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Luís Alberto Alves/Hourpress

terça-feira, 28 de maio de 2013

The Diamonds: a ponte do Rhythm and Blues na Pop Music


The Diamonds introduziram o Rhythm and Blues na Pop Music


  The Diamonds são um quarteto vocal canadense. Surgiram na década de 1950 e no começo dos anos de 1960 estouraram nas paradas de sucesso de todo o mundo. Continuam em atividade até hoje. Nesse período ganharam 16 Discos de Sucesso da Billboard.

  Seus primeiros integrantes eram Dave Somerville, Ted Kowalski, Phil Levitt e Bill Reed. Ficaram conhecidos por cantar e introduzir o Rhythm and Blues como conjunto vocal na Pop Music. 

  Tudo começou em 1950, quando o engenheiro de som Somerville trabalhava na Canadian Broadcasting Corporation, em Toronto, Canadá, reuniu outros três colegas que gostavam de cantar.  Nasceu o grupo The Diamonds. A primeira apresentação ocorreu no porão da igreja de St. Thomas Aquinas no Natal. A reação do público foi positiva e decidiram tornarem-se profissionais.

  Após 18 meses de ensaios, mudaram-se para Nova York e participaram do Talent Scouts de Arthur Godfrey. Dali assinaram contrato com a Coral Records. O músico profissional Nat Goodman virou o gerente da banda. Lançaram quatro canções, a mais famosa, "Black Denim Trousers & Motorcycle”.

  O próximo passo da banda foi realizar um teste em Cleveland, Ohio, com o famoso DJ Dr. Bill Randle, expert em lançar diversos grupos populares. Deixaram ótima impressão e ele o recomendou para a Mercury Records. Ali, lançaram a regravação do hit “Why Do Fools Fall in Love”, autoria de Frankie and The Teenagers, em seguida fizeram o mesmo com “The Church Bells May Ring".  Em 1957 chegaram ao maior sucesso da carreira, “Little Darlin”, seguido de “The Stroll”.  

  De 1960 a 1970 cantaram nos cassinos de Las Vegas e ficaram sem gravar discos. Nessa época surgiram outros dois grupos com o mesmo nome da banda. O caso parou na Justiça na década de 1980. No ano 2000 entraram em estúdio para trabalhar o álbum The Magic Moments-Best of ´50 Pop lançado em 2004. Com nova formação, pois a maioria dos componentes originais já morreu ou saiu do grupo, prosseguem em turnês pelos Estados Unidos e outros países no período 2013/2014.


sábado, 25 de maio de 2013

The Regents: grande banda Oldies

The Regents é outra grande banda da década de 1950
   A banda The Regents nasceu em Nova York no final da década de 1950. Ficaram conhecidos por colocar nas paradas o hit "Barbara Ann", em 1961, figurando entre as 13 mais na Billboard Hot 100. Repetiram o mesmo com "Runaround, entre as 30 canções bem executadas na Billboard. Os membros originais eram Ernie Maresca, Chuck Fassert, Guy Villari e Sal Cuomo, reforçados por Tony Gravagna (sax) e Don Jacobucci (baixo)

  Eles vieram do bairro do Bronx (espécie de Cracolândia de Nova York) em 1959. Outra versão anterior do conjunto, dois anos antes, era conhecida como The Monterays, que incluía Villari, Cuomo,Fassert e Ernie Maresca, autor das canções "Runaround" e "The Wanderer". Ele escreveu também "Shout, Shout, Knock Yourself Out".

  Para entrar no congestionado trânsito do Show Biz, gravaram fitas demos (na época não existia CD) nos estúdios Bell Sound. Dali assinaram contrato com a Sevilha Records, com o nome de The Desires. Porém não liberaram nenhuma das canções gravadas. Três anos depois estouraram como The Regents. O nome do grupo é combinação de gravar uma fita demo no estúdio Som Regents e Villari gostar de fumar os cigarros Regents. 

  Em 1958 eles lançam o hit "A Teenager´s Love". No mesmo dia incluíram a canção "Barbara Ann". Depois o grupo acabou, mas reviveu pelas mãos de Eddie Jacobucci, pois sua banda The Consorts não tinha composições próprias para lançar um disco. Então eles gravaram uma versão de "Barbara Ann, irmã de Chuck Fassert. 

  O dono da Cousins Records gostou do hit e bancou a versão original dos The Regents. A canção chegou aos primeiros lugares em Nova York. Depois ficou entre as 13 mais na Billboard Hot 100. Lançaram mais dois discos pela Gee Records, porém uma disputa de royalties resultou no fim da banda. Em 1973, com outros componentes, Villari realizou várias turnês e shows em todos os Estados Unidos. No ano de 1988 acabaram escolhidos como um dos quatros grupos "oldies" para figurar no Grammy Awards Show. Os outros três foram The Cadillacs, The Flamingos e The Angels.

 Em 1995, uma nova banda The Regents saiu do papel. Incluía Villari, Tony Valitutto, Frank, Civatillo e Tony Cacase; na instrumentação estavam Richard Rogers, Joel DeRuggiero e Sal DiCicco. Como é bom se escorar nas costas dos outros, em 1979, outra banda com o mesmo nome The Regents estourou no Reino Unido com o hit "7 Teen"



quarta-feira, 22 de maio de 2013

Betty Davis: a cantora que fez a cabeça de Miles Davis

Betty foi símbolo sexual na década de 1960
   Um ano foi o tempo suficiente para a cantora Betty Davis "fazer" a cabeça do ícone do Jazz, Miles Davis com quem ficou casada de 1968 a 1969. Apaixonado ele incluiu em seu álbum Filles de Kilimanjaro uma canção homenageando a amada. Em sua autobiografia, Miles reconheceu que Betty contribuiu para semear as sementes em suas futuras músicas, explorando o Rock psicodélico tocado por Jimi Hendrix e o Funk de Sly Stone. Isto é visível no álbum Bitches Brew, inaugurando a era do Jazz Fusion.  

  O fim do matrimônio de ambos se deve a suspeita de Miles de que Betty teve um caso com Jimi Hendrix. Após o divórcio, Miles ameaçou matar o guitarrista. Depois Betty mudou-se para Londres em 1971 para prosseguir na carreira de modelo. No Reino Unido compôs alguns hits e retornou aos Estados Unidos no ano seguinte, visando gravar com o roqueiro Santana. 

  Porém mudou de ideia e resolveu colocar voz em suas próprias canções, amparada por uma banda de Funk do Oeste norte-americano. O primeiro disco, Betty Davis, saiu em 1973, com dois hits na Billboard R&B: "If I´m In Luck I Might Get Picked Up" e "Shut Off The Lights". Lançous mais dois álbuns de estúdio, The Say I´m Different (1974) e Nasty Gal, na chegada à Island Records (1975). Nenhum deles estourou comercialmente. 

  Betty Davis, nascida em 1945, é considerada por vários críticos como grande cantora de Funk, Rock e Soul. Como compositora é reconhecida por letras impressionantes e muito balanço, em hits como "Anti Love Song". Durante anos permaneceu como intéprete cult, por causa do comportamento abertamente sexual, criando polêmica na década de 1970. Inclusive com shows boicotados e músicas "queimadas" em algumas rádios, devido a pressão de determinados seguimentos da sociedade norte-americana. 


  Curioso que esse histórico a tornaram preferida por colecionadores de discos de Soul e Funk. O álbum 
The Say I´m Different, de 1974, foi relançado pela Seattle´s Light em 2007. Dois anos depois saiu a reedição de Nasty Gal e o inédido Is It Love or Desire, de 1976, cujo nome original era Crashin ´From Passion. Os dois relançamentos tinham encartes e tiravam dúvidas dos fãs sobre o porquê o quarto disco (1976) ter sido deixado no arquivo por 33 anos.

 A conturbada carreira de Betty durou de 1967 a 1979, quando após sessão de gravação resolveu parar de cantar e retornar para a Pensilvânia. Desse material surgiram dois álbuns piratas: Hangin ´Out In Hollywood (1995) e Crashin ´From Passion (1996). Depois para ganhar dinheiro, a gravadora soltou a coletânea "Anti Love, The Best Of Betty Davis, em 2000. 

  Se tivesse permanecido no Show Biz, Betty teria aumentando suas influências, pois o talento sempre a acompanhou. Uma de suas primeiras canções, "I´m Going to Bake That Cake Of Love", ela fez aos 12 anos de idade. Na fazenda de sua avó, em Reidsville, Carolina do Norte, ouvia muito BB King, Jimmy Reed, Elmore James e outros papas do Blues. Quando resolveu morar em Nova York no início da década de 1960, absorveu a cultura de Greenwich Village e a música popular da época, conhecendo diversos músicos, entre Hendrix e Sly Stone. Após gravar o hit "The Cellar", em 1964, numa produção de Lou Courtney, de letra simples, mas cativante, Betty colocou fogo no Show Biz até 1979. 
 

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Smiley Lewis: a maldição de nunca vender mais de 100 mil discos







Lewis teve canções regravadas por Elvis Presley e Fats Domino

  Smiley Lewis ficou conhecido no Blues como "mau cantor", por nunca conseguir vender mais de 100 mil cópias de discos. Entretanto era sortudo ao ter várias estrelas de New Orleans ao seu lado, contribuindo para o crescimento do R&B naquela região. Na adolescência, Lewis já ganhava respeito, escorado no vozeirão, que deixaria boas marcas no Show Biz, anos depois. Era hábil tocando guitarra. Várias vezes mostrou o talento junto com o pianista Tuts Washington. 

  Em 1947 gravou seu primeiro disco na DeLuxe Records, lançando o hit "Here Comes Smiley". Fracassou comercialmente, mas ao entrar na Imperial Records três anos depois, gravando a canção "T--Nah Nah", a história mudou. Na década de 1950, o R&B ganhou grande desenvoltura em New Orleans. Lewis fazia, cada vez mais, as pistas de dança agitarem com seus hits "Lillie Mae", "Ain´t Gonna Do It" e "Big Mamou". 

  O ano de 1952 marcou seu primeiro sucesso nacional, "The Bells Are Ringing". Em 1953 estourou de vez nas paradas com "I Hear You Knocking", onde brilha o piano solo, numa cortesia de Huey Smith. Depois veio "Lost Weekend", "Real Gone Lover", "Down the Road", She´s Got Me Hook, Line and Sinker", "Rootin and Tootin" entre outros. Para enfrentar concorrentes como os saxofonistas Lee Allen, Clarence Hall e Herb Hardesty, Lewis bradou alto.

  Nessa época Fats Domino (que gravou o primeiro rock da história em 1949) pegou algumas canções de Lewis, brilhando com o hit "Blue Monday". O garoto Elvis Presley regravou "One Night", sucesso em todos os Estados Unidos. Em 1956 ele não conseguira o feito de Elvis. O ano de 1957 fez Lewis gravar "Shame, Shame, Shame", servindo de trilha sonora em Hollywood, porém sem entrar firme nas paradas de R&B. Esses detalhes justificam a fama de mau vendedor de discos, sem romper a cifra de 100 mil cópias durante toda a carreira. 

  Voltou a ganhar um pouco de dinheiro com shows e vendas de discos em 1964, quando lançou um disco produzido por Bill "Hoss", Allen. Ele fez um remake de "The Bells are Ringing" para a Loma Records em 1965. Infelizmente aos 53 anos, Lewis perdia forças por causa de um câncer no estômago. No Outono de 1966, quase no ostracismo fora de New Orleans, ele fechou os olhos para sempre. Nas décadas seguintes, a justiça se fez mostrando que Lewis foi um dos maiores artistas de R&B.  



The Meters: a banda Funk de New Orleans

O som instrumental dos The Meters colaborou com o surgimento da Funk Music nos Estados Unidos, na década de 60

     Quando se fala em Funk Music (o som legítimo nascido nos Estados Unidos na década de 1960) não se deve esquecer da banda The Meters, de New Orleans, berço de inúmeros Bluesman. Além de contribuir para divulgação desse ritmo 53 anos atrás, também serviram de grupo de apoio para inúmeros artistas, inclusive abrindo shows para os Rolling Stones em turnês em 1975 e 1976 na Grã Bretanha. Tinha grande facilidade em hits instrumentais, enquando James Brown e Sly Stone investiam em canções vocais. 

   The Meters levava o público à loucura com o som sincopado, excelente percursão e ótimos riffs de guitarra, ganhando admiradores como o ex-Beatles Paul McCartney e Robert Palmer. Aliás, ambos utilizaram essa banda como músicos de suporte em gravações de discos. Curioso que apesar da excelente qualidade, o pessoal da The Meters nunca estourou em proporções assustadoras nas paradas de sucesso dos Estados Unidos nas décadas de 1960 e 1970, apogeu deles. 

  A maior contribuição dos The Meters é deixar um som que forneceu base para o Funk e Hip-Hop dos anos de 1980 e 1990 (esse dado desmente a mentira de que o Funk nasceu no Rio de Janeiro, como insistem alguns pseudo críticos musicais, que desconhecem os nomes das sete notas musicais). Ao longo da carreira, a banda foi liderada por Art Neville (teclado e vocais), grande figura da comunidade musical de New Orleans, Sul dos Estados Unidos. Na adolescência, época de Ensino Fundamental, já havia gravado o hit " Mardr Gras Mambo", com seu primeiro grupo, The Hawketts, na Chess Records. 

  No começo da década de 1960, eles foram para as gravadoras Specialty e Instant. Ali lançaram diversos singles, que alcançaram sucesso na região de New Orleans. Seis anos depois, Neville e os irmãos Aaron e Charles (vocalistas), Leo Nocentelli (guitarra), Joseph "Zigaboo" Modeliste (baterista) e George Porter (baixo), criaram os The Meters. Surgiram de jam sessions realizada em casas noturnas de New Orleans. Passaram algums meses usando o nome de Sounds. Logo os produtores Allen Toussaint e Marshall Sehorn os contrataram, sem os vocalistas, para músicos de esúdio da Sansu Enterprises Records.

   Na Sansu gravaram hits para Earl King, Lee Dorsey, Chris Kenner e Betty Harris. Também tocaram e gravaram por conta própria singles instrumentais para a Josie Records. São dessa época as canções "Sophisticated Cissy" e "Cissy Strut", com essa última tornando-se Top Ten na para de R&B de 1969. Depois emplacaram "Look-Ka Py Py" e "Strut Chicken". Ficaram na Josie Records até 1972. Nessa época chegaram sempre ao R&B Top 50. 

  Em seguida assinaram contrato com a Reprise Records, onde brilhavam feras como Trini Lopez entre outros. Porém preferiram na cortar laços comerciais com a Sansu Enterprises Records, optando por manter Toussaint como produtor e Sehon na gerência. Mesmo sem estourar nas paradas, continuou alto o cacife dos The Meters em sua nova casa. Participaram de gravações para Robert Palmer, Dr.John, LaBelle, King Biscuit Boy e Paul McCartney. Em 1975 lançaram o álbum Fire on the Bayou, antes já havia explodido com o hit "Hey Pocky A-Way", ganhando vários seguidores admiradores entre os críticos.

  O ano de 1975 marcou a entrada da banda no projeto Wild Tchoupitoulas com Art´s Uncle e cousin George e Amos Landry, dois membros do Mardi Gras. Landrys, os dois irmãos Neville (Aaron e Charles), Art e Cyril entraram na gravação do álbum, muito elogiado pela crítica no lançamento ocorrido em 1976. Mas os elogios não serviram para impedir o constrangimento que a banda sofreu ao apostar num som característico. Em 1977, eles deixaram Toussaint e Sehorn, para ficar no controle da direção artística de seus trabalhos. 

  Lançam o álbum New Directions. Mas os antigos produtores reivindicaram os direitos do nome da banda. Jogaram a toalha. Art e Cyril criaram o grupo The Neville Brothers, com Aaron e Charles, enquanto o trio restante ficaram como músicos em New Orleans. Modeliste virou músico profissional bem sucedido, em turnê com The New Barbarians em 1979 e mudou-se para Los Angeles durante a década de 1980.

  Na década de 1990 os The Meters se reuniram numa turnê. Russel Batiste assumiu a vaga de Modeliste na bateria. Quatro anos depois Nocentelli saiu do grupo, abrindo espaço para Brian Stoltz. Ele já havia tocado no The Neville Brothers. Até o final dos anos de 1990 eles prosseguiram realizando diversos shows. Foi nessa época que surgiram rumores do real motivo do atrito entre Art e Nocentelli: ambos não queriam que o som da banda servisse de samplers aos grupo de Hip-Hop norte-americanos.  


sábado, 18 de maio de 2013

The Rotary Connection: a banda que desprezou Woodstock



 
A voz de 5 oitavas de Minnie Riperton (agachada) era um dos destaques da banda



    A máxima que diz que se arrependimento matasse pode ser aplicada à banda The Rotary Connection. Eles se recusaram a participar do Festival de Woodstock, realizado no final da década de 1960, numa fazenda nos arredores de Nova York, reunindo uma multidão de jovens, que esgotaram todo estoque de comida e bebida da redondeza, além de entrar para história como o evento musical mais alucinado do Show Biz. 

  A banda foi fundada em 1966, em Chicago, por Marshall Chess, filho de Leonard Chess, dono da Chess Records. A coluna dorsal do grupo esteve centrada no trio de músicos do conjunto de rock The Strangers; Kenny Venegas (bateria), Mitch Aliotta (baixo) e Bobby Simms (guitarra). Depois vieram os vocalistas Sidney Barnes, Minnie Riperton e Judy Hauf.

  Barnes era compositor, Minnie ex-recepcionista no escritório de uma gravadora em Chicago, já tinha participado de uma banda chamada Gems, usando o codinome de Angela Davis. Para dirigir o bando de malucos, entrou em cena o produtor, arranjador e compositor Charles Stepney. Ele traria a habilidade dos músicos de estúdio da Chess Records, Morris Jennings (bateria), Phil Upchurch e Bobby Christian (guitarristas) e Pete Cosey, para deixar a The Rotary Connection apimentada.

  Sob batuta de Stepney, a rapaziada lançou em 1967 o álbum Rotary Connection. Chamaram a atenção da crítica os arranjos dramáticos e cadenciado de cordas. O disco contou com canções dele e de outros compositores, incluindo Barnes e Richard Rudolph, com quem Minnie teve um casal de filhos e tornou-se viúvo dela, após um câncer de mama matá-la aos 31 anos em 1979, quando estava numa bem sucedida carreira solo.

  Para criar polêmica na mídia, o grupo regravou os hits "Ruby Tuesday" (Rolling Stones) e "Like a Rolling Stone" (Bob Dylan). Seria a senha do modelo artístico que a The Rotary Connection seguiria até o seu fim em 1971. Muitos acreditaram que o álbum era dos Stones. Depois gravaram os discos Aladdin (1968) e Peace (1969) com temas natalinos, mas irônico pois era o auge da Guerra do Vietnã e cresciam os protestos contra a participação dos Estados Unidos no conflito. 

  Em 1969 lançaram os álbuns Songs (1969), Dinner Music (1970) e o que seria o último, Hey Love (1971). Cada disco da The Rotary Connection tem particularidades. "Respect" foi uma reformulação radical do original lançado por Otis Redding, transformado num dueto entre Minnie e Barnes, em cima desse hit. Em 1970, Minnie já percebia que a banda iria se acabar e tratou de investir num álbum solo Come to My Garden. Stepney morreria em 1973, aos 43 anos, sepultando qualquer possibilidade de reconstruir a banda.

  A grande sacada da The Rotaty Connection era o som psicodélico que fazia.   O grupo recebeu o convite para o Festival de Woodstock por causa disto, além, claro, de sua grande vocalista Minnie Riperton (tirem as dúvidas ouvindo o hit "Loving You", gravado por ela em 1975). Em cinco anos de estrada, sob direção artística de Charles Stepney, o conjunto mesclou Soul, Rock, Pop e Blues. 

 
   Além de cantar, o The Rotary Connection incorporava interpretações teatrais nas apresentações (descontadas as proporções, como fazia a banda de rock brasileira, Blitz, que estourou nas paradas no início da década de 1980). Para deixar  a crítica mais louca, o conjunto era racialmente misto, numa época em que a segregação nos Estados Unidos atingia o auge com as frequentes passeatas na luta Pelos Direitos Civis, com os negros exigindo inclusive o direito de votar (até início da década de 1960 eles eram proibidos de exercer esse direito em todos os estados norte-americanos, além de andarem em calçadas separadas).

  Ou seja, uma banda musical aparecer com integrantes negros e brancos juntos num palco, principalmente no Sul dos Estados Unidos, era pedir para arrumar confusão com as autoridades, além de correr o risco de linchamento após o show, dependendo da cidade. Fizeram muito sucesso no Centro-Oeste, onde sempre se apresentavam, atraindo a atenção principalmente de hippies e jovens que contestavam a entrada das Forças Armadas norte-americanas na Guerra do Vietnã.

  Na curta e polêmica carreira lançaram os seguintes discos: Rotary Connection (1967), Aladdin (1968), Peace (1968), Songs (1969), Dinner Music (1970) e Hey Love (1971). Após o fim da banda, o The Rotary Connection ganhou status de seita, com algumas pessoas adotando o estilo de vida que o grupo musical pregava enquanto estava em atividade. A recusa em participar do Festival de Woodstock resultou como num diferencial no Show Biz, visto que todo tipo de droga esteve presente na folia em que se transformou as apresentações de vários artistas, entre eles o guitarrista Jimi Hendrix tocando guitarra com a boca.