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#BMW - Morre #QuincyJones, o gênio da produção de grandes discos

Luís Alberto Alves/Hourpress

sexta-feira, 15 de julho de 2011

O balanço de Kool and The Gang

KOOL-AND-THE-GANG-IN-CONCERT A banda Kool and The Gang já vendeu mais de 70 milhões de discos desde quando surgiu em 1964 na cidade de Nova Jersey, Estados Unidos. O grupo foi criado por Khalis Bayyan ( que atualmente nos shows toca guitarra sentado), Ronald Bell e seu irmão Robert “Kool” Bell (contrabaixista), Robert “Spike” Mickens, Denis “Dee Tee” Thomas, Ricky Westfield, George Brown (baterista) e Charles Smith.
Em 47 anos de carreira já ganharam dois Grammys, sete American Music Awards, 31 álbuns de ouro e platina, além de ficar 25 vezes no top das paradas de R&B dos Estados Unidos. A essência musical da banda é uma mistura de jazz, soul e funk.
O nome inicial do grupo era The Band City Soul, depois mudou para Kool and The Flames, até escolher o apelido final como são conhecidos até hoje.
O primeiro disco só foi gravado em 1969, com arranjos de Dee Tee, Khalis e Spike, chegaram aos primeiros lugares da Billboard com a composição “Let The Music Take Your Mind”. O álbum composto só de alguns hits instrumentais era declaração de amor à música.
No ano seguinte emplacaram “Live At The Sex Machine” outras vez na Billboard. Também incluiram os hits “Mam Funky” e “I Want to Take You Higher”. Para não deixar a temperatura cair, pouco tempo depois lançaram The Best of Kool and The Gang Featuring Penguin e Kool and The Gang Live At PJ, Music is The Message e Good Times.
O som da banda impressionou dois fãs especiais: James Brown e Nina Simone. A cada ano, cresce o respeito pelo trabalho do grupo. Em 1973 ganham disco de outro com o hit “Wild & Peaceful”, ficando 33 semanas nas paradas Pop dos Estados Unidos. Nesse mesmo ano  colocaram também as músicas “Hollywood Swinging”, “Funky Stuff” e “The Jungle”.
Até no filme Os Embalos de Sábado a Noite, em 1978, Kool and The Gang conseguiram emplacar uma faixa, ganhando o segundo prêmio Grammy. O ano de 1979 é inesquecível para o grupo. O álbum Ladies Night, produzido pelo maestro brasileiro Elmir Deodato resultou em disco de platina e o estouro da faixa título nas paradas de todo o mundo, inclusive do Brasil.
“Ladies Night” é inspirado no estilo de andar das mulheres pelas ruas de Nova York, dai a forte introdução de contrabaixo e a entrada pausada de cada instrumento no decorrer da música. A letra era grande, mas Eumir Deodato a reduziu, impondo um funk com batida de Disco Music.
Em 1980, a banda ganha disco duplo de platina com o álbum Celebration, que até hoje é música tema nas festas de fim de ano nos Estados Unidos. Pois coincidiu com o retorno dos reféns que ficaram mais de um ano presos no Irã.
Esse disco é repleto de boas composições: “Get Down On It”, “Take My Heart”, “Let´s Go Dance”, “Joanna”, “Tonight”, “Misled” entre outros. Em 1984, Kool and The Gang foi o único grupo norte-americano a participar do Band Aid, projeto que ajuda vítimas da fome na África.
Com o advento do Hip Hop, a banda perdeu um pouco de seu espaço, mas continua fazendo turnês. Em 2006 emplacou nas paradas o hit “Steppin Into Love”. Mesmo após 47 anos, a adrenalina musical continua forte na banda.
Depois de mais de 40 anos, o mesmo balanço

O hit de final de ano nos Estados Unidos
A obra-prima com ajuda de Eumir Deodato
O primeiro grande sucesso da banda em 1970
Outra adrenalina no formato de música

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Bobby Womack, uma das feras do soul

bobby womack Quem já passou dos 40 anos e gostava dos bailes das décadas de 1970 e 80, onde a black music era presença marcante, se lembra das famosas baladas que frequentavam as picapes dos DJs. Entre elas, se fazia presente “Fact of Life He´ll be There when The Sun Goes Down”, autoria de BobbY Womack. O seu início era um solo de contrabaixo, acompanhado de piano e violão, e depois começava o diálogo que durava mais de 6 minutos, tempo suficiente para jogar a conversa na menina e sair da festa acompanhado.
Poucos sabem que Roberto Dwayne Womack, nascido em 1944, na cidade de Cleveland, Estado de Ohio, começou sua carreira, no final dos anos 50, acompanhando Sam Cooke, compositor da inesquecível “You Send Me”. E depois da morte de Cooke em dezembro de 1964, Womack casou-se com a viúva, Barbara Campbell, em março do ano seguinte.
No início, Womack cantava música gospel na igreja, assim como Cooke, que veio de um conjunto da igreja Batista, onde congregava com seus irmãos.
No conjunto  Valentinos, Womack tocava guitarra e às vezes compunha algum hit. O seu primeiro single foi “Lookin´For a Love”, que chegou ao 8° lugar na parada de R&B (blues de rua). Depois escreveu “It´s All Over Now” e usada depois pelos Rolling Stones, cuja banda estava no começo da carreira.
Após a morte de Sam Cooke, ele deixou o grupo Valentinos e só a partir de 1968 colocou o pé na estrada para valer. Até 1977, ele grava um álbum por ano. Aliás nesse ano George Benson inclui no seu disco o hit “Breezin”, que até hoje faz sucesso nos bailes de qualidade.
Depois volta à carga em 1979, gravando com pequeno intervalo de tempo, até seu último disco, lançado em 2006.
Em 52 anos de carreira, vários hits fizeram a cabeça de muita gente nas festas onde seus discos estavam presentes. É o caso de “If You Think You´re Lonely Now”, de 1981; “Lookin´For a Love”, de 1974; “That´s The Way I Feel About´Cha, de 1971; Breezin, de 1970; e a que pegou nos bailes do Brasil “Facts of Life He´ll be There When The Sun Goes Down”, de 1973.
O som do gostoso samba-rock instrumental
A beleza de suas composições de amor
O hit que embalou muitos corações apaixonados
Outra de suas belas canções de amor

O furacão Lulu

lulu1 Aos 15 anos, a garota Marie McDonald McLaughlin Lawrie, depois famosa com o apelido de Lulu, entrou para badalado mundo do rock. Em 1963 ela foi a um programa de auditório de Londres e surpreendeu todo mundo; primeiro com sua voz rouca e depois com sua interpretação de “Shout”, autoria dos Isley Brothers e regravada pelos Beatles nesse mesmo ano.
Depois, surfando na onda da fama, quase no final da década de 1960 participou do filme Ao Mestre com Carinho, ao lado de Sidney Potier. Ao gravar a música tema, entrou para sempre no imaginário de quem gosta de baladas. O hit “To Sir, With Love” chegou aos primeiros lugares das paradas dos Estados Unidos.
Ao mesmo tempo em que cantava, participava de diversas séries de televisão na Grã-Bretanha. Em 1969, representou o Reino Unido com a música “Boom bang-a-bang” no Festival Eurovisão da Canção. Pela primeira vez, o hit interpretado por Lulu empatou com canções apresentadas por artistas da França, Espanha e Holanda.
Nesse mesmo ano casou-se com o Bee Gee Maurice Gibb,  matrimônio que durou até 1973. Para não ficar só, Lulu tornou marido o seu cabeleireiro John Frieda. Ele ficou ao seu lado 20 anos.
Em 1974 ela gravou o tema do filme James Bond e o Homem da Pistola de Ouro. A partir dai, sua carreira passou a andar em marcha lenta. Na década de 1990 gravou outra versão para o hit “Relight My Fire”, que chegou aos primeiros lugares das paradas britânicas. Já em 2004 lançou o álbum “Back on Track” e fez uma turnê para comemorar 40 anos de carreira.
Shout foi o cartão de visitas de Lulu
A balada que eternizou seu nome
Hit que provocou triplo empate
Em 2002, cantando ao lado do ex-marido

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Hits ingleses na voz de brasileiros

morris albert Pense e responda rápido; qual desses cantores e conjuntos são
brasileiros: Terry Winter, Pholhas, Mark Davis, Pete Dunaway, Chrystian, Dave Maclean, The Jets Black´s, Morris Albert, Michael Sullivan e Light Reflection? Todos gravaram músicas em inglês nas décadas de 1960 e 70, mas nunca saíram do Brasil.
O carioca Morris Albert (Maurício Alberto Kaiserman) conseguiu a proeza de ter seu mega-sucesso “Fellings”, composto em 1973, ser regravado 6 mil vezes e vender mais de 100 milhões de cópias. Diversos interprétes regravaram essa música, inclusive Frank Sinatra e o soul man Isaac Hayes.
Outro paulistano a fazer sucesso na década de 1970, cantando em inglês, foi Pete Dunaway (nascido Otávio Augusto Fernandes Cardoso). Emplacou os hits “Tears of Life”, “Heart to Heart” e “Belivie me Darling”. Também compôs uma das primeiras canções-tema de abertura do jornal Hoje, “Adam and Eve”, em 1975.
O brasileiro, filho de britânicos, Terry Winter, frequentou várias vezes as paradas de sucesso. “Summer Holiday” foi uma de suas músicas que estourou em todo o Brasil em 1972. Morava em São Paulo, no bairro da Santa Cecilia, Centro. Sempre gravou em inglês. Já é falecido.
Em 1971, um jovem magrinho começou a aparecer em programas de auditório, interpretando músicas em inglês. “Don´t Let me Cry” marcava presença na Rádio Difusora (dos Diários Associados) e Excelsior (atual CBN) a Máquina do Som. Ninguém desconfiava que Mark Davis era o nome artístico  de Fábio Jr, que a partir de 1975 começou a cantar em português.
A novela da Globo, Cavalo de Aço, em que Glória Menezes interpretava uma fazendeira envolvida em conflito agrário, em 1973, tinha a balada “Please Don´t Say Goodbye” na voz do internacional Chrystian. Fez sucesso. Porém, a maioria das pessoas não sabia que ele era João Pereira da Silva Neto e hoje faz dupla sertaneja com Ralf.
O ano de 1973 foi brilhante para Dave Maclean (batizado Hélio Costa Manso). É dele a adocicada “Me and You”, tema da novela das 10h da Globo, Ossos do Barão. Emplacou vários hits, ocupando os primeiros lugares nas rádios, durante meses. Atualmente tem a banda Montana Country.
Já o grupo Pholhas ganhou as paradas de todo o País, em 1972, com a balada “My Mistake”. Diversos fãs desconheciam que o conjunto era do bairro da Mooca, Zona Leste de São Paulo. Com algumas mudanças de componentes, eles continuam em atividade.
Na década de 1960, auge da Jovem Guarda, o nordestino Ivanilton de Souza Lima participou de vários conjuntos, entre eles Renato e Seus Blue Caps, além de aprender tocar violão com Tim Maia. Com o nome de Michael Sullivan vendeu 1 milhão de cópias do hit “My Life”, em 1975. Mais tarde formou dupla com Paulo Massadas e escreveu inúmeras canções de sucesso.
A época de ouro do conjunto The Jets Black´s foi em 1966, quando regravaram a balada instrumental “Tema para Jovens Enamorados”. O líder da banda, Guilherme (já falecido), deu um andamento mais lento do que o original composto por Bruce Wich, no estilo country. Para não fugir da rotina, The Jets Black´s é de São Paulo.
“Tell me Once Again” é outra música composta por brasileiros, que muitos achavam ser de autoria de norte-americanos. Com esse hit, a banda Light Reflections ficou vários meses nas paradas.
A estratégia de gravar em inglês era para vender discos, passando a imagem de estrela internacional ao público. Porém como ocorre com a maioria das coisas, exceção de “Feelings” (plágio de uma música francesa da década de 1960), as letras eram banais, até com erros de grafia e pronúncia, essa moda passou.

Feelings vendeu mais de 100 milhões de cópias
Pholhas fez muito sucesso na década de 1970
O grande sucesso de Terry Winter
Mark Davis era Fábio Jr.
Tema do Jornal Hoje, em 1975
Balada em inglês do Brasil...
Tema de amor da novela Cavalo de Aço
My Life, o sucesso de Michael Sullivan
Banda fez sucesso até fora do Brasil
Música que embalou muitos corações na década de 1960

Música linda regravada fica cada vez melhor

partitura since  Há músicas que ficam cada vez mais lindas, quando regravada. Não importa duas ou três vezes. É o caso do blues “Since I Don´t Have You” imortalizada pelo grupo The Skyliners em 1959. O curioso é que o conjunto, formado por Jimmy Beaumont, Jackie Taylor, Wally Lester, Joe e Jane Verscharen, era composto por brancos.

Nos Estados Unidos os maiores cantores de blues são negros, assim como ocorre no Brasil com os grandes interpretes de samba. Esse detalhe não impediu que “Since I Don´t Have You”, entrasse na galeria dos blues mais bonitos da história da música, que popularmente é conhecido como balada, o hit que ajuda qualquer pessoa a conquistar alguém, desde que saiba dançar bem.

Don McLean, em 1981, foi um dos interprétes que regravaram “Since I Don´t Have You”. A deixou mais linda, com belo backing vocal e ótimo arranjo de teclados.

Em 1993, o Guns N´Roses também regravou “Since I Don´t Have You”. A introdução com um solo de guitarra deu outra roupagem, mas a beleza desse blues ficou intocável, mostrando porque o rock não pode viver sem o blues, de onde veio.

A The Brian Setzer Orchestra foi outra a incluir “Since I Don´t Have You “ no seu repertório. Com outra roupagem, lembrando as big bands do final da década de 1940, revela que música bonita nunca deve ser esquecida.

No arranjo elaborado por Ronnie Milsap, “Since I Don´t Have You” ganha mais destaque o piano e uma bateria bem no estilo da década de 1950, quando o couro não era tão apertado como ocorre atualmente. Manteve o mesmo clima romântico.

Art Garfunkel regravou “Since I Don´t Have You” em 1979 e embolou o meio de campo. O arranjo de piano Rhodes e sintetizadores, mesclado com uma bateria só na base do chimbal bem leve, depois incorporado ao solo de saxafone, mostrou que o blues é capaz de prodígios. O final é explêndido com a frase you repetindo-se em eco. É a senha para qualquer apaixonado declarar-se à mulher amada.

Don McLean caprichou nesta regravação também
Guns N´Roses também manteve a beleza de "Since I Don´t Have You"
Outra roupagem, com molho de orquestra
Outro arranjo para manter a beleza dessa música
Art Garfunkel em outra linda versão desse belo blues
A original com o grupo The Skyliners em 1959

O lindo vocal do Trio Esperança

trioesperanca1 No final dos anos de 1950, o Brasil iria ganhar um trio de cantores que ficaria na história da nossa música, por causa da beleza de suas vozes. Ainda crianças, com 15, 13 e 10 anos de idade, os irmãos Regina, Mário e Evinha formavam o Trio Esperança.
Em 1961, os três se apresentaram no programa de calouros de Hélio Ricardo e depois repetiram a dose no programa de José Messias, na Rádio Mundial , do Rio de Janeiro.
Depois gravaram “O Menino do Amendoin” e o “Rock do Espirro”. Porém, o sucesso só veio  em 1963 com o hit “Filme Triste”, versão de “Said Movies”. Outro destaque do Trio Esperança, principalmente nos bailes, é a versão da  música japonesa Sukiyaki, que em português chamou-se “Olhando para o Céu”. Nela, as meninas Regina e Evinha dão um show de interpretação.
Com o carimbo do sucesso, o Trio Esperança mostra o seu talento no programa Jovem Guarda, da TV Record, apresentado por Roberto Carlos, nas famosas tardes de domingo. Como ainda eram crianças, os pais desses cantores mirins precisavam estar presentes durante o show, inclusive com toda a documentação deles.
Nesse programa da TV Record, o Trio Esperança emplacou três sucessos: “Meu Bem Lollipop”, versão de “My Boy Lollypop”, “Festa do Bolinha” e “Gasparzinho”. No disco, de 1966, gravado pelo grupo, uma outra música ganhou destaque nos bailes: a balada “Aurora”.
Em 1968, Evinha deixa o grupo e inicia carreira-solo, conquistando o primeiro lugar no IV Festival Internacional da Canção, com a música “Cantiga por Luciana”, autoria de Paulinho Tapajós e Edmundo Souto.
Com outra irmã Marisa no seu lugar, o Trio Esperança grava em 1970 outro disco, batizado com o nome do grupo, destacando o hit “Primavera” de Cassiano e Rochael. Repetem a dose no ano seguinte em outro álbum, com música “Na Hora do Almoço”, de Belchior.
Em 1974 explodem nas paradas com samba “Arrasta a Sandália”, de Roberto Correia e John Lemos. Outro hit dessa época é “Replay”, em homenagem ao então ponta-esquerda da seleção e do Flamengo Paulo César Caju.
No ano de 1975, eles produzem mais um disco e incluem “Marambaia”, de Henricão e Rubens Campos, todos pela gravadora EMI-Odeon.
Atualmente, o Trio Esperança continua em atividade na Europa, pois seus integrantes residem na França.
O passaporte para o sucesso
A linda interpretação de Sukiyaki
Outra linda versão de "Primavera"
Replay virou tema na rádio Jovem Pan
samba melodioso, que hoje sumiu das paradas

Carros fora de linha, mas fontes de inspiração

corcelAVA73 Calhambeque, Corcel, Fuscão e Brasília. Todos modelos fora de linha, mas que serviram de inspiração para diversas músicas. No seu terceiro LP (disco com 12 faixas), gravado em 1964, Roberto Carlos incluiu o hit “Calhambeque”, versão de “Road Hog”, de John e Gwen Loudermilk.

A letra descreve o conserto de um carro velho (um Cadillac) e o mecânico entrega um substituto para ele não ficar a pé: “Enquanto o Cadillac/ consertava eu usava/ o Calhambeque, bi-bi/quero buzinar o Calhambeque…”

Em 1973, Raul Seixas grava “Ouro de Tolo”. A letra muito grande não impede a composição de virar sucesso. Na segunda estrofe, ele acrescenta: “Eu devia agradecer ao Senhor/por ter tido sucesso/ na vida como artista/eu devia estar feliz/porque consegui comprar um Corcel 73…”

No início da década de 1980, Almir Rogério aposta numa composição que fala de um Fuscão Preto que destruiu um casamento. Meio brega, o hit emplacou nas rádios de programação popular e virou até filme. É a descrição exata da dor de corno que atinge alguém, que viu seu grande amor andando de carro com outro pelas ruas da cidade. Num dos trechos é vísivel essa constatação: “Meu Deus do céu, diga que isso é mentira/se for verdade esclareça por favor/dai a pouco eu mesmo vi o Fuscão/ e os dois juntos se desmanchando de amor..”

Mas em 1995 foi uma Brasília amarela que conquistou o coração de várias pessoas. A música “Pelados em Santos”, dos Mamonas Assassinas, invadiu as rádios e programas de televisão, trazendo a estória de um casal que foi passar o final de semana em Santos e aproveita os momentos de amor dentro daquele carro. O começo a maioria conhece: “Mina, seus cabelos é da hora/seu corpão violão/meu docinho de coco/tá me deixando louco/minha Brasília amarela/tá de portas abertas/pra mode a gente se amar/ pelados em Santos…”

Essas letras revelam a época em que o Brasil tinha poucas montadoras de automóveis e o consumidor era obrigado a comprar modelos sem nenhum conforto, que na hora do namoro prejudicava a perfomance de qualquer apaixonado. Aliás quem nunca paquerou alguém dentro de um Fusca?

A descrição exata da dor de corno
Raul Seixas e um de seus grandes sucessos
Roberto Carlos cantando o Calhambeque

A inesquecível Brasília amarela dos Mamonas

terça-feira, 12 de julho de 2011

B.B. King: o rei do blues

bb-king
O lendário B.B. King é aclamado por muitos como o rei do blues nos últimos 50 anos. Suas notas dobradas e o staccato influenciaram uma legião de bluesmem por todo o mundo. Entre 1951 e 1985, ele  marcou impressionantes 74 entradas nas paradas da Bilboard, especializada em rhythm and blues.
Nos Estados Unidos, B.B. King foi um dos poucos artistas, sem ter olhos azuis, a fazer tal proeza, inclusive com o sucesso “The Thrill is Gone”, no programa Ed Sullivan Show (O Silvio Santos dos Estados Unidos).
Desde aquela época montou parceria com  músicos como  U2 e Eric Clapton, enquanto administra sua carreira solo, mantendo seu inconfundível estilo de tocar guitarra.
A fonte do seu talento vem do blues praticado na região do Mississippi, celeiro de grandes bluesman. Tudo começou em 1925, na cidade de Bena Itta, no caminho entre a casa de sua mãe e avó.
Tornaram-se comuns os cânticos de adoração ao Senhor, enquanto os meninos mais fortes trabalhavam nas plantações das fazendas da região. Foi assim que a música gospel envolveu o garoto Riley B. King´s.
Depois ele bebeu na fonte dos bluesman T.Boone Walker e Lonnie Johnson; e gênios do jazz como Charlie Christian e Django Reinhardt.
Em 1946, com 21 anos, partiu para Memphis em busca de seu primo, um grosseiro guitarrista de blues chamado Bukka White. Ele o ensinou todos os fundamentos para tocar blues numa guitarra.
Dois anos depois passou a apresentar sua música numa rádio de Memphis. Tempos depois fazia solos como fundo de propaganda. É quando passa a ser conhecido como Beale Street Blues Boy até ser encurtado para B.B. King.
Depois gravou um disco com quatro faixas, uma delas batizada de “Martha King” (nome de sua esposa). Os discos era produzidos por Sam Philips, que anos depois iria descobrir Elvis Presley na gravadora Sun Records.
Em 1951 faz pequeno sucesso com “Three O´Clock Blues”. É quando põe o pé na estrada para valer. Foi nessa época que escapou de incêndio num hotel, onde havia esquecido sua guitarra. Voltou para pegâ-la e descobriu depois que uma briga pelo amor de uma mulher chamada Lucille era a causa do incêndio.
A partir daí emplaca vários hits nas paradas de blues: “You Know I Love You” (1952), “Please Love Me” (1953), “You Upset Me Baby” ( 1954), “Ten Years Long” (1955), “Angel Sweet Little” (1956), “Please Accept My Love” (1958).
A década de 1960 foi pródiga em novos hits e assinatura de contrato com a ABC-Paramount Records. Um de seus grandes destaques é “Why I Sing The Blues” entre vários hits emplacados nas paradas.
Durante os anos de 1970, o público pop descobriu que não poderia ignorar mais o talento de B.B. King. É quando explode o hit “The hrill is Gone” no programa Ed Sullivan Show.
Em 1973, ele vai a Filadélfia e grava  “To Know You is To Love You” e “I Like To Live The Love”, usando o mesmo ritmo do grupo Spinners. Na Década de 1980 prossegue fazendo mistura de jazz com funk e uma média de 300 shows por ano.
Canção com o nome de sua guitarra
Primeiro sucesso na década de 1950
Homenagem à esposa Martha King
O hit que o aproximou do público pop
Em 1993 grava o disco Blues Summit com participações de Etta James, Fulson, John Lee Hooker e Koko Taylor. Seis anos depois faz outro disco, junto com o guitarrista Eric Clapton. Em 2005 comemorou 80 anos, com um álbum repleto de estrelas, inclusive da música pop como Gloria Estefan, John Mayer e Van Morrison. Três anos atrás gravou o álbum One Kind Please, classificado por ele de blues puro.

A doçura chamada A Taste of Honey

A taste of honey 1 A história dessa dupla A Taste of Honey começa em 1971, quando a cantora, baixista e guitarrista Janice Marie Johnson e o tecladista Kimble Perry decidem montar uma banda. A ideia surgiu após reunião para fazer shows num cruzeiro marítimo. Como teste, ambos passaram a tocar em bares do sul da Califórnia, bases militares norte-americanas e no Exterior.
Logo de cara perderam o vocalista Greg Walker para o roqueiro Santana. O grupo recebe a guitarrista Hazel Payne. Logo a banda assina com o selo Capitol e produzem o single “Boogie  Oogie Oogie”, hit inspirado numa plateia que não responde durante uma data numa base militar.
A famosa introdução dessa música, que fez muito sucesso no final da década de 1970,auge da Dance Music, ocorreu por acaso. Visto que Janice Johnson estava se aquecendo antes do inicio da gravação, desconhecendo que estava sendo gravada.
O single vendeu mais de 2 milhões de cópias, liderando as paradas da Bilboard por três semanas em 1978. Rendendo um disco de platina ao conjunto.
Logo depois, ao participar de um festival no Japão, a agora dupla Janice e Hazel  decidem gravar a música japonesa  Sukiyaki em inglês (essa mesma composição foi regravada no Brasil pelo Trio Esperança em 1963, com o nome de “Olhando para o Céu”).
A gravadora Capitol não apostava na versão dessa música japonesa, que rendeu várias dores de cabeça por causa de direitos autorais. A Capital centrou fogo no funk disco “Rescue Me”, que no Brasil fez parte de trilha sonora de novela da Globo, no começo da década de 1980.
Janice Johnson vestiu roupas típicas japonesas para interpretar Sukiyaki. O esforço não foi vão: o hit ocupou os primeiros lugares das paradas nos Estados Unidos em 1981. Em seguida, a banda excursionou no Japão, cantando essa composição ao lado de Kyu Sakamoto.
Em 1984, Janice Johnson resolve gravar um disco solo e o hit “Love me Tonight” não alcançou boas colocações nas paradas.
No ano de 1999, uma cadeia de restaurante de comida fast food passa a usar o single “Boogie Oogie Oogie” em campanha nacional de televisão. O hit também foi adotado pelo hip hop e artistas de RAP, como MC  Lyte e Mack 10.
Em 2000, Janice Johnson criou sua própria gravadora; a Tastebuds. A guitarrista Payne montou sua própria banda e continua em atividade.
Canção típica japonesa em inglês, com molho de mel
Hit que virou trilha sonora de novela no Brasil
Um dos maiores sucessos da banda