Reportagens com clipes descrevendo histórias de artistas famosos,
principalmente de intérpretes da Black Music, além de destacar a importância do Blues no Showbiz.
A banda Clique Girlz
nasceu em Atlantic City, Nova Jersey, criada pelas irmãs adolescentes Destinee
& Paris, depois acrescentada com as amigas Ariel Moore e Sara Diamond que
entrou no lugar de Ariel. Escreveram pouco mais de 79 canções e eram a sensação
dos adolescentes dos Estados Unidos, enquanto durou até final de 2009.
Apesar do visual de patricinhas, a banda Clique Girlz durou pouco na estrada do Showbiz
Destinee, nascida em
1994, era a roqueira do grupo, inclusive vestindo roupas pretas e tocando o
rock clássico T-Shirts. Por causa de um problema nos olhos durante a infância
ficou fanática por estrelas.
Paris nasceu dois
anos depois, gosta da cor rosa, sendo tratada como princesinha da banda. Sara
Diamond é de 1995, nasceu em Montreal, Canadá. É compositora, dança Jazz,
Ballet, Hip-Hop desde os três anos. Também toca piano e canta desde os cinco
anos.
Ariel Moore nasceu em
1994 e tem como hobby dançar, design de moda e leitura. Gosta de ajudar o
próximo. Saiu do grupo no começo de 2009. Em novembro daquele mesmo ano a banda
chegou ao fim, com Destinee & Paris trabalhando no CD CherryTree Records.
Na curta duração do conjunto, gravaram Bratz: Motion Picture Soundtrack (2007)
e o EP Clique Girlz (2008). Também lançaram o single “Perfect Day” para o
comercial do Beaches Resort.
Maxine Brown foi uma das vocalistas mais subestimadas na história da Black Music
Luís Alberto
Alves
Maxine Brown nunca teve muitos hits estourando
nas paradas. Foi uma das vocalistas mais subestimadas de Soul e R&B na
década de 1960. Naquele tempo ela lançou vários singles para Nomar e Wand
Records, porém só pegaram os hits “All in My Mind”, “Something You Got”, “Oh No
Not My Baby” e “ Funny”.
Ficou marcada como uma das melhores vozes do
R&B da época, capaz de transportar Soul, Jazz e Pop sem qualquer
sacrifício. Nascida em Kingstree. Começou a cantar ainda criança. Depois passou
a atuar em grupos evangélicos de Nova York quando chegou à adolescência.
Em 1963 entrou na pequena gravadora Nomar
Records, onde lançou a balada “All in My Mind” no final daquele ano. O single
explodiu, ficando em segundo lugar nas paradas de R&B. Depois emendou “Funny”,
outro arraso.
Quando se preparava para virar estrela do
showbiz entrou na ABC/Paramount Records. Dali saiu sem emplacar nenhum hit.
Entrou na Wand. Ali desenvolveu grande trabalho, inclusive com uma série de
sucessos em três anos. Escreveu “Oh No Not My Baby”, gravada por Carole King e “It´s
Gonna Be Alright”, além de “Something You Got”, “Hold On I'm Coming” e ““
Daddy’s Home”.
Um dos motivos de Brown não ter muita
exposição na mídia, é por que a gravadora centrou fogo sobre Dionne Warwick. Em
1969 ela saiu da Wand e assinou com a Commonwealth United, onde teve hits
menores como “We'll Cry Together" e "I Can't Get Along Without
You." Em 1971 foi para AVCO Records, mas ficou no gelo ali e desapareceu
ao longo daquela década.
Atualmente Chuck Jackson está esquecido. Sua
marca de Soul Uptown é rejeitada pelos críticos que preferem o Soul profundo
Down Home. Antes não era assim, quando visitava as paradas de R&B no começo
da década de 1960, com suas canções que misturavam Pop e Soul, hits iguais "I
Don't Want to Cry”, "Any Day Now," e "Tell Him I'm Not
Home."
Após entrar na Motown, a carreira de Chuck regrediu
Os discos de Jackson eram como peça de obra de
arte Pop/Rock/Soul, cheios de lindos arranjos de cordas e lindas vozes de
vocalistas femininas no backing. Não era parecido aos de Ben E. King ou Wilson
Pickett, mas quem gostava de Pop ou Soul optava pelos seus álbuns.
Ele é da velha escola do Doo Wop, pois cantou
ao lado do pessoal do The Dell Vikings no final da década de 1950. Gravou seu primeiro disco pela Scepter
Records em 1961. Aplicou a velha fórmula usada por Dionne Warwick e The
Shirelles, misturando Pop e R&B, além de muito profissionalismo.
Jackson foi um dos primeiros, junto com
Dionne, a gravar canções da dupla Bacharach/David. Uma de suas canções
inesquecíveis foi “I Keep Forgettin” de 1962, escrita e produzida por Leiber
Stoller.
Fez algum sucesso em duetos ao lado de Maxine
Brown, mas deixou a Wand Records em 1967 para entrar na Motown a pedido de
Smokey Robinson. Mau negócio. Ficou quatro anos terríveis na gravadora de Berry
Gordy. Passou a ser ignorado pela crítica. Embora ainda seja favorito no
Northen Soul da Inglaterra.
O Soul/Pop não seria o mesmo sem o talento de
Barbara Lewis, cujo sedutor sussurro na canção “Hello Stranger”, de 1963, deixou
boas lembranças nos amantes da boa música. Nascida em Michigan, ela já escrevia hits
desde os nove anos de idade, e na adolescência começou a gravar com o produtor
Ollie McLaughlin.
Barbara Lewis deixou de cantar há vários anos, mas suas canções ainda fazem sucesso
Experiente, pois ajudou nas carreiras de Del
Shannon, The Capitols e Deon Jackson, foi importante na vida de Barbara.
Talentosa escreveu todas as canções do seu álbum de estreia, incluindo “Hello Stranger”. O diferencial é que colocou harmonia de Soul Music, em outra
implantou a nova batida Bossa/Like.
O single "Someday We're Gonna Love Again”
serviu de antídoto contra a invasão da música britânica nos Estados Unidos na
década de 1960. No início daqueles fervorosos anos ela passou a gravar em Nova
York, apoiada pelos produtores Bert Berns e Jerry Wexler. Ambos empregavam
arranjos orquestrais e Pop.
Tanto comercialmente quanto artisticamente, os
hits "Baby I'm Yours" e "Make Me Your Baby" se tornaram
grandes sucessos, no melhor estilo daquela década. No final dos anos de 1960
Barbara gravou um disco pela Stax. Porém, o álbum não vendeu bem.
Após essa experiência ela se retirou do
Showbiz, depois de lançar diversos singles. Mas o hit "beach music"
continua sendo a grande marca dessa grande cantora, que continua popular mesmo
há muitos anos fora do mercado.
Mistura de sangue sueco e africano resultou na beleza e talento de Neneh Cherry
Luís Alberto
Alves
Neneh Cherry
é a prova viva de que a música não conhece fronteiras. Nascida na Suécia, há 40
anos, ela mistura Hip-Hop com outros estilos e faz sucesso. Sua mãe sueca e
pai, jazzista, nativo de Serra Leoa, África, passaram os primeiros anos de vida
de Neneh na cidade de Hässleholm, antes de a família passar a seguir o padrasto,
Don Cherry nas turnês.
Pouco
tempo depois foram morar em Nova York e aos 14 anos começou a se apresentar
depois que saiu da escola. Foi para Londres, onde entrou na banda de Punk Rock,
The Cherries. Após muitas voltas, em
2005, no álbum Demon Days, do grupo Gorillaz, Neneh está nos vocais na faixa “Kids
With Guns”.
Já
lançou os seguintes discos solos: Raw Like Sushi (1989), Homebrew (1992), Man
(1996), Neneh Chérie Remixes (1997), Blank Project (2014). Com o grupo Cirkus
soltou Neneh Cherry and Cirkus (2005), Laylow (2006) e Medicine (2009).
L' Trimm foi uma dupla de Hip-Hop de Miami,
formada por Lady Tigra (Rachel de Rougemont) e Bunny D (Elana Cager). Gravaram
três álbuns na Atlantic Records (Grab It! (1988), Drop That Bottom (1989) e
Groovy (1989). As duas meninas se
conheceram na época de Ensino Médio e participaram do Skylight Express, um
clube de dança para adolescentes em Kendall, que às vezes contavam com shows de
artistas como LL Cool J e Salt-N-Pepa, Live Crew e Gucci Crew.
As meninas do L`Trimm não passaram de três álbuns
Como dançarinas eram apresentadas no programa
de tv de Miami, que era apresentado todas as semanas no sul da Flórida, Atlanta
e Nova York, bancado pela Douglas Productions. De olho na fama elas logo
fizeram várias amizades quando se aproximaram do grafiteiro amador Tigra. Ele
escreveu algumas letras para Bunny D, bailarina clássica e cantora de Hip-Hop.
Durante o almoço no colégio as duas formaram o
grupo XTC para competir com os meninos, pois na época era difícil meninas
cantando Hip-Hop. Chamaram atenção do rapper Double Deuce. Numa tarde o rapper
Mighty Rock precisava passar pelos estúdios da Hot Productions. Na reunião as
duas garotas entraram na cabine de gravação e começaram a cantar.
O dono Paul Klein as pegou e mandou Larry
Davis escrever algumas letras para a dupla. Tigra com 15 e Bunny com 17 anos
assinaram contrato com a Hot Productions. O nome veio de uma marca de calça
comprida, acrescentaram o prefixo L´para dar um toque francês.
A canção “Grab It!” virou hit local e depois
álbum com o mesmo nome. Mais adiante, a canção estourou em todos os estados
Unidos. A Atlantic Records pegou o primeiro disco das meninas e as levou
embora, para lançar o disco Drop That Bottom, incluindo o remix de “Grab it!”.
Não
demorou para a dupla ficar insatisfeita com a diretoria da Atlantic, pois os
compositores foram encarregados de produzir o terceiro álbum, Groovy. Nessa
mesma época as gravadoras independentes de Miami diziam que o som Miami Bass
(que serviria para criar o lixo, que no Rio de Janeiro levou o nome de Funk)
não estouraria nacionalmente.
Não demorou em a dupla sair da Atlantic
Records. A hot Productions, onde elas começaram, continuou criando um álbum sem
a participação das duas. Era um som na linha New Jack Swing, que vendeu muito
pouco e a crítica caiu de pau. O medo de prejudicar a criatividade delas e
incapazes de fazer um álbum no estilo Pop/Rap, o L´Trimm chegou ao fim.
Bunny D casou-se cinco vezes, teve quatro
filhos dos primeiros quatro matrimônios. Optou em publicar livros infantis.
Lady Tigra voltou a Nova York. Em 2008 foi a Los Angeles, lançando CD solo,
Please Mr. Boombox. As duas mantêm contato, mas sem a intenção de lançar
qualquer trabalho musical.
O feminismo está presente nas canções e atitudes da Salt N Pepa
Luís Alberto
Alves
O grupo Salt-N-Pepa surgiu no final da década
de 1980, quando o hip-hop se preparava para se tornar um gênero musical
dominado apenas por homens. As gatinhas do Salt-N-pepa, até seus DJs eram
mulheres quebrou esse paradigma no hip-hop. Foram as primeiras artistas de rap
a cruzar o mainstream pop, lançando as bases para aceitação generalizada desse
ritmo no começo da década de 1990.
As canções do grupo eram compostas de letras feministas,
num sexy pop/oriented. Destaque para os hits “Push It” e “Shake your thang”.
Elas desafiaram a lógica e foi uma das poucas bandas de hip-hop a desenvolver
uma carreira longa. Ao lado de LL Cool J, o trio estourou nos anos de 1980 e
1990, chegando ao auge em 1994 com os hits “Shoop” e “Whatta Man”, chegando ao
Top Ten.
A canção "Let´s Talk About Sexy" virou hit Pop até os dias de hoje
A história delas começa numa loja Sears (que
existiu no Brasil durante muitos anos) do bairro do Queens, Nova York, quando a
colega de trabalho e o namorado resolveu fazer uma dupla de rap numa música que
estava produzindo para Media Arts. Fizeram a resposta a Doug E. Fresh e Slick
Rick “The Show”.
O hit foi lançado como o single de “Super
Nature” em 1985. Começava a carreira de Cool & Vicious Cheryl “Salt” James
e Sandy “Pepa” Denton. Estouraram nas paradas. A dupla, agora chamada Salt-N-Pepa,
assinou com a gravadora indie label Next Plateau. No ano seguinte produziram o
disco Hot, Cool & Vicious, que teve a presença da DJ Pamela Green.
Em 1987 voltaram às paradas com os hits "My
Mike Sounds Nice," "Tramp," e "Chick on the Side". Antes de um DJ de San Francisco fazer o remix
do hit “push It” e de “Tramp”. “Push It” virou febre nos Estados Unidos. Acabou
nomeado ao Grammy. Dois anos depois soltaram A Blitz of Salt-N-Pepa Hits: The
Hits Remixed The remix album A Blitz of Salt-n-Pepa Hits, seguindo do terceiro
álbum, Magic Blacks. Rendeu boas críticas e vendeu bem.
A comunidade hip-hop gostou do disco, apesar
de críticas de que as meninas tentavam cruzar hip-hop com Pop. Ficaram oito
semanas no topo das paradas de rap e ganharam Disco de Ouro. Outro single do
álbum, "Let's Talk About Sex" virou hit Pop até hoje, mais tarde
regravaram a canção no estilo rap, com o título de "Let's Talk About
AIDS."
Depois
gravaram o quarto disco. Assinaram com a Polygram Records. Soltaram o álbum Was
Catchy and Sexy Without Being a Sellout.
A novidade foi um som novo, sofisticado e o sucesso chegou com o hit “ Shoop”
nas paradas pop. O dueto “Whatta Man”, ao lado das meninas do Em Vogue”, rendeu
o terceiro lugar nas paradas Pop e R&B de 1994.
O último single do disco, "None of Your
Business," fez pouco sucesso, mas ganhou o Grammy de Melhor Performance de
rap de 1995. Depois as meninas deram um
tempo para desfrutar do dinheiro ganho com direitos autorais.
MC Lyte
foi uma das primeiras rappers femininas a apontar o sexismo e misoginia no hip-hop.
Passou a apresentar o tema em suas canções de forma aberta, ajudando que outras
imitassem seu gesto, como Queen Latifah e Missy Elliott. Nascida e criada no
Brooklin começou a cantar aos 12 anos de idade, gravando o single: "I Cram
to Understand U," que a levou para sua primeira gravadora.
MC Lyte já ganhou dois Discos de Ouro
Em 1988 lançou o álbum Lyte As a Rock. Depois
soltou Eyes on This. A crítica considera seus dois melhores discos,
especialmente o segundo, que gerou o single “Cha Cha Cha”, alcançado os
primeiros lugares nas paradas de hip-hop, e faixa antiviolência “Cappucino”
explodindo nas rádios e bailes.
Três anos depois lançou Act Like you know, um
soul mais burilado baseado nas canções de cantores do passado. Em 1993 gravou Ain't
No Other, rendendo o single “Ruffneck”, que acabou indicado ao Grammy de Melhor
RAP Único e ganhou o primeiro single de ouro, por uma artista feminina.
Depois
foi para Elektra Records e ali soltou, em 1996, o álbum Bad As I Wanna B, num
dueto com Missy Elliot na faixa "Cold Rock a Party,". Dois anos
depois soltou “Seven & Seven, incluindo novas participações de Elliott,
assim como de Giovanni Salah e LL Cool J.
Além dos seus discos, MC Lyte juntou forças
com outros artistas, como Xscape de Atlanta no álbum "Keep on Keepin'
On", que virou trilha sonora de sunset park e ajudou Lyte ganhar o segundo
disco de ouro individual. Depois apareceu em vários programas de tv, incluindo
comédias.
Aproveitou para investir em projetos sociais,
incluindo campanhas contra a violência. Em 2001 a Rhino Records soltou cd com
16 faixas na coletânea The Very Best of MC Lyte. Em 2003 veio o CD Da
Undaground Heat, Vol. 1.