Postagem em destaque

#BMW - Morre #QuincyJones, o gênio da produção de grandes discos

Luís Alberto Alves/Hourpress

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Kid Thomas: O bluesmen morto a tiros na porta do tribunal




Luís Alberto Alves

Kid Thomas foi e é um dos grandes heróis desse tipo louco da música que contorna a linha tênue entre Blues e Rock straight-out & Roll. Embora o sucesso constantemente lhe escapava ao longo de sua carreira, não foi por falta de talento.

 Com  voz poderosa que poderia emitir gemidos Banshee e Little Richard uivos com facilidade consumada, e um estilo de gaita que, no seu melhor ("Rockin This Joint Tonight"), soou como Little Walter alimentado por um aspirador de pó, Kid Thomas era um homem que soube balançar a articulação, de fato.

Ele nasceu Louis Thomas Watts em 20 de Junho de 1934, em Sturgis, MS. Cerca de sete anos depois, seus pais, Virgie e VT, levou a família até Chicago. No momento em que jovem Louis virou mocinho, masculinidade adolescente, ele estava tendo aulas de gaita de Little Willie Smith, um dos muitos bluesmen periféricos na cena de Chicago, em troca de dar lições Smith na bateria, instrumento original do Kid.

 Os anos 40 e início dos anos 50 encontrou-o semi-emprego remunerado soprando a harpa no Cadillac Babys e uma dúzia de outros clubes cujos nomes são agora perdido para as brumas do tempo. De acordo com todos os relatos, ele parece ter se sentado com todo mundo em um momento ou outro durante o início a meados dos anos 50; Muddy Waters, Elmore James, e Bo Diddley todo o recebeu no palco em uma base regular, enquanto Thomas encontrou-se mesmo em substituição seu herói gaita Little Walter na ocasião não tão estranho quando o referido herói estava bêbado demais para fazer as pazes ao coreto.

 Por volta de 1955, Kid Thomas decidiu que precisava para fazer gravar uma música para ajudar a promover suas aparições do clube. Andando pelas distribuidoras King-Federal, um dia, ele simplesmente enfiou a cabeça e anunciou que gostaria de gravar. Como ele teria sorte, ele foi imediatamente introduzida para Ralph Bass, em seguida, trabalhar para o selo do conglomerado de Syd Nathan como um A & R.

 Baixo ouviu lengalenga Thomas ', em seguida, enviou-o com instruções para colocar uma banda juntos e voltar para uma sessão de demonstração. Em substituição Smith na bateria, um guitarrista só me lembrava como "James", e um homem do piano desconhecido, o nosso herói voltou para a audição carregado com músicas que ele tinha vindo a trabalhar-se em seus shows.

 Em sua entrevista única conhecida, em 1969 por Darryl Stolper, Thomas lembrou que a primeira sessão que levou ao seu primeiro registro a ser emitido: "Os primeiros números não ir mais, então eu comecei a pensar sobre o (Howlin) Wolf, e Eu vim com "Bloco de lobo." E "The Spell" eu tenho de Screamin 'Jay Hawkins. Ambos foram pensadas no calor do momento, e Ralph Baixo cavou-los. "

 Ao invés de ter Thomas voltar e fazer uma sessão formal, Baixo estava tão tomado com os resultados de composições do garoto, que os resultados foram devidamente pressionado como únicos.

 Kid nas suas turnês propagava seu nome, ao escrever nos carros como se chamava. Percorreu diversas cidades dos Estados Unidos. O público começou a gostar dele. Pegou carona no recém surgido Rock and Roll e passo a imitar Little Richard, principalmente no corte de cabelos e estilo de se vestir.

Trabalhando no circuito de clubes de Chicago conheceu Magic Sam e Otis Rush. No final da década de 1950 fixou moradia na Califórnia. Depois conheceu o lendário George Mottola, um dos grandes heróis desconhecidos dos primeiros dia do Rock and Roll na Modern Records. Ali gravou a primeira versão do Blues “You Are an Angel”, considerado o seu melhor momento no rock até hoje.

Com o codinome tommy Louis gravou vários singles em Los Angeles, entre eles, “The Hurt Is On” e nos moldes Little Richard, a canção “Rockin This Joint Tonight”. No final da  década de 1960 trabalhava em festas privadas de Dean Martin. Mas o dono do salão o reconheceu e Kid entrou em estúdio para regravar “You Are An Angel” com Lloyd Glenn no piano e Joe Bennett na guitarra. Foi assassinado na porta de um tribunal pelo pai de um garoto que matou atropelado.



Charlie Musselwhite: Um dos grandes talentos do Blues branco


O talentoso Charlie Musselwhite
Luís Alberto Alves

Charlie Musselwhite será sempre lembrado como um dos artistas mais importantes do Blues dos brancos, movimento que começou no final da década de 1960. Ganhou destaque pela fidelidade ao estilo e respeito dos fãs. Big Joe Williams disse que Charlie era um dos maiores músicos da harpa, o maior depois de Sonny Boy.

 Ele deixou sua marca nos Estados Unidos ao passar por bandas em Chicago e San Francisco, onde começou a tocar o pai de todas as músicas. Tomou da água da fonte de feras como: Samuel Charter´s , Furry Lewis e Gus Cannon. Apesar que seu primeiro instrumento foi uma guitarra.

 Charlie nasceu no Mississippi em 1944 e logo a família mudou-se para Memphis, depois migrou para Chicago em busca de trabalho. Ali passou a observar artistas da gaita como Little Walter, Shakey Horton, Good Rockin´Charles, Carey Bell e até mesmo Sonny Boy Williamson.

 Seu primeiro disco explodiu nas paradas e passou a tocar no Fillmore Auditorium. Bandas importantes, de grandes artistas iguais Louis Myers, Robben Ford, Fenton Robinson, passaram a contar com seu talento.

Até o final da década de 1980, quando o alcoolismo o deixou doente, fez diversas turnês, lançando vários discos e obteve elogios da crítica. Em 2000 gravou CD misturando Jazz, Gospel, Tex-Mex e Blues do Mississippi. Após entrar na Telarc Blue Records em 2002 prosseguiu na carreira.

O álbum Sanctuary, 2004, saiu pela Real World Records. Cinco depois soltou outro CD, trazendo a agitada “Clarksdale Boogie”. Em 2009 voltou a Alligator e passou apresentar programa de rádio, privilegiando o hit “Sad Beautiful World”, referência à morte de sua mãe de 93 anos durante assalto em casa.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Junior Wells: Outro gigante do Blues




Luís Alberto Alves

Ele era um cara mau, pavoneando pelo palco como um gangster em punho harpa, hipnotizando o público com suas travessuras de durão e furando costela apresentando o Blues de Chicago.

Por mais de 40 anos, Junior Wells se manteve ótimo performe até a morte no final da década de 1990. Nascido em Memphis, aprendeu harpa com a lenda Little Junior Parker, antes de mudar para Chicago aos 12 anos em 1950.

Na adolescência aguçou os ouvidos com o som dos guitarristas Louis e David Myers. Após aprender todo os macetes junto à lenda Muddy Waters, em 1952 resolveu caminhar sozinho até lançar o hit “Hoodoo Man” e as instrumentais “Eagle Rock” e “Junior's Wail”.

A década de 1950 foi uma mãe para ele. Em 1965  soltou um disco clássico pela Delmark Records. Gravou as canções “You Do Not Love Me” e “Chitlin con Carne”. Três anos depois explodiu nas paradas R&B, apesar das críticas dos puristas de plantão. Antes, em 1966, o hit “Up in Heah” fez muito barulho.


Até a década de 1990 soltou outros álbuns. Pela Telarc Records lançou bons discos, lhe rendendo prêmios de críticas. Fazia ótimas apresentações ao vivo. Infelizmente o câncer apareceu em seu caminho e no Verão de 1998 a morte o levou embora para o além. Após sua partida saíram diversas coletâneas.

Jimmy Johnson: Gênio do Blues que gravou o primeiro disco após os 50 anos





Luís Alberto Alves

Outro grande guitarrista de Chicago é Jimmy Johnson, que não conseguiu lançar o primeiro disco antes dos 50 anos. Porém, compensou o tempo perdido, se tornando um grande artista do Blues, por causa do estilo imprevisível de toca, além da entrega total à Soul Music.

Nascido numa família musical, caso do irmão Syl Johnson, Mack Thompson, baixista da primeira formação da Magic Sam. Ele se mudou para Chicago em 1950. Trabalhava como soldador, enquanto Syl era estrela nos bares de blues da cidade.

 Em 1959 começou a dar concertos ao lado do harpita Willis Slim em West Side. Trocou o sobrenome Thompson por Johnson. Liderou diversas bandas. Durante  a década de 1970 visitou Japão onde produziu o disco Rush So Many Roads – Live in Concert.

 Após participar de diversos trabalhos, quando em 2 de dezembro de 1988 um acidente de carro matou dois músicos de sua banda. A tragédia o traumatizou e ou deixou longe de palcos algum tempo. Em 1994 saiu o disco I'm a Jockey pela Verve Records.

A parceria com o irmão Syl apareceu em 2002, com o nome Two Johnsons Are Better Than One. O CD foi gravado ao vivo num festival de blues na Suíça, com o saxofonista Sam Burckhardt.



Dorothy Moore: A estrela da Malaco Records



Luís Alberto Alves

Dorothy Moore teve dois grandes hits, lançados pela Malaco Records, que estouraram nas paradas em 1976: “Misty Blue" e "Funny How Time Slips Away." O segundo foi reformulação da Soul Music lançada por Willie Nelson numa versão de Joe Hinton.


Na década de 1980 ela soltou o hit “I Believe You”. Depois entoru na Volt .Records e gravou dois discos: Time Out For Me e Winner, antes de retornar à velha casa e passar ali toda a década de 1990. Em 2002 veio com o CD Please Come Home.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Faith Hope & Charity: Trio que teve singles produzidos por Van McCoy




Luís Alberto Alves

Este trio de Soul Music surgiu na Flórida, com o nome de The Lovelles, trazendo Brenda Hillard, Albert Bailey e Zulema Cusseaux. O nome Faith Hope & Charity apareceu quando entraram na Maxwell Records em 1970, para lançar o primeiro álbum. O maestro Van McCoy escreveu as canções e produziu os três primeiros singles. Um deles, “So Much Love” estourou nas paradas.


No ano seguinte Cusseaux saiu do grupo e Hillard e Bailey viraram duo até a chegada de Diane Destry em 1974. O ano de 1975 marcou o estouro do hit “To Each His Own”, lançado pela RCA Records. O segundo disco veio em 1976, LifeGoes On. Dois anos depois saiu o terceiro, Don't Pity Me. Pouco tempo depois o sonho deles chegou ao fim.

Sweet Thunder: Banda que durou apenas dois discos




Luís Alberto Alves

Esta banda é formada por quatro homens de Youngstown e assinou contrato com a WMOT Productions da Filadélfia em 1976. Todos nasceram na década de 1950: Charles Buie (vocal/guitarra), Rudell Alexander (baixo), Booker Newberry (vocais/teclados) e John Aaron (bateria). O grupo ainda não tinha nome quando chegaram à WMOT para apresentar um fita demo. O executivo da empresa sugeriu Sweet Thunder.


 Logo saiu o primeiro álbum, com o nome do grupo, e dois anos depois entraram na Atlantic Records. Infelizmente o disco fracassou. O segundo álbum, Horizons saiu em 1979 e passou despercebido. Buie e Alexander prosseguiram como músico e backing vocal, Aaron virou produtor e Newberry abandonou o Showbiz.

The McCrarys: Família extremamente musical





Luís Alberto Alves

TheMcCrarys antes de mergulhar de vez no Showbiz cantava Gospel Music e assinar contrato com a Portrait Records em 1978 para lançar quatro singles e dois álbuns. O grupo era formado por Linda, Alfred, Sam e Charity que cantou na gravação do disco The Portrait, enquanto outro irmão soltou a voz numa versão Gospel de “Day Sunshine”, em 1972.

Os singles mais populares deles foram: “Lost in Loving You”, "Love on a Summer Night” e "You", com Stevie Wonder tocando gaita. Abriram shows para os Jackson Five e deram as caras no programa Soul Train. A grande jogada desse conjunto foi lançar um Gospel urbano, no estilo adotado hoje por diversos adorares, no início da década de 1970.

 Participaram de gravações de discos ao lado de Cat Stevens e para diversos artistas. Linda foi backing vocal de Phil Driscoll, Emerson, Lake & Palmer e Angela Bonfil, enquanto Alfred trabalhou com Yolanda Adams, Michael Card, Frankie Valli & The Four Seasons e outros. Charity repetiu o mesmo com Gavin Christopher, Lee Garrett e Melisa Manchester.


 Todos eles compuseram para cerca de 90 discos. Eles são parentes distantes de Sam McCrary, do grupo The Fairfield Four. A filha de Sam, no final dos anos de 1980 e começo da década de 1990, incluindo o pai, criou outro conjunto, com o nome de Los Angeles McCray. A ligação familiar acabou descoberta quando estavam gravando em Nashville e conheceram o restante dos parentes. 

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Alton McClain: Famosa pelo hit “It Must Be Love”




O trio fez muito sucesso gravando pela Polydor Records

Luís Alberto Alves

Alton McClain, como o vocalista de Alton McClain & Destiny teve um Top Ten R&B no topo das paradas, “It Must Be Love” e gravou a versão original de “I've Learned to Respect the Power of Love”, autoria de Angela Winbush. O grupo era formado por ela D´Marie Warren e Roberta Stiger.

Acabou conhecida pelo hit “It Must Be Love”, pois era muita parecida com a canção “The Best of My Love”, lançado pelas The Emotions em 1977. A estreia do conjunto teve produção de Frank Wilson, famoso por trabalhar em discos das Supremes e Lenny Wilson.


 Depois soltou o groover romântico “Crazy Love” e “My Empty Room”. Outros singles nas paradas foram “Hang on in There Baby”. No começo da década de 1980 o hit ganhou destaque no filme Mike Myers 54.

Moniquea: Cantora que se inspirou em Deniece Williams



Moniquea se inspirou em Denicie Williams

Luís Alberto Alves

Como Deniece Williams, sua musa inspiradora, a cantora e compositora de R&B Moniquea nasceu em Gary, Indiana, terra dos irmãos Jacksons, mas foi criada em Pasadena, California.

Durante a adolescência se envolveu com a música. Aos 15 anos se realizou no Rose Bowl. Em 2011 lançou um CD trazendo hits clássicos e contemporâneos.

No ano seguinte ganhou destaque com a canção “You Can't Train Me” num dueto ao lado do produtor XL Middleton. Em 2013 veio o disco soltando e explodindo com o hit  "I Don't Wanna Get Used to It”.


 A partir dai segurou o leme de boa vocalista, realizando releitura moderna do som da década de 1980 mesclando pós Disco Dance e Funk. Em 2014 lançou o CD Yes No Maybe.

Linda Williams: A diretora musical de Natalie Cole


Linda trabalhou com Natalie Cole

Luís Alberto Alves

 Vocalista e pianista, Linda Williams nasceu em Nova York e foi diretora musical de Natalie Cole na década de 1970. Em 1979 acabou apresentada como vocalista em duas canções do disco Richard Evans para A&M Records.

É desta época a clássica “Capricorn Rising”. Depois soltou os hits “Elevate Our Minds” e “Our Song”. Como professora de música ensinou a bela arte para Alicia Keys e lançou um CD em 2007, Jazzsoetry Vol.1.


Rena Scott: Do louvor da igreja Batista ao sucesso


Grande talento revelado na igreja Batista

Luís Alberto Alves

Vocalista de Soul Music, Rena Scott viajou por diversas cidades dos Estados Unidos e Europa tocando R&B, além de Jazz. Também fez backing vocal para Temptations, Natalie Cole e Aretha Franklin e jingles para bebidas e produtos de beleza.

 Na década de 1990 enfrentou problemas com depressão e pouco sucesso. Como ocorre com a maioria dos cantores de Black Music dos EUA, ela começou nos grupos de louvores da Igreja Batista. Aos 13 anos já abria shows dos Temptations e diversos artistas da Motown Records.

Não demorou para embarcar na carreira profissional, mesmo na época de faculdade, quando fazia backing vocal para Aretha Franklin. Logo estava se apresentando no Carnegie Hall.

 O primeiro sucesso, em 1978, foi o hit "Take Me I'm Yours," num dueto com Michael Henderson, estourando nas paradas. Assinou contrato com a Buddah Records, onde no ano seguinte lançou o álbum Come on Inside. Teve o amparo dos compositores Mtume e Reggie Lucas, que escreveram hits para Stephanie Mills e Roberta Flack.


 Durante a década de 1980 investiu no Pop/Jazz. Gravou outro disco em 1989 pela Sedona Records, com três singles fazendo bonito nas paradas. Por falta de maturidade lançou diversos discos na década de 1990 sem sucesso. No começo dos anos 2000 criou a própria gravadora, onde soltou em 2004 o CD Let Me Love You. Dois anos depois trouxe o álbum Remember.

Odyssey: Outro grupo cometa da Black Music

Um dos discos do grupo



Luís Alberto Alves

Formado pelas irmãs Lopez (Carmen, Lillian e Louise) em 1968, logo Carmen desistiu da empreitada e Tony Reynolds, de Manilla, teve a ideia de criar o grupo Odyssey.


Após apresentações em clubes de Nova York, chegaram ao sucesso em 1977 com os hits: “Native New Yorker” e “Easy Come, Easy Go”. 

As canções do conjunto tinham pitada sutil do som do Caribe. Ficaram mais algum tempo nas paradas, inclusive do Reino Unido, e depois sumiram do mapa.

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Natalie Cole: Soul Music perde outro grande talento


Natalie Cole ganhou nove prêmios Grammy



Luís Alberto Alves

O ano de 2016 começou triste para a família de Natalie Cole: na noite da véspera de Ano Novo ela morreu num hospital de Los Angeles de insuficiência cardíaca, decorrente de complicações de um transplante de rim realizado em 2009. Aos 65 anos, Natalie travou grande batalha durante os 40 anos que empolgou o mundo com lindas canções. Nesta trilha escorregadia do Showbiz passou pelo pântano do vício das drogas, onde conseguiu tirar os pés e continuar no caminho do sucesso.

Coincidentemente foi no mesmo Cedar Sinai Hospital, em 2003, que outro grande nome da Black Music dos Estados Unidos, Barry White, partiu, também, por problemas renais. Filha de Nat King Cole, cuja voz suave já embalava corações em 1950, com o hit “Straighten Up and Fly Right”, a garotinha nascida naquele ano iria alegrar o pai.
 Desde a estréia em 1975, com a canção “Inseparable”, levou para casa nove Grammys, dos quais seis foram pelo CD de 1991, Unforgettable: with Love, que vendeu 14 milhões de cópias em todo o mundo. No início o nome de Nat a ajudou, até passar a andar com as próprias pernas. O último prêmio veio em 2009, com o CD Still Unforgettable. O fio da meada começou em 1973, após sair da universidade e juntar forças com os produtoes Chuck Jackson e Marvin Yancey (com quem se casou) e assinou contrato com a Capitol Records. As canções “This Will Be” e “I´ve Got Love on My Mind” estouraram nas paradas.

 Depois emplacou “Mr. Melody” antes do final dos anos de 1970, Soul Music com pitadas de Disco Music, que virou febre nas boas rádios FMs do Brasil. Outro destaque foi “Sophisticate Lady”, com a qual acabou escolhida como Melhor Cantora de R&B de 1977. Dez anos depois explodiu com o disco Everlasting, onde cantava a versão da canção de Bruce Springsteen: “Pink Cadillac”. No final de 2000 lança a autobiografia “Angel On My Shoulder.

Natalie é a típica filha de peixe. O pai foi uma das maiores lendas do Jazz. A mãe, Maria, trabalhou como cantora na orquestra de Duke Ellington. Desde criança respirou música em casa, quando aos seis anos estreou no disco de Nat, Christimas Album. Aos 11 anos subiu aos palcos e deles nunca mais desceu, só no começo da década de 1980 precisou se ausentar por causa de sérios problemas com drogas. Dessa trágica experiência herdou uma hepatite C da época em que a cocaína, heroína e álcool eram rotina na sua vida.



segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Música do século 21 avançou em tecnologia e regrediu no talento





Adoniram Barbosa continua fazendo sucesso no século 21

Luís Alberto Alves

Nesta época do ano é visível perceber o quanto o século 21 é carente de grandes talentos musicais. Nas mesas dos bares e restaurantes ou mesmo no interior das empresas, onde o famoso happy hour para despedida do ano acontece, a trilha sonora é de hits do passado. Alguns com mais de 50 anos.

Quem neste mês de dezembro já não ouviu a famosa “Trem das Onze”, autoria do saudoso Adoniram Barbosa, composta na década de 1950? O refrão é inesquecível: “ Não posso ficar nem mais um minuto com você/ sinto muito amor mas não pode ser/moro em Jaçanã, se eu perder esse trem que sai agora às onze horas/ só amanhã de amanhã”.

Outra pérola dos anos de 1960: “e neste lindo céu azul de anil/ que fulguram aquarela ao meu Brasil/ lá, lá, lá, iá, iá, lá, lá, iá, iá”. Obra-prima de Silas de Oliveira, samba-enredo da escola Império Serrano. A lista é grande. Tem essa de 1975: “e o meu jardim da vida/ ressecou morreu/ do pé que nasceu Maria/ nem Margarida nasceu..” É a famosa “Flor de Lis” de Djavan.


De 42 anos de idade não falta nas mesas dos bares neste final de ano, um dos grandes sucessos de Tim Maia: “E eu.../gostava tanto de você/ gostava tanto de você”. Todas canções antigas, mas que por falta de talento atual continuam na boca do povo, revelando a pobreza musical dos pseudo artistas do século 21.