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#BMW - Morre #QuincyJones, o gênio da produção de grandes discos

Luís Alberto Alves/Hourpress

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Grover Washington Jr., o mestre do Smooth Jazz

O saxofonista Grover Washington Jr., teve 28 anos (1971-1999) para brilhar no palco do show biz, antes de morrer de um ataque cardíaco aos 56 anos. Criador do Smoot Jazz, Grover começou a amar a música na infância. Sua mãe  cantava em corais de igreja e o pai era colecionador de discos de Jazz. Com dez anos ganhou seu primeiro saxofone. 
Passou a ir a clubes onde tocavam as feras como Jack McDuff, Harold Vick e Charles Lloyd. Sua vida de músico profissional começou aos 12 anos. Na bagagem não esquecia do R&B e Blues. Logo saiu da cidade de Buffalo, Estado de Nova York e foi para o Interior dos Estados Unidos participar do conjunto Four Clefs. 
Durante o serviço militar conheceu o baterista Billie Cobhan, músico da banda do Exército junto com Grover. O apresentou a colegas das cidades de Nova York e Filadélfia.
Depois foi trabalhar na banda do organista Charles Earland. Em seguinda participou de uma gravação ao lado de Johnny Hammond. Ele ficou admirado com seu talento ao saxofone. O produtor Credd Taylor não perdeu tempo e tratou de arrumar um espaço para Grover Washington Jr numa gravadora.
Em 1971 lança seu primeiro álbum: Inner City Blues. Começa sua temporada de sucesso nas paradas dos Estados Unidos. É quando vai batalhar para manter no topo o Grover´s Soulful, que será sua marca registrada durante toda a década de 1970 e o êxito de seus três primeiros discos: All The King´s Horses, Soul Box e Mister Magic. Este último abre as portas junto a colegas de show biz como Bob James, Dave Grusin, Randy Weston e Eric Gale. 
Com o álbum Winelight, em 1980, ganha reconhecimento da crítica especializada e dois Grammies de Melhor Gravação de Jazz Fusion e Melhor Canção R&B para "Just The Two of Us". No ano seguinte Winelight ganha o Disco de Ouro e as vendas atingem mais de 2 milhões de cópias.
O álbum Come Morning, de 1981, obtém outro Disco de Ouro. No ano seguinte é indicado ao Grammy no acompanhamento que fez numa música interpretada por Patti Labelle.
No disco lançado em 1987, Strawberry Moon, Grover Washington Jr., tem como companhia de gravação a lenda do Blues: B.B.King. Para o disco The and Now, de 1988, reúne as feras do Jazz: Herbie Hancock, Ron Carter, Tommy Flanagan e Marvin "Smitty" Smith. 
Em 1990, o disco On Time Out of Mind contou com a presença da cantora Phyllis Hyman no hit "Sacred Kind of Love". Dois anos depois radicalizou ao gravar o álbum Exit. Reinventou o clássico de Paul Desmond na canção "Take Five", como de sua autoria intitulando-se "Take Another Five",dividindo parceria ao lado dos Four Tops e Lalah Hathaway, mergulhando a fundo no RAP.
Para 1996, o disco Soulful Strut mesclou Hip-Hop, Acid Jazz e ritmos africanos. Até morrer em 17 de dezembro de 1999 continuou apresentando em seus shows hits de Jazz/Pop.

Central Line band dura seis anos

A banda britânica Central Line aproveitou o vácuo da Disco Music, no final da década de 1970 e início da de 1980 e colocou três hits nas paradas de sucesso. O grupo mesclava Jazz, Funk dos Estados Unidos, Pop, Soul e R&B. O conjunto surgiu em 1978 e no ano seguinte já estava na Mercury Records. Os integrantes originais eram Steve Salvari, Camelle Hinds, Lipson Francis e Henry Defoe. 
Para aquecer, o grupo participou de turnês com Roy Ayers, o saxofonista Grover Washington, Fat Larry Band e The Real Thing. O primeiro hit do grupo foi "Wot We Got Its Hot". Ele foi bem recebido pelo público, mas o segundo "Sticks & Stones" caiu no esquecimento. 
A cereja do bolo da Central Line foi "Walking Into Sunshine", sucesso nas paradas dos Estados Unidos em 1981. Dois anos depois emplacaram "Nature Boy", mas o fim da linha chegou em 1984. O tecladista Steve Salvari foi trabalhar com Barry White, Robert Palmer e Sheena Easton; o mesmo fizeram o vocalista Hinds e o guitarrista Defoe com o grupo The Style Council; o outro tecladista Lipson Francis e o percussionista Beckles Linton entraram para o mercado de música Gospel. O baterista Jake Le Mesurier morreu na década de 1990. 

O golpe musical chamado Mary Jane Girls

Quem curtiu os bailes de black music na década de 1980 se lembra do grupo feminino The Mary Jane Girls. Elas cantavam ou tentavam, melhor dizendo, interpretar hits de Funk dos Estados Unidos, Soul Music, R&B (Blues de rua) e Disco Dance. Suas canções mais conhecidas foram "Candyman", "In My House", "All Night Long". A que fez mais sucesso nas mãos dos DJs da Chic Show e demais equipes de som foi a  balada  "Hurting on The Inside".
Para suprir as deficiências vocais, Candice Ghant, Joanne Mcduff, Cheryl Bailey (de meias vermelhas) e Kimberly Wuletich abusavam de coreografias sensuais. Elas faziam backing vocal para Rick James, responsável na época por milhões de discos vendidos na Motown Records, a fábrica de sucessos de Detroit, comandada por Berry Gordy. 
James escreveu algumas canções para o conjunto, ensinou alguns macetes dos subterrâneos da indústria da música. Blefou com a Motown, ao vender a ideia de que As Mary Jane Girls seriam a nova revelação da black music na década de 1980. Como mentira tem perna curta, Berry Gordy, escolado em mais de 20 anos na função de selecionar talentos para sua gravadora, logo descobriu que as aquelas meninas não teriam longa vida no competitivo mercado do show biz.
Antes do lançamento do segundo álbum, Only For You, em 1985, Cheryl Bailey saiu do conjunto, sendo substituída por Yvette Marine, filha da cantora de Disco Music, Pattie Brooks. Mesmo com deficiências, o hit "In My House" chegou ao terceiro lugar das paradas de R&B dos Estados Unidos. Também passou 12 semanas no Top 40. As canções "Wind" e "Love Crazy" conseguiram ficar algum tempo nas paradas.
Em 1986, elas lançaram o hit "Shadow Lover", mas problemas entre Rick James e Motown resultaram em pouca divulgação e fracasso nas vendas. O terceiro disco do grupo foi gravado, mas o álbum Conversation nunca ganhou as ruas. Como o efeito da maconha que logo acaba (o nome Mary Jane é uma alusão à marijuana), o grupo Mary Jane Girls chegou ao fim em 1987.
Dez anos depois, Joanne Mcduff trabalhou como backing vocal de Rick James; e depois seguiu carreira-solo; Cheryl Bailey encontrou emprego num estúdio de música. Em 1995, Candice Ghant, Kimberly Wuletich e Cheryl Bailey formaram o trio MJG, mas dois anos após Ghant e Wuletich saíram do conjunto. 



Taylor Dayne uniu beleza e talento para cantar

Taylor Dayne conquista fãs pela beleza (bonita de rosto e de corpo) e voz. De olhos fechados ninguém imagina  que seja de uma branca o vozeirão que coloca em suas músicas. Como se diz na gíria, ela é uma branca negreira, por causa do seu timbre. Começou a cantar profissionalmente após concluir o Ensino Médio em Nova York. Mas pegou firme no batente depois de terminar a faculdade. Aos 23 anos, em 1985, lançou dois singles: "I´m The One You Want" e "Tell Me Can You Love Me" (1986).
Navegando entre o Smoot Jazz, Pop e Dance, pela Arista Records lançou o hit "Tell It To My Heart", em 1987, atingindo os primeiros lugares nas paradas de sucesso dos Estados Unidos e Europa. Depois emplacou as canções "Prove Your Love", "I´ll Always Love You", "Don´t Rush Me", " With Every Beat of My Heart", "Love Will Lead You Back", "I´ll Be Your Shelter", " Heart of Stone", " Send Me a Lover", "Naked Without You" e "Whatever You Want". 
Conquistou, na década de 1980, três Discos de Ouro. Em 1990 chegou ao primeiro lugar da Hot 100 da Billboard com a canção "Love Will Lead You Back". Três anos depois regravou de Barry White o hit "Can´t Get Enough Of Your Love". A canção chegou ao segundo lugar das paradas da Austrália. No ano de 1997, Taylor Dayne assumiu o posto de atriz numa série de televisão, interpretando uma cantora de Jazz.  Nesse mesmo período, participou do filme Paraíso da Mentira. Em 2004 esteve presente em Jesus, The Driver, produzido por Warren Beaty.
Os primeiros anos do século 21, ela dedicou à família, com o nascimento de dois filhos; fez dueto em 2006 num programa exibido pela Fox TV. Só em dezembro de 2007 lançou o hit "Beautiful", uma das faixas do álbum Satisfield. A canção chegou aos primeiros lugares da Billboard. No ano passado gravou a canção "Facing a Miracle".



Phyllis Hyman: sucesso e tragédia lado a lado

A cantora Phyllis Hyman estava no lugar e hora certos, quando o produtor Norman Connors assistiu ao seu show na década de 1970. Não demorou, para em 1977, ela assinar contrato com a Buda Records. Seu primeiro disco estourou com o hit "I Don´t Want to Lose You", canção que fez sucesso antes na voz do grupo Spinners e do saxofonista Jimmy Castor Bunch, cuja a versão saiu numa coletânea lançada em 1976 pela promotora de bailes de black music no Rio de Janeiro, Soul Grand Prix.
Com a compra da Buda pela Arista Records, Phyllis gravou diversos álbuns pela nova casa, mas sem atingir o topo das paradas de R&B dos Estados Unidos. Porém, a cada trabalho sua voz melhorava, tornando-se, tempos depois,  grande cantora de Soul Music. É quando grava as canções " You Know How to Love Me", " Riding the Tiger", "Can´t We Fall in Love Again" e a dramática " Somewhere in My Lifetime". Nessa fase ela transforma-se em concertista de diversos shows realizados mundo afora.
Na década de 1980, após sair da Arista, entra na Philadelphia International Records, selo ainda conhecido pelo estilo musical Som da Filadélfia, responsável pelo lançamento de vários cantores e conjuntos na década de 1970, responsável pela venda de milhões de discos.
Em 1987 gravou "Living All Alone", mas o grande sucesso do álbum foi " Old Friend", autoria da dupla Thom Bell/Linda Creed verdadeira máquina de compor. Atingiu em cheio os amantes das baladas em ritmo de Soul Music. Depois Phyllis sumiu das paradas. Deixou o alcoolismo dominá-la, e perto de inteirar 40 anos passou a se preocupar em demasia com o corpo, temendo engordar e prejudicar sua performance junto ao público que assistia aos seus shows.
Infelizmente não conseguiu dominar o mal que existia dentro de si. Em 1995, minutos antes de apresentar-se resolveu tirar sua própria vida. O álbum póstumo "I Refuse To Be Lonely" revelava que Phyllis não estava bem, sinalizando que algo trágico iria lhe ocorrer.
Como já repetiu com outros artistas, foi após sua morte que Phyllis teve seu talento reconhecido pela crítica.  Quando foram relançados em 1998 e 2004, discos contendo canções inéditas, entre elas "Forever For You" e "Magic Mona".

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Santo & Johnny: os pais de Sleepwalk

Quem já assistiu ao filme La Bamba não se esquece daquela música instrumental solada numa guitarra havaiana, quando a morte de Ritchie Valens é comunicada pelo irmão a sua mãe. Alguns chegaram a crer que a composição era autoria de Valens. Infelizmente não. Sleepwalk pertence aos irmãos Santo & Johnny, nascidos no bairro do Brooklin, Nova York no final das décadas de 1930 e início da de 1940. Após seus pais retornarem da Segunda Guerra Mundial, ambos começaram estudar violão e no começo da década de 1950 passaram a tocar em bailes, casamentos e conquistaram diversos fãs no local onde moravam. 
A fama dos meninos cresceu. Logo faziam sucesso em toda Nova York. Com uma fita demo visitaram diversas gravadoras daquela cidade em busca de interessados pelo trabalho. O cartão postal da dupla era  a canção instrumental "Sleepwalk". 
O som inconfundível da música rendeu um Disco de Ouro e logo Santo & Johnny estouraram em todas as paradas dos Estados Unidos. A fama os levou em turnês pela Europa, México e Austrália. Na Europa gravam um disco com "Love Story", "Maria Elena", "Ebb Tide", "Love is Blue", "Enchanted Sea", além de participarem de diversas trilhas sonoras dos filmes de James Bond.
Em 1965 lançam outro disco só com músicas dos Beatles, e "And I Love Her", com o molho Santo & Johnny, fica 21 semanas nas paradas de sucesso norte-americanas. 
Pela quantidade de álbuns vendida no Exterior, conseguem ganhar o Disco de Ouro em vários países. Com o tema do filme O Poderoso Chefão, na década de 1970, permanecem  26 semanas no topo das paradas italianas, quebrando todos os recordes de vendas de discos em terras italianas.
Até os dias de hoje, Santo & Johnny já gravaram mais de 40 álbuns no mundo todo. Nos últimos 14 anos passaram trabalhando em inúmeros cassinos e clubes europeus. O segredo do sucesso é o timbre da guitarra havaiana, responsável pelo som inesquecível da Sleepwalk desde a década de 1950. Em 2002, a dupla entrou para o Hall da Fama da Guitarra. Calcula-se que Sleepwalk seja responsável pela venda de 20 milhões de discos desde seu lançamento. Atualmente é uma das músicas instrumental mais popular do século.



domingo, 9 de outubro de 2011

Brass Construction e o Funk de Nova York

Quem gosta do Funk autêntico, nascido nas ruas dos Estados Unidos na década de 1950 e aperfeiçoado por James Brown nos anos de 1960, deve se lembrar do balanço da banda Brass Construction. Suas canções sacudiram diversos bailes nos últimos 40 anos. Ela surgiu em 1968 no bairro do Brooklin, Nova York, mas só decolou em 1975, quando assinaram contrato com Epic Records e apareceram nas paradas cantando os hits "Moving" e "Hot Dance Club Play Chart".
A alma do conjunto era o pianista/flautista Randy Muller, autor da maioria dos arranjos das músicas. Até 1988 eles sacudiram as pistas de danças e bailes de todo o mundo. Baixo, metais e teclados davam o molho nas composições do grupo, além da voz de Muller em falsete.
Logo no primeiro disco, ganharam o Disco de Platina. Em 1977 e 1978 vieram as canções " Ha Cha Cha (Funktion)" e "Loveu". Até 1980 ficaram na United Artists  Records, depois a trocaram pela Liberty Records.  É dessa época a balançante "Get Up", que colocou fogo em diversos bailes, onde os teclados de Muller aliado aos metais não deixavam ninguém ficar parado.  O hit "Sweet as Sugar", balada responsável pelo surgimento de vários namoros, é outro destaque do início dos anos de 1980. Revelava que a Brass Construction também sabia interpretar canções românticas.
De 1985 até 1988, quando a banda chegou ao fim, não conseguiram reproduzir a essência do som que os fizeram brilhar durante oito anos, mesmo enfrentando a concorrência da Disco Music. Nas décadas seguintes, alguns sucessos antigos do Brass Construction acabaram remixados e relançados pelo selo EMI, voltando às paradas da Grã-Bretanha.




Stephanie Mills: da Broadway à música

Stephanie Mills é daquelas cantoras que fazem sucesso com canções de refrão chiclete: grudam na sua mente e não saem mais. Os alvos são adolescentes e jovens. Faixa etária onde as paixões produzem efeitos devastadores nas manhãs de domingo, após a madrugada de sábado. Aos 9 anos, em 1966, começou sua carreira numa peça de teatro. Dois anos depois  abocanhou o prêmio Amateur Night no Apollo Theatre. Foi a porta de entrada na Brodway, onde encenou uma criança órfã filha de um escravo fugitivo no musical Maggie Flynn.
Com 14 anos entrou na Paramount Records e lançou o hit "I Knew It Was Love". Depois  foi para Motown, mas Berry Gordy não gostou de seu estilo, saindo dali em 1976. Antes, no ano anterior chegou a namorar Michael Jackson. Nessa época destacou-se na crítica especializada por causa de sua interpretação na peça The Wiz, cantando a canção "Home", anos mais tarde regravada por Diana Ross e Whitney Houston.
Sua carreira deslanchou após 1979, quando já estava na 20th Century Fox Records. É dessa época os hits "Put Your Body In It", "You Can Get Over" e " What Cha Gonna Do With My Lovin", responsável pelo seu primeiro Disco de Ouro. Repetiu a dose em 1980, com a canção " Never Knew Love Like This Before", composição cheia de refrões pegajosos e clichês sentimentais tipo "não sei viver sem você", "você é a luz do meu sol e minha chuva" entre outros. A canção ficou em 6º lugar nas paradas Pop dos Estados Unidos.
O álbum de 1981 trouxe Stephanie em dueto com Teddy Pendergrass no hit "Two Hearts". Ela manteve-se em lua-de-mel com o sucesso até 1985. Quando sua versão de "I Have Learned to Respect The Power of Love" chegou ao primeiro lugar na parada de R&B norte-americana. Quatro anos depois ganhou o Disco de Platina cantando o hit " Something in the Way You Make me Feel".
Em 1992 grava o álbum Something Real e outro disco natalino antes de sair da MCA Records. Três anos depois, já na GospelCentric Records lança o disco Personal Inspirations. Até 2000 não entrou em estúdios, dedicando seu tempo a peças teatrais. O ano de 2004 marcou sua gravação ao lado de BeBe Winans e do rapper DMX. A canção "Can´t Let Him Go" impactou nas rádios e bailes dos Estados Unidos. Em 2001 abriu sua própria gravadora: a JM. Seu álbum mais recente, Breathless, saiu ano passado.



sexta-feira, 7 de outubro de 2011

O belo estilo capella das Chordettes

O conjunto The Chordettes era um quarteto feminino especializado em cantar músicas Pop em estilo Capella (vozes sem instrumentos). Elas surgiram em 1946 na cidade de Sheboygan, Estado de Wisconsin. Os membros originais da banda eram Janet Ertel, Carol Bushman, Dorothy Schawartz e Jinny Osborn. Jane e Jinny são falecidas. Em 1952, Lynn Evans entrou no lugar de Dorothy, no ano seguinte Margie Needham substituiu Osborn. 
Após conseguirem fazer sucesso em Wisconsin, três anos depois elas passaram a participar do programa de rádio de Arthur Godfrey. Logo começaram gravar na Columbia Records. Em 1954, explodiram nas paradas dos Estados Unidos com o hit "Mr. Sandman", repetiram a dose no ano de 1956 com a canção "Lay Down Your Arms", "Just Between You and Me" (1957) e  "Lollipop" (1958).
Também gravaram trilha sonora para os filmes Zorro (1959) e Nunca aos Domingos (1961). Com a saída definitiva de Jinny Osborn, em 1961, com a qual as meninas estavam entrosadas, o conjunto chegou ao fim. 


quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Jo Ann Campbell: carreira curta de 8 anos

A carreira de Jo Ann Campbell durou oito anos. No auge da fama, em 1964, aos 26 anos casou-se com o diretor da Atlantic Records, Troy Seals e abandonou o palco e o mundo da música onde entrara em 1956. A sacada dela foi aproveitar que era  loira gostosa e bonita, que todos queriam vê-la ou mesmo sonhar dormindo ao seu lado.
Escrevia suas próprias canções num Rock estilo Pop Adolescente, como os que o Kid Abelha às vezes premia os ouvidos dos fãs. Ou seja, letras sem nenhum tipo de compromisso. Os hits mais famosos de Jo Ann Campbell são "Mama Can I Go Out", "Mother Please" e I´m The Girl from Wolverton Mountain".
Antes de mergulhar na indústria do show biz, estudou música e dança. Além de tocar na banda do colégio onde estudava em Jacksonville, Estado da Flórida, Sul dos Estados Unidos. Em 1955, aos 16 anos, excursionou pela Europa com um grupo de dançarinos e conheceu profundamente os macetes do mercado da música.
Quando a turnê acabou, foi para Nova York juntar-se ao grupo de dança Johnny Conrad Dancers. Ali mesmo mudou de ideia e resolveu apostar na carreira de intérprete. Foi ao programa de televisão The Milton Berle Show. Depois apresentou-se no Teatro Apollo, no bairro negro do Harlem, descontadas as proporções a Cracolândia de Nova York na década de 1950, onde os brancos não eram bem-vindos.
Entrou para a Eldorado Records, lançando a canção "Come on Baby" no seu disco de estreia. Depois gravou um hit  Pop mais convencional: "I Can´t Give You Anything But Love".
Não estourou nas paradas, mas começou marcar presença nas rádios e casas de espetáculos de Nova York. No final de 1957 já estava na George Goldner Records Gone, famoso por gravar as canções de Frankie Lymon & The Teenagers. Ali aprendeu a cantar o Rock com batida mais popular, com forte presença de Blues.
Em 1958 lança o compacto simples (disco com uma música de cada lado) com as canções "Rock´N Roll Love" e "You´re Driving Me Mad". A beleza, o olhar expressivo e corpo exalando sensualidade atraiu milhares de fãs. Somado isso, ela sabia cantar. Não era a tradicional loira burra, atualmente em diversos segmentos da mídia em busca de sucesso fácil, às vezes conquistado nos quartos de moteis.
Não demorou e Jo Ann Campbell conseguiu uma ponta no filme Go Johnny Go. Ela aparecia nas cenas fazendo beicinho, mas com forte brilho sensual nos olhos nas cenas onde cantava seu hit "Mama Can I Go Out". No final da década de 1950, surfando na onda de Go Johnny Go, grava "I Ain´t No Steady Date", atingindo em cheio o público adolescente.
Em 1960 já era contratada da ABC Records, onde lançou "A Kookie Little Paradise", que trazia um grito de Tarzan na introdução. No ano seguinte o destaque é a balada "Eddie My Love". Cada vez mais, Jo Ann Campbell explora a sensualidade em suas canções, como fez em " Amateur Night", onde sua voz exibe desejo e inocência ao mesmo tempo, ancorado num excelente coral de voz feminino. Nessa época passou a misturar intensamente o Pop e o Blues em suas músicas.
É  o que ocorre no hit "Duane", composto por ela. Porém seus dois maiores sucessos estourariam no Verão de 1962: "I´m The Girl from Wolverton Mountain" e "Mother Please" na Primavera de 1963. No ano seguinte casou-se com o diretor da Atlantic Records, Troy Seals e aos 26 anos saiu de cena do mundo da música.




quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Anita Baker, a nova Lady of Soul

Desde a adolescência, Anita Baker já cantava em diversos grupos musicais de Detroit. Ao concluir o Ensino Médio, com 22 anos, em 1979, integrou-se ao conjunto Chapter 8. Eles haviam assinado contrato com a Ariola Records.Gravaram apenas um disco e Anita foi elogiada, merecendo investimento na sua carreira. 
Mas por causa do ríspido tratamento dispensado aos seus colegas optou por trabalhar num escritório de advocacia até 1983. Logo a convidaram para gravar um álbum pelo selo California Beverly Glen. Ela faria companhia ao soulman Bobby Womack, recém-contratado para lançar o disco The Poent.
Concluiu o disco The Songstress, mesmo com muito a aprender, os hits "No More Tears" e "Angel" fizeram razoável sucesso. A Elektra Records não perdeu tempo. Anita Baker trocou de gravadora. Ali emplacou a canção "What Your Step". Mas foi com a balada "Sweet Love", de 1986, que ela ganhou o Grammy de Melhor Canção e Melhor Vocalista R&B. No ano seguinte repetiu a dose com hit "Ain´t No Need to Worry".
Em 1988 gravou "Giving You The Best I Got", uma das mais belas canções daquele ano. Ganhou mais três Grammies e recebeu o título de Lady of Soul. Na década de 1990, o casamento reduziu o ritmo de seu trabalho, mas colocou, em 1994, o hit "Body and Soul" nas paradas e o sucesso continuou ao seu lado. 
Voltou a lançar outro disco no ano 2000, quando foi para a Atlantic Records. Porém, problemas familiares prejudicaram a gravação de novas músicas. Dois anos depois conseguiu obter fôlego para enfrentar a maratona de shows e estúdios. 
Pela Blue Note Records lançou o álbum My Everything em 2004 e ganhou outra indicação ao Grammy pela faixa "Christmas Fantasy". Depois  submergiu para  começar o trabalho em outro disco que saiu em 2011.




Lincoln Olivetti/Robson Jorge: a dupla tecnológica dos estúdios

É famosa a parceria entre os produtores musicais Lincoln Olivetti e Robson Jorge. Ela perdura desde a década de 1970, quando ambos trabalharam para diversos cantores da black music brasileira, cujo o auge foi entre 1975 e 1978. Olivetti começou a mexer com música em 1967, aos 13 anos. Depois não parou mais.
Instrumentista, arranjador e compositor cursou faculdade de Música e Engenharia Eletrônica. No início da década de 1970 conheceu o guitarrista Robson Jorge, com quem formou longa parceria. Ambos produziram, em 1980, o álbum Tim Maia; disco repleto de ótimos arranjos de metais com o Síndico cantando o hit "Meu Samba", como se fosse um velho partideiro de escola de samba. É deste disco a canção "Está Difícil de Esquecer", hit responsável pela fossa de diversos casais de namorados até hoje.
É extensa a galeria de artistas que recorreram aos arranjos da dupla Lincoln Olivetti/Robson Jorge: Gal Costa, Gilberto Gil, Jorge Benjor, Rita Lee, Roberto Carlos, Caetano Veloso, Maria Bethânia, Ângela Rô Rô, Fagner e Wando.
Mas o trabalho da dupla não ficou restrito aos estúdios. Nos anos de 1980 lançaram verdadeiras pérolas.
Destaques para os hits "Aleluia" e " Prét-à-porter", essa última com metaleira no estilo da banda Earth,Wind& Fire e riffs de guitarra semelhantes ao de George Benson. A mesma pegada se repete nos hits "Squash" e "Alegria".
Porém, o prestígio de ambos foi alvo de diversas críticas. Puristas da MPB diziam que eles estavam tirando a essência da nossa música, numa época em que a tecnologia andava a passos de tartaruga nos estúdios brasileiros. Por causa desse patrulhamento, na década de 1990 ambos participaram da produção de poucos discos, com exceção de Lulu Santos e Ed Motta que continuaram de braços abertos à modernidade.
O avanço tecnológico deste século mostrou que Lincoln Olivetti e Robson Jorge não estavam errados ao usar essa ferramenta de trabalho na produção de ótimos discos. É igual a guitarra, que na década de 1960 foi acusada de acabar com a MPB. Hoje ninguém se lembra mais disso dentro de um estúdio de música.

Azimuth: a beleza da música instrumental brasileira

O trio Azymuth é uma das joias raras da música brasileira. Formado na década de 1970 pelo baterista Ivan Conti "Mamão" , o contrabaixista Alex Malheiros e o tecladista José Roberto Bertrami misturaram Jazz, Samba, Funk dos Estados Unidos e Rock. O nome Azimuth é herança de uma música de Paulo Sérgio Vale que serviu de trilha sonora do filme Fabuloso Fittipaldi.
O primeiro álbum surgiu em 1975 e o hit "Linha do Horizonte" estourou nas paradas de sucesso de todo o Brasil, como trilha sonora da novela das 19h na Globo, Cuca Legal. Essa canção revela que o grupo é bom em música instrumental e vocal.  No ano seguinte repetem a dose com "Melô da Cuíca", que entra na trilha da novela, das 20h da Globo, Pecado Capital. O ano de 1977 marca a gravação do disco Águia Não Come Mosca e a canção Voo Sobre o Horizonte é outro sucesso e faz parte da trilha sonora da novela das 19h da Globo, As Locomotivas. A introdução com solo de violão, seguida de teclados é inesquecível.
Recebem convite para participar do Festival de Montreaux, na Suíça tornando-se o primeiro grupo brasileiro a pisar naquele palco de grandes atrações internacionais. Em 1978 a cantora brasileira de Jazz Flora Purim os convida para uma turnê pelos Estados Unidos. Ali lançam o primeiro disco internacional: Light as Father. 
A qualidade do trabalho abre as portas do mercado exterior, que perdura até hoje. Atualmente, o Azimuth faz mais sucesso no Exterior do que no Brasil, onde as gerações das décadas de 1990 e 2000 acreditam que eles são norte-americanos, por causa da forte pegada de Jazz que os acompanha.
A canção "Jazz Carnival", do álbum Light as Father, conquistou os britânicos e manteve o disco nas paradas durante um ano. 
De 1980 a 1989, o Azimuth lançou nove álbuns e participou de diversos festivais, entre eles Playboy Jazz  Festival, Berckley Festival, Concert Bay The Sea, Monterrey Jazz Festival (que revelou Janis Joplin e Jimi Hendrix na década de 1960), Tijuana Jazz Festival entre outros. 
Em 1986, o grupo é capa das mais importantes revistas de música dos Estados Unidos: Down Beat, Modern Drums e Guitar Player. Na década de 1990 prosseguem nas turnês e gravam o disco Spot Light comemorando 21 anos de carreira. Em 1995 assinam com o selo britânico Far Out por onde lançaram seus últimos dez álbuns. 
A partir daí passaram a excursionar pela Europa e Japão. Incluem a linguagem eletrônica em suas apresentações. O Azimuth já tocou em todas as casas Blue Note dos Estados Unidos, Japão e Itália. O sucesso não apagou as raízes brasileiras do grupo: em 2005 participaram do Festival de Inverno de Garanhuns, em Pernambuco; Festival de Jazz e Blues do Rio das Ostras e Bank Boston, no Rio de Janeiro, Festival de Inverno da Serra de Ibitipoca, em Juiz de Fora, Minas Gerais, e também do Projeto Três Mil Sons em São Paulo. Nesse mesmo ano lançaram o CD Brazilian Soul, comemorando 30 anos de carreira. Continuam em atividade, como sempre fazendo mais sucesso no Exterior do que no Brasil, onde a música instrumental ainda é vista como patinho feio. 






quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Romantismo das canções de Freddie Jackson


Romantismo é a praia de Freddie Jackson. Sua especialidade são as baladas em ritmo de Soul Music. Porém nunca conseguiu atingir as paradas de sucesso nos Estados Unidos como Luther Vandross, Anita Baker e Peabo Bryson, que transitam no mesmo estilo. 
Nascido no Harlem, em Nova York, no ano de 1956; Jackson desde a adolescência acostumou-se a cantar Gospel na igreja Batista do bairro. Ali conheceu Paul Laurence, mais tarde seu produtor e compositor das canções que invadiram os bailes.
No início da década de 1980, aos 24 anos, mudou-se para a Costa Oeste dos Estados Unidos. Durante certo tempo trabalhou como vocalista na banda R&B Merlin Mystic. Depois retornou a Nova York para prestar serviços numa empresa de Paul Laurence. Onde passou a atuar de backing vocal em diversas gravações. 
O esforço foi compensado. Em 1985 consegue assinar contrato com a Capitol Records. Lança seu primeiro disco e o hit "Rock Me Tonight" estoura nas paradas. O álbum vende 4 milhões de cópias. Também teve indicação ao Grammy, na categoria de Melhor Artista Novo. 
Depois emplacou as canções " You Are My Lady", "Just Like The First Time", e o dueto com Melba Moore, no hit "A Little Bit More". O segundo álbum A Lot of Love trouxe as músicas "Love Tasty", "Have You Fever Loved Somebody" e "Jam Tonight" o hit que colocou fogo nas paradas dos Estados Unidos. O segundo lugar ficou com "I Don´t Wanna Lose Your Love". 
A década de 1990 o premiou com mais sucessos e alguns fracassos. "Do me Again" manteve o gosto doce do êxito em sua carreira. Como não quis mexer em time vitorioso, passou a interpretar canções muito parecidas. A crítica não o perdoou. Ao regravar "Me and Mrs. Jones", cartão postal de Billy Paul, em 1992, o álbum Time for Love" não teve boa decolagem. Em 1993 entrou na RCA Victor Records. O disco Here it Is não vendeu muito. 
Dois anos depois lançou o álbum Private Party pelo selo Street Life. Sem bom retorno comercial, só voltou a gravar no final de 1999, quando soltou o disco Life After 30. Porém, a maré ruim só terminou em 2006, quando apresentou novo disco aos seus fãs e a canção "Until The End of Time" revelou que Freddie Jackson ainda estava vivo e sabia interpretar boas letras, cheias de romantismo e sem repetição de temas. Em 2010 assinou com a EMI e lançou p álbum For You. Segundo a crítica, o melhor dos últimos dez anos de sua carreira. 



quarta-feira, 28 de setembro de 2011

O rei do Twist Chubby Checker


Luís Alberto Alves/Hourpress

Chubby  Checker foi o homem do sucesso na década  de 1960. Considerado o rei da dança naquela época quando lançou o Twist. Durante cinco anos  manteve cinco álbuns no top 20 das paradas dos Estados Unidos. Tudo começou quando ele passou a cantar para os clientes de uma loja de produtos para aves na Filadélfia. Depois ganhou um concurso para colocar sua voz num cartão de Natal em 1958.

Logo assinou contrato com a Cameo-Parkway Records. O nome de batismo Ernest Evans cedeu lugar ao pseudônimo Chubby Checker. Lançado no Outono de 1960, o hit "Twist" resultou em milhões de cópias vendidas. A canção permaneceu nas paradas por quatro meses. Repetindo o feito no ano seguinte.

O restante da década de 1960 esteve recheado de diversas músicas interpretadas por Chubby Checker. Destacaram-se "Let´s Twist Again" (eterno sucesso passados mais de 55 anos), "Pony Time", "The Fly", "Slow Twistin" e "Lymbo Rock".

Para aproveitar a onda, a gravadora Cameo-Parkway lançou o álbum Chubby Checker & Bobby Rydell, onde cada um canta os maiores sucessos do outro em mais de 7 minutos de hits inesquecíveis. Nas décadas seguintes o disco torna-se peça rara, mesmo nas lojas de antiguidades.

 É bonito ouvir Chubby Checker cantar "Volare" (música que estourou na voz de Bobby Rydell e entrou para sempre no seu repertório) assim como apreciar "Let´s Twist Again" na interpretação de Bobby Ridell.
Após a passagem da febre do Twist, que é um estilo de dança, não um gênero musical, Chubby Checker retornou às paradas em 1988 quando uniu-se aos Fat Boys para regravar "The Twist". Escorado na fama conquistada na década de 1960, Chubby Checker prossegue fazendo shows.


"Twist", o primeiro grande sucesso
"Let´s Twist Again", o hit que ficou eterno
"Lymbo Rock",  outra canção de sucesso
"Chubby Cheker and Bobby Ridell", disco que virou raridade durante muitos anos
"Pony Time", outro hit que fez bonito nas paradas



terça-feira, 27 de setembro de 2011

Eric Clapton: o "deus" da guitarra

O talento de Eric Clapton vem de berço. Seu pai, um soldado canadense que engravidou sua mãe aos 15 anos, era excelente pianista; sua avó materna também tocava piano e o marido dela gostava das big bands, numerosas nas décadas de 1930 e 1940. O resultado disso seria um neto, que anos mais tarde receberia o codinome de "deus" da guitarra, por causa da facilidade com que toca músicas instrumentais, das mais fáceis às difíceis. Nascido em março de 1945 na Grã-Bretanha, o garoto Clapton cresceu imaginando que sua mãe Patricia Molly Clapton fosse sua irmã mais velha, pois ele acabou sendo criado pelos avós. Só aos nove anos de idade, descobriu a verdade. 
Em 1958, com 13 anos, pediu um violão de presente de aniversário. Aos 16 anos foi estudar Arte na Faculdade de Kingston. Mas acabou expulso, porque passava a maior parte das aulas tocando Blues. No início da década de 1960, Eric Clapton já era vidrado no estilo de Freddie King, B.B. King, Muddy Waters, Buddy Guy; todos músicos experientes e grandes representantes do Blues. 
Com 17 anos, em 1963, de posse de uma guitarra velha comprada pelos avós, formou sua primeira banda: The Roosters. Antes de mergulhar de vez na carreira, trabalhou de servente de pedreiro do avô. Em outubro de 1963, sem banda, foi admitido pelos Yardbirds, por causa de sua fama de excelente guitarrista de Blues. Nos 18 meses passados no conjunto, gravou as canções "Good Morning Schoolgirl Little " e "For Your Love". 
Dois anos depois entrou para a banda Bluesbreakers. É nessa época que Eric Clapton adota definitivamente o Blues. É quando um fã exaltado faz pichação nas ruas de Londres, dizendo que ele é "deus" tocando guitarra. Pura loucura. Em 1966 faz sua primeira turnê aos Estados Unidos e o mundo começa a conhecer melhor o seu talento. Com a Bluesbreakers tocando Rock com a harmonia de Blues, o conjunto virou referência no mercado. A banda não conseguiu administrar a rápida fama adquirida e chegou ao fim em 1968. 
Clapton não perde tempo e funda o grupo Blind Faith, ao lado de Steve Winwood, Ginger Baker e Rick Grech. Gravam um álbum e Clapton fica sozinho outra vez. O início da década de 1970 é dedicado a novas composições. Aproveita e cria a banda Dominos com Jim Gordon, Radle Carl e Bobby Whitlock. Gravam um disco de Rock e a canção "Layla" estoura nas paradas. A fonte de inspiração era  Patti, a mulher do Beatles George Harrison, que não quis trair o marido com Clapton.
O segundo álbum é um fracasso. Sem o amor da mulher do amigo e sucesso, Clapton entra no inferno do vício da heroína e ali permanece três anos. Em janeiro de 1973 consegue dar a volta por cima e retorna com dois concertos no teatro Rainbow, em Londres. Os fãs passam a conhecer o cantor e guitarrista Eric Clapton. Até a década de 1980, ele iria gravar diversos álbuns, entre eles um com a canção " I Shot The Sheriff" que revelaria ao mundo o talento do rei do Reggae, Bob Marley. 
No final da década de 1980, Clapton torna-se compositor de trilhas sonoras de filmes.  Em 1992 ganha   o   Grammy, pelo álbum Tears in Heaven. Dois anos depois grava o disco  From The Cradle dedicado aos seus heróis do Blues. No ano 2000 gravou outro álbum junto com B.B. King, de quem é fã. Ganha o disco de ouro. Em 2005 lança o álbum Me and Mr. Johnson, tributo ao bluesman Robert Johnson.
Três anos depois ganha o Grammy de Melhor Álbum de Blues Contemporâneo com o disco The Road to Escondido. Ao todo já conquistou 18 Grammy, além de participar das gravações de inúmeros discos dos grandes cantores do Rock, Soul Music e Blues. 
Livre da heroína na década de 1970, passou os anos de 1980 e 1990 lutando contra o alcoolismo. Acabou criando uma clínica de reabilitação, na Ilha de Antigua, para pessoas sem dinheiro. Obteve quase US$ 5 milhões com leilão de cem guitarras suas, para manter em funcionamento a clínica. Ao lado dos melhores guitarristas do mundo, fez em 2004 um festival no Texas, para arrecadar mais fundos. Nesse mesmo ano   leiloou sua lendária guitarra Fender Stratocaster e uma Gibson ES335. Mais US$ 6 milhões foram para os cofres da sua clínica de reabilitação de alcoólatras. 
Dos dias 6 a 12 de outubro de 2011, Eric Clapton estará se apresentando no Brasil. É a oportunidade para ouvir um dos maiores guitarristas da atualidade. Para quem gosta de Blues, é um prato cheio.