Charles Davis, em Lousiana, em 1939, cresceu em Chicago, após a
família mudar para lá na década de 1940. Na adolescência formou o grupo vocal
de R&B Township High School e chegaram a abrir alguns shows de alguns
artistas.
Em 1959 juntou forças com os Trinidads,
gravando o único sucesso: ““ When We're Together." Na década de 1960
entrou no The Turbo Jets e The Dukays, neste último ocupou o lugar de Gene
Chandler, que saiu para carreira solo, gravado o hit “Duke of Earl”. Por falta
de gravação de álbuns, Davis mudou para o The Artistics.
Em 1964, Davis assinou com a Constellation Records,
tomando o nome de Nolan Chance. Sua estréia foi com hit “She's Gone", balada
que atraiu considerável atenção e estourando em paradas de sucesso locais. Mas
ele não conseguiu repetir o êxito em todos os Estados Unidos. O outro disco,
Just Like The Weather, acabou bem recebido pela crítica, mas Constellation já
beirava a falência.
Até o final da década de 1960, não gravou
nenhum álbum. Com Eddie Thomas assinando contrato com a Curtom Records, ele
gravou o single ““ I’ll Never Forget You”, caindo no gosto do povo.
Infelizmente Chance não ficou muito tempo na Curtom. Em 1972 entrou na Scepter
label, onde gravou o hit “Sara Lee”. Pouco tempo depois a gravadora quebrou e o
single “Sara Lee” fracassou nas paradas.
Ward foi o primeiro cantor da Motown Records a gravar em dueto naquela empresa
Sammy Ward foi outro grande
cantor de Blues da Motown Records, onde explodiu com o R&B “Who's The
Fool", autoria de Smokey Robinson e produzida por Berry Gordy, em 1961.
Antes de se mudar para Detroit, cresceu cantando em clubes e bares de
Birmingham, Alabama, no começo da década de 1950.
Ao chegar à Motown, foi o primeiro artista da
casa a gravar dueto com Sherri Taylor, “"Lover" / "That's Why I
Love You So Much". Logo foi para Tamla Records, do mesmo grupo da Motown,
gravando o hit "That Child Is Really Wild", escrita por Gordy e
Robinson. Do lado B do disco, soltou a canção “What Maker You Love Him”, que
Robinson trocou por “Who´s The Fool”.
Ward lançou outros singles, como “Big Joe Moe”,
de William “Mickey” Stevenson e Brian Holland, e “Someday Pretty Baby",
que trouxe Stevie Wonder tocando gaita, ambos em 1962. Mas os fracassos
comerciais o retiraram da gravadora de Barry Gordy.
O jeito foi cantar em outro lugar, com Ward
entrando na Groove City Label. No final da década de 1980 acabou descoberto
pelos britânicos, amantes da Soul Music. O produtor Ian Levine gravou vários
hits de Ward pela Motorcity Records, alguns da década de 1960. Ele apareceu em
festivais de Soul na Grã Bretanha. No começo dos anos de 1990 morreu.
O grupo The Originals,
durante algum tempo foi um segredo bem guardado da Motown Records. Na década de
1960 eles colocaram vários hits nas paradas de sucesso, como "Baby I'm for
Real”, além de trabalhar como backing vocals para os artistas da casa.
Como sempre ocorre na maioria das bandas, o
grande líder dos Originals foi Freddie Gorman. De Detroit, em 1957 havia criado
os The Fideletones com amigo de infância Brian Holland. Após a gravação do hit “Pretty
Girl”, na Aladdin Records, em 1959, a banda se dividiu e Gorman voltou ao
serviço de carteiro.
No trajeto entregava
correspondências na casa de Berry Gordy, fundador da Motown Records. Na demorou
para o big boss contratar Brian Holland como compositor e produtor em parceria
com o outro produtor, Robert Bateman e gravar um disco para as meninas do The
Marvelettes.
A história de Gorman mudou quando a integrante
do grupo, a marvelette, Georgia Dobbins, sugeriu o nome de um hit, “Please Mr.
Postman”, Holland pensou no colega de infância para compor a canção. A música
estourou em todas as paradas em 1961 e Berry Gordy liberou outro hit de Gorman,
“The Day Will Come” para a banda The Miracle.
Holland, Gorman e Lamont Dozier formaram o
trio de ouro na arte de compor grandes sucessos, incluindo “Old Love”, na voz
de Mary Wells e “I Want a Guy” com as Supremes. Porém um erro no contrato
deixou Gorman sem grana de direitos autorais, o levando novamente a trabalhar
nas ruas.
Em 1964 ressurgiu ao lado do parceiro Bob
Hamilton na rival Golden World Motown, com as canções “(Just Like) Romeo and
Juliet”. O ano seguinte marcou a gravação dos singles solo "In a Bad
Way" e "Take Me Back," na Golden World Sister Records. Para
evitar concorrência, Berry Gordy comprou as ações de Gorman na Golden World,
com ele voltando à Motown Records em 1966.
Foi nesta época que entrou nos The Originals,
constituído por Spencer CP, Hank Dixon, Walter Gaines e Joe Stubbs, irmão do
integrante dos Four Tops, Levi Stubbs, que logo emendou carreira solo. Lançaram
o disco de estreia com a versão de "Goodnight Irene”. Nos próximos dois
anos, quarteto ralou em busca de outro sucesso, trabalhando como backing vocal
de Stevie Wonder e David Ruffin.
Após longo deserto, estouram em 1969, com o
hit “You're the One”, seguido da faixa título “Green Grow The Lilacs”. Marvin
Gaye compôs para eles a canção "Baby I'm for Real”, outra explosão nas
paradas, assim como “The Bells”. Fecharam o ano de 1970 com "We Can Make
It Baby" e "God Bless Whoever Sent You."
A década de 1970 não foi boa para o grupo, com
fracos hits, como “Keep Me” e "I'm Someone Who Cares”, fracassos comerciais.
Para complicar, Spencer CP saiu, cedendo lugar a Ty Hunter. A mudança não
produziu efeitos. Continuou o sufoco em 1973, na gravação do hit “Be My Love” e
“Good Lovin´” em 1975.
Nessa época a Motown mudou as instalações de
sua produção para Los Angeles. Os Originals foram juntos, uniram forças com
Lamon Dozier para lançar o disco Communique, que chegou ao topo das paradas com
a clássica “Down to Love Town”. Em 1978 saíram da Motown Records para entrar na
Fantasy Records, onde soltaram álbum Ladies (We Need You). Em 1981 gravaram
Yesterday and Today, marcando o retorno de Spencer CP.
O disco incluiu a versão de “Please Mr.
Postaman”, sem provocar estragos nas paradas. Também colocar remake de "Baby
I'm for Real”. A década marcou a paralisação das atividades da banda, embora
fizessem turnês esporádicas. Em 1997, Gorman lançou álbum solo, It's All About
My Love. O ano de 2004 marcou a morte de Spencer CP, em 2006 foi a vez de
Gorman partir.
Um grande nome da Soul Music
foi Bobby McClure. De Chicago, aos nove anos de idade começou a cantar na
igreja onde a família congregava. Logo, a voz de tenor chamou a atenção. Não
demorou para entrar em grupos gospel de cidades vizinhas, incluindo The Soul
Stirrers, do qual Sam Cooke era integrante.
O talento obrigou McClure passar a soltar a
voz em outros estilos musicais, incluindo R&B e Doo Wop. Criou o conjunto
Bobby and The Vocals, ao lado do baterista Big Daddy Jenkins e do maestro
Oliver Sain. Não demorou em reunir vários artistas ao seu redor, como Little
Milton e Fontella Bass, com quem faria dueto num disco lançado em 1965, Don't
Mess Up a Good Thing, que estourou nas paradas de sucesso dos Estados Unidos.
Durante a década de 1960, ele retornou a
Chicago, para trabalhar junto com Otis Clay e Little Milton, antes de mudar
para St. Louis. Ali fez dueto com Shirley Brown e gravou alguns singles para the
Memphis-based Hi label.
Vinte anos depois, McClure soltaria alguns
singles, mas virou as costas para a carreira artística, trabalhando numa
penitenciária de Illinois. Não conseguiu ficar distante da música muito tempo.
Foi para Los Angeles para gravar comoutros artistas. Em novembro de 1992, aos
50 anos, sofreu um derrame e morreu.
O grupo Loose Ends nasceu em 1982, com Jane
Eugene, Steve Nichol e Carl McIntosh. Foi a primeira banda britânica toda negra
a assinar contrato com a Virgin Records. Após vários singles de sucesso adotou
o nome final de Loose Ends. Contou com a ajuda do produtor Nick Martinelli e
causou boa impressão no cenário Soul Music/Dance Music, com diversos
lançamentos.
Os singles “Hangin`On A String (Contemplating)
e “Magic Touch”, do álbum So Where Are You, com backing vocal da cantora norte-americana
Joanna Gardner estouraram nas paradas de sucesso da época. Já os seguintes não
tiveram o mesmo desempenho, mas desenvolveram uma linha de trabalho como
compositores e produtores (Julie Roberts, Five Star, Lavine Hudson).
Após
o fim da banda original, McIntosh retornou na década de 1990 com outros
integrantes: Linda Carriere e Sunay Suleyman, voltando a fazer sucesso com o
hit “Don´t Be A Fool”.
Após fazer filmes pornográficos, Candye pulou para a cama do Blues
Candye
Kane canta uma ousada mistura de Blues e Soul, além de realizar diversas
funções ao mesmo tempo, como mãe de um aluno sério e de uma garota maluca numa
peça de teatro e filmes picantes. Ela seria alguém que toca em Los Angeles,
exceto por duas coisas: sabe cantar muito bem e tem uma visão sexy, inteligente
e apaixonada de encaixar a voz com perfeição quando canta.
Nascida em 1965 em Ventura, Califórnia, Kane passou a
infância, na periferia de Los Angeles, no Highland Park. Ali a salvação veio
por meio da música e teatro. Aos 17 anos ficou grávida e passou a trabalhar
como alucinada para pagar as contas, aparecendo em dezenas de vídeos
pornográficos, que exploravam os seios grandes dela.
Aos 11 anos passou a gosta de Punk Rock,
quando participou do programa USC's Junior opera. Nessa época diversas bandas
de Country Music a conheceram. Logo a fama chegou à cúpula da CBS/Epic Records,
com quem assinou contrato em 1985. Perceberam que tinha uma artista de Country
nas mãos, até descobrirem seu passado pornográfico, antes de lançar o primeiro
disco no ano seguinte.
Ela mudou para San Diego, casou, teve outro
filho e participou do Palomar Community College, onde se formou. Passou a
trabalhar duro em composições e descobriu gravações clássicas de Blues de
cantoras como Bessie Smith, Etta James, Big Mama Thornton e Big Maybelle.
Percebeu que era na praia do Blues que iria ficar.
O ano de 1991 marcou o lançamento do álbum Burlesque
Swing, em 1992 assinou contrato com a Antone´s Records. Ali gravou diversos
discos, até chegar à Discovery Records em 1997. No ano 2000 soltou o CD The
Toughest Girl Alive on Rounder/Bullseye. Lançou mais três CDs pela gravadora
alemã Ruf Records: Whole Lotta Love (2003), White Trash Girl (2005) e Guitar´d
and Feathered (2007). Em 2009 pulou para a Delta Groove Records.
Com perfeita visão do mercado soltou dois
discos pela nova gravadora, um deles: Sister Vagabond reuniu Blues e Soul.
Neste ano de 2013 lançou Come Out Swingin´, que trouxe a guitarra blues de
Laura Chavez.
Após a morte dos pais na infância, Janiva cresceu em casas de acolhimento
Janiva Magness, por causa do
visual, não lembra em nada ser uma cantora e compositora de Blues e Soul, praia
frequentada por artistas negros. Aos 56 anos, ela foi a segunda mulher a
receber o prêmio BB Entertainer Of The Year, promovida pela The Blues Foundation.
Também já foi nomeada Artista Feminina do Ano do Blues Contemporâneo, que
venceu em 2006 e 2007, depois repetiu a dose em 2012. Desde 2006 obteve 22
indicações semelhantes. Já lançou nove álbuns.
Mas até chegar ao estágio atual de grande
estrela do Blues, enfrentou a dor de perder os pais para o suicídio antes da
adolescência, passando a viver em diversas casas de acolhimento, pois perdeu o
próprio lar. Aos 17 ficou grávida e teve de dar o bebê para adoção.
O seu amor pela música nasceu por causa da coleção
de discos do pai. Começara a estudar engenharia para trabalhar num estúdio de
gravação em Saint Paul, Minnesota. Ali foi obrigada a fazer backing vocal em
alguns discos. Depois mudou para Phoenix, Arizona e fundou a própria banda, The
Mojomatics. Chegaram ao sucesso naquela cidade, antes de Magnesse mudar, em
1986, para Los Angeles, onde lançou o primeiro álbum It Takes One to Know, que
saiu em 1997. Dois anos depois autuou numa produção teatral, em Westwood.
Após três discos independentes, assinou
contrato com a NorthernBlues Music Records, lançando o disco Bury Him at the
Crossroads (2004) e Do I Move You? (2006). Ambos produzidos por ela e Colin
Linden, com segundo álbum chegando entre as oito mais da Billboard Album Chart
Blues.
Em 2008 entrou na Alligator Records, com a
crítica especializada escrevendo que Magness interpreta canções que transformam
emoções e tristezas em alegria. Os bluesman reconhecem que ela sabe transitar
livremente e competência nas praias do Funk e Soul, revigorando as forças a
cada canção que interpreta. Em 2010 lançou o CD The Devil Is an Angel Too e Stronger
for It dois anos depois, incluindo diversas canções próprias, experiência que
colocou em prática desde sua estreia ao Show Biz em 1997. Neste ano de 2013
acabou indicada em cinco categorias no prêmio Blues Music Festivals.
Ana
Popovic nasceu em 1976, em Belgrado, Iugoslávia. O pai tocava violão e logo
cedo começou a cantar Blues, antes de se entregar para valer à guitarra. Ana
recebeu forte influência de artistas de Rock e do Blues dos Estados Unidos.
Passou gostar intensamente desse estilo musical.
No começo da década de 1990 formou a própria
banda, Hush. Ganhou vários simpatizantes. Excursionou por toda a Europa e
gravou o primeiro disco. No final dos anos de 1990 fixou base na Holanda, onde
estudou música e criou o grupo Popovic Ann.
Em seguida assinou contrato com a Ruf Records.
Em 2000 visitou os Estados Unidos pela primeira vez, tocando em Pittsburgh e
por toda costa Leste. Passou a trabalhar no álbum Ruf, gravado parcialmente em
Memphis, onde tocou no May Festival em 2001.
A voz dura e uma guitarra nervosa mostram que
Popovic tem o Blues correndo em suas veias. Acabou conquistando vários fãs na
América do Norte, até então despreparados para uma jovem mulher dos Balcãs, sem
qualquer tradição neste estilo musical, cantando Blues.