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#BMW - Morre #QuincyJones, o gênio da produção de grandes discos

Luís Alberto Alves/Hourpress

sábado, 21 de abril de 2012

Carl Brister é a continuidade do Gospel

Carl Brister é outro grande talento da música Gospel norte-americana, com sua sensibilidade de tocar os corações dos fãs. Outro detalhe curioso, é que através dessas canções ele compartilha a palavra de Deus.
Como ocorre com a maioria de outros artistas do Gospel, Carl começou jovem. Aos 7 anos de idade apresentou-se pela primeira vez numa igreja. Aprendeu que nem sempre a batalha é ganha, há os momentos em que é preciso compreender os motivos daquele fracasso. Pois às vezes as pessoas lutam sem orientação do Senhor e acabam quebrando a cara literalmente.
Na dura e escorregadia estrada do show-biz, repleta de armadilhas, Carl Brister já percebeu como é preciso se comportar. A proposta de suas canções é incentivar as pessoas a lutar e conquistar o lugar merecido, determinado pelo Senhor. Reconhece o dom de compor e poder cantar. O talento dele inclui produção executiva, composição e saber navegar pelo R&B, Soul e Jazz. Espelhou-se nas feras Stevie Wonder, Fred Hammond, CeCe Winas entre outros. Teve a brilhante oportunidade de ministrar o louvor "Pray For Me" num programa de TV, com audiência em todos os Estados Unidos. O show contou com as presenças de Fred Hammond, Michael V. McKay e Staton Candi.
Neste ritmo lançou em 2000 o primeiro CD,The Journey. Ficou entre os 10 melhores do Gospel norte-americano, antes tinha gravado o álbum The Melody. Reconhece que se não fosse o amor pela música, já estaria morto. Por isso que ao compor, pensa nos projetos que Deus lhe reservou que é o de cantar para mostrar aos problemáticos que ainda existe solução para os problemas.

Brandy, outra princesa da black music

Em 2005, Brandy já tinha vendido mais de 5 milhões de discos e colocado 16 hits no Top 20 Pop e R&B, tanto que deu-se ao luxo de lançar a coletânea The Best Of Brandy, algo que muitos artistas fazem já em fim de carreira e com ausência de inspiração para novos trabalhos. É a rica veia artística de quem nasceu no celeiro de grandes artistas: Mississippi.
Para Atlantic Records, onde gravou quatro álbuns, em 1998 o hit "Never Say Never vendeu mais de 4 milhões de cópias em todo o mundo. O brilho teve os dedos dos produtores Rodney Jerkins, Fred Jerkins III, Guy Roche e David Foster. Depois vieram os CDs lançados em 2002 e o best seller Afrodisiac, que ganhou destaque na mídia.
Brandy é uma artista multi talentosa. Ela mostrou isso no seriado Moesha, que durou de 1996 a 2001, sempre com sucesso. Em 10 anos de carreira é possível perceber o seu desenvolvimento, principalmente no aspecto vocal. Nem Brandy consegue acreditar que uma década tenha passado tão depressa. Às vezes ela se recorda de quando cantava no quarto sonhando em ser estrela. É humilde para reconhecer que Whitney Houston foi sua inspiração. Dai encontramos explicação para os clipes do hit "I Wanna Be Down", gravados ao lado de Queen Latifah, Yo Yo e MC Lyte. Essa canção estourou nas paradas em 1994. O single foi dedicado ao seu irmão, mas era difícil de cantar. O quarto sucesso foi  um dueto com Wanya Morris dos Men Boys II, que ela estava morrendo de vontande de ir  ao parque de diversões  Six Flags na periferia de Los Angeles. Mas os técnicos do estúdio só diziam que isso ocorreria após o término das gravações. Para apressar, Brandy colocou muita paixão na interpretação.
O segundo álbum Never Say Never tinha seis canções de sucesso. Era o sinal de seu primeiro envolvimento como co-produtora de uma série de faixas, como "Angel in Disguice", lançada em 1999, sua música preferida. Era a primeira vez que Atlantic Records a deixava produzir algo com o seu estilo próprio.  Aproveitou para colocar o próprio toque especial no hit "The Boys is Mine", originalmente uma faixa solo. Resultado: vendeu 2 milhões de cópias e passou algumas semanas no primeiro lugar no Hot 100 e oito como o número 1 R&B recorde em 1998.
No Pop seu maior sucesso é o single "Have You Ever", mas na época sua voz não tinha o potencial de hoje e esteve pela primeira vez ao lado do produtor David Forster. Em 2002 lançou o terceiro CD, com a faixa título produzida por Mike City, porém o hit "What About Us" teve pegada mais agressiva, cuja letra falava de um relacionamento que não estava mais dando certo. Morando no Arizona, região mais calma em relação a agitada Los Angeles, Brandy continua firme, às vezes cuidando da filha, e na maioria do tempo exercitando o vocal, ao tomar banho, com a diferença que ela já sabe cantar.


 

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Melba Moore sacudiu a poeira e deu a volta por cima

Melba Moore é filha de um saxofonista de Jazz. É bacharel em música, cantora, atriz com vários papéis interpretados em peças na Broadway, além de participar de diversos filmes e seriados da TV norte-americana.
Como interpréte tem vários discos gravados, desde quando entrou para valer no show-biz, em 1971, aos 25 anos.
Melba é o exemplo da superação: saiu da miséria para a riqueza, quando criou seu próprio programa de televisão de rede, tornando-se um nome familiar no início da década de 1970. Porém sua carreira foi ladeira abaixo deixando-a na pobreza em 1990. Mas após chegar ao fundo do poço, recuperou-se e deu a volta por cima, para alegria dos seus fãs. A música esteve sempre em suas veias, pois o pai era saxofonista e a mãe cantora, depois o padrasto era pianista. Os seus irmãos eram também músicos, que se reuniam em casa para tocar e cantar.
Outra grande influência foi o bairro negro do Harlem, onde cresceu em meio a violência. Descobriu cedo que estudar era o lugar certo para perseguir seus objetivos musicais. Para isso frequentou boas escolas em Newark, em New Jersey. Ali formou-se em música, depois seguiu para faculdade Montclair para se especializar nesta arte nobre.
Após a formatura retornou ao ensino público de Newark e lecionou música durante um ano, mas decepcionou-se com a falta de estrutura do local.
Enquanto trabalhava começou a cantar num grupo local chamado Voices, formado por professores interessados em divertir os outros. Em seguida passou a trabalhar de backing vocal nas gravadoras e bandas de Aretha Franklin e Frank Sinatra. Também engordava o salário cantando comerciais de televisão.  Ganhou respeito da crítica.
Em 1967 chegou cedo para uma sessão de gravação e foi convidada pelo dramaturgo Gerome Ragni para uma produção musical numa peça de teatro na Broadway. O enredo era venenoso: sexo, drogas, rock e nudez. Sua presença no palco eletrizou a plateia, ganhando o papel principal. Anos depois reconheceu que a experiência foi tremenda loucura. Melba brilhou nesta peça 18 meses. Depois partiu para outra, mas desta vez mais leve, falando das plantações da Geórgia. Acabou ganhando o Prêmio Tony. Até chegar 1971, quando lançou seu primeiro disco. Neste período estrelou um programa na TV CBS. Aproveitou para emendar diversas turnês. Nos shows fazia diversas vozes e estilos diferentes, como se estivesse encenando uma peça.
Apesar de todo trabalho duro, ela encontrou pedreira no caminho, com seus gerentes deixando-a na mão até ficar sem nenhum projeto nas mãos. A sorte mudou ao casar-se com o promotor artístico Charles Huggins, com que teve um casal de filhos e parceria numa empresa de produção. Assinou contratos com a Buddah e Epic Records. Neste período, 1971 a 1979, gravou vários discos, além de estourar nas paradas de sucesso.
A maré alta prosseguiu na segunda metade da década de 1980, quando foi nomeada para um Grammy pela segunda vez, por um álbum gravado em 1985: Read My Lips. Os anos de 1990 começaram bem, quando gravou uma versão do sucesso "Lift Every Voice and Sing" ao lado de Dionne Warwick, Anita Baker e outros. Mas o pedido de dívórcio pelo marido em 1991 a deixou sem rumo. Ficou sem dinheiro até para comprar comida para os filhos, quando o ex-marido não lhe pagava a pensão. No final da década de 1990 retornou por cima.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Lydia Caesar: a mãe do Rock&B

No meio de tanta armação no mundo da música, Lydia Caesar é exceção. Quando sobe ao palco, as pessoas não têm dúvida do que ela é capaz de fazer com a voz.
Consegue criar diversos efeitos quando canta, além de grande presença nas apresentações. Em vez de interpretar canções de R&B, ela criou o Rock&B. A adrenalina fica mais forte com suas canções cheias de riffs de guitarra, além da batida inesquecível da bateria.
Alguns críticos dizem que suas composições ficarão eternas. Nascida no bairro do Queens, em Nova York, a menina cresceu com fortes vínculos com a igreja, família e curso de música. Para Lydia, cantar é um estilo de vida, por isso suas letras refletem sua rotina. Aos quatro anos de idade já cantava na igreja fundada por seu avô, onde congrega. Reconhece que Deus a abençoou com o dom de cantar e precisa repassar a benção ao mundo, no formato de música. Suas influências foram Michael Jackson, Tina Turner e Chaka Khan. Na escola, aos 16 anos, já escrevia, dirigia e estrelava espetáculo de teatro musical. Das 10 mil pessoas que fizeram testes na primeira temporada do programa Making the Band na MTV, ela foi uma das últimas 15 cantoras. Ali decidiu compor suas canções, por sugestão de pessoas da produção do programa.
O seu carisma a ajudou em diversos shows por Nova York, além do reconhecimento da própria mídia. Passou um mês viajando pelo Marrocos. Depois em 2009 colocou sua voz num evento da ABC. Brilhou no palco ao abrir apresentações de vários cantores. Há dois lançou o CD Soul Biscuts, com quatro hits de sua autoria.
Depois gravou o CD Eletric Garden Love, mistura de Rock e Rhythm and Blues, o qual denominou de Rock & B. Este álbum é cheio de músicas suaves, para deixar tranquilo o astral de quem ouve. Não parou por ai. Usando a mesma massa, acrescentou Soul e Pop ao seu Rock&B em outro CD chamado Love Bells, lançado na Primavera de 2010.
Mas nem só de música é feito o mundo de Lydia. Finalizou o bacharelado em Teatro na Universidade de Hofstra. Depois colocou no mercado sua própria linha de produtos de beleza, pela griffe Caesarwest. Pelo visto, ela terá fôlego para sustentar uma loga carreira numa estrada do show-biz repleta de surpresas. Lydia aposta que o seu tempo é agora, para isso tem a personalidade que aglutina filha, irmã, mãe, cantora, escritora, atriz, designer e muita essência de black music.

 

Tammi Terrell: a parceira que abalou Marvin Gaye


Luís Alberto Alves-Hourpress

Tammi Terrel viveu apenas 24 anos, mas deixou sua marca na Black Music. Até hoje são lembrados os duetos que  fez com Marvin Gaye na época de Motown Records. Tudo começou na adolescência, quando gravou para os selos Scepter, Wand, Try Me e Checker Records. Aos 20 anos entrou na Motown, a fábrica de sucessos nas décadas de 1960 e 1970 nos Estados Unidos. Como cantora solo fez pouco sucesso, mas quando passou a unir sua voz à de Marvin Gaye em 1967, sua carreira subiria igual foguete. Infelizmente durante um show, ela desmaiou nos braços de Marvin Gaye. Os médicos descobriram um tumor cerebral, que dois anos depois a mataria, deixando a Soul Music orfã de outra grande voz.

Filha do político Thomas Montgomery e da atriz Jennie Montgomery, Tammi nasceu na Filadélfia e seu primeiro teste de fogo em público ocorreu no coral da igreja em que sua família congregava.
Logo cedo, a família percebeu o talento dela para cantar. Passou a receber lições de canto, piano e dança. Aos 11 anos obteve a primeira vitória num campeonato de talento. Aos 13 começou a carreira, apresentando-se ao vivo ou abrindo shows para artistas de R&B, como Gary "U.S" Bonds e Patti LaBelle.

Não demorou para o produtor Luther Dixon, proprietário da Scepter Records ficar na sua cola. Aos 15 anos assinou seu primeiro contrato profissional. Lançou o hit "If You See "I" It´s Mine" em 1961 com nome de Tammy Montgomery, cujo primeiro nome foi inspirado numa canção popular de Debbie Reynolds. No ano seguinte gravou "The Voice of Experience "I" I Want´cha To Be Sure". Não estourou demais nas paradas, mas o público ficou impactado com sua performance ao vivo.

Pouco tempo depois James Brown acabou seduzido pelo talento de Tammi, quando a viu num show na Filadélfia. Ele a convenceu a assinar com sua gravadora, a Try Me. Brown encarregous das funções de produção da terceira canção: "I Cried "I" If You Don´t Me Think". Também a colocou como backing vocal de sua banda.

Após nove meses trabalhando com o Papa da Funk Music, Tammi e Brown passaram a namorar, mas quando a notícia chegou aos ouvidos do pai dela, tudo terminou.   Em 1964, Tammi lança "If I Would Marry You "I" This Time Tommorrow". Era seu último hit usando o sobrenome de sua família e o primeiro na Checker Records. Desiludida pensou em parar de cantar e estudar Medicina.
Porém, no ano de 1965, durante apresentação ao vivo com a banda de Jerry Butler, ela chamou a atenção do big boss da Motown, Berry Gordy Jr. Naquele mesmo ano, entrou para sua gravadora. Gordy sugeriu que fosse adotado o nome Tammi Terrell, pois seu futuro poderia ficar ameaçado por causa dos fracassos anteriores  quando gravou como Tammy Montgomery, visto que nenhum deles chegou ao top da Billboard.

Em 1967 sua carreira alça voo, quando é convidada para o lugar de Kim Weston, parceira de Marvin Gaye. Juntos gravaram o hit "Ain´t No Mountain High Enough".
De 1967 a 1969 ambos lançaram diversos duos, entre eles "Your Precious Love", "If I Could Build My Whole World Around You", "Ain´t Nothing Like The Real Thing" e "You´re All I Need to Get By", além dos discos You´re All I Need (1968) e "Easy" (1969). Porém a lua-de-mel com o sucesso chegou ao fim quando Tammi passou a sentir frequentes dores de cabeça, até desmaiar nos braços de Marvin Gaye durante show num colégio na Virginia. Exames comprovaram a presença de um tumor cerebral maligno. A saúde dela piorou.

Deixou de se apresentar ao vivo, mas prosseguiu gravando com Marvin Gaye e como cantora solo até chegar o momento que suas forças físicas acabaram. No último álbum da dupla (Easy), a maioria dos vocais femininos foi gravado pela produtora e compositora Valerie Simpson, embora nos créditos constassem o nome de Tammi. Anos mais tarde Marvin Gaye confirmou o caso, embora negado por Simpson num livro escrito pela sua irmã.

Antes do fim, ela passou por oito cirurgias mal-sucedidas até sua morte em 16 de março de 1970, aos 24 anos. A perda de Tammi prejudicou Marvin Gaye, que chegou a abandonar a carreira, ficando um ano fora dos estúdios de gravação. Só em 1972 voltou a apresentar-se ao vivo. Retornou às gravações em 1971, com o célebre álbum What´s Going On. Era a reação à morte de Tammi.

"Ain´t No Mountain High Enough", um dos maiores sucessos da dupla



"Your Precious Love", balada que ajudou muitos casais a encontrar o caminho do amor.











terça-feira, 17 de abril de 2012

Angela Blair: outra bela voz do Gospel dos Estados Unidos


Ouvir Angela Blair cantar é como uma massagem suave nos ouvidos. A voz de soprano é vibrante para nos levar ao alto de uma montanha de paz. É Gospel de qualidade no seu ministério Amor e Inspiração de ajuda a casais que enfrentam turbulência no relacionamento e solteiros a encontrar a cara metade. Ela oferece a música como meio de suavizar as dores desta caminhada.
Por vontade própria ficou dez anos longe dos microfones. Ao retornar lançou o CD It´s All About Love.
O público logo matou a saudade de ouvir a voz cativante recheada de ótima performance no palco. Não é uma intérprete mecânica ao cantar. Coloca sentimento nas canções. São inesquecíveis suas baladas sensuais e ao mesmo tempo edificantes.  O talento para música surgiu na época em que cursava o Ensino Médio e refinou-se quando foi para a Escola de Artes Perfomáticas.
Dai para frente dividiu o palco com grandes cantores e até participou de trilha sonora no filme Leap of Faith, estrelado por Steve Martin, Debra Winger e Liam Neeson. Também teve a direção musical da feras da produção, George Duke, Dan Carlin e Edwin Hawkins. Já abriu shows para Jeffrey Osborne, Regina Belle e Isley Brothers. Além de cantar em eventos particulares de grandes multinacionais.Neste roteiro dividiu o palco com Aretha Franklin, Earth Wind & Fire, Lionel Richie, New Edition, Toni Braxton, Jamie Foxx, The Black-Eyed entre outros.
Esta bagagem não a retirou de causas nobres, como fazer shows para arrecadar fundos para as vítimas do furacão Katrina, além de continuar lutando pelos direitos civis ao lado de Jesse Jackson, Cornel West, Magic Johnson, Tom Joyner, pastor Jamal Bryant, bispo Noel Jones e outras personalidades norte-americanas preocupadas com o bem-estar da população pobre dos Estados Unidos.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Norman Brown: o herdeiro do smooth jazz

Norman Brown é da Louisiana, local onde muitos blueman  surgiram e escreveram os nomes na história da black music. Pegou uma guitarra pela primeira vez aos oito anos. Foi inspirado por Jimi Hendrix, apesar de seu pai gostar do som de Wes Montgomery (professor de George Benson e famoso por tocar apenas com o dedão). Após concluir o Ensino Médio mudou-se para Los Angeles para prosseguir na carreira, assistindo aulas no Instituto de Músicos. Ali acabou professor por certo tempo. Nas horas de folga tocava em clubes locais. Muitos o comparavam a George Benson. Logo acabou descoberto pela MoJazz Records, subsidiária da Motown.
Não demorou para estourar nas paradas com "Just Between Us" e ganhar Disco de Ouro. A crítica reconheceu o talento de Brown, reforçada pelas vendas de várias cópias. Depois foi contratado pela Warner Bros e junto com o produtor Paul Brown abocanhou o Grammy na categoria Melhor Pop Instrumental. Em seguida estourou com "West Coast Coolin´". Nele testou suas habilidades como vocalista e chegou ao topo das paradas.
Não demorou e entrou  na Peak Records. Nessa gravadora mesclou a harmonia com seu ideal artístico. Era a transição do Brown que pretendia continuar apostando no Jazz Instrumental, que na Warner Bros não pode fazer, o afastando temporariamente do seu público.
Os novos ares fizeram bem, visto que a compilação de The Very Best of Norman Brown acabou sendo um dos álbuns mais vendidos do Smooth Jazz de 2005 e 2006. Para o ano seguinte, planejou novas apostas num CD repleto de convidados especiais, entre eles Peabo Bryson, o saxofonista Marion Meadows e o lendário tecladista Jeff Lorber. Passou apenas quatro meses nos estúdios para gravar o CD Stay With Me. Ele é o registro do crescimento como cantor em letras bem elaboradas.



 

Ricky Shayne: o cantor de Mamy Blue


Luís Alberto Alves/Hourpress

Mistura bombástica na música Pop: cantor nascido no Egito, filho de libanês com uma francesa, que fez sucesso cantando em inglês na Alemanha na década de 1970.

 Essa é a história de Ricky Shayne (George Albert Tabett). Aos 15 anos, em 1959, veio morar em Paris, onde estudou canto. Depois mudou-se para a Itália. Ali conheceu seu primeiro sucesso. Mais tarde foi morar na Itália. Ali, em 1965 emplacou o primeiro hit nas paradas. Acabou recebendo um Disco de Ouro.

No ano seguinte viajou para a Alemanha, quando conheceu o maestro Giorgio Moroder, que na década de 1970 emplacou vários arranjos da Disco Music, inclusive de Donna Summer. 

Ao lado de Moroder compôs diversas músicas e tornou-se favorito dos adolescentes por causa da aparência de rebeldia. Mas em 1971 deixou para sempre a marca no show-biz, com a canção "Mamy Blue", com o qual é lembrado até hoje. Na Alemanha, a canção tocou até enjoar. Aproveitou para participar de uma comédia teatral. Em 1975 participou de uma série de televisão nos Estados Unidos.

 Logo retornou a Alemanha, onde grava outro álbum baseado na trilha sonora de um filme para a TV local. Estourou nas paradas novamente. Em 1989 lançou seu último álbum e nessa mesma década resolveu casar. Hoje tem três filhos, virou pintor e expõe seus quadros em vários países europeus. Também trabalha no mercado de bebidas da Alemanha, onde vive atualmente. Com os direitos autorais de "Mamy Blue", deu-se o luxo de colocar o burro na sombra.


"Mamy Blue", o maior sucesso de Rick Shayne

https://www.youtube.com/watch?v=eS3uVUbx3Vc


"Once I´m Gonna Stay Forever"


"Ich Will Dich Ganz Fuer  Mich"


"Stanotte"




domingo, 15 de abril de 2012

B.O.S.S: outra promessa da black music

B.O.S.S é a sigla do trio criado pelo músico e produtor Abdul Malik para cantar um estilo de Soul Music mais suave e sexy. Há dois anos ele juntou suas forças com a compositora e cantora Natalieq Aka  e Mike P para lançar as pedras fundamentais do grupo. A trilha mescla Soul, Jazz, R&B, Reggae e música eletrônica. O primeiro hit do B.O.S.S foi "Come Again". Essa canção define o som multifacetado do trio. O segundo, "Me & You", engloba guitarra, colocando mais molho nesta salada de som. Natalieq nasceu no mundo da música, do Brooklin, pois já cantava desde os 9 anos. Quando tornou-se jovem passou a apresentar-se ao vivo em turnês no Exterior, visto que também é dançarina. Já apareceu em clipes ao lado de Beyoncé, Joss Stone e Tweet.
Abdul Malik pertenceu ao Coral dos Meninos do Harlem. Seguiu os passos do pai e tornando-se cineasta, para depois entrar na Escola Superior de Música e Arte. Trabalhou como técnico de som no filme "Faça a Coisa Certa", de Speak Lee, além de deixar a marca do seu talento diversos filmes e programas de TV.
Também dirigiu clássicos de vídeos, inclusive para a lenda do Jazz Abbey Lincoln e Jay-Z. Mesmo assim, nunca perdeu sua veia de compositor.
O guitarrista Mike P é de Cleveland, Estado de Ohio, famoso por tantas feras que deu à black music nos últimos 50 anos. Autodidata, começou a tocar guitarra e compor quando tinha 10 anos. Logo passou a fornecer canções para diversos artistas. É editor assistente na indústria do cinema e televisão dos Estados Unidos. Deixou sua marca no filme indicado ao Oscar, Fighter. Com essa rica diversidade de talentos, o B.O.S.S promete vida longa.





Lobo e suas canções inesquecíveis


Na década de 1970, Lobo foi um dos cantores que seduziu muitas mulheres por causa de sua baladas. O curioso desta história é que seu nome de batismo é Roland Kent La Voie, mas por andar muito com um cachorro pastor alemão, parecido com um lobo; logo o nome verdadeiro deu lugar ao apelido.
Aos 18 anos, em 1961, recebeu o convite para tocar na banda de Rock The Rumors. A rapaziada era fã dos Runaway, Del Shannon e The Ventures. O gosto pelo música é herança do pai guitarrista e da mãe, vocalista. Deste grupo, mais tarde, sairiam Jim Stafford e Gram Parsons, fundadores do grupo The Byrds.
Porém Parsons não aguentou o repuxo do show-biz e morreu  novo. Stafford, junto com Lobo, ainda conhecido na época pelo nome verdadeiro Roland, criaram a banda Spiders and Snakes e conheceram o sucesso.
Eles chegaram às paradas, quando Lobo cursava a Universidade de Flórida do Sul. Ali conheceu Phil Gernhard, amigo de Maurice Williams. Ele levou os Zodiacs ao sucesso com o hit "Stay", além de produzir o estouro "Abraham, Martin and John" para o conjunto Dion, mas essa canção tornou-se imortalizada depois na voz de Moms Mabley, uma das grandes vocalistas do Blues.
Depois que entrou nesta estrada, Lobo não parou mais. Compôs "Me and You and A Dog Named Boo" , inspirado no seu cachorro. Vendeu 20 milhões de cópias em todo o mundo.
A partir dai vieram as nitroglicerinas "I´d Love You To Want Me", "Don´t Expect Me To Be Your Friend", "Don´t Tell Me Goodnight", "How Can I Tell Her". Em seguinda passou a gravar pela Warner Bross Records e MCA no final da década de 1970. O ano de 1979 marcou outra vez nas paradas com "Where Were You When I Was Falling In Love?". A década seguinte deixou Lobo mais como autor de canções.
Apesar de não aparecer mais na mídia, ele, aos 68 anos, continua em atividade, inclusive visitando as paradas de sucesso da Ásia, com CDs gravados pela Ponycanyon Records, onde lançou o álbum Asian Moon, além da coletânea Classics, incluindo seus hits antigos, como "The End of The World", "Dream Lover" e "Will You Still Love Me Tomorrow". Recentemente conseguiu se apresentar com muito sucesso no Vietnã, país que derrotou o forte Exército americano na guerra que durou de 1965 a 1975. Os hits "Teach me Tonight", "PS I Love You" e "Moonglow" apagaram qualquer chama de ódio contra um artista norte-americano na cidade de Ho Chin Min, antiga Hanói, capital do Vietnã do Norte, na década de 1960.
 
 
 

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Brutha: a nova geração da black music

O amor da família e da música sã
o as forças dos Brothers Brutha. Os cinco irmãos emocionam com suas harmonias, como faziam Os Jackson´s, New Edition e Boys II Men. A diferença é que os meninos  Brutha não seguem a trilha dos grupos populares. Eles são talentosos, aliam dança e muita energia em cima do palco. A proposta é trazer de volta a dinâmica musical carente nos dias de hoje.
Com CD gravado em Atlanta, o grupo despejou o legítimo Soulful, aguçando os ouvidos dos fãs, principalmente o hit "I Can´t Hear The Music". A faixa é um R&B de valente, com vocais lindos, além de um RAP animado por Fabolous, único convidado deste CD. O clipe, dirigido por Jesse Terrero, sintetiza o desempenho do conjunto, de forma maravilhosa, ressaltando sua essência.
Os Brothers Brutha reconhecem a beleza de suas harmonias no estilo cappella, casado com excelente coreografia, quando parecem que andam ao redor do palco. A ideologia do grupo é lutar sempre para cumprir o sonho, sem comprometer os compromissos de família durante as famosas turnês. São conscientes na luta entre o trabalho e a indústria da música.
A consciência é resultado de uma família amante desta nobre arte, cujo o pai teve oito filhos e cinco meninas. O velho os introduziu neste mundo mágico com canções dos Jackson´s Five, Sam Cooke,Temptations, New Edition e Boys II Men. Esta influência os levou a assinar contrato com a RCA Records.
Foi com muito Soul nas veias que os cinco jovens tiveram aulas com o pai de como se apresentar nos palcos, shows de talentos, casamentos, festas, bar mitzvahs e até mesmos nas esquinas das grandes cidades, caso a barra econômica ficasse pesada algum dia.
A primeira apresentação oficial foi em 2003, num clube de Los Angeles, com várias estrelas do basquete, depois em 2006 foram à festa de aniversário de Michael Jackson e no Natal na casa de Stevie Wonder. Passaram pelo duro teste de fogo. No ano seguinte, o grupo assinou com Urban Island  Records. Começaram a pegar pesado com a saúde, participando de fortes sessões de exercícios físicos, aulas de cantos e ensaios de dança. Tudo para não fazer feio na rigorosa indústria da música, que levanta e derruba rapidamente muitos artistas nesta sinuosa estrada do show-biz.