Luís Alberto Alves/Hourpress
Naquela noite de sábado, de 5 de março de 1963, antes de embarcar no avião monomotor que a levaria para além minutos depois, a
cantora Patsy Cline, considerada por muitos eterna rainha da Country Music,
telefonou para o marido com o qual vivia em guerra permanente. Dentro de
algumas horas estaria em casa e a reconciliação seria selada entre o casal. Entrou
na aeronave pilotada pelo empresário e amante, junto com outros artistas. Sob
forte tempestade, o aparelho não chegou a sair do espaço aéreo do Tennessee,
onde caiu, matando Patsy.
A partir
daí, o dia 5 de março entrou para a história dos fãs de Country Music. Numa
curta carreira que durou apenas seis anos, interrompida em 1963, ela ficou
conhecida pelo tom rico, emocionante e ousado de contralto de voz. Virou
pioneira da Country Music, na década de 1950, vista como música de caipira e de
velhos. Ajudou a abrir caminho e serviu de inspiração para diversos artistas.
Nos seus seis anos de sucesso, emplacou nas paradas
os hits: “Walkin ´After Midnight”, “I Fall to Pieces”, “She´s Got You”, “Sweet
Dreams” e a inesquecível “Crazy”, onde dá verdadeiro show de interpretação. A
introdução com piano entrou para a história dos clássicos da Country Music.
Ganhou
diversos prêmios e vendeu milhões de discos após sua morte, aos 30 anos. Alguns
críticos a comparam aos talentos de Johnny Cash e Elvis Presley. Suas canções,
passados mais de 53 anos, continuam atuais, por causa da grande capacidade de
interpretação.
Nascida
em 1932, em Winchester, Virgínia, desde criança cantava na igreja ao lado da
mãe. Admirava estrelas do cinema: Kay Starr, Stafford Jo, Hank Williams, Judy
Garland e Shirley Temple. Naquela época
já tinha afinação perfeita. Nem uma infecção na garganta a prejudicou.
Após o
pai abandonar a família, Patsy saiu da escola para sustentar a casa. Num certo
dia pediu ao DJ de uma rádio perto do seu trabalho para cantar num programa da
emissora. Tinha apenas 15 anos e os convites começaram a aparecer. Logo soltava
a voz em casas noturnas.
Em 1954
já atraia grande público. A estrada estava aberta. Gravou três álbuns de estúdio.
Entrou Four Star Records, da Califórnia, onde soltou o primeiro disco em 1955.
Lançou mais 17 singles entre essa data e 1960. Mas foi a canção “Walkin ´After
Midnight” que a fez conhecida em todos os Estados Unidos.
Nessa
época gravou vários hits no estilo Gospel e Rockabilly. Trabalhando com o
produtor Owen Bradley, Patsy mudou o estilo para Honky Tonk mesclado ao Pop do
som de Nashville. Em 1961 estava na Decca Records, onde lançou o hit “I Fall to
Pieces”. Outro estouro nas paradas. O single “Crazy” foi grande sucesso de
vendas, num disco com apenas duas canções.
O
terceiro single na Decca Records foi “She Got You”, de 1962, que também fez
bonito na parada Billboard. O terceiro e último álbum de estúdio, Sentimentally
Your, saiu em agosto daquele ano. Nele estavam os hits: “Strange”, “When I Get
Thru With You” e “Imagine That”. Em janeiro de 1963 lançou o hit “Starting in
Your Mind”. No dia 5 de março daquele ano iria morrer num acidente de avião em
Camden, Tennessee.
"Crazy", um dos maiores sucessos de Patsy Cline
“Walkin ´After Midnight”, o hit que serviu de passaporte para a fama
“I Fall to Pieces”, outro estouro nas paradas de sucesso
“Sweet Dreams” , outro grande sucesso
Sweet Dreams, filme que conta a história de Patsy Cline
A biografia de Patsy Cline
"Just a Closer Walk With Thee", dueto de gigantes com Willie Nelson
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