Reportagens com clipes descrevendo histórias de artistas famosos,
principalmente de intérpretes da Black Music, além de destacar a importância do Blues no Showbiz.
A banda de rock de
segunda geração, a Firefall surgiu durante o auge da LineUp. Era composta por
Rick Roberts (guitarra, vocal), Michael Clarke, Mark Andes (baixo), Larry
Burnet (guitarra, vocais) e Jock Bartley (guitarra, vocais). A estreia da banda
foi descontraída, com o lançamento de três singles, inclusive a versão de “It
Doesn’t Matter” e letras alternaticas de Roberts.
Durante algum tempo, os três primeiros discos
da banda venderam muito, inclusive depois da entrada do tecladista David Muse,
que também tocavam sax e flauta. É dessa época o hit “Just Remember I Love You”.
Mas a falta de orientação não deixou que a
Firefall conquistasse grandes vôos. Tentaram mudar, soltando a música “Strange
Way”, de influência Jazzística, principalmente no solo de flauta, mas era
tarde.
Produziram outros discos, com Muse ganhando
grande destaque nas apresentações, numa combinação onde a guitarra tinha grande
destaque. Mas chegaram ao fim da linha. Em 1981 Bartley assumiu o nome do
grupo e colocou outros músicos na banda.
Jonathan Edwards,
nascido em 1946 em Minnesota, é um cantor e compositor conhecido pelo hit “Sunshine”,
que explodiu em 1972 nas paradas. Aos
seis anos foi para Virgínia e ali cresceu. Dois anos depois começou a cantar na
igreja e aprendeu a tocar piano de ouvido. Enquanto freqüentava a escola
militar, começou a tocar violão e compor suas próprias canções.
Na adolescência passou
a se apresentar em público. Com US$ 29 comprou uma guitarra e formou uma banda,
escrevendo e aprendendo todas as canções populares daquela época. Enquanto
estudava na Universidade de Ohio, virou atração nos clubes da cidade, cantando
e tocando Rock, Folk e Blues.
Em 1967, ele e sua
banda se mudaram para Boston e tocou em clubes de toda a Nova Inglaterra. Com
Joe Dolce na guitarra fizeram várias regravações de Blues e gravou o álbum Sugar Creek para
Metromedia Records. No começo da década de 1970 saiu do grupo e passou a seguir
carreira solo.
Passou a tocar em várias faculdades,
principalmente nas noites de sábados. Depois foi abrir shows de bandas como
Allman Brothers e BB King. Assinou contrato com a Capricorn Records e soltou o
primeiro disco solo, Jonathan Edwards.
Por causa de
diferentes estúdios, sons e técnicas, levou cerca de um ano para concluiu o
trabalho. O acaso foi responsável pelo maior sucesso de sua carreira. O hit “Please
Find Me”, acidentalmente acabou apagado pelo engenheiro de som. Após algum
tempo resolveram colocar no lugar a canção “Sunshine”. Ela foi inspirada na
Guerra do Vietnã e no péssimo governo do presidente Nixon. A canção o ajudou a
vender mais de 1 milhão de discos, lhe rendendo o Disco de Ouro em 1972.
Após o lançamento de seu álbum de estréia ,
Edwards mudou-se para fora da cidade para uma fazenda no oeste de Massachusetts.
Ali teve inspiração para fazer o segundo álbum, Honky Tonk/ Stardusto Cowboy,
pela Atlantic Records. Acústico, a maioria das músicas tinha como temática o
amor e a vida.
Em 1973, ele e seus amigos se juntaram para
gravar um álbum ao vivo chamado Lucky Day, em homenagem a uma canção que ele
escreveu no caminhão em seu caminho para viver na Nova Escócia. Ficou pouco tempo. Após seis meses o amigo
Ammylou Harris o chamou para Los Angeles. Em seguida fechou acordo com a Warner
Bros Records e lançou dois álbuns: Rockin´Chair e Sailboat.
Seis anos depois retornou aos Estados Unidos e
em 1981 vai para a Virginia, onde cresceu. Em 1983 produziu e gravou Blue Ridge
com a banda de Bluegrass, The Seldom
Scene, para Sugar Hill Records. O ano de 1987 marcou a gravação do disco
infantil Little Hands, lançado pelo selo independente American Melody. Em
seguida emendou uma turnê, quando conheceu Wendy Waldman, de Nashville.
Ela e Mike Robertson o convenceram Edwards a
gravar um álbum country. Saiu o disco Natural Thing, lançado pela MCA Records.
Na década de 1990 prosseguiu em turnê, além de produzir suas próprias canções,
como as de outros artistas. Em 1994 participou de Back to the Future, que incluiu
Don McLean, Tom Rush, Jesse Colin Young, Steve Forbert e Al Stewart. Depois
soltou One Day Closer, o primeiro álbum solo em cinco anos, pela Rising
Records. Man in the Moon incluiu várias canções de Edwards.
Em 2001, Edwards comemorou30 anos de
"Sunshine" com uma First Annual Farewell Tour com Kenny White no
piano. Na década de 2000, Edwards fez vários shows em cruzeiros pela América.
Também apareceu em vários filmes de comédia romântica, como The Golden Boys, ao
lado de Bruce Dern, David Carradine, Charles Durning, Mariel Hemingway e Rip
Torn. Em 2012 continuava em turnês fazendo vários concertos.
Na explosiva e criativa década de 1950 nasceu
Livingston Taylor, em Boston, mas criado em Chape Hill, Carolina do Norte. Ele
foi um dos cinco irmãos e irmãs, com quatro deles tocando guitarra e cantando.
Após adolescência turbulenta, adicionou a música como terapia.
Depois foi cantar em casas de café em Boston,
onde chamou a atenção de críticos de Rock, como Jon Landau. Seus dois primeiros
discos pela Capricorn Label, de Phil Walden, trouxe os hits “Carolina Day” e “Get
Out Of Bed”, ambas de sua autoria.
O estilo acústico é herança do irmão James
Taylor, mas permaneceu fiel ao Bluesier. James e Carly Simon cantaram no Over
The Rainbow, mas depois da gravação deste disco, Livingston foi para escanteio
na Capricorn.
Não perdeu o fôlego e continuou fazendo turnês
durante a década de 1970. Depois assinou contrato com a Epic Records, recheada
de várias estrelas. Mesmo após entrar na televisão, prosseguiu em gravações
durante as décadas de 1980 e 1990, inclusive colocando nas paradas o hit “Loving
Arms”, dueto com Leah Kunkel.
A maioria de obra musical é repassada como
professor no Berklee College of Music, onde é especialista em Artes Cênicas.
Para não perder o gosto pelo Showbizz, realiza às vezes shows para um público
fiel em faculdades e clubes populares nos Estados Unidos. Em 1998 saiu uma
compilação de sua carreira, pela Razor & Tie.
O estilo quente de cantar e tocar é o algo mais de Rankin
Luís
Alberto Alves
É de Nova York a terra nascente de Kenny
Rankin. Introduzido ao mundo do Showbizz pela mãe, começou cantando no banheiro
de casa e para amigos. Depois passou a trabalhar como intérprete e compositor,
conquistando vários fãs durante a década de 1970, quando lançou vários álbuns,
com três deles entrando no Top 100 da Billboard Album.
Desde a adolescência era visível a queda pelo
Jazz. Porém para sobreviver teve de engolir canções de Pop Music. Na década de
1990 mudou o ângulo para acomodar suas próprias preferências musicais e ganhar
público novo.
O estilo quente de cantar de Rankin e som de
sua guitarra macia pode sugerir um artista sintonizado com o circuito de Jazz
mais soft, mas ele sabe como cativar a platéia.
É versátil para acompanhar artistas como Alan
Broadbent, Mike Wofford e Bill Watrous e de bom humor desliza facilmente pelo
Groove Jazz. Suas letras foram gravadas por Mel Tormé, Carmen McRae e Stan
Getzs. É apaixonado pela música brasileira. Chegou a gravar algumas canções com
acompanhamento de Michael Brecker e Ernie Watts.
Michael Franks, após o sucesso virou professor de Música
Luís
Alberto Alves
Quando jovem,
Michael Franks, que nasceu em 1944, em La Jolla, Califórnia, começou a cantar e
tocar guitarra, mostrando repertório eclético, incluindo canções folclóricas e
Blues. Depois passou a fazer o próprio trabalho.
Na década de 1970,
perto dos 30 anos, virou professor e compositor conhecido. Suas músicas foram
gravadas por Mark Murphy, a grande dama do Jazz, Carmen McRae e outros.
Nessa mesma época fez uma série de gravações
ao lado de jazzistas como Kenny Barron e Ron Carter. A grande sacada de Michael
é cantar hits de forma rouca e íntima, colocando muito sentimento nas
composições, aliado ao balanço suave.
Loeb é outro prodígio do Jazz, começando a tocar aos 11 anos de idade
Luís Alberto Alves
Charles Samuel
Loeb, nascido em Suffern, Nova York, em 1955, começou a tocar guitarra aos 11
anos. Participou de várias bandas até ir estudar no conceituado Berklee College
of Music. Após sair dali, em 1976, aos 21 anos, saiu em turnê com Chico
Hamilton, Hubert Laws e Ray Barretto, quando se juntou a Stan Getz.
Ficou com o saxofonista dois anos em turnês
pela Europa, tocando inclusive no Yatra Festival, na Índia. Em 1985 uniu forças
com Michael Brecker’s Steps, onde dobrou o sintetizador de guitarra. Depois
apareceu em mais de mil gravações como músico de estúdio, além de compor
inúmeras trilhas sonoras de novelas e documentários.
Em seguida criou suas próprias bandas, liderou
outras e trabalhou com os grupos de Metro, a Fantasy Band e Petite Blonde.
Durante a década de 1980 se envolveu com produção e permaneceu nesta praia até
o final dos anos de 1990.
Como produtor musical, já trabalhou com
inúmeros artistas de Jazz e Pop, incluindo Gary Burton, Earl Klugh, Jim Hall,
Carly Simon, Eddie Daniels, e, no final dos anos 90, Larry Coryell, Donald
Harrison, Warren Bernhardt, Gato Barbieri e Spyro Gyra.
Em
1998, um single, “Just Us” alcançou o número 1 nas paradas Billboard de
Jazz/Radio. Quatro anos depois gravou com o seu grupo o hit “The Couch Potato All-Stars”.
Seu modo de tocar está atualmente em um pico e suas gravações recentes têm sido
positivas e chamando imensa atenção do público.
Klugh já participou de várias turnês ao lado de George Benson
Luís Alberto Alves
Nascido em 1953, em
Detroit, Michigan, o estilo de Earl Klugh é um pouco ortodoxo no modo de tocar
guitarra. Quando senta, descansa o instrumento no joelho direito em vez do
esquerdo. Após estudar piano e violão quando criança optou pela guitarra.
Na adolescência gravou com Yuself Lateei e George
Benson, com quem já participou de turnês. Continuou a trabalhar com ele e
quando gravou o álbum Return to Forever, no começo da década de 1970, liderou
sua própria banda numa carreira solo.
Klugh é influenciado por vários guitarristas
de Jazz, incluindo Benson, Chet Atkins e pela Folk Music. Ele tem grande
atração pelo Jazz Pós Charlie Christian, através do qual sua própria
personalidade constantemente continua brilhando.
Outro grande talento do Reggae é Barry Brown,
nascido em 1962 na Jamaica. Seu primeiro grande sucesso foi “Girl You’re Always
On My Mind”, produzido por Bunny Lee. Mas o estilo de militância e o vocal forte,
igual a Linval Thompson, rendeu fama internacional.
Em 1979 estourou nas paradas com o hit “Step
It Up Youthman”. O sucesso o levou a produzir outras belas canções como: “Put
Down Your Guns”, “We Can’t Live Like This”, “Big Big Pollution”, “Politician” e
“Conscious Girl”.
O ano seguinte veio com o lançamento do disco
mix, na companhia de DJs notáveis, como Jah Thomas (“Jealous Lover”), Ranking
Joe (“Don’t Take No Steps”) e Ranking Toyan (“ Peace and Love”). O trabalho ao
lado de Linval Thompson rendeu os hits “Separation” e com Sugar Minott, “Things
And Time”.
Depois ele mesmo pegou o leme da produção,
lançando o álbum Cool Pon Your Corner, precedido do disco que teve o clássico
Jah Jah Fire. Em 1981 suas duas produções Problems Get You Down e Physical
Fitness fracassaram. Dois anos após gravou no lendário Studio One, de onde saiu
o disco mix com os hits Give Love e Far East.
Brown manteve o interesse de sintonizar suas
canções, gravando hits como “Dreadful Day” e “Serious Man”. Em 1984 continuou
na onda com a música “Belly Mov”, acompanhado do DJ Charlie Chaplin. Brown
prossegue gravando músicas de qualidade.
Barrington Levy, nascido na Jamaica em 1964,
foi um dos primeiros cantores a desafiar o domínio dos DJS na Dancehall Reggae,
embora sua gravação mais antiga, “My Girl Black”, de 1977, antecedeu essa
moda. Outro hit, “A Long Long Time Since
We Don’t Have No Love”, de 1978, não estourou, mas Levy com 16 anos foi
batalhar o seu espaço nos bailes da Jamaica.
O esforço compensou. Em 1981 já era famoso
naquele país, a ponto de atrair a atenção do produtor Henry “Junjo” Lawes, na
época o grande nome da indústria musical da Jamaica. O single “Ah Yah We Deh”
teve venda razoável, assim como “Collie Weed”.
Logo ficaram claras as influências de Jacob
Miller e de Bob Andy, principalmente no fraseado. Enquanto os outros cantores
lutavam por espaço, Levy chegava ao topo das paradas. O álbum de 1979, Bounty
Hunter, vendeu bem e estourou vários singles, como: “Robber Man”, “Black Rose”,
“Like A Soldier”,” Money Move” e os grandes sucessos “Shine Eye Gal” e” Prison
Oval Rock”.
Entre 1982 e 1985 ele lançou vários discos
para continuar por cima do sucesso. Em 1984 fez as primeiras apresentações no
Reino Unido, incluindo uma aparição no Reggae Awards. A parceria com o produtor
Jah Screw rendeu o sucesso “Under Mi Sensi”, seguido de “Here I Come”, estouro
nos bailes de Soul Music e no Reino Unido, onde gravou um álbum pela London
Records.
Porém a busca
desenfreada pelo auge resultou em singles fracos. Levy viajou entre Jamaica,
Londres e Nova York e perdeu a força no final da década de 1980, embora com um
pouco de fama. Em 1988 gravou o disco Love The Life You Live. Duas versões de Bob
Andy, “Too Experienced” e “My Time” o colocou novamente na vanguarda do Reggae
e o premiou com um contrato na Island Records em 1991. Levy continua sendo uma
das grandes vozes originais do Reggae da Jamaica.