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#BMW - Morre #QuincyJones, o gênio da produção de grandes discos

Luís Alberto Alves/Hourpress

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Fats Domino: o homem que gravou o primeiro rock

Luís Alberto Alves/Hourpress

A lenda viva do Rock, Blues, R&B e demais ritmos que compõem a Black Music norte-americana chama-se Fats Domino. Aos 83 anos, ele ainda é considerado um dos mais importantes cantores, compositores e pianista de todos os tempos. Nascido no berço do Blues (Nova Orleans, Lousiana), Fats viu o nascimento do Rock, quando gravou em 1949 o hit "The Fat Man", pela Imperial Records, considerado como a primeira canção neste estilo. O disco vendeu 1 milhão de cópias.

Fats lançou diversas músicas com o produtor e co-compositor Dave Bartholomew, acompanhado dos músicos Herbert Hardesty e Alvin Tyler (ambos saxofonistas) e o baterista Earl Palmer. Depois outro time de feras da Black Music o acompanhou, como Reggie Houston, Lee Allen e Fred Kemp.

Mesmo enfrentando a barreira do racismo, muito forte nos Estados Unidos nas décadas de 1940 e 1950, Fats conseguiu colocar 37 singles nas paradas de sucesso da época. Seu primeiro álbum Carry on Rockin saiu em 1955, depois relançado no seguinte como Rock and Rollin´With Fats Domino. O disco ficou no posto 17 no Top 200 da Billboard.  A versão de "Blueberry Hill", de 1940 composta por Vincent Rose, Al Lewis e Larry Stock, chegou ao segundo lugar nas paradas de R&B por 11 semanas, além de vender 5 milhões de cópias em todo o mundo, entre 1956 e 1957.

Depois, igual carro sem freios na descida, até 1959 emplacou "When My Dreamboat Comes Home", "I´m Walkin", "Valley of Tears", "It´s You I Love","Whole Lotta Loving", "I Want to Walk You Home" e "Be My Guest".

Até o início de 1962, ele lançou diversos hits de sucesso pela Imperial Records, incluindo "Walkin´to New Orleans" e "My Girl Josephine". Em toda carreira, Fats gravou mais de 60 singles neste selo, colocando 40 músicas no Top 10 das paradas de R&B e 11 singles no Top 10 das paradas Pop.

Ao mudar para a ABC-Paramount Records, em 1963, Fats troca o produtor Dave Bartholomew por Felton Davis, que o acompanhava na Imperial desde o início da carreira. Davis coloca corais de vozes em suas novas canções e o resultado acabou trágico. De 11 singles lançados, apenas um chegou ao Top 40. Com a chegada do rock britânico, os sucessos dele minguaram. Mesmo assim continuou gravando até começo da década de 1970, quando entrou na Mercury e depois saiu para a Reprise Records e Broadmoor, selo criado por Bartholomew.

Da década de 1980 até 2005, ele resolveu não sair mais de Nova Orleans. Passou a viver dos direitos autorais de suas canções e muito pouco de turnês. Não abriu exceção nem para se apresentar na Casa Branca. Às vezes fazia algum show nas proximidades ou em eventos realizados na cidade onde morava, como no "New Orleans Jazz and Heritage Festival".

A única vez que saiu de sua amada New Orleans foi quando o furacão Katrina destruiu e matou diversos moradores em agosto de 2005. Um helicóptero da Guarda Costeira resgatou ele e sua família. Perdeu tudo. Após a reconstrução de outra casa em janeiro de 2006, residiu em Harvey, Lousiana. Naquele mesmo ano lançou o álbum Alive and Kickin para ajudar músicos pobres locais. Em maio de 2007 apresentou-se num show com casa cheia, visando obter fundos para restauração completa de sua casa, onde perdeu tudo, inclusive seus Discos de Ouro, instrumentos e medalhas conquistadas nas décadas de 1950, 1960 e 1970. Fats morreu em 24 de outubro de 2017.


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terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Joan Baez: a cantora das canções de protesto

 Quem viveu a agitada e política década de 1960 vai se lembrar de Joan Baez, cantora norte-americana de música Folk (espécie de estilo regional, semelhante ao interpretado no Brasil por Diana Pequeno, Elomar, Xangai, Sá, Rodrix e Guarabyra, Zé Geraldo entre outro).
Desde aquela época até hoje, ela não se rendeu aos esquemas comerciais das gravadoras de colocar voz em letras água com açúcar.
Sua carreira começou em 1959 durante o Newport Folk Festival. Ali, aos 18 anos, foi a grande revelação. No ano seguinte, a Vanguard Records lançou seu álbum de estreia; uma coleção de baladas tradicionais que chamou a atenção pela qualidade das composições. Além de bonita, sua voz de soprano e a destreza na guitarra acústica marcaram presença junto ao público. O segundo álbum, de 1961, rendeu seu primeiro Disco de Ouro. O mesmo se repetiu  em 1962. Logo, ela tornou-se fenômeno artístico. Com quatro anos de carreira já era considerada uma das intérpretes mais populares dos Estados Unidos. Em 1964 lança o disco Joan Baez, volume 5, com diversas canções Folk dos Estados Unidos e América Latina, destacando interpretações de músicas de brasileiros como Villa-Lobos e Zé do Norte. Neste furacão ajudou a promover o cantor Bob Dylan, ainda no início da carreira. Namoraram, mas o relacionamento chegou ao fim em 1965. Dessa época ficaram os hits "We Shall Overcome", "With God on Our Side", "All My Trials" entre outros.
Influenciada pelo rock britânico, passou a tocar violão elétrico. A canção "Farewell Angelina" (1965) retrata bem essa fase. Em 1969 lança  álbum duplo com inúmeras canções de Bob Dylan. Participou do explosivo e libertário Festival de Woodstock, no auge da Guerra do Vietnã, da qual  foi feroz crítica. Nessa mesma  época casou-se do David Harris, ferrenho opositor do conflito armado no país asiático. O marido acabou preso. A paixão do esposo  pela Country Music influenciou Joan Baez, com ela gravando o disco David´s Album (1970) e outro duplo em 1971, Blessed Are. A versão de "The Night They Drove Old Dixie Down" estourou em todas as paradas de sucesso dos Estados Unidos.
No ano de 1972 já estava na A&M Records, onde lançou o álbum Come From The Shadows, disco com várias críticas à Guerra do Vietnã. Após o álbum Heres to Life (1974), gravado em espanhol, recheado de canções latino-americanas, Baez passou a se interessar pelo Pop e investir em suas próprias canções.
Em 1975, o álbum Diamond & Rust foi seu maior registro de sucesso na década de 1970. No ano seguinte apresenta-se ao lado de Bob Dylan e grava o disco duplo From Every Stage ao vivo. Antes do final dos anos de 1970, assina contrato com a CBS Records.
Ali grava o disco European Tour, outro registro ao vivo de suas canções, estilo acústico, marcando seu retorno a simplicidade artística que a revelou 21 anos atrás. A partir dai manteve seu público fiel, mas saiu do guarda-chuva das grandes gravadoras, preferindo lançar suas canções em pequenos selos e gravadoras independentes.
Na década de 1990, continuou produzindo seus discos. O CD Ring Them Bels (1996) é um deles, considerado o melhor trabalho de Folk daquele ano pela crítica especializadas. Depois entrou em estúdio em 2003 para lançar Dark Chors on a Big Guitar, após longo recesso. O ano de 2008 marcou seus 50 anos de carreira com diversas turnês pelos Estados Unidos e Europa. Aproveitou e gravou o CD Day After Tomorrow. Após 29 anos retornou ao Top 200 da Billboard.


domingo, 18 de dezembro de 2011

Sivuca: um dos maiores talentos da música brasileira

Sivuca, como se diz no Nordeste, era uma "cabra arretado da gota serena". Foi um dos maiores artista do século XX. Como poucos, soube divulgar e revelar a beleza da música caipira de qualidade.Tinha competência: era maestro, arranjador, cantor, compositor, além de tocar diversos instrumentos. Severino Dias de Oliveira nasceu em João Pessoa, Paraíba em 1930. Tinha tanto talento que conseguiu compor um de seus maiores sucessos, entre tantos, "Feira de Mangaio" quando passeava pelas ruas de Nova York. Ao voltar para casa (morou de 1964 a 1976  nos Estados Unidos) fez a letra, dividindo a parceria com a mulher, Glorinha Gadelha, e os arranjos. A canção estourou nas paradas na voz da sambista Clara Nunes. Sua obra incluem Choros, Frevos, Forrós, Baião, Música Clássica, Blues e Jazz.
Aos nove de idade ganhou uma sanfona de presente. Ela iria virar inseparável companheira mundo afora até partir para sempre em 2006. Com 15 anos entrou na Rádio Clube de Pernambuco, para em 1948 fazer parte do time da Rádio Jornal do Commercio.
Em 1951, aos 21 anos, lançou  seu primeiro disco pela gravadora Continental com os hits "Carioquinha do Flamengo" e "Tico-Tico no Fubá". Outro sucesso estouraria nessa mesma época: "Adeus Maria Fulô", numa parceria com Humberto Teixeira. Por volta de 1955 mudou-se para o Rio de Janeiro. Começou a correr o mundo. Em 1962, após apresentar-se com o conjunto Os Brasileiros na Europa, a crítica francesa o considerou o melhor instrumentista do ano. Aproveitou para gravar o álbum Samba Nouvelle Vague, incluindo diversos sucessos de Bossa-Nova.
Na época em que residiu nos Estados Unidos fez o arranjo do grande sucesso "Pata-Pata", gravada por Miriam Makeba. Ao seu lado viajou por diversos países até o fim dos anos de 1960. Nesse tempo aproximou-se de diversos intérpretes norte-americanos, entre eles Harry Belafonte com quem trabalhou em 1971 tocando sanfona e violão em seus shows. A composição de trilhas sonoras para programa da TV Educativa dos Estados Unidos, em 1973, lhe rendeu indicação ao Grammy. Num dos discos gravados por Paul Simon  em 1975, Sivuca participa deixando a marca de sua sanfona.  Um de seus sucessos nos bailes é o hit "Ain´t no Sunshine", do álbum Sivuca, gravado em 1972 nos Estados Unidos e lançado no Brasil dois anos depois.
Ao retornar ao Brasil escreveu trilhas sonoras para o filme Os Trapalhões na Serra Pelada e os Vagabundos Trabalhões, ambos de 1982. Antes, em 1978,  grava a canção "João e Maria", parceria dele com Chico Buarque. Outro grande sucesso. No ano de 1980 lança o disco Cabelo de Milho. Uma das faixas "No Tempo dos Quintais", dividindo autoria com Paulo Tapajós, tem a participação de Fágner nos vocais.
Politizado, sempre combateu o Regime Militar, instaurado no Brasil em 1964. No célebre comício de 1989, diante do Estádio do Pacaembu, em São Paulo, participou do evento, ao lado de vários cantores que defendiam a candidatura de Luís Inácio Lula da Silva. Na sua vez de cantar, improvisou na sanfona o gingle Lula-lá, do PT. As milhares de pessoas que assistiam ao comício, inclusive este vos escreve que tem a fita gravada dessa raridade, ficaram extremamente emocionadas.





Barbara Mason: a voz de menina da Soul Music


A voz de menina de Barbara Mason cativou fãs de boa música nos últimos 46 anos. Lembrada pelo hit "Yes, I´m Ready" (1965), ela começou a carreira ainda adolescente na década de 1950. Nascida na Filadélfia, costa leste dos Estados Unidos, ajudou a criar a fama do Philly Soul (baladas Soul marcadas pela suavidade dos arranjos e instrumentação). Emplacou nas paradas outras canções, como "Sad, Sad Girl "(1965), "And" e "Oh How It Hurts" (1967/68).
No começo da década de 1970 passou a interpretar músicas abordando a sexualidade e infidelidade, de forma incomum para a época. Amostra disso são os hits "Bed and Board", "From His Woman to You" e "Shackin´Up".
Nesse período às vezes gravava músicas no estilo Funk dos Estados Unidos. Curtis Mayfield produziu para ela a versão cover de "Mayfield Give Me Your Love" e a colocou no topo das paradas de sucesso dos Estados Unidos. Após 1975 voltou às rádios com "I´m Your Woman", "She is Your Life" (1978), "Another Man" (1984). Seu último CD Feeling Blue saiu em 2007.




Grey and Hanks e a nitroglicerina You Fooled Me

O auge da Disco Music, em 1979, teve um Funk dos Estados Unidos que balançou as pistas e salões de bailes de vários lugares do mundo. As domingueiras promovidas pela Chic Show, Zimbabwe, Black Mad e Sideral (no Tucuruvi, Zona Norte de SP) pegavam fogo, quando os DJs soltavam a nitroglicerina "You Fooled Me", da dupla Grey And Hanks. O disco com duas músicas, uma de cada lado não era no formato compacto simples em tamanho menor, mas igual um LP (vinil com 12 músicas) em diversas cores, variando do verde ao vermelho, algo inédito no Brasil.  A dupla Zane Grey e Ron Hanks durou apenas um ano, mas fez a alegria de muita gente. Os dois hits "You Fooled Me" e "Dancin" até hoje são baixados no youtube, mostrando que as canções, mesmo comerciais, quando bem gravadas permanecem para sempre. A música "Now I´m Fine" saiu no álbum Prime Time, de 1980, encerrando a carreira de ambos.







Tommy James & The Shondells: dinossauros do rock psicodélico


Na década de 1970 o grupo Tommy James & The Shondells fez sucesso com a balada "Cristal Blue Persuasion", apesar do solo de guitarra inicial parecer obra de alguém que ainda engatinhava na arte de tocar esse instrumento.
A banda surgiu em 1959, na cidade de Niles, Michigan, Estados Unidos. Tommy James, cujo o nome de batismo é Tommy Jackson, tinha 12 anos e era o principal vocalista. Seis anos depois mudou para Tommy James  & The Shondells. Passaram a conhecer o gosto doce do sucesso, na década de 1960, com os hits "Hanky Panky" (1966), "Crimson and Clover" (1969), que serviu de trilha sonora para muitos hippies. Depois vieram "Mony, Mony", "I Think We´re Alone Now", "Sweet Cherry Wine" e "Mirage".
Mas para explodir nas paradas, a banda precisou ralar muito, pois a gravadora não tinha dinheiro para divulgá-la em todas as cidades dos Estados Unidos. Contaram com a ajuda de um DJ da rádio de Pittsburgh. Ele tocava diariamente a música do grupo. Logo começaram os pedidos para shows e onde encontrar o disco, que passaram a ser vendidos no mercado alternativo das lojas da Pennsilvania.
Em algumas ocasiões, Tommy James visitava as rádios sozinho. Fazia o mesmo nas casas noturnas. Numa delas encontrou novos integrantes para a banda, pois da primeira formação só havia restado ele.  Nessa leva chegaram o Joe Kessler (guitarra), Ron Rosman (teclados), George Magura (saxofone), Mike Vale (baixo) e Vinnie Pietropaoli (bateria).
Com este time foram a Nova York e assinaram contrato com a Roulette Records. A nova casa promoveu bem a banda e a canção "Hanky Panky" torna-se o hit nacional de 1966. Porém, a briga por dinheiro fez Kessler e Pietropaoli sair do conjunto. Por causa dos refrões grudentos como chiclete, alguns críticos passaram a denominar a banda de artista chiclete. Tommy James optou em ser reconhecido como roqueiro psicodélico.
 Passam a compor neste estilo em 1968. É quando saem canções como "Crimson and Clover". Detalhe: todos os instrumentos foram tocados por James, com ajuda da tecnologia. Foram convidados para participar do célebre Festival de Woodstock, mas recusaram. No início da década de 1970, James quase morre por causa do vício em drogas. Em 1971 retornou e numa curta carreira-solo lança os hits "Draggin´The Line" e "Three Times in Love" (1980).
Nas décadas seguintes passa a excursionar mantendo o nome de Tommy James & The Shondells, quando o único componente original da banda era ele. Em 2009, se reúne com os sobreviventes Gray, Vale e Rosman , da antiga formação, para gravar música para trilha sonora de um filme baseado na autobiografia de James. Às vezes se encontram para especiais de TV e shows de nostalgia.























Bell & James tem carreira cometa

Três anos. Foi quanto durou a dupla Bell & James. Ambos compositores do famoso e competente Som da Filadélfia, na década de 1970, dos empresários Gamble & Huff. Antes de lançar o primeiro disco destacando o nome da dupla, eles escreveram canções para Elton John, O´Jays, Gladys Knight & The Pips, Phyllis Hyman, The Three Degrees entre outros artistas.
O primeiro álbum saiu em 1978 e logo emplacou a faixa "Livin´It Up (Friday Night), uma dançante Funky Melody que não deixava ninguém parado em nenhum baile, principalmente pelos acordes de contrabaixo, acompanhado de uma guitarra nervosa. Tanto Bell quanto James tocavam diversos instrumentos. Venderam mais de 1 milhão de discos nos Estados Unidos, além de emplacar a canção nas paradas da Grã-Bretanha.
Em 1979 lançaram o segundo álbum Only Make Believe e faixa "You Never Know What You´ve Got" fez razoável sucesso na Europa. No ano de 1981 gravam o disco In Black and White, mas não conseguem se manter na concorrida estrada do show biz. O talento de ambos não foi suficiente para criar canções que agradassem as pistas de danças, nos últimos suspiros da Disco Music.








DeBarge: conflitos familiares acabaram com banda


DeBarge é mais um grupo musical que saiu dos fornos da Motown. Desta vez na década de 1980, quando a fórmula descoberta por Berry Gordy nos anos de 1960 já tinha sido copiada por vários concorrentes: letras água com açúcar, canções curtas e bons arranjos. A banda logo emplacou, em 1982, nas paradas Pop e da Soul Music, porém desapareceu no final da década de 1980. É o famoso artista cometa: logo aparece e rápido desaparece.
Todos os membros do conjunto eram irmãos, frutos de pai violento e mãe religiosa. Os integrantes eram Bobby, Tommy, Bunny, James, Mark, Randy e Eldra ( a voz feminina da banda), depois reduzido a cinco. DeBarge tinha o perfil que todo marqueteiro de gravadora gosta: beleza e talento. Nos bailes de todo o mundo, inclusive nos realizados pelas equipes paulistas e cariocas, não faltavam nas picapes o hit "All This Love", com destaque para a voz de Eldra, no segundo disco do grupo. Outra faixa que mereceu destaque foi "I Like It".
O projeto da Motown era deixar os meninos do DeBarge ocupar o lugar dos Jackson Five, repetindo a mesma estratégia de grava músicas de harmonias suaves e atraentes. No terceiro álbum, parece que essa tática estava correta. Estouraram nas paradas as canções "Love Me In a Way Special" e a linda "Time Will Reveal". Ambas chegaram ao topo dos bailes, ajudando a vender milhões de discos nos Estados Unidos. Em 1985, a voz feminina de Eldra ganhou mais destaque na banda. Ela saiu-se bem interpretando "Rhythm of The Night", a outra canção "Who´s Holding Donna Now" também ocupou ótimos lugares nas paradas dos Estados Unidos. Mas no final daquele ano, as brigas dos  irmãos DeBarge começou a destruir o conjunto.
 No final de 1988, os DeBarge reduzidos a quarteto assinam com a Striped Horse Records e lançam  álbum  Bad Boys. Fracasso. O mesmo ocorreu com Bunny em carreira-solo. Outro membro da banda envolveu-se  com drogas e acabou preso. Na década de 1990, diversos irmãos da famíia DeBarge tiveram problemas com a Justiça dos Estados Unidos. Bobby, o mais velho morreu de Aids, contraída nos vários anos de vício em heroína. Os problemas familiares provavelmente serviram de combustível para destruir a carreira, de um conjunto musical que poderia ir muito longe. Visto que o sucesso é difícil de alcançar, e mais custoso de manter. Para perdê-lo é muito fácil.






Shirley Bassey: a grande voz dos temas de James Bond


Quem já assistiu aos filmes de James Bond, vai lembrar das músicas-tema de Goldfinger (1964) e Os Diamantes são Eternos (1971). A voz estridente é de Shirley Bassey. Ela foi um dos grandes destaques do Pop no século passado. É uma das primeiras artistas negras britânicas a ganhar fama nacional e internacional.
A infância de Shirley foi vivida num bairro operário de Cardiff, País de Gales. Com três anos de idade sofreu a dor da separação dos pais. Mesmo assim continuou batalhando. Ali cresceu. Após sair da escola aos 15 anos, trabalhou em fábricas e depois passou a cantar em night club. Num show de Natal, acabou descoberta em Londres, em 1955. Aos 20 anos, em 1957, emplacou seu primeiro sucesso "Song Banana Boat" nas paradas. Depois vieram "As I Love You" (1959), "Reach for The Stars/Climb Every Mountain" (1961). Até 1970 sentiu o gosto doce do sucesso na Europa. Nos Estados Unidos é mais conhecida pelos hits temas de James Bond: "Moonraker (1979) e os dois citados no início desta matéria. Em 1977, Shirley ganhou o Prêmio Britannia para O Melhor Solo Feminino nos Últimos 50 anos. Continua em atividade fazendo shows.


quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Wilson Picket: o ícone da black music


A vida de Wilson Picket, ícone da black music nas décadas de 1950 e 1960, é dividida em duas: a artística é rica, pois  várias composições suas foram gravadas por Led Zeppelin, Van Halen, Rolling Stones, Aerosmith, Booker T & The MG´s, Genesis, Bruce Springsteen, Los Lobos entre várias estrelas do show biz norte-americano. A pessoal é turbulenta por causa do seu temperamento explosivo na sua paixão por armas. Chegou a ser preso, em 1991, por ameaças de morte por dirigir sobre o gramado da prefeitura de Englewood, em Nova Jersey. Dois anos depois matou um pedestre de 86 anos. Assumiu estar bêbado ao volante, pegando cinco anos de liberdade condicional.
Os amantes de R&B, Rock e Soul nunca se esquecerão da voz rouca e apaixonada de Wilson Picket. No auge da fama, colocou  50 canções nas paradas de sucesso dos Estados Unidos. Entre elas destacam-se "In The Midnight Hour", "Land of 1000 Dances", "Mustang Sally" e "Funky Broadway". Além de ser introduzido no Hall da Fama do Rock, em 1991, sua música foi destaque no filme The Commitments, com Wilson Picket como um personagem fora da tela.
Caçula de 11 filhos, cresceu cantando corinhos no grupo de louvor da Igreja Batista de Prattville, onde nasceu no estado do Alabama, sul dos Estados Unidos. Seu comportamento violento é fruto das agressões que recebia da mãe, que lhe surrava com pedaço de pau, frigideiras ou qualquer coisa que tivesse nas mãos. Aos 14 anos, em 1955, fugiu de casa para morar com o pai em Detroit. .
Não demorou para o seu estilo de cantar chamar atenção no norte do País. Montou um grupo de música gospel, e passou a acompanhar vários conjuntos em excursões da igreja por todo os Estados Unidos. Após quatro anos no Gospel Harmony, abandonou o evangelho e partiu para o mercado de canções populares no final da década de 1950.
Juntou-se ao conjunto Falcons e passou a gravar músicas gospel numa levada mais popular, abrindo caminho para a Soul Music. Da banda fazia parte Eddie Floyd e Sir Mack Rice. Em 1962 chegam às paradas com "I Found a Love". Depois solta "I´m Gonna Cry". Em seguida compôs "If You Need Me", uma ardente balada, e Solomon Burke a gravou.
O hit tornou-se um de seus maiores sucessos, chegando ao 2º lugar das paradas de R&B e 37º na Pop. Como artista solo, só chegou ao topo quando gravou "It´s Too Late". Ela abriu o caminho para um contrato com a Atlantic Records em 1964.
Para aumentar a inspiração de Picket, a gravadora colocou ao seu lado os compositores Barry Man e Cynthia Well, verdadeiras máquinas na arte de escrever letras de sucesso nas décadas de 1960 e 1970.
 Nesta época chega à meca da black music: Stax Records, em Memphis, Tennessee. Ali gravou "In The Midnight Hour", que estourou em 1965, chegando aos primeiros lugares de diversas paradas dos Estados Unidos. Vendeu 1 milhão de cópias e ganhou um Disco de Ouro. A cozinha que participou da gravação deste hit era mesma que acompanhava Otis Redding, destacando-se o guitarrista Steve Cropper e o tecladista Al Jackson. A técnica apurada deste time de feras transformou Picket numa estrela da black music norte-americana.
Nas outras sessões, em maio e outubro de 1965, o tecladista Isaac Hayes participou. Juntos gravaram "Don´t Fight It", "Ninety-Nine and a Half (Won´t Do)". Todas consideradas clássicos da Soul Music anos mais tarde. Como estava oferecendo milho para bode, o dono da Stax Records, Jim Stewart, proibiu que Picket gravasse mais canções em seus estúdios. O jeito foi mudar-se para o Alabama, onde concluiu o repertório e produziu seus maiores sucessos, inclusive outra versão de "Land of 1000 Dances", que lhe ajudou a vender mais de 1 milhão de discos.
A partir dai, a carreira de Picket decolou. Passou a emplacar hits em todas paradas de sucesso e vender milhões de discos no anos seguintes. Neste esteira vieram "I´m in Love", "Jealous Love", "I´ve Come a Long Way", "I´m a Midnight Mover", "She´s Looking Good", "Stagger Lee". Em todas essas canções, o cantor e parceiro de Sam Cooke, Bobby Womack, foi o guitarrista.
Na década de 1970 participou do Som da Filadélfia, comandado pela dupla Gamble e Huff. Ali transformou em sucesso os hits "Get me Back on Time, Engine Number 9", "Don´t Let The Green Grass Fool You", vendendo outro 1 milhão de cópias.Durante a Disco Music, até o fim dos anos de 1970, Picket ficou fora das paradas. Passou a gravar em selos pequenos nas décadas seguintes. Seu último grande álbum é de 1999. Depois adoeceu, morrendo em 2006.



quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Como Tim Maia, Johnny Guitar Watson morre trabalhando

Assim como ocorreu com Tim Maia, em 1998; dois anos antes o guitarrista, cantor e compositor Johnny Guitar Watson morreu trabalhando, quando um ataque cardíaco durante show no Japão encerrou sua brilhante carreira.
Aos 11 anos, seu avô lhe deu uma guitarra e logo aprendeu a tocar Blues. Com 15 anos, em 1950, muda para Los Angeles e passa a fazer parte de bandas de Jazz e Blues. De 1950 a 1953, manteve contrato com a Federal Label, onde lançou o single " Space Jam" e "Gangster of Love", mais tarde regravada por Steve Miller. No auge do nascimento do Rock, passou a excursionar com Little Richard, em 1957. Três anos depois conhece o vocalista Larry Williams durante turnê a Grã-Bretanha. Entra para a Fantasy Records e ali fica até 1972. De 1975 até 1994 lança diversos álbuns de Blues e Funk. Suas músicas mais inesquecíveis foram "Those Lonely, Lonely Nights" (1955), "Baby Motorhead" (1954), "Mercy, Mercy, Mercy" (1967) e "Three Hours Past Midnight" (1956). Este último hit, segundo Frank Zappa, o inspirou a tornar-se guitarrista. Uma das grandes damas do Blues, Etta James, reconheceu que o talento de Johnny Guitar Watson era inquestionável. "Não era apenas um músico, mas mestre. Poderia escrever uma bela melodia na aba do chapéu e colocar todas as harmonias", definiu.
Desde a adolescência, Johnny Guitar Watson  já dominava a técnica instrumental do Blues com o som do baixo pesado do Funk dos Estados Unidos. Era admirado por diversos guitarristas, geralmente recrutado para participar de gravações nos estúdios. Sabia, como poucos, explorar todos os recursos existentes na guitarra. Também tinha competência ao cantar e compor.
Confessou certa feita que recebeu muita influência do bluesman Clarence "Gatemouth" Brown, excelente músico de violino e guitarra, além de grande presença de palco. Bateu no liquidificador as boas qualidades de Brown e as absorveu.
Na década de 1950, o seu estilo de tocar era bem avançado para época, criando diversos efeitos na guitarra. Algo que poucos exploravam. O seu nome artístico é derivado do filme estrelado por Sterling Hayden, o Johnny Guitar. Adotou o pseudônimo e pisou firme no acelerador da carreira musical. É dele a maneira de tocar com a guitarra de pé, hábito imitado depois por Jimi Hendrix.
Ao contrário de outros artistas, Johnny Guitar Watson sempre esteve atento às mudanças que ocorriam ao seu redor. Em 1976, na DJM Records, gravou vários discos nos quais mesclou suas habilidades de bluesman com o funk, num som bem pesado. Nunca desejou ficar preso ao passado. Procurava estar antenado ao presente.
Sabia que a música Pop negra é dominada, na maioria das vezes, por jovens. Consciente disso lançou os álbuns Ain´t That a Bitch (1976) e A Real Mother for Ya (1977). Ambos ganharam discos de ouro pela venda de mais de 500 mil cópias. Como grande produtor, manipulou vocais, guitarra e baixo apresentando nas faixas uma bela fusão de Blues/Funk.
Percebeu que o RAP já estava saindo do berço e passou a colocar longos interlúdios, com muitas falas, em suas gravações feitas em 1978. Isto é visível num remake de "Ganster of Love". Não foi à toa que estrelas como Ice Cube e Snoop Doggy Dogg o admiravam.
Em 1995 foi nomeado para um Grammy. No ano seguinte recebeu grande homenagem da Fundação Rhythm & Blues, com o prêmio Pioneer. Sentiu-se revigorado. Embarcou depois numa turnê para o Japão, de onde não retornou vivo.
      
 

Supertramp tornou-se realidade por causa de um milionário


O patrocínio de um milionário holandês foi  responsável pelo surgimento da banda Supertramp de rock progressivo em 1969, na Grã Bretanha. O dinheiro de Stanley August Miesegaes encorajou o vocalista, pianista e ex-baterista Rick Davies a anunciar num jornal que buscava músicos para formar o grupo.
Atenderam ao pedido Roger Hodgson (vocal, guitarra e teclados), Richard Palmer (guitarra, balalaika - típico instrumento russo- e vocais) e Robert Miller (percussão). O nome do conjunto foi inspirado num livro de W.H. Davies (The Autobiography of a Supertramp). Assinaram contrato com  A&M Records, selo do trompetista Herb Alpert. O primeiro álbum lançado em 1970 fracassou nas vendas. Isto incentivou a saída de Palmer e Miller. Entram  Frank Farrell (baixo), Kevin Currie (bateria) e Dave Winthrop (flauta e saxofone).
As harmonias vocais entre Davies e Hodgson e lindos solos de saxofone não evitaram outro tombo musical.O milionário pulou fora do barco. Sem grana, o Supertramp ficou apenas com Hodgson e Davies.
O negócio estava tão feio para o Supertramp, que no final de 1972 admitiram na banda o clandestino norte-americano e baterista Bob Siebenberg. Felizmente ele acertou o som do grupo, junto com John Helliwell nos metais e vocais.
Dai para frente lançam, em 1974, o disco Crime of the Century e estouram nas paradas "Dreamer", "School", "Bloody Well Right". Repete o mesmo em 1977 com o disco Even in the Quietest Moments e o sucesso prossegue nos hits "Give a Little Bit" e " Fool´s Overture". Breakfast (1979) traz belas canções como "The Logical Song", "Tak the Long Way Home", "Goodbye Stranger", além da faixa título do álbum, que vendeu  18 milhões de cópias.
Três anos depois Hodgson sai do conjunto. O Supertramp lança o álbum Brother Where You Bound, a faixa principal "Cannonball" tinha 16 minutos. O disco contou com a participação de David Gilmour, do Pink Floyd.  Em 1996, a banda sofre outra reformulação com a entrada de mais músicos de estúdios. Com este time, gravam o CD Slow Motion no ano de 2002. Em 2010, a banda completou 40 anos de estrada fazendo vários shows. 

Sharon Jones: a James Brown de saias

Pense num James Brown de saias. Esta é Sharon Jones, a grande sensação da Soul Music e Funk (o legítimo dos Estados Unidos). Ao lado de sua banda The Dap-Kings, ela faz o mesmo estrago que Brown, quando subia ao palco com a excelente The JB´s . Ninguém conseguia ficar parado, tamanha era carga energética de boa música, recheada com ótimos arranjos na voz de quem sabia cantar e interpretar magníficas canções.
Sharon Jones trouxe à tona, nesta primeira década do século 21, a beleza da black music do final da década de 1960 e meados da de 1970. Infelizmente, só depois dos 40 anos que conseguiu entrar na estrada do show-biz, mesmo tentando várias vezes romper o cerco desde quando era jovem. Igual James Brown, ela nasceu na cidade de Augusta, no estado racista da Geórgia. Na infância gostava de imitar Brown, principalmente seu estilo de dançar. Na igreja fazia parte do grupo de louvor e ali bebeu na fonte do Gospel.  Aos 14 anos, em 1970, diversas bandas locais de funk já conheciam o seu talento. Mas para ganhar a vida e não morrer de fome, passou vários anos trabalhando de carcereira na penitenciária de Rikers Island. Também foi segurança de carro blindado da Wells Fargo Bank, até chegar 1996, aos 40 anos, que passou a ser backing vocal na banda de funk de Campos Lee.
Ela foi a única a conseguir cantar como backing para três cantores numa extinta gravadora francesa. Sua sorte mudou, porque Gabriel Roth e Philip Lehman perceberam que havia talento de sobra e merecia ser explorado. Fez uma faixa solo e a colocaram num álbum de Soul Music batizado de The Soul Providers. Os músicos de estúdio, mais tarde se tornariam sua banda de apoio em shows e turnês.
A repercussão junto à crítica encorajaram  Roth e Lehman a abrir outra gravadora (Desco Records) e apostar em Sharon Jones. O hit "Swichblade" e mais três singles : "Damn is Hot", "Bump N Touch" e "You Better Think Twice" agradaram os fans da black music norte-americana. Muitos acreditaram que as canções gravadas por Jones  eram originais das décadas de 1960 e 1970.
Logo o álbum virou o CD Desco Funk 45´Collection, ao lado de outros artistas da Desco Records. No ano  2000, Roth terminou a parceria com Lehman. Porém o mercado ganha outra gravadora: a Soul Fire Records, extinta pouco tempo depois. Mas Roth não dormiu no ponto e criou a Daptone Records com o saxofonista Neal Sugarman.
Neste selo Sharon Jones começa voar alto, principalmente com apoio da banda Dap-Kings, que a acompanha até hoje. O time de músicos é composto só de cobras criadas, especialistas em tocar black music. A mesma energia presente nos CDs de Jones aparece nos shows ao vivo, como ocorria com James Brown e a The JB´s .
 Em 2002, com o nome Sharon Jones & The Dap-Kings, saiu o CD Dap Dippin´que mereceu muitos elogios da crítica especializada, além de ser bem-recebido por DJs e colecionadores. Ai a porteira do sucesso se abriu: em 2005 veio Naturally, 100 Days, 100 Nights (2007) e I Learned The Hard Way (2010). Os três lançamentos serviram de combustível para reviver o movimento Soul Music e Funk nos Estados Unidos, pois trazem a essência da black music da época de Sam Cooke, Aretha Franklin, Thom Bell, Otis Redding, Ike & Tina Turner, Ella Fitzgerald, assim como a energia musical de Michael Jackson. Depois disso, o passado de humilhação ficou para trás. Hoje Sharon Jones não precisa mais garantir o sustento como carcereira ou segurança de carro blindado de banco. Ganha dinheiro cantando, mostrando que o Soul e o Funk continuam bem representados por sua voz.






terça-feira, 13 de dezembro de 2011

The Hollies ainda resistem na estrada do sucesso


No começo da década de 1960, a Grã-Bretanha ganhou mais um grupo de rock: The Hollies. Foram contratados pela Parlophone Records, como colegas de selo dos Beatles. Lançaram seu primeiro álbum em 1964 na leva de conjuntos ingleses que invadiram os Estados Unidos naquela época. A maioria dos membros morava ou residia próximos à cidade de Manchester. Nestes 50 anos de carreira, trocou de integrantes diversas vezes. A ideia de criar a banda partiu de Allan Clarke (vocalista) e Graham Nash. Depois vieram Don Rathbone (baterista), Eric Haydock (baixo) e Vic Steele (guitarra-solo). Mas Rathbone logo passou as baquetas para Bobby Elliot, eleito um dos melhores bateristas britânicos na década de 1960.
Em vendagens de discos, os Hollies ficaram apenas atrás dos Beatles. Conseguiram emplacar diversos hits nas paradas de sucesso. A marca registrada da época áurea do conjunto foram os vocais, às vezes duplos e até triplos, com Clarke, Nash e Hicks, semelhante na pegada com os Everly Brothers. 
Mesmo numa época onde diversas bandas de boa qualidade disputavam as paradas de sucesso, oposto de hoje, onde qualquer cabeça de bagre apoiado num forte esquema de marketing vira estrela; tornaram célebres canções como: "Long Cool Woman in a Black Dress", "Stay", "Stop in The Name of Love", " Bus Stop", "Look Through Any Window", "Sorry Suzanne", " Jennifer Eccles", " The  Air That I Breathe", e as inesquecíveis "He Ain´t Heavy, He´s My Brother". Alguns dos hits dos Hollies viraram versões em português na época da Jovem Guarda. 
Mesmo emplacando tanto sucesso nas paradas da Europa e Estados Unidos, a banda sofreu diversas mudanças. Haydock foi o primeiro a pular do barco, suspeitando que não lhe pagavam corretamente pelos shows e vendas de discos. Seu lugar é preenchido pelo baixista Bernie Calvert. Isto após quatro anos de caminhada no mundo do show-biz. 
Em 1968 gravaram "King Midas in Reverse" usando os recursos mais sofisticados da época, mas o hit fracassou nas paradas. Grahan Nash tentou fazer os Hollies mudar de postura musical, mas acabou sozinho. Saiu e nos Estados Unidos criou o trio Crosby, Stills and Nash. A vaga é ocupada por Terry Sylvester. Em 1971 é a vez de Allan Clarke seguir carreira-solo, deixando o microfone para Mikael Rickfors. O problema é que ele não conseguia cantar em inglês com facilidade. Passou por vários vexames em shows da banda. 
Os Hollies saíram da Parlophone e assinaram com a Polydor. Sentiram o gosto do sucesso outra vez com a canção "The Baby". Porém, a ex-gravadora lançou a gravação de "Long Cool Woman", na voz de Allan Clarke, quando ainda era vocalista do grupo. A explosão nas paradas o levou novamente ao vocal dos Hollies em 1973. Ficou na banda até 2002. 
Aos trancos e barrancos, a banda continuou lançando álbuns e viajando para diversos shows. Atualmente, eles se apresentam de vez em quando, com apenas dois de seus integrantes originais