Reportagens com clipes descrevendo histórias de artistas famosos,
principalmente de intérpretes da Black Music, além de destacar a importância do Blues no Showbiz.
George Lewis nunca
tentou ser um solista virtuose. Ele adorava gravar conjuntos melódicos onde seu
clarinete distintivo era livre para improvisar tão simples como desejava. Quando Lewis foi inspirado e em
sintonia, ele poderia realizar o seu próprio som com qualquer de seus
contemporâneos, em Nova Orleans e ele sempre soou bonito que toca suas
"Borgonha Street Blues".
Para surpresa de todos (incluindo o próprio), se
tornou uma das figuras mais populares do movimento de renascimento de Nova
Orleãs dos anos de 1950. Demorou muito para conquistar a fama. Aprendeu sozinho
a tocar clarinete aos 18 anos e trabalhou na década de 1920 com a banda Black
Eagle, Buddy Petit, The Brass Band Eureka, Chris Kelly e Kid Ory, entre outros
grupos de New Orleans.
Tocou com Bunk
Johnson no início dos anos de 1930. Quando Bunk foi descoberto em 1942, Lewis
virou parte de sua banda, mas a saudade de casa, fez ele retornar a New Orleans
em 1946. Trabalhou com seu próprio grupo. Em 1952 se apresentou para grande
público em turnês na Europa e Japão.
A banda Lewis tinha
o trompetista Kid Howard, o pianista Alton Purnell, o banjolista Lawrence
Marrero, o baixista Alcide "Slow Drag" Pavageau e o baterista Joe
Watkins.
Gravou em diversos
selos, mas Blue Note Records é quem reproduziu melhor suas coletâneas, virando
símbolo do que era certo e errado sobre o movimento de renascimento de New
Orleans. Ainda hoje é gostoso ouvir seus discos.
Kid Thomas foi e é um dos grandes heróis desse tipo louco da
música que contorna a linha tênue entre Blues e Rock straight-out & Roll.
Embora o sucesso constantemente lhe escapava ao longo de sua carreira, não foi
por falta de talento.
Com voz poderosa que poderia emitir gemidos
Banshee e Little Richard uivos com facilidade consumada, e um estilo de gaita
que, no seu melhor ("Rockin This Joint Tonight"), soou como Little
Walter alimentado por um aspirador de pó, Kid Thomas era um homem que soube
balançar a articulação, de fato.
Ele nasceu Louis Thomas Watts em 20 de Junho de 1934, em
Sturgis, MS. Cerca de sete anos depois, seus pais, Virgie e VT, levou a família
até Chicago. No momento em que jovem Louis virou mocinho, masculinidade
adolescente, ele estava tendo aulas de gaita de Little Willie Smith, um dos
muitos bluesmen periféricos na cena de Chicago, em troca de dar lições Smith na
bateria, instrumento original do Kid.
Os anos 40 e início
dos anos 50 encontrou-o semi-emprego remunerado soprando a harpa no Cadillac
Babys e uma dúzia de outros clubes cujos nomes são agora perdido para as brumas
do tempo. De acordo com todos os relatos, ele parece ter se sentado com todo
mundo em um momento ou outro durante o início a meados dos anos 50; Muddy
Waters, Elmore James, e Bo Diddley todo o recebeu no palco em uma base regular,
enquanto Thomas encontrou-se mesmo em substituição seu herói gaita Little
Walter na ocasião não tão estranho quando o referido herói estava bêbado demais
para fazer as pazes ao coreto.
Por volta de 1955, Kid
Thomas decidiu que precisava para fazer gravar uma música para ajudar a
promover suas aparições do clube. Andando pelas distribuidoras King-Federal, um
dia, ele simplesmente enfiou a cabeça e anunciou que gostaria de gravar. Como
ele teria sorte, ele foi imediatamente introduzida para Ralph Bass, em seguida,
trabalhar para o selo do conglomerado de Syd Nathan como um A & R.
Baixo ouviu lengalenga
Thomas ', em seguida, enviou-o com instruções para colocar uma banda juntos e
voltar para uma sessão de demonstração. Em substituição Smith na bateria, um
guitarrista só me lembrava como "James", e um homem do piano
desconhecido, o nosso herói voltou para a audição carregado com músicas que ele
tinha vindo a trabalhar-se em seus shows.
Em sua entrevista
única conhecida, em 1969 por Darryl Stolper, Thomas lembrou que a primeira sessão
que levou ao seu primeiro registro a ser emitido: "Os primeiros números
não ir mais, então eu comecei a pensar sobre o (Howlin) Wolf, e Eu vim com
"Bloco de lobo." E "The Spell" eu tenho de Screamin 'Jay
Hawkins. Ambos foram pensadas no calor do momento, e Ralph Baixo cavou-los.
"
Ao invés de ter Thomas
voltar e fazer uma sessão formal, Baixo estava tão tomado com os resultados de
composições do garoto, que os resultados foram devidamente pressionado como
únicos.
Kid nas suas turnês
propagava seu nome, ao escrever nos carros como se chamava. Percorreu diversas
cidades dos Estados Unidos. O público começou a gostar dele. Pegou carona no
recém surgido Rock and Roll e passo a imitar Little Richard, principalmente no
corte de cabelos e estilo de se vestir.
Trabalhando no circuito de clubes de Chicago conheceu Magic
Sam e Otis Rush. No final da década de 1950 fixou moradia na Califórnia. Depois
conheceu o lendário George Mottola, um dos grandes heróis desconhecidos dos
primeiros dia do Rock and Roll na Modern Records. Ali gravou a primeira versão
do Blues “You Are an Angel”, considerado o seu melhor momento no rock até hoje.
Com o codinome tommy Louis gravou vários singles em Los
Angeles, entre eles, “The Hurt Is On” e nos moldes Little Richard, a canção “Rockin
This Joint Tonight”. No final da década
de 1960 trabalhava em festas privadas de Dean Martin. Mas o dono do salão o
reconheceu e Kid entrou em estúdio para regravar “You Are An Angel” com Lloyd
Glenn no piano e Joe Bennett na guitarra. Foi assassinado na porta de um
tribunal pelo pai de um garoto que matou atropelado.
Charlie Musselwhite será sempre lembrado como um dos artistas mais importantes do Blues dos brancos, movimento que começou no final da década de 1960. Ganhou destaque pela fidelidade ao estilo e respeito dos fãs. Big Joe Williams disse que Charlie era um dos maiores músicos da harpa, o maior depois de Sonny Boy.
Ele deixou sua marca nos Estados Unidos ao passar por bandas em Chicago e San Francisco, onde começou a tocar o pai de todas as músicas. Tomou da água da fonte de feras como: Samuel Charter´s , Furry Lewis e Gus Cannon. Apesar que seu primeiro instrumento foi uma guitarra.
Charlie nasceu no Mississippi em 1944 e logo a família mudou-se para Memphis, depois migrou para Chicago em busca de trabalho. Ali passou a observar artistas da gaita como Little Walter, Shakey Horton, Good Rockin´Charles, Carey Bell e até mesmo Sonny Boy Williamson.
Seu primeiro disco explodiu nas paradas e passou a tocar no Fillmore Auditorium. Bandas importantes, de grandes artistas iguais Louis Myers, Robben Ford, Fenton Robinson, passaram a contar com seu talento.
Até o final da década de 1980, quando o alcoolismo o deixou doente, fez diversas turnês, lançando vários discos e obteve elogios da crítica. Em 2000 gravou CD misturando Jazz, Gospel, Tex-Mex e Blues do Mississippi. Após entrar na Telarc Blue Records em 2002 prosseguiu na carreira.
O álbum Sanctuary, 2004, saiu pela Real World Records. Cinco depois soltou outro CD, trazendo a agitada “Clarksdale Boogie”. Em 2009 voltou a Alligator e passou apresentar programa de rádio, privilegiando o hit “Sad Beautiful World”, referência à morte de sua mãe de 93 anos durante assalto em casa.
Ele era um cara mau, pavoneando pelo palco
como um gangster em punho harpa, hipnotizando o público com suas travessuras de
durão e furando costela apresentando o Blues de Chicago.
Por mais de 40 anos,
Junior Wells se manteve ótimo performe até a morte no final da década de 1990.
Nascido em Memphis, aprendeu harpa com a lenda Little Junior Parker, antes de
mudar para Chicago aos 12 anos em 1950.
Na adolescência
aguçou os ouvidos com o som dos guitarristas Louis e David Myers. Após aprender
todo os macetes junto à lenda Muddy Waters, em 1952 resolveu caminhar sozinho
até lançar o hit “Hoodoo Man” e as instrumentais “Eagle Rock” e “Junior's Wail”.
A década de 1950 foi
uma mãe para ele. Em 1965 soltou um
disco clássico pela Delmark Records. Gravou as canções “You Do Not Love Me” e “Chitlin
con Carne”. Três anos depois explodiu nas paradas R&B, apesar das críticas
dos puristas de plantão. Antes, em 1966, o hit “Up in Heah” fez muito barulho.
Até a década de 1990
soltou outros álbuns. Pela Telarc Records lançou bons discos, lhe rendendo
prêmios de críticas. Fazia ótimas apresentações ao vivo. Infelizmente o câncer
apareceu em seu caminho e no Verão de 1998 a morte o levou embora para o além.
Após sua partida saíram diversas coletâneas.
Outro grande
guitarrista de Chicago é Jimmy Johnson, que não conseguiu lançar o primeiro
disco antes dos 50 anos. Porém, compensou o tempo perdido, se tornando um
grande artista do Blues, por causa do estilo imprevisível de toca, além da
entrega total à Soul Music.
Nascido numa família
musical, caso do irmão Syl Johnson, Mack Thompson, baixista da primeira
formação da Magic Sam. Ele se mudou para Chicago em 1950. Trabalhava como
soldador, enquanto Syl era estrela nos bares de blues da cidade.
Em 1959 começou a dar concertos ao lado do
harpita Willis Slim em West Side. Trocou o sobrenome Thompson por Johnson.
Liderou diversas bandas. Durante a
década de 1970 visitou Japão onde produziu o disco Rush So Many Roads – Live in
Concert.
Após participar de diversos trabalhos, quando
em 2 de dezembro de 1988 um acidente de carro matou dois músicos de sua banda.
A tragédia o traumatizou e ou deixou longe de palcos algum tempo. Em 1994 saiu
o disco I'm a Jockey pela Verve Records.
A parceria com o
irmão Syl apareceu em 2002, com o nome Two Johnsons Are Better Than One. O CD
foi gravado ao vivo num festival de blues na Suíça, com o saxofonista Sam Burckhardt.
Dorothy Moore teve
dois grandes hits, lançados pela Malaco Records, que estouraram nas paradas em
1976: “Misty Blue" e "Funny How Time Slips Away." O segundo foi
reformulação da Soul Music lançada por Willie Nelson numa versão de Joe Hinton.
Na década de 1980
ela soltou o hit “I Believe You”. Depois entoru na Volt .Records e gravou dois
discos: Time Out For Me e Winner, antes de retornar à velha casa e passar ali
toda a década de 1990. Em 2002 veio com o CD Please Come Home.
Este trio de Soul
Music surgiu na Flórida, com o nome de The Lovelles, trazendo Brenda Hillard,
Albert Bailey e Zulema Cusseaux. O nome Faith Hope & Charity apareceu
quando entraram na Maxwell Records em 1970, para lançar o primeiro álbum. O
maestro Van McCoy escreveu as canções e produziu os três primeiros singles. Um
deles, “So Much Love” estourou nas paradas.
No ano seguinte
Cusseaux saiu do grupo e Hillard e Bailey viraram duo até a chegada de Diane
Destry em 1974. O ano de 1975 marcou o estouro do hit “To Each His Own”,
lançado pela RCA Records. O segundo disco veio em 1976, LifeGoes On. Dois anos
depois saiu o terceiro, Don't Pity Me. Pouco tempo depois o sonho deles chegou
ao fim.
Esta banda é formada por quatro homens de
Youngstown e assinou contrato com a WMOT Productions da Filadélfia em 1976.
Todos nasceram na década de 1950: Charles Buie (vocal/guitarra), Rudell
Alexander (baixo), Booker Newberry (vocais/teclados) e John Aaron (bateria). O
grupo ainda não tinha nome quando chegaram à WMOT para apresentar um fita demo.
O executivo da empresa sugeriu Sweet Thunder.
Logo saiu o primeiro álbum, com o nome do
grupo, e dois anos depois entraram na Atlantic Records. Infelizmente o disco
fracassou. O segundo álbum, Horizons saiu em 1979 e passou despercebido. Buie e
Alexander prosseguiram como músico e backing vocal, Aaron virou produtor e
Newberry abandonou o Showbiz.
TheMcCrarys antes
de mergulhar de vez no Showbiz cantava Gospel Music e assinar contrato com a
Portrait Records em 1978 para lançar quatro singles e dois álbuns. O grupo era
formado por Linda, Alfred, Sam e Charity que cantou na gravação do disco The
Portrait, enquanto outro irmão soltou a voz numa versão Gospel de “Day Sunshine”,
em 1972.
Os singles mais
populares deles foram: “Lost in Loving You”, "Love on a Summer Night” e
"You", com Stevie Wonder tocando gaita. Abriram shows para os Jackson
Five e deram as caras no programa Soul Train. A grande jogada desse conjunto
foi lançar um Gospel urbano, no estilo adotado hoje por diversos adorares, no
início da década de 1970.
Participaram de gravações de discos ao lado de
Cat Stevens e para diversos artistas. Linda foi backing vocal de Phil Driscoll,
Emerson, Lake & Palmer e Angela Bonfil, enquanto Alfred trabalhou com
Yolanda Adams, Michael Card, Frankie Valli & The Four Seasons e outros.
Charity repetiu o mesmo com Gavin Christopher, Lee Garrett e Melisa Manchester.
Todos eles compuseram para cerca de 90 discos.
Eles são parentes distantes de Sam McCrary, do grupo The Fairfield Four. A
filha de Sam, no final dos anos de 1980 e começo da década de 1990, incluindo o
pai, criou outro conjunto, com o nome de Los Angeles McCray. A ligação familiar
acabou descoberta quando estavam gravando em Nashville e conheceram o restante
dos parentes.
O trio fez muito sucesso gravando pela Polydor Records
Luís
Alberto Alves
Alton McClain, como
o vocalista de Alton McClain & Destiny teve um Top Ten R&B no topo das
paradas, “It Must Be Love” e gravou a versão original de “I've Learned to Respect
the Power of Love”, autoria de Angela Winbush. O grupo era formado por ela D´Marie Warren e Roberta Stiger.
Acabou conhecida
pelo hit “It Must Be Love”, pois era muita parecida com a canção “The Best of
My Love”, lançado pelas The Emotions em 1977. A estreia do conjunto teve
produção de Frank Wilson, famoso por trabalhar em discos das Supremes e Lenny
Wilson.
Depois soltou o groover romântico “Crazy Love”
e “My Empty Room”. Outros singles nas paradas foram “Hang on in There Baby”. No
começo da década de 1980 o hit ganhou destaque no filme Mike Myers 54.
Como Deniece
Williams, sua musa inspiradora, a cantora e compositora de R&B Moniquea
nasceu em Gary, Indiana, terra dos irmãos Jacksons, mas foi criada em Pasadena,
California.
Durante a
adolescência se envolveu com a música. Aos 15 anos se realizou no Rose Bowl. Em
2011 lançou um CD trazendo hits clássicos e contemporâneos.
No ano seguinte
ganhou destaque com a canção “You Can't Train Me” num dueto ao lado do produtor
XL Middleton. Em 2013 veio o disco soltando e explodindo com o hit "I Don't Wanna Get Used to It”.
A partir dai segurou o leme de boa vocalista,
realizando releitura moderna do som da década de 1980 mesclando pós Disco Dance
e Funk. Em 2014 lançou o CD Yes No Maybe.
Vocalista e pianista, Linda Williams nasceu em
Nova York e foi diretora musical de Natalie Cole na década de 1970. Em 1979
acabou apresentada como vocalista em duas canções do disco Richard Evans para
A&M Records.
É desta época a
clássica “Capricorn Rising”. Depois soltou os hits “Elevate Our Minds” e “Our
Song”. Como professora de música ensinou a bela arte para Alicia Keys e lançou
um CD em 2007, Jazzsoetry Vol.1.
Vocalista de Soul
Music, Rena Scott viajou por diversas cidades dos Estados Unidos e Europa
tocando R&B, além de Jazz. Também fez backing vocal para Temptations,
Natalie Cole e Aretha Franklin e jingles para bebidas e produtos de beleza.
Na década de 1990 enfrentou problemas com
depressão e pouco sucesso. Como ocorre com a maioria dos cantores de Black
Music dos EUA, ela começou nos grupos de louvores da Igreja Batista. Aos 13
anos já abria shows dos Temptations e diversos artistas da Motown Records.
Não demorou para
embarcar na carreira profissional, mesmo na época de faculdade, quando fazia
backing vocal para Aretha Franklin. Logo estava se apresentando no Carnegie
Hall.
O primeiro sucesso, em 1978, foi o hit "Take
Me I'm Yours," num dueto com Michael Henderson, estourando nas paradas.
Assinou contrato com a Buddah Records, onde no ano seguinte lançou o álbum Come
on Inside. Teve o amparo dos compositores Mtume e Reggie Lucas, que escreveram
hits para Stephanie Mills e Roberta Flack.
Durante a década de 1980 investiu no Pop/Jazz.
Gravou outro disco em 1989 pela Sedona Records, com três singles fazendo bonito
nas paradas. Por falta de maturidade lançou diversos discos na década de 1990
sem sucesso. No começo dos anos 2000 criou a própria gravadora, onde soltou em
2004 o CD Let Me Love You. Dois anos depois trouxe o álbum Remember.
Formado pelas irmãs
Lopez (Carmen, Lillian e Louise) em 1968, logo Carmen desistiu da empreitada e
Tony Reynolds, de Manilla, teve a ideia de criar o grupo Odyssey.
Após apresentações
em clubes de Nova York, chegaram ao sucesso em 1977 com os hits: “Native New
Yorker” e “Easy Come, Easy Go”.
As canções do conjunto tinham pitada sutil do
som do Caribe. Ficaram mais algum tempo nas paradas, inclusive do Reino Unido,
e depois sumiram do mapa.
O ano de 2016 começou triste para a família de
Natalie Cole: na noite da véspera de Ano Novo ela morreu num hospital de Los
Angeles de insuficiência cardíaca, decorrente de complicações de um transplante
de rim realizado em 2009. Aos 65 anos, Natalie travou grande batalha durante os
40 anos que empolgou o mundo com lindas canções. Nesta trilha escorregadia do
Showbiz passou pelo pântano do vício das drogas, onde conseguiu tirar os pés e
continuar no caminho do sucesso.
Coincidentemente foi
no mesmo Cedar Sinai Hospital, em 2003, que outro grande nome da Black Music
dos Estados Unidos, Barry White, partiu, também, por problemas renais. Filha de
Nat King Cole, cuja voz suave já embalava corações em 1950, com o hit “Straighten
Up and Fly Right”, a garotinha nascida naquele ano iria alegrar o pai.
Desde a estréia em 1975, com a canção “Inseparable”,
levou para casa nove Grammys, dos quais seis foram pelo CD de 1991, Unforgettable:
with Love, que vendeu 14 milhões de cópias em todo o mundo. No início o nome de
Nat a ajudou, até passar a andar com as próprias pernas. O último prêmio veio em
2009, com o CD Still Unforgettable. O fio da meada começou em 1973, após sair
da universidade e juntar forças com os produtoes Chuck Jackson e Marvin Yancey (com
quem se casou) e assinou contrato com a Capitol Records. As canções “This Will Be” e “I´ve Got Love on My Mind”
estouraram nas paradas.
Depois emplacou “Mr. Melody” antes do final
dos anos de 1970, Soul Music com pitadas de Disco Music, que virou febre nas
boas rádios FMs do Brasil. Outro destaque foi “Sophisticate Lady”, com a qual
acabou escolhida como Melhor Cantora de R&B de 1977. Dez anos depois
explodiu com o disco Everlasting, onde cantava a versão da canção de Bruce
Springsteen: “Pink Cadillac”. No final de 2000 lança a autobiografia “Angel On
My Shoulder.
Natalie é a típica
filha de peixe. O pai foi uma das maiores lendas do Jazz. A mãe, Maria,
trabalhou como cantora na orquestra de Duke Ellington. Desde criança respirou
música em casa, quando aos seis anos estreou no disco de Nat, Christimas Album.
Aos 11 anos subiu aos palcos e deles nunca mais desceu, só no começo da década
de 1980 precisou se ausentar por causa de sérios problemas com drogas. Dessa
trágica experiência herdou uma hepatite C da época em que a cocaína, heroína e
álcool eram rotina na sua vida.