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#BMW - Morre #QuincyJones, o gênio da produção de grandes discos

Luís Alberto Alves/Hourpress

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Blackbyrds: da Universidade para o show-biz


Os Blabyrds era um grupo de Jazz-Funk que surgiu na Universidade Howard no começo dos anos 1970. O grupo tinha o guitarrista Barney Perry, o tecladista Kevin Toney, o trompista Allen Barnes, o percussionista Jacobs Perk, o baixista Joe Hall e o vocalista Keith Killgo. O líder da banda era o trompetista de Jazz Donald Byrd, responsável por ensinar música a todos membros do conjunto. 
O maior sucesso dos Blakbyrds foi o hit "Walking in Rhythm", cuja canção mesclava Soul e Jazz. No final da década de 1970 colocaram nas paradas as composições "Happy Music", "Time is Movin" e a Disco Dance "City Life". Continuaram a gravar nos anos 1980. Com menos componentes, a banda ainda prossegue em atividade.




quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

All-4-One voltaram a acertar a mão

O quarteto All-4-One ainda continua sendo referência no Gospel e Soul dos Estados Unidos. Na década de 1990 foi um dos grupos mais talentosos a surgir nas terras norte-americanas.
O início da carreira de todos foi nos grupos de louvor das igrejas evangélicas. Ali cresceram musicalmente Tony Borowiak, Jamie Jones e Alfred Nevarez. Os três se reuniram num estúdio da Califórnia para cantar jingles comerciais. Acabaram convencidos a aceitar a inclusão de Delious Kennedy. Juntos enfrentaram um teste na LA Records. Cantaram o clássico "So Much in Love". Aprovados, lançaram o primeiro disco em 1994. Naquela época houve renascimento dos quartetos vocais, liderados pelos Boys II Men. A versão cappella de "So Much in Love" estourou nas paradas Gospel dos Estados Unidos. Outro destaque foi o hit "I Swear", sucesso absoluto nas paradas Pop durante mais de dois meses e o disco mais vendido do ano. Porém, até o final de 1995 o grupo parecia estar à beira do estrelato.
No segundo disco, o quarteto enfrentou o dilema: apoio crescente tanto no Pop e cantos da Soul Music e a cena da música já ter mudado desde a época do álbum de estreia da banda. Curiosamente, o grupo errou de forma criativa na gravação da canção " And The Music Speaks". Não era Soul nem Gospel, mas tinha um som suave. O hit "I Can Love You Like That" entrou nas paradas e o disco sumiu rapidamente das lojas. Em 1997 gravam  Ond and Ond, mas os estúdios atrasaram o disco em quase 18 meses. De forma silenciosa saiu para as lojas em 1999, pelo selo Atlantic, com pouco apoio. Foi o melhor disco do grupo. As baladas notáveis destacaram-se, como "Time to Come Home" e "I Will be Right Here", além das magníficas performances de Kennedy e Jones. Poderia ser melhor, mas um acidente de carro deixou o quarteto de molho por mais de um ano. Em 2001 gravaram o CD All-4-One...Has Left The Building, mas ele nunca foi lançado.
No ano seguinte soltaram A41, álbum dócil, contendo a balada melódica "Not Ready for Goodbye". Em 2004 lançaram o álbum Asia Split Personality. O destaque ficou para a faixa "Someone to Live in Your Heart". Depois desse trabalho, o vocalista Jamie Jones lançou um CD solo, isto não impediu de o grupo continuar junto em futuras gravações. Jones alcançou sucesso como produtor, especialmente com a canção "Wayne Brady Change is Gonna Come".
 Ele abriu as portas para os All-4-One assinar com a Peak Records. Ali lançaram o CD No Regrets, concluído em setembro de 2009. Nesta década é o melhor disco do conjunto, com excelente atualização do som do quarteto com arranjos mais quentes. É o renascimento comercial de um grupo determinado a fazer as coisas direito pela segunda vez.




Vanessa Bell Armstrong: uma das gigantes do Gospel

Uma das grandes cantoras de Gospel, nos Estados Unidos, é Vanessa Bell Armstrong. Seu último CD Walking Miracle é a prova disto. De contrato assinado com a Gospel EMI Records, ela encontrou lugar para explorar seu talento, unção e experiência.
Humilde, Vanessa ainda se sente como simples vocalista quando começou a cantar ao lado de Thomas Whitfield, mesclando o Gospel antigo e o atual. Ela reconhece que o som contemporâneo do Gospel é quem joga para cima o moral de quem se julga prostrado.
O CD Walking Miracle é a mistura de Soul e Gospel, mas de grande vibração. O primeiro single "So Good to Me" é a radiografia dela. A canção teve a produção de Smokie Norful. O conhecimento e amizade de ambos traduziu-se num excelente trabalho. No estúdio, Smokie confessou que ouvia Vanessa desde sua adolescência, quando cantava suas canções na igreja onde congregava. É um clássico construído com todos os ingredientes do Gospel.
A canção verbaliza o tema Armstrong, que está preocupada em dizer a todas as pessoas como Deus tem sido bom para com ela. É a resposta aos críticos que achavam que sua carreira tinha chegado ao fim. Vanessa disse apenas que o Senhor a tinha colocado em processo de hibernação, para trazê-la à tona na hora certa.
Das 11 faixas deste CD, a mais pessoal  é "It´s Over Now". É uma conversa íntima dela com Jesus Cristo, onde lhe pede uma canção para seu filho, filha e para mundo que precisa de uma cura coletiva para as pessoas enfrentarem suas lutas diárias. Reconhece ser a canção predileta, pois Deus preparou a música para ela enfrentar as forças das trevas, derrotando doenças e amarguras do coração.  Walking Miracle apresenta o superprodutor Rodney Jerkins na faixa título, onde Armstrong explora bem seus vocais claros e cativantes.
A letra fala da relação e poder de Deus que cura. Vanessa lembra que a canção surgiu por causa da doença  que acometeu seu filho. Nas orações, Jesus o curou. É uma composição que enfatiza a fé que precisamos continuar tendo no Senhor, mesmo nos momentos difíceis.
Outro destaque é a balada "Fall in Love", falando do sentimento amoroso dos cristãos em relação aos outros, da intensidade do primeiro amor por Jesus Cristo. O hit enfatiza a vontade de recuperar o tempo perdido e voltar aos braços do Pai.Também não pode ser esquecida a faixa "Seasons", onde os vocais de J. Moss deixam o CD mais lindo ainda.
Poucos sabem que Vanessa apareceu pela primeira vez na Broadway em 1991 na produção de Not Get Started God". Ela resistiu ao teste do tempo, pois seu primeiro lançamento, Peace be Still (1984), tornou-se canção de definição para ela. Depois gravou mais três álbuns, mostrando sua importância no Gospel norte-americano.
Desde aquela época, que seus discos, por meio de lindos louvores, procuram incentivar, inspirar e lembrar a todos nós do incrível poder de Deus. O CD Walking Miracle passa a mensagem de que precisamos esperar, ter fé, saber que há vitória e que Jesus Cristo está ao nosso redor. É o recado de que Deus a ungiu para cantar às multidões, ainda presas nas garras do mundo.







Carl Anderson: o destaque do Smooth Jazz

Quando Carl Anderson surgiu em 1973, o show-biz imaginou que fosse uma estrela de infinita grandeza. Afinal sua performance na versão filme da premiada peça Jesus Cristo Superstar iludiu a crítica. Anderson roubava a cena por sua magistral interpretação do hit "Heaven on Their Minds".
Tudo não passou de track. Ele ficou sem gravar durante dez anos. E quando lançou um disco pela  Columbia Records, a faixa "Absence Without Love" foi outro fracasso. Em 1984 lançou "Ond and Ond". Só em 1985 acertou a mão trabalhando com Patrick Henderson e com o guitarrista Al McKay, da Earth Wind & Fire, num álbum maravilhoso. O destaque ficou para a canção "Cah´t Stop This Feeling". Depois veio o dueto com Gloria Loring, no hit "Friends and Lovers", tornando-se nitroglicerina nas paradas de sucesso dos Estados Unidos.
De olho grande, a Columbia lançou outro álbum: Carl Anderson. O disco direcionado ao público pop adulto fracassou nas vendas. Ele aproveitou e mudou-se para a MCA Records, onde gravou o disco Act of Love, numa linha próxima ao Smooth Jazz , mas recebeu pouca atenção da crítica. O desastre o deixou sem gravadora. Para escapar do prejuízo, resolveu apostar num trabalho de Jazz puro. Sob a batuta de Russ Freeman, o CD Piece of a  Heart foi sucesso comercial e de crítica. Lançou mais três álbuns e iniciou uma carreira de vocalista de Smooth Jazz.
Apresentou-se ao lado de Nancy Wilson e Eric Marianthal ao longo da década de 1990. Sua última gravação ao vivo do CD Why We Are Here  tornou-se boa introdução para seus futuros lançamentos na linha Smooth Jazz. A versão do hit " Who Can I Turn To?" é a referência para comprar este CD. Infelizmente Anderson não pôde ir mais longe: em fevereiro de 2004 a leucemia o derrotou para sempre.





Babyface é cara nova da black music

Na década de 1990 surgiu provavelmente o mais importante compositor e produtor de black music dos Estados Unidos: Kenneth "Babyface" Edmonds.  Seu aprendizado começou na banda  Bootsy Collins. Mais tarde juntou-se a LA Reid para formar o grupo A Deele. O Funk nunca mais foi mesmo.
Não demorou para Babyface passar a expandir-se para fora dos domínios da banda A Deele. Como compositor lançou a sussurrante "Rock Steady", em 1987, que atingiu o top das paradas de sucesso dos Estados Unidos. O mundo do show-biz ficou atento ao seu estilo de compor. Logo mudou suas composições mais melódicas, quase clássicos do Pop. Deu-se ao luxo de criar novas batidas de Funk. Após o sucesso das açucaradas "Two Ocassions", em contraste com "Body Talk", ele passou a trabalhar  no hit "Face´s Tender Love", outra canção a estourar nas paradas e pistas de danças norte-americanas. Após sair do grupo E Deele, Babyface  e LA Reid viraram rolo compreensor, com a dupla produzindo, numa década, diversas músicas de sucesso. Ganharam quatro Grammies de produtores do ano, além de criar hits para Bobby Brown, Whitney Houston, Karyn White, Toni Braxton e Boys II Men.
As canções "End of The Road" e "I´ll Make Love to You" tornaram-se clássicos da história da música Pop, por causa de suas irresistíveis melodias. Preocupado em escrever para outros artistas, Babyface tinha pouco tempo para sua carreira-solo. Enquanto seus álbuns, como Cool in You, cujo CD incluía a balada vencedora do Grammy "When Will I See You Again", foram sucessos consagrados, Babyface não teve maturidade suficiente para atingir o top e ali manter-se por muito tempo.
Na década de 1990 passou a trabalhar em trilhas sonoras, incluindo o filme O Guarda-Costas e a comédia Boomerang, com Eddie Murphy. Em 2001 lançou o CD Face 2 Face. O álbum ficou pouco tempo nas paradas. Depois gravou o intimista Grown & Sexy. Seus tropeços não retiram os méritos de ótimo compositor e produtor da recente geração de artistas de black music dos Estados Unidos. É difícil esquecer de suas canções, com impecáveis melodias.





Aysha é outra estrela do Jazz


Nos últimos seis anos, Aysha construiu uma sólida carreira solo. Não é uma cantora cometa, que logo aparece e depois some. Em 2010 ganhou o prêmio de Artista Jazz do Ano. Tudo começou em 2006 ao lançar de forma independente seu primeiro CD Love is a Rock. A faixa "Send for Me" reviveu as doces baladas das décadas de 1970 e 1980, quando os casais não conseguiam ficar parados.  Pouco tempo depois gravou Stay With Me.
Composto de cinco canções originais produzidas pelo competente e lendário arranjador Monty Seward, cujo currículo inclui diversas estrelas do show-biz norte-americano, entre eles Jackson´s Five. O CD recebeu ótimas críticas de diversas publicações de todo os Estados Unidos e atingiu as paradas de sucesso da Grã-Bretanha. O talento de violonista é visível no hit "I Give You My Love", onde Aysha mostra que não é uma cantora de proveta, como as inúmeras existentes no mercado.
Aysha tornou-se excelente estrela do Jazz e R&B, com várias apresentações no circuito de casas de show deste estilo. Sua voz aveludada é sensual e suave, com influências de Sade, Toni Braxton e Phyllis Hyman. Antes de apostar na carreira-solo trabalhou como backing vocal das bandas Zapp e War. Da experiência que teve com as feras desses dois grupos, ela teve coragem para apostar num estilo próprio, apresentando-se em várias casas de show de Los Angeles, entre elas a famosa BB King Blues.
Em agosto de 2006, uma rádio da Califórnia (a live365com) a escolheu como artista top, por causa de músicas que passaram a ser executadas em vários horários, forçadas pelos pedidos do público. De março de a outubro de 2008, Aysha destacou-se em inúmeras revistas que abordam artistas independentes. Neste pique, logo será uma grande estrela internacional do Jazz.











Gerald Albright: uma das feras do Soulful

A Califórnia deu de presente para a black music o talento de Gerald Albright. Crescido no sul de Los Angeles, frequentou a Universidade de Redlands, onde recebeu grau de BS em Administração de Empresas, com especialização em Música.
Após concluir o curso universitário passou a trabalhar em estúdio com artistas como Patrice Rushen, Anita Baker, Ray Parker Jr., Atlantic Starr, The Winans, Olivia Newton-John, Temptations e Maurice White, o fundador da Earth Wind & Fire.
Também acompanhou em turnês Les McCann, Franklin Rodney, Jeff Lorber, Marie Teena, Marlene Shaw, Debra, Quincy Jones, Whitney Houston, Phil Collins entre outros. Trabalhou em diversas casas de show da Califórnia e participou de vários festivais de Jazz. Uniu-se a Chaka Khan, Jonathan Butler, Hugh Masekela e Rachelle Ferrell para tocar Jazz numa linha mais popular.
Para enriquecer ainda mais o currículo apareceu em inúmeros programas das emissoras de televisão dos Estados Unidos, até conduzir apresentações em Las Vegas. Toda essa cancha serviu para firmar Albright como um dos músicos mais competente dos Estados Unidos. Tornou-se um dos dez saxofonistas que participaram da posse do presidente Bill Clinton, em apresentações privadas na Casa Branca.
Nesta caminhada já vendeu mais de 1 milhão de CDs nos Estados Unidos. Produz seus álbuns com ótimos arranjos de guitarra, teclados, flautas, bateria e excelentes vocais. É conhecido como "músico músico".
Usa o talento de saxman para arrecadar fundos para diversas entidades assistenciais, principalmente a Sociedade Americana do Câncer. Nunca se esquece de ajudar a comunidade negra.
É conhecido por sua rapidez no palco e seu som, onde deixa bem marcado a pegada do Soulful. Sempre dá ao público o show que ele espera ao comprar o ingresso.
Além de grande saxofonista, Albright explora seu talento no piano e às vezes no contrabaixo, tentando manter a mesma pegada de Louis Johnson que o influenciou na adolescência. Já gravou 9 CDs e ocupa grande destaque na história da black music dos Estados Unidos, como músico, compositor e produtor.




Universidade ajudou criar After7


A Universidade de Indiana (Estados Unidos) foi a responsável pelo nascimento do After7. Ali os irmãos Kevin e Melvin Edmonds se uniram ao colega de estudos Keith Mitchell para formar o trio. Começaram a fazer shows ao redor daquela cidade. Logo eles seriam um grupo de Funk no estilo bem atual. Para colocar mais pimenta no molho, veio como produtor Kenneth "Babyface" Edmonds, trazendo à tiracolo LA Reid. A dupla já havia trabalhado com Boyz II Men, Toni Braxton, Whitney Houston e dezenas de artistas que frequentavam as paradas de sucesso  norte-americana.
Em 1988, Babyface e Reid entraram num acordo com a Virgin Records e levaram para lá o grupo After7. O trio assinou contrato. Lançaram o primeiro álbum e três hits chegaram ao topo: "Ready on Not", "Nights Like This" e "Baby I´m For Real".
O ano de 1995 marcou o estouro de "Til  You Do me Right". O destaque do After7 era a harmonia e as boas performances dos irmãos Edmond, excelentes vocalistas. No final da década de 1990, o trio chegou ao fim, com Edmonds Kevin optando pela carreira-solo. Mas em 2009, Keith Mitchell e Kevin Edmonds foram reunidos por Jason Edmonds para formar outra versão de After7.









terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Fantasy: um dos destaques do American Idol

A black music norte-americana renova-se sempre. Às vezes há lixo imposto pelas gravadoras, mas em alguns períodos surgem boas obras. É o caso de Fantasy, vencedora do American Idol (um dos programas de maior audiência na televisão dos Estados Unidos) em 2004.
Dali que decolou Fantasy rumo ao sucesso. Nascida na Carolina do Norte, atualmente é um dos destaques da Soulful. Seu primeiro CD estourou as paradas de sucesso. Repetiu em público o que fez por trás das câmeras do American Idol.
Logo passou a trabalhar a RCA Records. Ali lançou Free Yourself. No verão e outono de 2004 fez 52 shows. Para não deixar a peteca cair, montou uma banda com feras do porte de Missy Elliot, The Underdogs, Jermaine Dupri, Harold Lilly e Soulshock & Karlin. Três faixas chegaram ao topo: " I Believe", "Summertime" e a empolgante "Chain of Fools", clássico gravado por Aretha Franklin. Fantasy reconhece a influência da primeira-dama da Soul Music, pois sua mãe tocava sempre seus discos em casa. Logo incluiu a regravação de "Daydreaming", sua música favorita.
Desde criança que Fantasy interessava-se pelos microfones. Seus pais e irmãos cantavam em festas de casamento, além de se apresentar em diversas igrejas, incluindo os tradicionais hinos da harpa cristã, alguns compostos há mais de século. Um de seus preferidos era "All My Life", que não faltava em nenhuma festa de alguém que casasse.
Mas ela ouvia muito Rock, Jazz e R&B, além de astros como Anita Backer, Aretha Franklin e Luther Vandross.
Na época de escola, Fantasy participou de diversos grupos e bandas locais. Reconhece que foi difícil atingir o topo do show-biz. A resistência de manter o sonho de tornar-se cantora era baseada em cantoras como Angie Stone e Jil Scott. Elas ensinaram que a beleza externa não pode ser barreira para alguém cantar bem.
Após algumas semanas de competição no American Idol, o telespectador norte-americano resolveu decidir que Fantasy merecia um lugar de destaque na música. Conseguiu realizar seu sonho.
Seu estilo comovente de interpretar as canções a tornou popular. Isto ficou visível quando cantou "I Think It Was When (One of The Judges)". Outro destaque foi "Summertime". Após assinar contrato com a RCA Records, exigiu que seus álbuns tivesse como público chave quem gosta de músicas que tocam em clubes e rádios.










Funkatized: a alquimia da dupla Dee Gee e En Bee

A Funk Music, na década de 1990, ganhou o talentos dos muilti instrumentistas Dee Gee e En Bee. Ambos se conheceram quando tomavam cerveja num bar em Berlim, Alemanha. Em 1994 montaram um show com suas duas bandas. Logo se uniram e passaram a tocar vários projetos. Antes tocaram juntos em outros grupos, desenvolveram vocabulário musical próprio. Sofisticaram suas capacidades de produção. Gravaram vários hits, que estouraram nas rádios e emissoras de televisão dos Estados Unidos e Europa. Um dos CDs é The Sound of Acid Jazz, de 2000. Em março de 2007 voltaram a se encontrar para bancar o projeto Funkatized. Continuam na vanguarda da black music dos Estados Unidos.





Kirk Franklin: a joia rara da música Gospel dos Estados Unidos

Foi na década de 1980 que a música Gospel norte-americana passou a desfrutar do talento de Kirk Franklin, transformando o gênero num grande sucesso junto ao público não cristão. Franklin ligou o movimento Hip-Hop ao Gospel, trazendo novos artistas para o evangelho.
Nascido em Dallas, Texas, por uma tia após ser abandonado pela mãe, desde criança Franklin já dava mostras de que seria ótimo cantor. Ainda na infância começou a tocar piano no grupo de louvor da igreja. Na adolescência se rebelou contra o Senhor, até a morte de um amigo o trazer de volta aos caminhos de Jesus.
Formou o coral The Family e passou a compor diversos hinos evangélicos. Logo acabou descoberto por Vicki Mack Lataillade, da Gospo-Centric Records em 1992. No ano seguinte lançou seu primeiro álbum: Kirk Franklin and The Family. A diferença é que seu disco não baseou-se apenas em mensagens religiosa aliadas a batidas mecânica, mas procurou colocar ritmos urbanos. A comunidade evangélica de Dallas recebeu o trabalho com desprezo. Porém, quem gostou do disco, o colocou rapidamente nas paradas e ali ficou por dois anos, pois as letras eram direcionadas ao jovens que se encontrava nas drogas e crimes.
Em 1996 conquistou definitivamente os evangélicos dos Estados Unidos, ao lançar o CD Whatcha Lookin´. Chegou à maioria das paradas de sucessos de músicas seculares. Ocupou os primeiros lugares do Pop e Soul. Nos anos 2000, o CD Stomp selou seu destino como grande intérprete do Gospel. Logo ganhou o Grammy. Em 2004, criou a Fo Yo Soul Entertainment consolidando seu império de entretenimento com programas voltados ao público jovem, numa extensão de seu ministério de louvor. O primeiro CD lançado por sua corporação, em 2005, incluiu o hit "Looking For You", regravação de Patrice Rushen, além de "Haven´t You Heard", um dos seus maiores sucessos nesta década. O ano de 2007 marca a explosão nas paradas do hit "The Fight of My Life", repetindo a dose em 2011 com "Hello Fear".
O estouro da música evangélica em todo o mundo, com a inclusão do R&B e Hip-Hop, teve a colaboração de Kirk Franklin. Já garantiu seu lugar no Gospel, persistindo na dura caminhada ao lado de Jesus Cristo, tremendo teste de resistência que o Senhor coloca no ombro de quem o segue de verdade.





Johnny Gill: estrela sem rumo da Soul Music

Johnny Gill é outra das mais belas vozes da black music, enaltecendo o Soul. Conseguiu fazer sucesso como cantor solo e em grupo. Infelizmente a falta de personalidade o impediu de atingir o topo, justificando seu imenso talento.
Como ocorre com a maioria dos vocalistas norte-americanos, ele começou cantando no grupo de louvor da igreja onde seu pai era o dirigente. Sua amiga Stacy Lattisaw, ao chegar às paradas de sucesso com o hit "Let me Be Your Angel", o apresentou aos diretores de sua gravadora, a Cotillion. Aos 15 anos, Gill entrou para o show-biz. O produtor Freddie Perren, conhecido por trabalhar ao lado de cantores teen como Jackson Five e The Sylvers. Em 1983 estreou. Funcionou a parceria. Perren produziu o hit "Super Love", além de outras baladas direcionadas ao público teen. Sua voz profunda, apaixonada caiu como luva neste tipo de canção. Lançou o hit "Show Her Love" numa pegada semelhante a de Sam e Dave.
Em 1984, Gill e Lattisaw fizeram um dueto perfeito, numa bela composição. Depois gravou outro disco, mas desta vez de péssima qualidade, onde somente a faixa "Half Crazy" salvava. Passou a trabalhar com Jeffrey Osborne, mas não deu sorte. Com a saída de Bobby Brown do New Edição, ele resolveu entrar no grupo em 1988. O seu desempenho no hit "Can You Stop The Rain" jogou seu moral para cima.
Em 1990. ainda membro do New Edition, estreou na Motown Records, com álbum solo. Rendeu quatro hits, "My My My" grudou nos ouvidos dos fãs. A seguir gravou outros discos, mas sem boa qualidade, parecendo batata frita de lanchonetes de beira de estrada. As péssimas letras, só abordando sexo e mulheres bonitas não emplacaram nas paradas.
Por falta de orientação, continuou neste caminho, chegando inclusive a lançar as canções "Rub You  The Right Way" e "Wrap My Body Tight". Apenas em 1993 conseguiu cantar uma composição decente: " I Know Where I Stand". Ganhou o Grammy de 1994.
No ano de 1996 uniu-se a Keith Sweat e Gerald Levert para produzir dois álbuns populares, mas infelizmente de qualidade sofrível. Dai por diante lançou diversos CDs, mas todos descartáveis. Em 2010 assinou com a Notifi Records para gravar outro CD, lançado em 2011.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Taiguara foi outro talento sufocado pelos militares no Brasil



Taiguara foi outro grande ícone da MPB. Brilhou na década de 1960 até os militares que tomaram o poder em 1964 o obrigaram a sair do Brasil. Embora nascido no Uruguai em 1945, mudou-se para o Rio de Janeiro quatro anos depois e ali permaneceu até sua morte em fevereiro de 1996. Logo nos anos 60 foi para São Paulo estudar Direito. Pouco tempo pegou nos livros e dedicou-se  a música, principalmente nos famosos festivais daquela época onde seu talento aflorou.
O sucesso logo veio, por meio de letras e melodias bonitas. Destaques para "Hoje", "Universo do Teu Corpo", "Piano e Viola", "Amanda", "Tributo a Jacob do Bandolim", "Viagem", "Berço de Marcela", "Teu Sonho não Acabou", "Geração 70" e "Que as Crianças Cantem Livres".
Os militares não lhe deram sossego, censurando diversas canções durante a Ditadura de 1964 a 1985. Calcula-se que ele teve 100 músicas vetadas.  No começo de 1973 foi para a Inglaterra. Ali gravou "Let The Children Hear The Music", que nunca chegou ao mercado, tornando-se o primeiro disco estrangeiro de um brasileiro censurado no Brasil.
Em 1975 retornou ao País e gravou "Imyra", "Tayra", "Ipy", ao lado de Hermeto Paschoal e uma orquestra sinfônica de 80 músicos. O espetáculo de lançamento do disco foi cancelado e todas as cópias recolhidas pela Ditadura Militar em poucos dias. Taiguara voltou ao Exterior, morando  por vários anos na África e Europa. Quando voltou a cantar no Brasil, no começo dos anos 80, não obteve mais o grande sucesso de outros tempos.




segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Cameo: outra nitroglicerina da Funk Music


As paradas de R&B nunca mais foram as mesmas após o aparecimento da Cameo Band, formada em 1974 por 13 membros. Dois anos depois assinaram contrato com a Casablanca Records e carreira de sucesso começou.
Desde o início, a Funk Music esteve em primeiro plano. Todos os hits eram compostos neste ritmo. Logo as paradas conheceram "Rigor Mortis", "I Just Want to Be" e Find My Way".
Em meados de 1980 lançaram os singles "Shake Your Pants" e "Knights of The Sound Table (1981) e  "Woman Saw" (1982). Logo depois o grupo reduziu para quatro membros (Larry Blackmon, Tomi Jenkins, Nathan Leftenant e Charles Singleton). Blackmon introduziu na banda o funk no estilo New Wave. Vieram os sucessos "Talkin ´Out The Side of Your Neck". Em 1985
a banda gravaria a canção que a imortalizaria nos Estados Unidos: "Word Up". No ano seguinte, o hit caiu no gosto do público, inclusive da crítica. Passou a tocar em todos os lugares, com o refrão virando lugar comum no palavreado da população. Fizeram sucesso, também, as faixas "Candy" e "Back and Forth. Mas "Word Up" é que grudou, inclusive virando trilha sonora na MTV e comerciais de refrigerantes. A Cameo tornou-se uma das bandas mais conhecidas do mundo na década de 1980. Nos anos 90, continuaram a compor e passaram a viver de direitos autorais no esquema flash back.


domingo, 12 de fevereiro de 2012

ConFunkShun: outra grande marca da black music


Outra banda que sacudiu as pistas de dança nas décadas de 1970 e 1980 foi a ConFunkShun, por causa das inúmeras canções que colocou nas paradas de sucesso de todo o mundo. Alguns de seus hits ainda continuam sendo regravados por outros artistas.
Formada no início de 1970 na Califórnia a partir de um grupo de amigos de escola. Seus principais integrantes foram Felton Pilatos (vocalista e multi-instrumentista), Michael Cooper (vocalista), Louis McCall (baterista), Paul Saxman Harrel, Cedric Martin (baixista), Danny Thomas (tecladista) e Karl Fuller (trompetista).
A ConFunk Shun entrou no vácuo da Isley Brothers, Earth Wind & Fire e Commodores, que eram as bandas responsáveis por diversos hits da black music nos bailes de todo o mundo. Após curto período trabalhando com outros nomes, eles escolheram batizá-la de ConFunkShun.
Lançaram algumas versões numa pequena gravadora até assinar com a Mercury Records. Em 1976 entraram nas paradas com a canção "Sho Feels Good to Me". Um ano depois veio outro single: "Ffun" tornou-se outro grande sucesso, chegando aos primeiros lugares das paradas de Soul Music dos Estados Unidos.
Igual máquina de produção, a ConFunkShun passou a lançar diversos hits por mais de uma década. Invadiram os bailes os hits "Ms.Got the Body", "Chase Me", "Too Tight", "Love´s Train" e "Baby I´m Hooked"
Em 1986, a banda perdeu Pilatos para a carreira-solo como produtor ao lado do MC Hammer. Depois foi a vez de Cooper ir embora. Na década de 1990, os dois uniram-se com outros ex-componentes e alguns novatos para turnês como ConFunkShun. A banda renasceu, gravaram um álbum pela Intersound Records em 1996, sendo bem recebido pela crítica. Alegria de um lado e tristeza de outro, visto que o co-fundador Louis McCall morreu assassinado na Geórgia.
A ConFunkShun prossegue em atividade, mantendo a qualidade musical, agora composta por Michael Cooper (vocais/guitarra),  Felton Pilatos (vocais/trombone/teclados), Karl Fuller (trompete), Eric Young (baixo), Ron Moton (sax), Kurt Clayton (teclados) e Darwin Tillary (bateria). Fizeram excelentes compilações de seus maiores sucessos, principalmente da época que estiveram na Mercury Records.
Nos últimos dez anos, a ConFunkShun continua forte. Em maio de 2008 completou 35 anos de estrada. A data foi comemorada num cruzeiro marítimo junto aos seus maiores fãs.