Vandross é outra grande voz da Soul Music |
Luís
Alberto Alves
Luther Vandross Ronzoni nasceu em 1951, na
cidade de Nova York e até 2005, quando morreu, deixou sua marca de grande
intérprete. Nascido numa família imersa na Gospel e Soul Music, não demorou em
ele formar o próprio grupo, quando ainda estava na escola. Quando dali saiu foi
trabalhar com teatro musical, permitindo uma apresentação no lendário teatro
Apollo no bairro do Harlem.
Após breve intervalo na década de 1970, acabou
convidado por um velho amigo de escola, Carlos Alomar para juntar forças com
ele no estúdio em uma gravação com David Bowie. Impressionado, o roqueiro o
convidou para organizar as partes vocais e contribuir com backing vocal naquele
álbum.
Quando surgiu a turnê de Bowie, o público já
estava interessado em conhecer Vandross. Não demorou para aparecer em outras
gravações, e vários artistas o convidarem para enriquecer o vocal em seus
discos, gente do porte de Chaka Khan, Ringo Starr, Barbra Streisand e Donna
Summer, inclusive com essa última incentivado sua gravadora, a Cotillion a
contratá-lo, como parte de um grupo vocal. Mas a estratégia falhou, pois
investiram muito em Disco Music, quando a praia de Vandross era a Soul music.
Depois voltaram a trabalhar juntos, em
gravações lindas para Quincy Jones, Patti Austin, Gwen Guthrie, Chic e Sister
Sledge. O salário de Vandross engordou mais com a composição de jingles. Em
1980, o desempenho como cantor ao lado do grupo Change rendeu o álbum The Glow
of Love, e os hits “Glow of Love” e “Searching” estourando na Inglaterra.
Os executivos da gravadora perceberam que era
preciso relançar a carreira de Vandross, num outro perfil, desta vez como
artista solo da Epic/CBS Records. É dessa época o hit “ Never Too Much”, que
chegou ao primeiro lugar da parada de R&B da Billboard dos Estados Unidos. Depois emplacou as canções “If This World Were Mine”,
dueto ao lado de Cheryl Lynn, e “How Many Times Can We Say Goodbye”, junto com
Dione Warwick. Em 1986 repetiu a dose com “Stop To Love” e “There´s Nothing
Better Than Love (1987), em dueto com Gregory Hines.
A partir dai sua carreira deslanchou. Em 1989 soltou o hit “ Here And Now”, “Power of
Love/Love Power” (1991) e “Don’t Want To Be A Fool”(1991), virando grandes hits
da Pop Music. Sem dúvida nenhuma, Vandross virou um dos
melhores cantors de Soul nas décadas de 1980 e 1990. O ano de 1992 marcou sua
colaboração com Janet Jackson no álbum The Best Things In Life Are Free. Em
seguida fez dueto ao lado de Mariah Carey na canção “Endless Love”.
Durante o seu auge comercial, Vandross ganhou
vários prêmios, reforçando sua reputação de grande produtor, por seu trabalho
junto com Dionne Warwick, Diana Ross e Whitney Houston. Durante a década de
1990 saiu da Sony Music por causa de queda nas vendas de seus discos. Foi para
EMI Records e depois para J Records. A pauleira de sua vida profissional
provocou danos na saúde de Vandros, inclusive provocando um AVC em 2003. Poucos
antes de explodir nas paradas o seu CD Dance With My Father, a morte o levou
dois anos depois.