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Luís Alberto Alves/Hourpress

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Miles Jaye: tão bom quanto Miles Davis

Miles Jaye ostenta o mesmo talento de outro expert no trompete: Miles Davis. Sua carreira já ultrapassou mais de 25 anos, período em que o público ficou fascinado por suas apresentações. Diversos países já  tiveram o privilégio de vê-lo tocar, entre eles Austrália, Birmânia, Colômbia, Inglaterra, França, Holanda, Hong Kong, Coreia, Japão, Peru e Suíça.

Jaye é conhecido pelo vocal apaixonado, transformando qualquer música num verdadeiro espetáculo, mesmo que a letra não mereça.

Como grande artista, é violinista, de formação clássica, toca piano, flauta, saxofone, guitarra e contrabaixo.

Natural de Nova York, Jaye foi introduzido no mundo  da música durante a sua passagem de cinco anos na Força Aérea dos EUA. Ao retornar à cidade natal,  se estabeleceu como um dos mais procurados músicos. Depois da turnê com o guitarrista de Jazz Eric Gale, a cantora Phyllis Hyman  e uma turnê mundial como o policial superior na banda  Village People ; Jaye partiu para sua própria carreira.
Como escritor, Miles já escreveu e gravou mais de 40 composições originais e tem a distinção de gravar 12 instrumentos diferentes em vários de seus CDs aclamados pela crítica. Este violinista clássico  também produziu sete sucessos no topo das paradas e goza de uma reputação como um escritor de Jazz e R & B Contemporâneo.

Nos Estados Unidos tornou-se rotina ouvir seus hits nas rádios de programação Soul Music. Ao longo de sua carreira já gravou ou dividiu palco com artistas do porte de Nancy Wilson, Dizzy Gillespie, Lionel Hampton, BB King, Grover Washington  Jr., Roy Ayers, Phyllis  Hyman, Patti LaBelle, Roberta Flack, George Duke, Branford Marsalis, Najee, Kirk Whalum, Alex Bugnon, Rachelle Ferrell, Will Downing, Gerald Levert, Vicki Winan, CeCe Winan, Phil Perry, Tony Terry e muitos mais. Seu primeiro disco (1987) saiu pela Island Records e o último (2003) pela Black Tree Records. Nesse período colocou várias canções nas paradas, entre as quais "Let´s Start Love Over", "I´ve Been A Fool For You", "Objetive", "Heaven..", "I´ll be There..", "Sensuous" e "Strong For You".

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Jamiroquai: o molho picante de Jazz/Funk e Acid Jazz da Grã Bretanha


Para entender a banda Jamiroquai é preciso conhecer algumas regras. Não venderam 35 milhões de cópias de CDS do nada, dos vários álbuns já gravado pelo grupo.  Quando está componto, Jay Kay, a cabeça pensante da rapaziada, adota o seguinte esquema: se a letra e a melodia não ficarem boas apenas com teclado ou vocal, acompanhado de guitarra, é descartado. Essa regra é adotada pelos melhores produtores e músicos do mundo.

Caso a melodia e letra casem, o caminho para o sucesso está no rumo certo. Ele diz que as melhores músicas da história são simples, cita o caso de Stevie Wonder por exemplo. O compositor não pode deixar a pessoa ficar pensando muito, mas atingir em cheio o seu coração. É a regra do sucesso.

Desta forma que os meninos da Jamiroquai, banda britânica de Jazz Funk e Acid Jazz, liderada por Jay Kay, consegue ganhar fãs em todo mundo. Nos seus CDs exploram o Pop, Rock e hits eletrônicos. Em 1997 ganhou um Grammy. O nome do grupo é derivado da tribo Iroquoi de nativos norte-americanos, com os quais Jay Kay se identifica filosoficamente, combinado à expressão "Jam", como em Jam Session, do idioma inglês.

Jason Kay (Jay Kay), cabeça da banda, nasceu em Manchester, Grã Bretanha. Filho de mãe inglesa e pai português, acabou influenciado pelo lado materno que cantava em bares e chegou a ter o seu próprio programa de televisão na década de 1970. Desde a infância, Kay já levava jeito para o mundo artístico.
 Em 1989 comprou uma bateria e gravou algumas músicas com ajuda de amigos. Mais assinou contrato com a Acid Jazz Records. Três anos depois após ser recusado na banda Brand New Heavies, ele se uniu aos músicos N.Van Gelder, Toby Smith, Stuart Zender e Wallis Buchanan. Nascia a Jamiroquai. Com algum exagero, certos críticos comparam a voz de Jay Kay à de Stevie Wonder.

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A primeira canção gravada pela banda, "When You Gonna Learn" provocou disputa entre gravadoras e acabou sendo ganha pela Sony Records, com quem assinaram contrato para lançar oito álbuns. Uma proeza para um jovem que andava de skate, era apaixonado por roupa de griffe e usava chapéus esquisitos. Mas na busca por dinheiro, executivos de gravadoras esquecem as loucuras dos seus contratados. Em alguns casos até os vícios por determinadas drogas.

Após quase 20 anos, 35 milhões de cópias vendidas, várias turnês mundiais e 141 semanas na tabela de singles das paradas britânicas, a Sony Records colheu bons frutos enquanto os teve brilhando sob seu guarda-chuva. O primeiro disco Emergency On Planet Earth (1993) vendeu muitas cópias em curto intervalo de tempo, desde os tempos de "Faith" de George Michael. No ano seguinte, The Return of the Space Cowboy, repleto de comentários agressivos, o sucesso deles não saiu do Reino Unido.

Com Travelling Without Moving, eles mostraram aos críticos que não estava brincando, pois traziam letras falando dos perigos da engenharia biogenética. Antes, lançaram um single de quatro faixas com remixes sobre o hit de Jamiroquai. Após ganhar um Grammy e quatro prêmios MTV, lançado no dia em que nasceu a ovelha Dolly, fruto criado em laboratório, a crítica e o público foram atingidos em cheio. A Jamiroquai não estava brincando, nem um grupo de malucos. Sabiam do que falavam.

Como ocorre sempre na escalada do sucesso, logo após o álbum Virtual Insanity, surgiram discussões durante a gestação do disco Synkronized. Ele foi motivo para Stuart Zender pegar o boné e ir embora. Por causa de direitos autorais, a banda precisou compor novas canções. Conversas de bastidores revelam que Jay estava ganhando muito dinheiro e deixando Zender na mão, visto que ele era co-autor das letras.

Após a conclusão de Synkronized, a banda colaborou no CD No Boundaries, projeto que contou diversos artistas, cuja a renda das vendagem foi para os refugiados de Kosovo. Em 2001 lançaram A Funk Odyssey, trazendo o hit "Love Foolosophy", que estourou nas paradas. Por estratégia só retornaram ao batente em 2005, lançando o CD Dynamite.

Para desfrutar da grana ganha com sua banda, Jay Kay não foge à regra da maioria das estrelas do mundo da música. É dono de uma mansão em Buckinghamshire, com a garagem repleta de carros esportivos. Para quem sobrevivia num quartinho em Ealing, na Zona Oeste de Londres e sofreu quatro anos para sentir o gosto do sucesso do Cd A Funk Odyssey, nada disso é desperdício.

Após a pauleira da estrada do sucesso, da formação atual, só resta Jay Kay. Em 2010 deram-se o luxo de gravar o CD Rock Duts Light Star. Antes tiveram o luxo de gravar o álbum Dynamite, que segundo a crítica foi feito na mansão Buckinghamshire, com equipamentos sofisticados e técnicos de primeira linha. Caso continuem com a cabeça no lugar, a banda Jamiroquai vai longe até o dia que Jay Kay fechar os olhos e partir para carreira-solo. Quem sabe ele não terá mais tempo para pilotar seu próprio helicóptero e mostrar suas habilidades como grande piloto.

Laura Izibor: outra gatinha da Soul Music na Irlanda


Sem qualquer exagero, Laura Izibor é um presente de Deus para a música. Bonita e charmosa, tem uma bela voz. Nasceu num local sem qualquer referência para Soul Music: Dublin, Irlanda. Um dos cinco filhos, desde criança ela foi atraída pelas canções de Stevie Wonder e Roberta Flack numa programação de uma rádio daquela cidade.

Na adolescência  absorveu o sons clássicos da Soul Music das décadas de 1960 e 1970. Dessas fontes passou a sugar as influências do futuro estilo que colocaria em prática quando tornou-se pianista e compositora. As 15 anos ganhou um concurso de caça talento na 2FM Song Contest. Durante quatro anos trabalhou no CD de estreia. Nesse período passou a assistir shows de James Brown, Angie Stone e Al Green.

A soma dessa maravilhosa alquimia surgiu na Primavera de 2009, quando a Atlantic Records lançou o álbum Let the Truth Be Told. Para colocar fogo nos fãs, colocou no MySpace o single "From My Heart to Yours. Outra bomba nas paradas foi o hit "Shine.

Hil St. Soul: a beleza do Jazz e Neo-Soul

Os fãs conhecem Hilary Mwelwa pelo simpático pseudônimo de Hil St. Soul. Ela trabalha em dupla com o produtor e compositor Victor Redwood. Ambos aclamados pela crítica em todo o mundo por causa da fusão de Jazz e Neo-Soul.

Mwelva nasceu em Lusaka, Zâmbia, África, porém se mudou logo para Londres, aos cinco anos. Ali cresceu ouvindo R&B de Stevie Wonder e Aretha Franklin.

Enquanto isso resolveu estudar na universidade de Londres, obtendo o diploma de Ciências Biológicas. Porém em 2000, resolveu gravar um CD. O álbum a levou para outros países da Europa, por causa da reeleitura do clássico "Until You Come Back to Me", de Aretha Franklin.

O CD Soul Organic atraiu várias boas críticas, além de explodir junto aos jovens. Não demorou para ela assinar com a Shanachie Records. Ali lançou Copasetic and Cool. Como o anterior, foi carregado de composições tranquilas. Ela repetiu o mesmo feito de Whitney Houston ao regravar o hit "For The Love of You", balada clássica dos Isley Brothers.

Em 2006 lançou SouLidified, no primeiro álbum da dupla Mwelwa e Redwood. Três anos depois gravaram Black Rose, reforçando o carinho dos fãs pelo trabalho. Caso não ocorra nenhum incidente, a caminhada é longa pela estrada sinuosa do show-bizz.


Heston: a guitarra nervosa da black music

É legal ouvir os acordes da guitarra de Heston, trazendo o clima e a nostalgia da Soul Music da década de 1970. Como poucos sabe compor e produzir, trazendo letras bonitas.

Nascido na Ilha de Dominica, ele cresceu ouvido canções que incluia, desde o Reggae, Pop, Clássica, Soul, R&B e Rock. Para aumentar o talento pegava os discos de vinil do pai e se deliciava com hits de Barbra Streisand, Aretha Franklin, Bee Gees, Marvin Gaye, Elton John, Beres Hammond, Stevie Wonder e Michael Jackson.

Quando entrou para o show-bizz, em Atlanta, sul dos Estados Unidos, já sabia qual trilha seguir. Entrou numa jornada integral de músico, compondo e produzindo. Seu estilo vocal, apesar do trabalho pesado nos estúdios, é agradável, descontraído e grande presença de palco, rendendo elogios das mulheres, por causa de sua interpretações. Destaque para hits como "If", presente no CD The Soul Lounge Vol. 1, de 2005. Foi uma das canções mais baixadas no iTunes.

Para não fazer feio, Heston se muniu de uma boa banda, carregada de percursão, metais, guitarras acústicas e muita história em suas canções. É só conferir "Sunny Days", "Easy", "Sumthin in the Water". O que passar disso é conversa mole.

Jeff Hendrick: as boas influências de Marvin Gaye e Cia.

Para entender Jeff Hendrick, cantor, compositor e multi-instrumentista, cujo talento passeia pelo Jazz, Pop, música clássica, é só detectar suas influências: Stevie Wonder, Marvin Gaye, Prince e Michael Jackson. Para completar, aprendeu a tocar piano sozinho.

Ainda criança, já tocava música clássica e Jazz, ganhando diversos prêmios. Aumentou o recheio do bolo tocando saxofone e investindo em canto. Nascido no Canadá, Hendrick estudou na Universidade McGill, em Montreal. Depois foi para Edmonton visando seguir carreira musical.

Não demorou para começar a trabalhar com uma banda local, a Maracujah, cuja a praia era o Funk. Depois criou seu próprio grupo e ganhou elogios das crítica, pois investia forte no Soul e Pop. Em 1998 ganhou um prêmio da indústria do disco, nos requisitos Soul e Rhythm & Blues.

No ano seguinte, mudou-se para Los Angeles e ali trabalhou com artistas como Brian McKnight e All 4 One, depois voltou para Edmonton. Lançou o primeiro CD, Bout Time, em 2002 e ganhou as atenções do Canadá e Europa.

No final de 2005 veio o segundo CD, Celebration Soul e explodiu nas paradas de sucesso da Europa. Em 2006 foi o destaque nas rádios e bailes daquele Verão, com suas baladas Soul Music. O hit "Party Old School tornou-se hino oficial das festas.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

The Headhunters: as feras do Jazz/Funk

Os Headhunters surgiram em 1973 ao gravar juntos com Herbie Hancock. Essa banda lendária mesclou o Jazz/Funk, imortalizado como resultado de sua longa gravação e turnês ao lado de Hancock.

Destaque disso foi o disco Hancock Headhunters, primeiro a ser gravado com o grupo e anunciado como o primeiro projeto da fusão Jazz na história da black music. Depois vieram Thrust, Flood Manchild e outras gravações históricas.

Não demorou muito para aparecer convites para produzir outros discos. Ninguém pode se esquecer do hino da Funk Music "God Make Me Funky", uma amostra da fusão Jazz na história moderna da música. É difícil definier o som dos Headhunters, pois conseguem obter uma harmonia de estilos e diversos gêneros, da África à Broadway.

Toda essa energia é derivada de Bill Summers, um dos mais talentosos percussionista do mundo, conhecedor de ritmos africanos, cubanos e latinos. Em várias décadas de trabalho já tocou com inúmeros artistas, entre os quais Herbie Hancock, Diana Reeves, Madonna, Wayne Shorter, George Benson, Janet e Michael Jackson, Sonny Rollins, Prince, Stevie Wonder, Tupac e Wynton Marsalis .

Mesmo com tanto talento, dispõe de tempo para oferecer aulas de música às comunidades carentes, além de passar tópicos de engenharia de som. Sabe aproveitar os conhecimentos de escritor, produtor, educador para repassar à frente seus conhecimentos.

Ao lado de Mike Clark, um dos papas da América na arte de tocar Jazz e Funk ao lado de Herbie Hancock na década de 1970, ficou conhecido através do lendário disco Hancock Thrust, lhe rendendo ótimas críticas no Exterior. Mike é considerado um grande bateriata do Jazz tradicional e tornou-se peça vital ao acompanhar Hancock, Chet Baker, Bobby Hutcherson, Woody Shaw, Vince Guaralde, Tony Bennett, Wayne Shorter, Mike Wolff, Christian McBride e Allison Mose. Em 2010 teve um CD considerado o Melhor Álbum de Jazz do Ano. Um trabalho original que continua agradando a crítica e fãs ao redor do mundo.

Kiki Hawkins: formação clássica a serviço do Indie Rock e Soul

Ki Ki Hawkins é uma cantora de formação clássica. Começou na Escola de Artes de Baltimore e depois prosseguiu na Juilliard School of Music. Ali começou a explodir no Indie Rock e Soul. Passou a fazer backing vocal para vários artistas.

Logo apareceram nas paradas os hits "Work It Out", além de vocais para Nona Hendryx, Amel Larrieux, Kelis, Angelique Kidjo. Colocou sua linda voz no hit "Love Experience" de Raheem DeVaughn.

Ela se apresentou no Sol Village como artista de destaque e conquistou o público. Ki Ki ressalta que o seu som é um novo rock alternativo, misturado com Funk, Soulful e vocais bem quentes.

Nessa estrada do show-biz trabalhou com o pessoal do Q-Tip, fazendo backing vocal em seis faixas, ao lado de gente como Kevin e Chris Scholar e claro, Sun Singleton.

Com isso não demorou para sair uma turnê com Kelis e uma banda só de mulheres, exceção para o diretor musical Mark Batson e o baterista Abe Fogle. Foram ao Japão, Itália e em diversos países. A energia em cima do palco foi algo fascinante.

Com toda essa bagagem, Ki Ki pretende trabalhar ainda com Lenny Kravitz e o roqueiro Sting. Ela já teve a companhia célebre de produtores como Mama Funk (Nona Hendryx), Scott Jacoby e Steven Couros. Ki Ki reconhece que a formação clássica contribuiu para chegar ao estágio atual. Não esquece de citar o professor de vocal Jean Carter que lhe ensinou todos os atalhos sobre a voz. Aprendeu a dominar a técnica sólida que se aplica a todas as formas de música. Como executar a emoção por trás de cada canção.  

O resultado disso é a canção "Let It Go", produzidas pelos suecos Frederic Merquell e Anders Bergstrom, lançada no Verão de 2008. Antes de encontrar algum mecenas que aposte financeiramente em seu talento, Ki Ki pretende continuar soltando sua voz para agradar os nossos ouvidos. Mesmo nos momentos de tristeza, que atinge todas pessoas, Ki Ki é humilde em reconhecer que precisa da ajuda do Senhor a encorajando a olhar para frente. Além de derramar sobre sua mente, a inspiração para tantas composições lindas. Para ficar antenada em qualidade, ouve sempre CDs de Jill Scott, Ledisi e Herbie Hancock.

Stefon Harris: futuro do Jazz está garantido

Viver o momento atual. Essa é definição correta de Stefon Harris, vibrafonista e compositor na estreia na Concord Records. O CD Urbanus traz um Jazz que estava desaparecido do show-bizz. É a evolução do álbum lançado pela Blue Note anos atrás.

É um Jazz moderno, com bom ritmo, melodias e letras associadas ao R&B, Pop, Hip-Hop e Funk ( legítimo). O molho fica mais picante com o piano acústico de Marc Cary, o inesquecível Fender Rhodes, eo saxofonista Casey Benjamin. Os arranjos complementa a obra-prima.

Ao contrário de outros artistas, a música de Harris é autêntica, contando a história da vida real, não apenas do passado, mas da rotina dos fãs.
Daí o nome Urbanus, pois se remete à urbanidade. Todos os membros de sua banda vieram da periferia, conhecem a dificuldade de se ganhar o pão de cada dia.

Na hora de compor, é só misturar todos os ingredientes e tudo se transforma em arte, das boas.  Ele é categórico em afirmar que não pretende acabar com a tradição do Jazz, como ficou evidenciado pela inclusão do hit "Gone", uma variação engenhosa de George Gershwin para "Gone, Gone, Gone", de Porgy &Bess, e o clássico de Jackie McLean "Minor March". Como grande artista, tem o cuidado de não excluir a tradição presente nessa rica música.

Harris regravou em ritmo de Jazz o grande sucesso de Stevie Wonder, na década de 1970, "They Won´t  Go (When I Go)", lançado em 1974. Deixou a imaginação fluir e ela ficou linda. No CD está a bela balada "Christina", composta pelo lendário baixista Buster Williams, mentor dos hits "Shake It For Me" e "Blues 11th Hour", essa última faixa liberada somente para o mercado japonês, composta pelo saxofonista Tim Warfield e o guitarrista David Gilmore. Harris tem a bela tradição de tocar músicas de seus colegas.

Outras pérolas são "Blues For Denial", "Langston´s Lullaby", "Tanktifield" e "For You". Todas compostas pelos membros de sua banda. Com todos esses ingredientes, Harris tem grande chance de brilhar muito no show-bizz, pois é humilde em gravar canções compostas pelos seus músicos, além de não desprezar os amigos. Algo raro atualmente.