Reportagens com clipes descrevendo histórias de artistas famosos,
principalmente de intérpretes da Black Music, além de destacar a importância do Blues no Showbiz.
Talentoso, Otis Leavill Cobb nasceu em 1937 em Dewey
Rose. Logo a família mudou-se para Chicago e ele fixou raízes na área de
Londale no Westside. Ele tinha quatro irmãos e duas irmãs. O pai era pastor,
responsável por criar o grupo The Singers Cobb.
Próximo de Curtis Mayfield e Jerry Butler,
teve infância pródiga. Na adolescência eram amigos e participavam de luta de
boxe amador em St. Albees. Quando lançou o primeiro disco, Ride Sally Ride,
pela subsidiária da Mercury Limelight, começou a voar alto.
A canção do amigo
Mayfield, “"Gotta Right to Cry” estourou nas paradas. Entrou na Okeh
Records. O terceiro álbum, Let Her Love Me, em 1966, o jogou na Billboard
R&B e o primeiro hit da Rock Records.
A turnê Caravan of Stars, de Dick Clark, divulgou
ainda mais o nome de Leavill. Virou amigo do produtor Carl Davis. Por dele
descobriu nomes como: “The Chi-Lites, Tyrone Davis, Bohannon e Manchild, cujos
membros incluía Kenneth “Baby Face” Edmonds.
Leavill e Davis apostaram na irmã mais nova,
de 16 anos, Yvette Stevens, Yvonne. Apesar de adolescentes, tinha vozeirão.
Mais tarde mudou o nome para Chaka Khan e Yvonne, Taka Boom. Leavill nunca fez
sucesso na Califórnia.
Na Rock Records
gravou lindas canções, incluindo “To Be or Not to Be," e "Let Me Live”.
Quando
David criou o selo Dakar Records, Leavill virou vice-presidente da empresa. Seu
maior sucesso ali foi o hit: “I Love You”, imitando a vocalista Eugene Record
do grupo The Chi-Lites, chegando ao número 10 da parada de R&B. Mesmo assim
nunca lançou nenhum álbum nesta gravadora.
Após a morte de Davis, a Dakar parou nas mãos
da Brunswick Records. Nesta nova casa, Leavill nunca fez sucesso. Soltou alguns
hits pela Columbia Records, produziu canções para Tyrone Davis e supervisionou
álbum na Motown para Major Lance. Em 2000 criou a OK Records. Morreu dois anos
depois de ataque cardíaco.
Apesar de suas canções terem sido gravadas pelos
Beatles, Rolling Stones e Elvis Presley,
o pioneiro do Country Soul, Arthur Alexander permaneceu desconhecido para a
maioria do público. Porém, suas composições é obra de gênio. Um dos maiores sucessos dele é a balada "Anna", inspirada numa namorada de adolescência que o trocou por outro. Acabou imortalizada nos vocais dos Beatles e de regravações, como a feita por Renato e seus Blue Caps no Brasil.
Nascido em 1940 em Florença, Alexander era
filho de guitarrista de Blues. Daí conseguiu circular livremente pelo Country e
R&B, quando ainda era estudante do Ensino Fundamental. Nessa época criou o
grupo Heartstrings. No Ensino Médio, antes de mergulhar na carreira artística,
trabalhou de mensageiro de hotel, onde fez amizade com Tom Stafford.
O seu colega escrevia boas letras e Alexander
colocava melodias. Conheceu as lendas
Dan Penn, Spooner Oldham, Billy Sherrill e Rick Hall. Em 1958
emendou parceria com Henry Lee Bennett, escrevendo o hit: “ She Wanna Rock”,
vendida para a Decca Records. No ano seguinte o cantor country, Arnie Derksen a
gravou e ela virou canção do ano.
Em 1960, Alexander entrou na Judd Records,
soltando o Blues “Saly Sue Brown”, escrita e produzida com Stafford. Durante o
Verão de 1961, Alexander e Hall atravessaram o rio Tennessee para montar
estúdio de gravação em Muscle Shoals, transformando em obra lendária da
história da música popular dos Estados Unidos.
Dali saiu diversas gravações, inclusive a
inesquecível “You Better Move On”. Essa canção antecipou a Soul Music que iria
popularizar Memphis como terra das gravadoras Stax e Hi, estourando nas paradas
de todos os Estados Unidos.
O bolo ficaria mais gostoso após os Rolling
Stones gravarem “You Better Move On”, rendendo dinheiro suficiente para Hall
construir outro estúdio. Porém sem a parceria com Alexander, o sucesso caiu
muito. Pouco tempo depois ele gravou o hit “Soldier of Love” e a história mudou
outra vez.
Em 1963
Alexander gravou o hit “Every Day I Have to Cry”, incluído no album Go Home
Girl. Lançou diversos singles. E singles poucos ouvidos como: “You´re The
Reason”, “Ole John Amos” e “Detroit City”. Dois anos depois entrou na gravadora
Sound Stage 7, onde soltou a canção “(Baby” For You”. Após lançar o hit “Show
Me The Road”, não trabalhou em outras canções até 1968, quando apresentou “I
Need You Baby”.
Mesmo gravando na ABC Records, Alexander ficou
ausente do mercado na segunda metade da década de 1960. Em 1971 soltou o hit “Lonely
Just Like Me” ressurgindo como compositor, desta vez sediado em Nashville
trabalhando ao lado de Kris Kristofferson, Billy Swan, Tony Joe White e Donnie
Fritts.
Entrou na Warner Bros, onde gravou o primeiro
disco numa década, Burning Love. Não fez sucesso comercial. Saiu da Warner e de
Nashville para morar outra vez em Florença. Assinou com a Buddah Records,
retornou para Muscle Shoals e gravou a versão de “Every Day I Have to Cry”. O hit “Sharing the Night With You” veio depois, seguido
de “So Long Baby”.
Depois Alexander largou a música para dirigir ônibus
de serviços sociais. Em 1993 a Elektra Records o convenceu a gravar o disco Lonely
Just Like Me, mas quando estava em turnê morreu naquele mesmo ano.
Poucos artistas de Blues de Chicago foram
capazes de estourar nas paradas de R&B na década de 1970, quando este
gênero musical estava quase morto. Coube a Artie “Blues Boy” White essa rara
façanha em 1977 com o hit “Leanin' Tree.” A Gospel Music era o alvo musical
dele.
Cantou numa igreja evangélica no grupo The
Harps of David, aos 11 anos de idade antes de vir para Chicago em 1956. Sua voz
ganhou fãs e o mundo o retirou do evangelho, quando alguém lhe ofereceu um
Cadillac e US$ para gravar hits de Blues.
No circuito de Chicago ganhou respeito na
década de 1970. Só conheceu sucesso de verdade em 1985 ao entrar na Shreveport
Ronn Records. Dois anos depois pulou para Ichiban Records, lançando seis álbuns
de Blues, usando composições de Bob Jones e Travis Haddix.
Em 1989 contou com a presença de Little
Milton Campbell, uma de suas principais influências na guitarra. A mudança para
o selo Waldoxy em 1994 resultou em bons discos. Um deles foi: A Tribute to Muddy Waters, em 1997, e Can
We Get Together, em 1999. O ano de 2002 mostrou que Artie “Blues Boy” White
continuava forte, quando lançou o hit “Can Not Get Enough”, pela Gold Circle
Records.
O Eletric Blues tem nome,
quando se fala da Jewel Records num grande número de gravadoras desse gênero
nos Estados Unidos. Essa banda com Roman Carter (vocal e baixo), Albert Carter
(guitarra) e Jerry Carter (vocal e
piano) começou a gravar em 1964 para o produtor
e compositor Duke Coleman. Quando Stan Lewis Jewel Records colocou nas
ruas diversos singles, entre eles “Southern Country Boy”, a história mudou de
tom.
Até a separação em 1967, o trio
lançou mais de uma dúzia de discos distribuídos em várias compilações. O
vocalista Roman Carter lançou vários singles solo para a Jewell e depois
emendou carreira solo durante 40 anos, recebendo prêmio de Melhor Vocalista
Masculino de Blues, promovido pela Real Blues Awards em 1999.
Anos mais tarde juntou forças com o veterano
produtor e compositor Tom Rothrock para lançar o CD Never Slow Down em 2007.
O texano Z.Z. Hill ressuscitou a própria
carreira e o Blues quando entrou na Malaco Records em 1980, e lançou hits que
explodiram nas rádios de Black Music dos Estados Unidos. O álbum Down Home
Blues (1982) ficou na parada da Billboard por quase dois anos. As canções “Down
Home Blues” e “Somebody Else Is Steppin ´In” colou na cabeça de milhares de fãs
do Blues de raiz.
Arzel Hill, seu nome de batismo, começou
cantando Gospel Music num quinteto chamado The Spiritual Five. Passou a
participar de concertos ao redor de Dallas, moldando a carreira no estilo de
B.B.King. A história ganhou força quando o irmão mais velho, Matt Hill,
produtor musical, o chamou para ir à Califórnia.
O single de estréia, "You Were
Wrong", gravado num estúdio de garagem de Los Angeles apareceu nas paradas
de Pop Music durante uma semana em 1964. Depois vieram os hits: “But "I
Need Someone (To Love Me)," e "Happiness Is All I Need" e uma
série de canções produzidas e arranjadas por Maxwell Davis.
Na Atlantic Records, ao lado do irmão Matt,
continuou por cima. Numa conexão com a United Artists Records, soltou três
discos e seis singles de R&B durante alguns anos. Mudou para a Columbia
Records, onde bombou nas paradas com a canção, em 1977, "Love Is So Good
When You're Stealing It", o mais vendido de todos seus discos.
Infelizmente a pegada vocal dele não era a
mesma da época que estava Malaco Records. De 1980 a 1984, liderou campanha
pessoal de volta ao Blues de raiz, que teve bons resultados. Não pode colher os
frutos, pois um ataque cardíaco o matou em 1984.
O vocalista Lee
"Shot" Williams cantou um estilo de Southern Soul-blues em
consonância com a tradição de vocalistas como Bobby "Blue" Bland,
Johnnie Taylor e Albert King. Ganhou o apelido de "Shot" de sua mãe quando
era jovem, devido à sua predileção por usar ternos e vestir-se como um
"big shot".
Williams cresceu com o guitarrista Smokey Smothers e sabia que seu irmão mais
velho, Big Smokey Smothers. Stepsister Williams ', Arlean Brown, foi cercado
por uma família de músicos, e os irmãos Brown deram a Williams sua primeira
introdução ao Blues.
Mudou-se para Detroit em 1954 e
para Chicago em 1958. Ele voltou pouco Smokey Smothers e conheceu outros
paradigmas de Chicago blues, incluindo Magic Sam (McGhee) e Howlin 'Wolf.
Williams começou a cantar com a banda de Smokey em 1960 e alguns anos mais
tarde ingressou na banda de Magic Sam como vocalista.
Em 1962, gravou seus primeiros singles para
Foxy rótulo de Chicago. Lançou uma série de singles de outros selos, incluindo
Rei / Federal, Palos, Gama, Shama, e Tchula. Sua gravação 1964 "Welcome to
the Club" foi um sucesso em Chicago, tanto que mais tarde foi regravada
pelo guitarrista cantor Little Milton Campbell para Checker Records em 1965.
Depois de unir-se com o guitarrista Earl
Hooker, teve sua primeira experiência na
estrada como parte de uma banda de turnê em meados dos anos de 1960, tocando ao
redor do Sul. Williams também serviu tenures com Little Milton e Bobby
"Blue" Bland.
Seu primeiro álbum em seu próprio nome, Country Disco,
foi lançado pelo selo Raízes em 1977. Nos anos 80, Williams voltou para
Memphis, onde passou muitos de seus anos anteriores, sabendo ainda haveria uma
audiência para o seu marca de Soul-Blues. Ele lançou um álbum em cassete e
gravou para a etiqueta japonesa em 1992.
Três anos depois, ao lado de experientes
músicos de estúdio, como o baixista Albert Collins Johnny Gayden, o organista
Ronnie Earl, o saxofonista Charles Kimble e o trompetista Mike Barber lançou
outro belo disco. Eleito o melhor
álbum de Blues de 1995, Cold Shot traz pérolas como: “Neither One of Us”, de
Gladys Knight, e “Don´t Let The Green Grass Fool You”, de Wilson Pickett.
De contrato assinado com a Ecko Records, de
Memphis, soltou o CD Hot Shot em 1996, depois Freak Out of Me, no ano 2000 e Somebody´s
After My Freak em 2001. Até morrer em 2011 se apresentou em diversos clubes dos
Estados Unidos.
Lynn nasceu em Houston e continua
usando essa cidade como eu quartel general. Começou a carreira no final da
década de 1960 ocupando o cargo de cantora de abertura de R&B da dupla Ike
& Tina Turner.
Passou a gravar no final da década de 1980
para a Ichiban Records, do Reino Unido, baseada na Georgia, trazendo Southern e
Delta Blues, nos álbuns produzidos por Buzz Amato. Continua aparecendo em
diversos festivais de Blues mundo afora.
Lynn aparece atualmente em
várias contas Blues Festival, principalmente no exterior.
Lou Ann Barton nasceu em 1954 em Fort Worth,
Texas, mas firmou raízes em Austin, cantando Blues, desde a década de 1970. Era
membro da banda Revue Triple Threat ao lado de W.C. Clark e Stevie Ray Vaughan.
Também
participou da criação do grupo Double Trouble e fez temporada com Jum Blues.
Nesta época que se uniu a W.C. Clark para tirar do papel a banda Clark Blues
Revue.
Gravou
o álbum Old Enough For para Asylum Records em 1982, cuja produção esteve nas
mãoes de Jerry Wexler e Glenn Frey. Agradou a crítica, mas não vendeu bem. Sete
anos depois soltou o disco Read My Lips na Antone Records, num retorno às
raízes do Blues, trazendo versões de hits de Slim Harpo, Hank Ballard e Wanda
Jackson.
Na
década de 1990 colaborou com Marcia Ball e Angela Strehli. Nessa mesma época
apareceu no Austin City Limits junto com W.C. Clark em comemoração aos 50 anos
do cantor.
Em 2001
deu as caras novamente no Austin City Limits, como convidada de Double Trouble.
Cinco anos após acabou destaque neste mesmo festival. A partir de 2010 entrou
em turnê ao lado de Jimmie Vaughan e Tilt-a-Whirl Band.
Gaitista, compositor e cantor Kim Wilson é
tanto um estudante e historiador de Blues clássico e um dos melhores músicos
desse estilo nos Estados Unidos.
Quando entra no estúdio, tem a visão clara do
que deseja. Já gastou mais de 200 noites por ano na estrada, tocando em
festivais e clubes em diversas regiões dos Estados Unidos, Canadá e Europa, ao
lado de sua banda, Fabulous Thunderbirds.
Nascido em 1951, em Detroit, cresceu na
Califórnia. Os pais eram cantores de canções populares no rádio. Ainda criança
teve aulas de trombone e guitarra. No Ensino Médio descobriu o Blues.
Em 1970 saiu da faculdade e passou a tocar
Blues em tempo integral. Fez
amizade com Charlie Musselwhite, John Lee Hooker e Sonny Rhodes. Muddy
Waters foi seu maior mentor. Ganhou a benção do seu ídolo.
Em 1993 soltou o primeiro disco solo,
Tigerman, com apenas três canções de sua autoria. Ainda como estudante de Blues
teve medo de regravar clássicos de Joe Hill Louis, “Tiger Man”, faixa título do
álbum. Na década de 1990 entrou na BMG Records. Seus CDs servem de matéria
prima para estudantes de gaita e fãs de clássicos do Blues do Texas.
Cantor de Country-Rock,
compositor/guitarrista, Joe Ely nasceu Earle R. Ely em 9 de Fevereiro de 1947,
em Amarillo, Texas. Sua família tinha trabalhado para a estrada de ferro da
Rock Island Line no início do século 20. Quando tinha 12 anos, a família mudou-se
para Lubbock, Texas, onde o pai tinha uma loja de roupas usadas.
Inspirado por Jerry Lee Lewis passou a sonhar
com a carreira musical e começou a estudar violino, violão até se apaixonar
pela guitarra. Aos 14 anos o pai morreu e a mãe adoeceu, ficando sem condições
de criá-lo e os irmãos.
Saiu da escola e mergulhou na música
profissional em clubes locais, criando a banda Twilights. Logo emendou turnês
para diversas cidades até chegar a Nova York. De 1963 a 1970 trabalhou numa
companhia de teatro na Europa.
Em 1971, de volta a Lubbock uniu forças com o
casal de amigos e cantores Butch Hancock e Jimmie Dale Gilmore e outros músicos
para formar a banda Flalanders, grupo de Country/Folk.
Chamaram a atenção da Nashville Plantation
Records. Em março de 1972 soltaram o primeiro álbum, Jimmie Dale & The
Flatlanders, com oito faixas. Dois depois criou sua banda, trazendo Jesse
Taylor na guitarra, Lloyd Maines no violão, Gregg Wright no baixo e Steve
Keeton na bateria. Em 1976 gravaram um disco na MCA Records.
O single “All My Love” estourou nas paradas
Country da Billboard. Três anos após veio o segundo álbum, Honky Tonk
Masquerade. O trabalho ganhou simpatia da crítica. O disco Down on the Drag
veio em 1979. No final da década de 1970 fizeram várias turnês, inclusive
abrindo shows da banda de Punk Rock britânica, The Clash. Abriu as portas do
Reino Unido.
Até o final de 1982, Ely foi
sem dúvida um grande artista de Country Rock crossover, abrindo shows para
Linda Ronstadt, Tom Petty & The Heartbreakers e até mesmo Rolling Stones.
Após o desmonte de sua banda voltou para Austin com a família e filha se
refugiando em casa.
Começou do zero com outro grupo e caiu na
estrada ao lado do guitarrista David Grissom, o baixista Jimmy Pettit e o
baterista Davis McLarty e o tecladista Mitch Walkins. Entrou na gravadora
Hightone Records em 1987. No
discou entrou a canção de Butch Hancock, “Me and Billy the Kid”.
Aderiu a uma pegada mais Rock no estilo de
John Mellencamp e Tom Petty. Voltou para a MCA Records, soltando outro álbum em
1990. Dois após escreveu a canção “Sweet Suzanne” trilha sonora do filme Caindo
da Graça. Oito anos depois lançou o disco de estúdio, Twistin ´in the Wind. A
MCA não agüentou gravar quatro álbuns sem sucesso comercial. O descartou pela
segunda vez.
Em maio de 2002 voltou com a banda The
Flatlanders, lançando o CD Full-length pela New West Records. Das 14 canções,
12 eram de sua autoria. Chegou ao Top 20 da Billboard. Em 2004 veio outro CD,
Wheels of Fortune, que passou 11 semanas na parada Country da Billboard. O ano 2007 marcou o
lançamento do 12°disco. Outro álbum de inéditas saiu em 2011, Rack´. O Cd
Panhandle Rambler saiu em 2015.
O guitarrista, cantor e compositor, W.C. Clark
foi um dos músicos mais originais de Blues da cidade de Austin. É considerado
padrinho dos bluesman daquela localidade. Wesley Clark Curley nasceu e foi
criado em Austin, crescendo rodeado de música, pois seu pai era guitarrista, a
mãe e avó cantavam no coro da faculdade de St. John Baptist Church.
Aos 16 anos fez o primeiro show em Victory
Grill e conheceu as lendas locais T.D. Bell e Erbie Bowser. Começou a tocar
baixo na banda de Bell, aprimorando a técnica na guitarra. Quando o clube de
blues de Austin floresceu na década de 1950 e começo da década de 1960,
estudantes brancos da vizinha universidade do Texas passaram a patrocinar os
clubes de blues. Clark mergulhou de cabeça na música, de tempo integral.
Ao conhecer o cantor Joe Tex, uniu forças com
sua banda, onde passou a tocar guitarra. Ao sair daquele grupo retornou à
Austin e ali teve contato com jovens músicos de blues. Explodiam nos clubes Bill Campbell, Angela Strehli,
Lewis Cowdrey, Paul Ray e The Brothers Vaughan.
No começo da década de 1970, mesclou com o
guitarrista e pianista Denny Freeman e a vocalist Angela Strehli formando o
conjunto Southern Feeling. Com ele a vida de compositor estourou. Veio a crise
e virou mecânico numa concessionária Ford. Mesmo ali, o jovem guitarrista
Stevie Ray Vaughan o visitava na garagem, que estava formando uma banda e o
convidou.
Era a Revue Triple Threat, que tinha como
vocalista Lou Ann Barton. Clark e o tecladista Mike Kindred escreveram o hit “Cold
Shot”, um dos maiores sucessos da Vaughan no início da década de 1980. O disco
solo, Something for Everybody, saiu de forma independente em 1986, seguido de
dois álbuns para a BlackTop, em New Orleans, em 1994 Heart of Gold e Texas Soul
em 1996.
No disco Texas Soul, Clark teve a companhia de
uma banda veterana de Blues de Austin, incluindo Chris Layton e Tommy Shannon,
além do guitarrista Derek O, Brien e o saxofonista Mark “Kaz” Kazanoff. Em
1997, Clark e a banda sofreram acidente de carro, ele perdeu a noiva e o
baterista. Ficou traumatizado e deu um tempo na carreira.
Após algum tempo retornou às atividades de
Bluesman em Austin, onde ganhou o apelido de "the Godfather”. Em 1998 caiu
na estrada para promover outro disco, num raro desempenho ao lado de Stevie Ray
Vaughan. Não pisou os pés num estúdio até 2002, quando gravou outro álbum pela
Alligator Records. Dois anos depois veio com Deep in the Heart.
Cantor de R & B, Mel Waiters mesclou o
Blues urbano à Soul Music criando um som que fez dele um headliner no circuito
de Southern, destacando os hits: “ Got My Whiskey” e “Hole in the Wall”.
Nascido em San Antonio, Texas em 1956, começou a atuar aos 18 anos, dividindo o
tempo entre os shows em clubes locais de Soul Music e cantando em corais de
Gospel Music na igreja.
Percebeu que no início cantar não rendia tanto
dinheiro quanto na função de garçom. Parecia um marginal de DJ de rádio que
fazia apresentações em bases militares. Só no inicio da década de 1990 que sua
carreira decolou. Cinco anos depois lançou o disco I´m Serious.
Em 1997 lançou o disco Woman in Need. Entre
1999 e 2015 gravou 11 discos, ganhando
respeito no circuito de show e caindo no gosto do público, especialmente em New
Orleans e St. Louis. Poderia ir mais longe, porém acabou derrotado pelo câncer
em maio de 2015.