Dorinda Clark Cole é considerada por muitos como a Rosa da música Gospel norte-americana, a menina da igreja e evangelista. Já ganhou três vezes o Grammy, justificando o seu talento. Mais jovem de suas irmãs, ela atribui à mãe o estilo de interpretar canções, que a viu cantar e pregar, em idade avançada, nas décadas de 1960 e 1970, na sua infância. Ela reconhece que fez muito sacrifício, pois a mãe era rigorosa na questão dos ensaios durante a semana, principalmente se tivesse algum compromisso no sábado ou domingo. Aprendeu que a música tem disciplina.
Quando a irmã Karen completou 5 anos, as duas começaram a gravar. A mãe viu que as meninas eram talentosas. Começou a fase da disciplina, juntamente como usar os dons para cantar. Passados tantos anos, a lição continua presente na mente. Mas Dorinda não ficou apenas no canto, sua mãe descobriu que ela tinha o dom da pregação. Mesclou com o jeito sereno de falar do Senhor por meio de suaves canções. Ela mesma reconhece que não consegue deixar o palco sem falar algo e quando prega, precisa cantar algum louvor.
Dorinda foi evangelizando e fazendo malabarismos com centenas de palestras por ano para mais de 20 anos, juntamente com sua carreira de cantora e ser esposa e mãe. Misturou neste bolo, o trabalho de apresentadora numa Rede de Música. Porém, nem tudo foram rosas. As feridas causadas pelo tempo a fez pensar em suicídio. Sentia a falta da ajuda da mãe, pois ela sempre estava ao seu lado, principalmente nos momentos difíceis.
Não aguentou a depressão, pegou o carro e passou a dirigir para mergulhar no rio. Neste momento ouviu a voz do Senhor, lhe dizendo que iria deixar ir para o lixo o investimento feito em sua carreira. Começou a tirar o pé do acelerador e parou na margem da ponte. A partir dai tomou coragem lembrou-se das pregações de sua mãe, pastora Shirley Caesar, e centrou esforços em cantar louvores e pregar, como meios para superar dificuldades e tribulações. O alvo é alcançar, por meio da música, os viciados em drogas, e ter a vida abençoada.