Postagem em destaque

#BMW - Morre #QuincyJones, o gênio da produção de grandes discos

Luís Alberto Alves/Hourpress

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Maiysha: a pedra preciosa do Brooklin


Maiysha é uma cantora de personalidade. Ela mesma diz que é jovem o suficiente para ter muito a aprender e velha o bastante para saber o que é melhor. Indicada ao Grammy de 2009 na categoria de Melhor Artista, Maiysha é atualmente um grande destaque da Soul Music Contemporânea. O CD de estreia marcou a estreia de alguém que adora cantar algo elegante e inteligente, sem esquecer do velho molho clássico. O seu primeiro single "Wanna Be" ficou na mente de vários fãs.

Na era do descartável, Maiysha não faz composições comuns, daquelas que se ouve e logo esquece, por causa da pobreza de letra e melodia. Ela nasceu e cresceu no velho e bom Brooklin, celeiro de tantos artistas bons, como ocorre na Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo, no Brasil.

Cantora e compositora, é graduada pelo Sarah Lawrence College, além de ex-modelo de sucesso da agência Ford em Nova York. Na vida quanto na música ela examina as dualidades de luta e retrocessos, força e vulnerabilidade, sensualidade e espiritualidade.  Não se espantou ao terminar o CD e cumprir metas fixadas pela gravadora. Foi à luta.

No álbum ao vivo, Undercover, gravado no Clube de Jazz Blue Note, em Manhattan, ela inspirou no trabalho de Peter Gabriel "Sledgehammer" on "This Much Is True". O CD saiu na Primavera de 2010 e todos sabem o resultado nas paradas de sucesso. Para quem gosta de diversidade de qualidade, é legal ouvir Maiysha que navega com facilidade nas águas do Hip-Hop, Jazz e Funk.

Thomas McClary: a guitarra inesquecível dos Commodores


Se você curtiu os bailes da década de 1970 e ouviu as baladas dos Commodores vai se lembrar do inesquecível solo de guitarra da canção "Easy", gravada em 1977, na voz de Lionel Richie. A versão original lançada num LP (disco de vinil) tinha mais de sete minutos e começava com um discurso e solo de piano do tecladista William King. O homem da guitarra era Thomas McClary, co-fundador da banda que desintegrou-se no início da década de 1980, após a saída de Lionel Richie.

Aos 70 anos, McClary continua em atividade. Quando estava ao lado dos amigos de infância em 1968, o sonho era criar uma banda que fosse os Beatles negros. Para tanto entrou no Instituto Tuskegee, no Alabama. Ali conheceu Richie numa das aulas após ouvi-lo assobiando uma canção do saxofonista de Jazz Eddie Harris.

À tarde foi à casa da avó de Richie, vizinha do campus e ali conheceu o restante da rapaziada que faria parte da lendária The Commodores. Depois encontrou William King, Milan Williams, Ronald LaPread e por último Walter Orange. Este time de músicos fez história em todo o mundo. Emplacaram diversos sucessos nas paradas na década de 1970. Antes foram banda de apoio do grupo Jackson Five, onde o garotinho Michael Jackson já despontava.

Atualmente, McClary grava canções Gospel. Lançou um CD em 2008, A Revolution Not A Revival. Neste trabalho  deixa bem claro que as pessoas nunca devem aceitar qualquer coisa menos do que o melhor. Com todo esse pique é que se apresenta em diversas cidades dos Estados Unidos, principalmente em eventos beneficentes de combate à violência e drogas.

Passada a febre do show biz, onde o mal em muitas vezes anda lado a lado com o bem, McClary hoje se diz homem de familia. Em seus shows trabalha ao lado do filho e reconhece a importância crítica de um pai na vida dos filhos. Este é combustível para McClary percorrer os Estados Unidos, usando a batida e os solos de sua guitarra para mostrar que o caminho do bem é melhor do que o sedução da estrada do mal.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Gwen Maul: coragem de apostar na arte de cantar


Gwen Maul teve a coragem necessária para sair de uma carreira bem sucedida para apostar no sonho de cantar. Algo que poucos fazem. Esta não é uma maneira convencional para chegar ao estrelato. Porém, Maul escolheu esse roteiro, quando deixou para trás o confortável e rentável salão de cabeleireiro em Cleveland, Ohio, onde nasceu.

A estreia ocorreu num bar local de Jazz, o Grill Uptowne e logo todos passaram a conhecer a vocalista talentosa que era Gwen Maul, além claro do grande talento para compor. A chegada do produtor Kenn Bell e do maestro Chiefrocka Q-Nice deu um toque moderno e sensual as canções interpretadas por ela. Basta ouvir " Once Chance", "More", escrita por Maul. Também não se pode deixar de fora a canção "Whateva", além da inquietante "Tie Me Up". Ao regravar "Betcha By Golly Wow", trouxe à tona o Soul clássico da década de 1970.

 

Little Jackie: a garota sapeca da Black Music

Little Jackie mistura a velha escola do R&B com Hip-Hop e Pop, sem esquecer do Soul Music criado pela Motown Records nas décadas de 1970 e 1980. Sem esquecer das questões sociais e culturais que tiram o sossego atualmente. O CD dela tem canções cheias de açúcar e outras especiarias recheadas de melodias picantes.

É bonitinha, mas não é ordinária, como ocorre com diversas intérpretes da Black Music em nível mundial, inclusive no Brasil. O compositor Imani Coppola percebeu que Jackie não gostava de composições comuns. Ao lado do produtor Michael Mangini, durante seu primeiro ano na Universidade Estadual de Nova York, ela conquistou um contrato com a conceituada Columbia Records.

Em 1997, aos 19 anos, entrou no circuito com o hit "Chubacabra", ganhando o Prêmio MTV Buzz, depois lançou outra bomba: "Legend of a Cowgirl".

Por meio da carreira de Jackie, Coppola voltou às paradas. Criado em Long Island, filho de mãe negra e pai branco, cresceu ouvindo ambos tocando muita música. Não demorou para conhecer a garota sapeca, chamada Jackie, vizinha de quintal. Depois entra na história o programador Adam Pallin. Ele já havia trabalhado em projetos para Tom Jones e para a finalista do American Idon, Elliot Yamin. Ajudou a escrever algumas canções para Jackie, enquanto Coppola se encarregava do refinamento das melodias. A sacada de Jackie, é que ela ficou livre e colocou o seu talento nato em prol da Black Music. Pôs sua voz de mulher em defesa do sexo frágil.




 

Abraham McDonald: o grande intérprete de Miracle

A estreia de Abraham McDonald ocorreu na conceituada casa de shows da Black Music, House of Blues, em Sunset Strip, cantando clássicos do Soul. Logo o CD Miracle ficou entre os 20 mais tocados das paradas de sucesso.
Artista contemporâneo de R&B, McDonald figura no segmento de estilistas desse gênero, como Anthony Hamilton, Kem, Jaheim e Raheem Devaughn.

 Foi num mês de agosto, no Anfiteatro The Warner Cable, em Cleveland, que logo começou a conquistar fãs, logo o levaram para apresentações em Dallas. Não demorou para cantar para pelo menos cinco times da NBA, principalmente para a equipe do Galaxy Dodgers, no caso de equipes de futebol. O hit escolhido foi "Miracle".

Alguns críticos consideram sua voz fenomenal. Costuma se apresentar em eventos beneficentes de arrecadação de brinquedos para crianças pobres. Outro destaque é sua aparição no tributo a Luther Vandross.

"Miracle" foi a faixa principal no CD lançado em 2011. Produzido pela equipe de Sam Watters e Louis Biancaniello, cujos clientes foram Whitney Houston, Kelly Clarkson, Leona Lewis e Jessica Simpson, entre outros. Já o vídeo esteve a cargo de Clifton Bell. Ele estreou no Oprah.com exclusivamente antes de chegar ao mercado musical.

Atualmente poucos se lembram que trajetória de McDonald começou aos 13 anos, quando ele cantou a versão de "Get Here" e ganhou o primeiro lugar num concurso de caça talentos. Mais tarde, a mesma canção o ajudou a conquistar um prêmio de US$ 250 mil no programa de Oprah.

 

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Lisa McClendon: lições da vida para linda canções Gospel

Lisa McClendon é conhecida pela canção "You Gotta Have Heart", cuja letra destaca versos como esses: "Tudo que você realmente precisa é de coração, quando as chances estão dizendo que você nunca vai ganhar."

A canção é aplicada a uma equipe de beisebol lutando para ganhar o campeonato, visando incentivar seus atletas. Quando se trata de composição com este tipo de temática, Lisa é mestra.

Ou seja, ela canta a vida como se apresenta na realidade, sem dourar a pílula, como fazem outros compositores. O enredo de suas letras é profissional, pegando as relações familiares.

Geralmente o tom, apesar de meio hard, não é abrasivo. A própria crítica reconhece que Lisa é considerada uma das poucas artistas Gospel que faz letras em novo estilo, pegando como base os clássicos da Soul Music.

Em todos os seus quatro discos, incluindo Reality, ela sempre usa o seu coração nas lições de vida que aprendeu na infância e quando tornou-se adulta.

 Desde a infância, Lisa estava sempre procurando a aprovação dos outros, seja através de amores adolescentes, para competir com sua irmã nas questões relativas a beleza. Porém, na arte de compor, ela conseguiu transferir para o papel seus sentimentos íntimos. Realizou o desejo de ser escritora, com a diferença de colocar melodias nas letras.

Como vocalista adolescente foi vice-campeã em campeonados regionais de música Gospel, como o Gospel Star Search, quando entrou no grupo 3N1, após se formar na faculdade. Nesta banda, ela assinou com a gravadora independente Shabach Entertainment, liderado por Maurice Henderson, produtor musical muito respeitado, pois já trabalho com vários artistas de Jazz.

Henderson não ficou com o 3N1, mas gostou da voz de Lisa. Quando a viu cantando louvor numa igreja evangélica em Jacksonville, Flórida, não teve dúvida de convidá-la. Em 2002 lançou o primeiro CD "My Diary Your Life". Inspirou-se em Al Green, Aretha Franklin e The Winans para fazer o trabalho. O imenso sucesso comercial do álbum a levou para o segundo CD.

Nesta carona entrou o grupo de gravadora de louvores Integrity Music. Ofereceram contrato para Lisa ser sua artista de Soul e Gospel. Saiu da cena independente para um segmento mais profissional, que sabe como divulgar o trabalho do artista nos veículos de comunicação e junto à crítica. Ali lançou hits, hoje considerado clássicos na igrejas evangélicas dos Estados Unidos: "Breathe" e "You Are Holy". Procurou explorar o talento de compositora, com a concordância de Henderson, além de aprender a administrar sua vida profissional, ganhando o apelido de Boss Lady.

O grande desafio veio quando gravou o CD Live from The House of Blues. Teve de cantar diante de uma banda completa, após anos de gravação com ajuda de equipamentos. Para completar o cenário, ela estava grávida de sete meses, quando colocou sua voz durante um concerto na cidade de Nova Orleans. Superou tudo, inclusive o furacão Katrina, que ocorreu após a conclusão do trabalho. A instabilidade do casamento a deixou fora dos palcos durante quatro anos.

 Após o divórcio retornou às atividades, lançando o próprio selo, DG. Usou seu deserto para escrever canções que mostram as batalhas enfrentadas pelos cristãos diariamente. O restante da trajetória é repleta de lindas músicas, como "Who I Am", Let It Go", "Thank You", Lust Ou Love" e a balada "Makeover". No hit "Thank You" há um verso bem interessante: " Obrigado pelo meu inimigo/ obrigado por meu amigo/ por me ajudar a fazer a mulher que sou hoje"...

Donnie McClurkin: outro ouro do Gospel


Donnie McClurkin é conhecido por uma forte declaração: poderia deixar a qualquer momento de fazer música para se concentrar na sua paixão pelo ministério. Nunca conseguiu ficar distante de gravar um hit profundamente edificante da Soul Music. Sinal claro disso é o CD We All are One (Live in Detroit).
Nele estão convidados especiais como CeCe Winans, Yolanda Adams, Mary Mary e Karen Clark-Shead. Foi um CD de Louvores com vários intérpretes de qualidade.

Decidiu gravar em Detroit, após muita oração. Seu grande mentor Andrae Couch fez um dos melhores CDs ao vivo em Londres, repetindo a dose 20 anos depois. Não ficou de fora o  clássico de Donnie "We Fall Down".
Ali estava em casa, após 13 anos, onde foi fundador de uma das igrejas onde congrega, cuja a primeira saiu pelas mãos de Marvin Winans. Fez a gravação em Detroit, segundo ele, para curar as feridas daquela cidade.

O tema das canções é baseada na tolerância, pois Jesus disse que a casa dividida não pode ficar de pé. Segundo Donnie, isso acontece nos Estados Unidos com republicanos e democratas, negros, brancos, amarelos e marrons, batistas e metodistas, luterados e episcopais. A falta de unidade é grande entre todos.  Mas para não colocar a mão em vespeiro deixou que Deus faça o julgamento. Enquanto isso passa em suas letras as lições de se aprender a amar e compreender as pessoas.

Sabe que um dia, os jovens vão aprender que compaixão e companheirismo irão imperar na música Gospel dos Estados Unidos. Tentou mostar isso quando trouxe um dos maiores produtores desse estilo, Asaph Ward, com um coral de vozes adultas mesclado com o canto das crianças, numa de suas canções. O CD traz pérolas como "You are My God and King", "Let The River Flow" e o dueto inesquecível com Karen no hit "Wait on The Lord". Tudo com belos acordes de guitarra. A canção "Halleujah Song" é interpretada em holandês, espanhol e iorubá. A ideia nasceu durante um culto em sua igreja.

A música "All We Ask" é um primor. Os versos nasceram da seguinte forma: o primeiro é sobre um jovem que veio a mim tentando me encontrar seu lugar na visa, o segundo é baseado na própria história pessoal de Donnie e o terceiro teve como inspiração sua irmã mais velha, Olivia, que estava morrendo no momento em que essa canção estava sendo composta.

Maty Soul: a beleza da Black Music francesa

Bata liquidificador as influências de Janis Joplin e Lauryn Hill e terá como resultado Maty Soul. Cantora, compositora, produtora, com amplas doses de Reggae e Hip-Hop.

Suas letras são coerentes com seu estilo de vida. Elas atingem em cheio a alma dos fãs, fazendo uma abordagem da situação mundial.

Seu timbre de voz lembra Janis Joplin e Lauryn Hill, sedutor e rouco, às vezes. O sotaque francês faz  este molho mais gostoso.

Maty nasceu em Paris e passou metade da infância no sul da França. Ali cresceu ouvindo Miles Davis, Bob Marley, Stevie Wonder, Lauryn Hill e depois Nina Simone, Donny Hathaway e vários artistas do Hip-Hop.

O gosto para cantar nasceu quando um de seus amigos a convidou para mexer no computador do irmão mais velho. Mesmo no sul daquele país, ela viajava de trem até Paris, cada vez que alguém da tribo do Hip-Hop iria se apresentar.

Para perseguir seu objetivo,  decidiu se concentrar na música em tempo integral. Deixou universidade  antes de se formar e se mudou de volta para Paris. Ela começou a cantar regularmente em locais diferentes, ganhando  o salário mínimo para se sustentar.
Em 2006 lançou sua página do myspace e carregou sua demo. Logo colegas artistas foram mostrando o seu apoio tanto no myspace e após as apresentações de palco. Não demorou para ouvir suas músicas nas rádios de campus de universidades da Europa e Estados Unidos. No ano seguinte, o diretor Ras Kass a descobriu na internet. Em 2008 assinou contrato com um selo independente, criado por um produtor de Barbados, na América Central. Dai para frente tudo mudou, com gravação de vídeos e participações em filmes.


domingo, 21 de outubro de 2012

Jana Mashonee: a beleza e o talento indígena por uma boa causa

A linda voz de Jana Mashonee lembra a de Ivete Sangalo e de Tina Turner, com a diferença que ela canta melhor do que a brasileira. Descendente de índios, é linda de rosto e corpo. É daquelas artistas que o visual faz qualquer show ficar explêndido. Seu sorriso é magnífico.

Ouvir o CD Monn New Born é algo massageador para os ouvidos. Nele as canções são bem intimistas e mescladas ao Blues. Só para conferir assista ao show dela Blues Rain Ecofest, que ocorrem em julho de 2012, onde Jana arrasou com a bela "Let´s Stay Together", grande sucesso de Al Green no início da década de 1970.

O álbum mostra o renascimento e a direção que sua vida tomou, assumindo cada vez mais a defesa, por meio de canções, dos indígenas  norte americanos, completamente dizimados pelo governo dos Estados Unidos nos séculos 18 e 19. Talentosa, escreveu e co-produziu o CD, além de colaborar nos vocais e tocar piano.

Jana começou a chamar atenção da crítica especializada em 2006 com um CD conceitual indicado ao Grammy, American Story Índio. O sucesso a levou a turnês por 48 estados norte-americanos, Europa e Canadá. Mas encontrou tempo para filmar no ano seguinte o vídeo The Enlightened Time, também aclamado pelos fãs e crítica, ganhador de vários prêmios. Depois ela gravou canções de Natal na língua indígena. Outro sucesso. As canções tiveram apoio de orquestra completa e tradicionais instrumentos nativos americanos.

No início do ano 2000, Jana chegou outra vez às paradas com o hit "More Than Life" e com a regravação da música que imortalizou a banda Led Zeppelin, "Stairway to Heaven". Foi a primeira mulher descendente de índios a fazer sucesso na Billboard. Explorando sua voz poderosa e beleza exótica, Jana criou em 2002 uma ONG para ajudar jovens descendentes de índios americanos a alcançar seus sonhos. Ao contrário de outras cantoras, que explora sua beleza física para aparecer em revistas sexuais, Jana defende a máxima que todas as pessoas tem a responsabilidade em suas vidas de influenciar as outras de forma positiva. É o sucesso por uma boa causa.