Postagem em destaque

#BMW - Morre #QuincyJones, o gênio da produção de grandes discos

Luís Alberto Alves/Hourpress

segunda-feira, 7 de março de 2016

Floetry: A dupla que o amor ao basquete uniu



Paixão pelo esporte refletiu na música

Luís Alberto Alves

Marsha Ambrosius e Natalie Stewart são as divas funk atrás do Neo-Soul duo Floetry. Ambrosius e Stewart surgiram em meados dos anos de 1990 como compositores de demanda. Elas estão por trás de alguns dos maiores sucessos do novo milênio, também. 

O par  escreveu faixas para Michael Jackson, Jill Scott, Glenn Lewis, e Bilal. Enquanto estão altamente respeitadas nos bastidores, Floetry é a sua maneira de mover-se para frente.

As duas se conheceram por causa da paixão pelo basquete. Stewart veio de Londres e também gosta do mesmo esporte. A música as uniu. Ambrosius trazendo as raízes do Reggae e Stewart pelo Funk e Soul, além de estudar negócios e finanças, abrindo cursos de voz, técnica de execução e gravação. Stewart é mais da praia do teatro.

Após ganhar bolsa de basquete na Georgia University, uma lesão retirou Ambrosius deste cenário. Stewart foi para Universidade de Middlesex e depois da North Londo University. Continuaram a se falar e adorando música.

 Floetry surgiu em 1997, quando as duas passaram a escrever e tocar em shows em Londres. Três anos depois mudaram para a América. Numa rápida passagem por Atlanta não foram felizes, mas reverteu o quadro na Filadélfia. Conheceram Julius Erving III, filho do grande jogador de basquete Julius Erving, no começo do ano 2000.

 Ele colocou a dupla no circuito. Em 2002 assinaram contrato com a Dream Works e prepararam o CD de estreia, Floetic, depois lançaram Flo´Ology que chegou ao Top Ten em 2005.


Esperanza Spalding: A garota prodígio do baixo acústico




Esperanza começou a tocar aos 15 anos


Luís Alberto Alves

Aclamada como um prodígio no contrabaixo acústico dentro de alguns meses depois tocar o instrumento com 15 anos, Esperanza emergiu como baixista de Jazz, mas também se aventurando pelo Blues, Funk, Hip-Hop, fusão de Pop Music e ritmos brasileiros e afro-cubanos.

 Nascida em Portraland, Oregon, em 1984, ela não foi bem recebida na rede pública de ensino e logo deixou as aulas de lado para estudar sozinha em casa. Só retornou aos 15 anos, tocando seu primeiro baixo acústico. Saiu da escola novamente e entrou na Universidade de Portraland. Em três meses acabou contratada pela prestigiosa Berklee College of Music em Boston em 2005.

 Logo passou a tocar com diversos artistas: Joe Lovano, Patti Austin, Michel Camilo, Charlie Haden, Regina Cartes, Pat Metheny, Davi Samuels entre outros, além de marcar presença no seu trio de jazz, onde lançou um CD em 2006 e repetiu a dose dois anos depois, no álbum Esperanza, pela Heads Up Records.

No ano de 2010 soltou o CD, pela Chamber Music Society, trazendo regravações de Dimitri Tiomkin, Ned Washington e Tom Jobim. O disco teve participações de Milton Nascimento e Gretchen Parlato e do guitarrista Ricardo Vogt. Fez bonito nas paradas de Jazz da Billboard e a ajudou receber o Grammy 2011, de Melhor Artista Novo.


Prosseguiu com uma banda regular, incluindo o baterista Terri Lyne Carrington e o pianista Leo Genovese, além de Joe Lovano no saxofone e outras feras do mundo do Jazz. Em 2012 soltou outro álbum. Em 2014 ganhou destaque como vocalista em publicações especializada. Com Emily D + Evolution soltou outro CD.

sexta-feira, 4 de março de 2016

53 anos sem o brilho da voz de Patsy Cline



 
Patsy Cline: eterna rainha da Country Music

Luís Alberto Alves/Hourpress

Naquela noite de sábado, de 5 de março de 1963, antes de embarcar no avião monomotor que a levaria para além minutos depois, a cantora Patsy Cline, considerada por muitos eterna rainha da Country Music, telefonou para o marido com o qual vivia em guerra permanente. Dentro de algumas horas estaria em casa e a reconciliação seria selada entre o casal. Entrou na aeronave pilotada pelo empresário e amante, junto com outros artistas. Sob forte tempestade, o aparelho não chegou a sair do espaço aéreo do Tennessee, onde caiu, matando Patsy.

A partir daí, o dia 5 de março entrou para a história dos fãs de Country Music. Numa curta carreira que durou apenas seis anos, interrompida em 1963, ela ficou conhecida pelo tom rico, emocionante e ousado de contralto de voz. Virou pioneira da Country Music, na década de 1950, vista como música de caipira e de velhos. Ajudou a abrir caminho e serviu de inspiração para diversos artistas.

 Nos seus seis anos de sucesso, emplacou nas paradas os hits: “Walkin ´After Midnight”, “I Fall to Pieces”, “She´s Got You”, “Sweet Dreams” e a inesquecível “Crazy”, onde dá verdadeiro show de interpretação. A introdução com piano entrou para a história dos clássicos da Country Music.

Ganhou diversos prêmios e vendeu milhões de discos após sua morte, aos 30 anos. Alguns críticos a comparam aos talentos de Johnny Cash e Elvis Presley. Suas canções, passados mais de 53 anos, continuam atuais, por causa da grande capacidade de interpretação.

Nascida em 1932, em Winchester, Virgínia, desde criança cantava na igreja ao lado da mãe. Admirava estrelas do cinema: Kay Starr, Stafford Jo, Hank Williams, Judy Garland e Shirley  Temple. Naquela época já tinha afinação perfeita. Nem uma infecção na garganta a prejudicou.

Após o pai abandonar a família, Patsy saiu da escola para sustentar a casa. Num certo dia pediu ao DJ de uma rádio perto do seu trabalho para cantar num programa da emissora. Tinha apenas 15 anos e os convites começaram a aparecer. Logo soltava a voz em casas noturnas.

Em 1954 já atraia grande público. A estrada estava aberta. Gravou três álbuns de estúdio. Entrou Four Star Records, da Califórnia, onde soltou o primeiro disco em 1955. Lançou mais 17 singles entre essa data e 1960. Mas foi a canção “Walkin ´After Midnight” que a fez conhecida em todos os Estados Unidos.

Nessa época gravou vários hits no estilo Gospel e Rockabilly. Trabalhando com o produtor Owen Bradley, Patsy mudou o estilo para Honky Tonk mesclado ao Pop do som de Nashville. Em 1961 estava na Decca Records, onde lançou o hit “I Fall to Pieces”. Outro estouro nas paradas. O single “Crazy” foi grande sucesso de vendas, num disco com apenas duas canções.

O terceiro single na Decca Records foi “She Got You”, de 1962, que também fez bonito na parada Billboard. O terceiro e último álbum de estúdio, Sentimentally Your, saiu em agosto daquele ano. Nele estavam os hits: “Strange”, “When I Get Thru With You” e “Imagine That”. Em janeiro de 1963 lançou o hit “Starting in Your Mind”. No dia 5 de março daquele ano iria morrer num acidente de avião em Camden, Tennessee.

"Crazy", um dos maiores sucessos de Patsy Cline
“Walkin ´After Midnight”, o hit que serviu de passaporte para a fama
“I Fall to Pieces”, outro estouro nas paradas de sucesso
 “Sweet Dreams” , outro grande sucesso
Sweet Dreams, filme que conta a história de Patsy Cline
A biografia de Patsy Cline
"Just a Closer Walk With Thee", dueto de gigantes com  Willie Nelson











quarta-feira, 2 de março de 2016

Vinte anos sem Mamonas Assassinas



Os cinco meninos dos Mamonas Assassinas

 Luís Alberto Alves

Após o show no estádio Mané Garrincha em Brasília, na noite do dia 2 de março de 1996, nenhum fã da banda Mamonas Assassinas imaginaria o que iria ocorrer algumas horas depois com os cinco jovens de Guarulhos (SP), que em nove meses venderiam quase 2 milhões de CDs, algo inédito no showbiz brasileiro.

Era um sábado, tempo fechado, principalmente na Grande SP, onde fica o Aeroporto Internacional de Guarulhos, no bairro de Cumbica. Por volta das 23h15 o jato executivo Learjet bateu nas árvores da Serra da Cantareira, que margeiam o lado esquerdo do aeroporto, a 2 quilômetros do local onde iria pousar.
Destroços do Learjet que bateu na Serra da Cantareira em SP


  Ninguém sobreviveu ao impacto da aeronave na serra. Morreram o vocalista Dinho, 24 anos, o guitarrista Alberto Hinoto, 26, o Bento; o tecladista Júlio Rasec, 28; e os irmãos Samuel e Sérgio Reis de Oliveira, de 22 e 26 anos, baixista e baterista. Também perderam as vidas o piloto Jorge Martins, o copiloto Alberto Takeda e dois funcionários da banda.

Por causa das piadas corriqueiras de Dinho, inicialmente muitos não acreditaram no acidente. Tudo mudou quando os programas de rádio e televisão passaram a reprisar apresentações, entrevistas e o hit “Pelados em Santos” virou prefixo para entrada de matérias ao vivo. O sonho dos meninos de Guarulhos, apesar de colada a São Paulo, ser confundida como bairro da capital paulista, tinha chegado ao fim.
 
Velório dos integrantes da banda em Guarulhos (SP)
 Na curta carreira ganharam Disco de Diamante e milhões de fãs, a maioria crianças e adolescentes que gostavam das letras de duplo sentido e carregadas de humor. Era um Rock alegre, imitando o Brega, mas com pitadas de crítica social sem parecer composições “papo cabeça” nem muitos menos panfletária, como as  dos Titãs, cujos filhos dos componentes gostavam dos Mamonas.

O grupo musical que várias estrelas da MPB e mesmo do Rock não era levado a sério parou o Brasil naquele final de semana. A programação da Rede Globo se pautou apenas no assunto acidente de avião dos Mamonas, trazendo reprises da apresentação no Domingão do Faustão, quando os meninos vieram fantasiados de Chapolin.

O sisudo Jornal Nacional terminou a edição de segunda-feira (4), com a música “Pelados em Santos” num solo de piano bem sóbrio. Jornais e revistas exploraram bem a tragédia. A Guarulhos, de onde saíram para o sucesso, os recebeu num concorrido velório no ginásio de esportes da cidade. Suas ruas estreitas foram pequenas para acomodar a multidão, em grande número crianças e adolescentes.

 O cortejo até o cemitério Primavera, na Avenida Otávio Braga de Mesquita, foi lento, apesar de pouco distante de onde os corpos foram velados. Passados 20 anos, até hoje os túmulos recebem visitas de fãs de várias regiões do Brasil. Curioso: do cemitério é possível ver os aviões voando baixinho para pousar no Aeroporto Internacional de Guarulhos. Algo que o Learjet dos Mamonas Assassinas não conseguiu fazer naquele fatídico e hoje histórico 2 de março de 1996.


segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Sue Thompson: A cantora que colecionou maridos






O primeiro marido foi aos 20 anos

Luís Alberto Alves

Mais conhecida por sua voz cantando ofegante, de menina, Sue Thompson teve vários hits nas paradas de 1960. Nascida Eva Sue McKee em 1925, passou
a tocar guitarra aos sete anos de idade. Quando a família mudou-se para San Jose, na adolescência, já aparecia nos programas de televisão local.

Durante a Segunda Guerra Mundial trabalhou em fábrica, casou e teve uma filha aos 20 anos, mas o matrimônio durou apenas três anos. Retornou aos palcos de clubes do norte da Califórnia.

Logo venceu concurso de caça talentos em San Jose e chamou a atenção do cantor Dude Martin. Recebeu  convite para participar de sua banda. Casaram-se e gravaram juntos os hits "If You Want Some Lovin'". Ela ganhou o primeiro contrato com a Mercury Redcords. Um ano depois chutou Martin.

Em 1960 entrou na Hickory Records e soltou as bombas “Sad Movies (Make Me Cry)” e “Norman”. Nessa época passou a fazer canções no estilo adolescente, graça ao seu timbre de voz de menina, apesar de já ter 40 anos de idade. Gravou poucos discos no restante daquela década sem fazer sucesso.


 Em 1972 juntou forças com o cantor Don Gibson e lançou três discos durante dois anos. Como artista solo ainda chegou às paradas com “Big Mable Murphy”. Em 1976 veio seu último disco Never Naughty Rosie. Resolveu centrar fogo nos casinos de Las Vegas, ali se casou com um famoso dono deste tipo de estabelecimento comercial.

Nat Stuckey: A voz do hit " Sweet Thang"


Nat ficou conhecido como compositor

Luís Alberto Alves

Compositor de mão cheia, Stuckley antes trabalhou de DJ até criar a primeira banda no final dos anos de 1950. Nessa época assinou com a Paula of Shreveport Records de Los Angeles. Ali explodiu com o hit “Sweet Thang” em 1966.

Outro grande sucesso, como autor, veio quando Buck Owens gravou "Waitin' in the Welfare Line." Ganhou muito dinheiro e depois escreveu “Pop a Top” que saiu na voz de Jim Ed Brown. Soltou também os hits “Plastic Saddle” entre outros. Para engordar o orçamento passou a compor jingles comerciais.



Jimmy Dean: De cantor a fabricante de salsicha


Dean ganhou dinheiro como cantor e fabricante de salsicha

Luís Alberto Alves

O homem médio na rua seria mais provável reconhecer Jimmy Dean a partir da linha de chouriço que leva seu nome, mas antes de entrar no negócio de produtos de carne de porco, Dean era uma personalidade de televisão de sucesso e um hitmaker conhecido em todos os Estados Unidos.
Nasceu pobre em 1928 no Texas trabalhou muito em fazendas para ajudar no sustento da casa. A mãe lhe ensinara tocar piano aos dez anos, depois passou para guitarra e sanfona.
Aos 16 anos juntou-se aos fuzileiros navais e aos 18 anos entrou na Força Aérea para tocar na banda Tennessee Haymakers. Quando saiu em 1948 formou o grupo Wildcats Texas até conseguir contrato com a Four Star Records e lançar o hit “Bummin ´Around” em 1953.
Na década de 1950 apresentou programa de rádio, onde tornou conhecido ao público os iniciantes Patsy Cline e Roy Clark. Sete anos depois a CBS lhe ofereceu um programa em nível nacional. Em 1961 gravou a canção “Big Bad John” e estourou nas paradas. Emendou outras músicas, como “The Cajun Queen”.

Na década de 1960 continuou por cima, inclusive participando da série de TV Daniel Boone. Fundou a Jimmy Dean Meat Company no final dos anos de 1960 e tornou as receitas de salsicha famosas nos Estados Unidos. Gravou mais algumas músicas em 1976, como o tributo a sua mãe “I.O.U.”. Vendeu a empresa para Sara Lee Foods e continuou na televisão. Morreu aos 81 anos em 2010.

Jim Reeves: Grande talento morto em acidente de avião


Carreira encurtada por acidente de avião

Luís Alberto Alves

Gentleman Jim Reeves foi uma das grandes estrelas do sexo masculino a estourar em Nashville. A voz de barítono e uma orquestra de som de veludo fez combinação certa. Era a estrela do Country/Pop. Em 1953 estourou nas paradas com o hit “Mexican Joe”. Poderia ter ido mais longe, caso não tivesse morrido num acidente de avião em 1964.

 Ocupou o cargo de embaixador da Country Music aumentando a popularidade na Europa, mais do que nos Estados Unidos. Mesmo após de morto seis singles continuavam nas paradas três anos depois da partida para o além.

 Nas décadas de 1970 e 1980 continuou fazendo sucesso. Destaques para as canções: “Take Me in Your Arms and Hold Me" num lindo dueto com Deborah Allen e “Have You Ever Been Lonely?” fazendo fundo com a voz de Patsy Cline, falecidas num acidente áereo em 1963.

 Seus fãs lembram sempre de Reeves ao ouvirem os hits: “Four Walls” (1957) e “He´ll Have to Go” (1959). Essas duas canções definiram para sempre seu estilo e uma era da Country Music. Reeves perdeu o pai quando tinha dez meses de idade. Aos cinco anos aprendeu a tocar guitarra. Aos 12 participava de programa de rádio em Los Angeles.

 Em 1949 passou a gravar canções para Macy Records, sem êxito. No ano seguinte virou DJ. No ano de 1952 ocupa o posto de mestre de cerimônias. Nessa época Hank Williams não pode vir a um show e ele ocupou o seu lugar. O público gostou e a Abbott Records também. Lançou o single “Mexican  Joe” em 1953, seguido do hit “Bimbo”. Em 1955, na RCA Records soltou o single “Yonder Comes a Sucker” e mais 40 músicas de sucesso. Sua trajetória parou com a morte prematura em 1964.



sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Hank Snow: A voz da Country/Pop que veio do Canadá



Luís Alberto Alves

A maior contribuição do Canadá para a música country, Hank Snow, era famoso por suas canções. Aos 12 anos fugiu de casa. Quando voltou ouviu as gravações de Jimmie Rodgers e passou a tocar em público. Em 1950 lançou o hit  "I'm Moving On", que ficou 21 semanas no topo das paradas.

Na década de 1990 aparecia em diversos programas de televisão para soltar sua voz. Pequeno, mas tinha grande voz. Sofreu muito na infância com as surras que levava do padrasto. Gravou cerca de 90 músicas. No começo da década de 1940 tinha programa regular na CBC.

Era estrela no Canadá e desconhecido nos Estados Unidos, mesmo fazendo show em Hollywood. O problema é que seu público alvo estava na guerra. Em 1949 chegou às paradas com o single “Marriage Vow”. Na década de 1950 já era sucesso. Ao conhecer o coronel Tom Parker, que mais tarde iria empresariar Elvis Presley, sua vida mudou. Após emplacar vários hits, em 1981 sua carreira chegou ao fim quando a RCA Records terminou seu contrato, onde ele estava há 45 anos. Morreu no final de 1999 aos 85 anos.