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#BMW - Morre #QuincyJones, o gênio da produção de grandes discos

Luís Alberto Alves/Hourpress

segunda-feira, 18 de março de 2013

Phil Perry: o romantismo na Black Music


Foi em 1952 que a música romântica ganhou Phil Perry na cidade de Springfield, Estado de Illinois, Estados Unidos. Mas somente 17 anos depois que ele faria parte do grupo vocal The Montclairs, uma marca local de cigarros.

  Em 1970, Perry une-se com Oliver Sainlin, do estúdio Archway. Da banda faziam parte David Frye, George McLellan, Kevin Sanlin e "Scotty" Clifford Williams.

  A força de Sainlin levou o grupo a Paula Records, da Louisiana. Ali emplacaram os sucessos "Dreaming Out Of Season", "Make Up For Lost Time". O último disco por essa gravadora saiu em 1974, "Baby You Know (I´m Gonna Miss You)".

Anos depois nenhum de seus singles solos, como " Prelude To A Heartbreak" e " Make Up For Lost Time" conseguiu apagar os vocais da banda nesses hits. Em 1975 eles se separaram.

O ano de 1980 marca o reencontro de Perry com Sainlin num dueto para a Capitol Records. O álbum foi um fracasso nas paradas. Não desistiu e continuou trabalhando para torna-se grande vocalista de primeira linha em Los Angeles, a meca de grandes gravadoras. A década de 1990 serviu para solificá-lo como vocalista de Soul Music. Em 1991, os executivos da Capitol Records foram ouvi-lo num show no Hollywood Bowl e o contrataram para lançar o aclamado disco Heart of the Man, com a canção "Call Me" virando clássico na voz de Aretha Franklin.


Três anos depois sua popularidade cresceu com o disco Pure Pleasure, com os singles "If Only You Knew" e " Love Don´t Love Nobody". Em 1998, pela Peak Records, lançou o álbum One Heart, One Love. Em 2000 saiu com o disco My Book of Love. O ano de 2001 marcou com o lançamento de Magic, com diversas canções românticas. O destaque foi o hit " In The Morning". Aproveitou para emendar turnê por todos os Estados Unidos. Em 2005 lançou o DVD Don Grusin-The Hang, com Perry como convidado especial. Em 2006 brindou os fãs com o CD Love Songs, mostrando que sua voz é uma das mais lindas da Black Music dos Estados Unidos. Para este ano de 2013, é legal ouvir o CD Say Yes, trazendo entre várias canções a inesquecível "You Send Me", num arranjo maravilhoso, onde o piano Rhodes e Perry dão um show.




Nancy Sinatra: a filha pródiga de Frank Sinatra

Nancy herdou do pai famoso o dom de cantar bem
   Nem sempre acontece de o filho herdar o dom do pai ou mãe para talentos artísticos. Nancy Sandra Sinatra é exceção. Nascida em 1940, ela brilhou bastante nas décadas de 1960 e 1970, quando emplacou vários hits nas paradas de sucesso de todo o mundo. Suas músicas embalaram diversos bailes de garagem, principalmente no Brasil, pois as batidas das canções eram ideais para os casais dançarem samba-rock.
 
  Nancy Sinatra nasceu  em Jersey City, Nova Jersey. Ela era a mais velha dos três filhos de  Frank Sinatra e sua esposa, Nancy Barbato Sinatra. Com 11 anos, a menina já estudava piano, depois fez o mesmo com Artes Dramáticas, além de aulas de canto.

  Aos 20 anos (1960) começou a carreira de cantora estreando na mostra Timex Frank Sinatra, para em seguida assinar com a Reprise Records. Suas canções tornaram-se populares na Europa e Japão. Seis anos depois tinha forte imagem sexy e estourou nas paradas com o hit "These Boots Are Made for Walkin". Ficou na memória de muitos adolescentes a imagem de Nancy cantando de shorts e botas pretas...Durante a Guerra do Vietnã muitos soldados adoravam seus pôsteres nos quarteis e nos quartos, principalmente durante a noite..

  Depois ela começou a aparecer em diversos programas de televisão dos Estados Unidos, como o famoso The Ed Sullivan Show (o Silvio Santos dos norte-americanos), além de filmes, como "O Fantasma" (1966). Também teve presença marcante em "O Último dos Agentes Secretos (1967), "Os Anjos Selvagens" (1967), e Speedway (1968) junto com Elvis Presley.

  Mesmo gostando do trabalho de atriz, Nancy preferiu continuar cantando. De 1966 a 1967, Lee Hazlewood produziu a maioria dos seus hits, incluindo "Sugar Town", "How Does That Grab You, Darlin?" Ela gravou a música tema de James Bond, You Only Live Twice e hit, ao lado do pai Sinatra, "Somethin Stupid". Não deixou de lado canções populares, como "Sand", "Summer" e " Some Velvet Morning".
 
  Em 1980 Nancy tirou umas férias para aumentar e se dedicar mais à família.  Só retornou em 1995 e continua trabalhando até hoje. Aos 72 anos continua com o mesmo pique, assim como ocorria com o seu pai, que soltou sua voz até quando deixou para sempre o show biz para entrar na eternidade.






sábado, 16 de março de 2013

Shirley Brown: a voz de "Woman to Woman"

Intérprete excelente para baladas românticas


Shirley Brown é cantora talhada para interpretar baladas românticas, daquelas para espantar dor de corno quando procuram night club visando relembrar o amor perdido por meio de várias doses de whisky. Nascida em 1947 em West Memphis, logo cedo mudou-se para St. Louis. Aos dez anos de idade já cantava no grupo de louvor da igreja onde sua família congregava. Não demorou para ganhar respeito de vários moradores da cidade.


  No final da adolescência partiu para a música secular e passou a cantar com diversos artistas de Soul Music de St. Louis. Suas primeiras canções produzidas por Oliver Sain não fizeram sucesso em nível nacional, porém provocaram barulho na cidade onde morava. O hit “ I Ain´t Gonna Tell” e “Love Is Built On a Strong Foundation” abriu o caminho para ela entrar na disputada Stax Records, uma das grandes gravadoras de Black Music dos Estados Unidos nas décadas de 1960 e 1970.

  O gerente Albert King cacifou Shirley Brown e em 1974 ela estourou nas paradas com a canção “ Woman to Woman”. Logo os compositores James Banks, Eddie Marion e Henderson Thigpen a procuraram para que cantasse o RAP “Mockingbir” recusado por Inez Foxx. Shirley lançou mais dois singles pela Stax, “ It Aint´t No Fun” e “ It´s Worth a Whippin´”. Em 1977 assinou contrato com a Arista Records e gravou “Blessed Is the Woman (With a Man Like Mine)".

 Não teve sorte.  Lançou "Givin' Up" e  "I Can't Move No Mountains." Mas não foi bem nas paradas de sucesso.  Mudou de gravadora e lançou o hit  “You Got To Like What I Do” pela 20th Century em 1980 e repetiu o fracasso.

  No ano anterior, a Stax lançou um disco só canções inéditas de Shirley Brown, o álbum The Real Feeling. Um acordo com o selo Sound Town resultou no disco Intimate Storm, com ela gravando os hits “Leave the Bridges Standing," em 1984, e dois anos depois, "Shootin' a Blank". Depois lançou pela Black Diamond Records o single “"If This Is Goodbye."

  Porém os fracassos seguidos não a desanimaram. Em 1989 entra na Malaco Records. Ali lançou seis álbuns, incluindo um remake. Passou a se apresentar em diversas casas de shows dos Sul dos Estados Unidos e percebeu que seu grande sucesso continua sendo “Woman to Woman”.  O CD mais recente dela saiu em 2009, Unleashed.

terça-feira, 12 de março de 2013

The Elgins: Tão bons quanto máquina de costurar roupa


The Elgins, da Califórnia, balançaram as paradas nas décadas de 1950 e 1960

   No Brasil dos anos de 1950 e 1960, Elgin era nome de marca de máquina de costura. Mas nos Estados Unidos, nessa mesma época, tornou-se sinônimo de bons grupos musicais, especialistas em gravar baladas no estilo R&B. No final da década de 1950, a rapaziada do The Elgins, da Califórnia, se uniram e começaram a fazer a diferença nas paradas de sucesso. Composto por Jimmy Smith, William Devase, Darryl "Cappie" Lewis, Kenny Sinclair e Oscar McDonald.

   Todos  experientes na arte de cantar Black Music. Por exemplo: Lewis e Sinclair eram membros originais da banda The Six-Teens, liderada pelo primo de Lewis, Trudy Williams. Eles estouraram nas paradas em 1956 com o hit "A Casual Look". Lewis, Devase e Sinclair tinha sido colegas de escola. Até o final da década de 1950, os meninos iriam se unir, pois com Jimmy Smith, vice campeão num concurso de caça talento no Texas, quando o mundo conheceu Johnny Nash, autor da célebre "I Can See Clearly Now" .

  No início da década de 1960 eles chamam a atenção de George Brown, da Titan Records. Ali emplacam hits como "Lonely  Hearts Club", "Bad Man", "My Illness", "Uncle Sam´s Man", "Casey Cop", "Finally", "Johnny I´Sorry", "You Got Your Magnet On My Baby" e "I Left My Heart In The Big City", anos mais tarde regravada por Jermaine Jackson.

  Em 1965 lançaram o último disco pela Valiant Records, não chamando muito a atenção da crítica. Sinclair, Devase e McDonald continuaram cantando entre 1968 e 1970 com um grupo que foi denominado "The Bagdads. Lançaram três singles pela Double Shot Records. No início da década de 1990 todos os membros originais da banda The Elgins se reuniram e passaram a realizar shows repletos de flash backs.




The SOS Band: o calor da Disco Music da década de 1970


A The SOS Band é outra banda que surgiu na década de 1970
  No auge da Disco Music, na segunda metade da década de 1970, em Atlanta surgia  The SOS Band, liderada por Mary Davis e famosa por explodir nas paradas com o hit "Take Your Time (Do It Right)" em 1980. Antes do nome final eram conhecidos como Santa Monica. Em 1983 se uniram a Jimmy Jam e Terry Lewis e passaram a criar diversos hits de R&B, entre eles "Just Be Good to Me", "Borrowed Love", "No On Gonna Love You", "Just The Way You Like It" e "The Finest".

  A dupla de produtores Jam/Lewis popularizou o uso do equipamento Roland TR-808 na Black Music dos Estados Unidos. A banda, embalada pelo sucesso, emendou diversas turnês. Na década de 1990, o hit ' Just Be Good to Me" foi regravado por Norman Cook e Fatboy Slim. Ela ocupou os primeiros lugares nas paradas do Reino Unido, como "Dub Be Good To Me".

   O segredo do sucesso da The SOS Band foi a linha de baixo trabalhada por Jam/Lewis no hit "Guns of Brixton", regravada por Shayne Ward em 2007 no CD Breathless. O mesmo ocorreu com "Tell Me If You Still Care", que Janet Jackson colocou no seu álbum de 2006. Antes desses estouros, Mary Davis deixou a banda em 1987 para apostar numa carreira-solo. No seu lugar entrou Chandra Currelley. Porém em 1994, Davis percebeu que entrou em barco furado e retomou seu posto na The SOS Band. Continuam em atividade, ganhando dólares em shows onde apresentam os sucessos do passado.




segunda-feira, 11 de março de 2013

Candi Staton: outra grande dama da Black Music


Entre 1969 e 1974, Candi colocou vários hits nas paradas de sucesso de todo o mundo 

  Quem gosta de Soul Music de qualidade precisa ouvir Candi Staton. Mesmo na era da Disco Music, de 1973 até 1979, ela reinou absoluta nas pistas de dança. Em 1974 teve o hit " In The Ghetto" indicado ao Grammy. Outra canção dessa época é  "I´m Just A Prisioner (Of Your Good Lovin´) ". Nos shows dela o coração dispara quando começa a cantar "Breaking Down Slow", balada gravada primeiro por Lee Roy Parnell e Bonnie Bramlett.

  Outro destaque é "Who´s Hurting Now?", trazendo ao palco a vibração do Funky da década de 1960. A canção foi enviada por um duo de dança britânico, Groove Armada, em 2006. Enviaram apenas a melodia e pediram para Candi colocar a letra. O resultado é nitroglicerina pura em forma de música. "Mercy Now" revela a preocupação com o rumo atual do mundo. Na verdade a letra é uma oração, pois fala de misericórdia que Deus precisa ter com os Estados Unidos e outras nações. A canção fala da alegria de ter o primeiro presidente negro na nação mais poderosa da terra e do cumprimento das promessas de campanha. Candi é consciente que nem tudo poderá se tornar realidade, mas pelo menos parte disto.

  Outra música que sacode a plateia é "Young Hearts Run Free", que em 1976 ficou no primeiro lugar da parada de R&B da Billboard. Também coloca no palco o hit " I Don´t Know", gravado por Baby Washington em 1968. Merece destaque uma canção composta por um motorista de ônibus escolar no Canadá, Connie Knapp. Ele compôs, junto com David Graham, "Lonely Don´t". A letra fala da solidão sentimental, que bateu com o momento vivido por Candi, mesmo em se tratado de forma temporária. Ou seja, até encontrar o par que tenha a química certa do amor.


   Entre inúmeras belas canções, Dan Tyler escreveu "Light in Your Eyes", cuja letra fala do período depressivo passado pelo filho. A inspiração surgiu durante uma partida de futebol, quando ele notou a perda do brilho nos do rapaz. Logo virou canção. Nos shows de Candi Staton é possível ver que ainda existem belas músicas, que tocam fundo no coração, não apenas besteiras repletas de rimas pobres e canções infantis.







Bill Withers: uma fábrica de grandes sucessos

As canções de Bill Withers não precisam de elogios, elas falam por si
    Por volta de 2009, no competitivo American Idol (programa semelhante ao The Voice nos Estados Unidos) o candidato campeão Kris Allen resolveu cantar o hit "Ain´t no Sushine", regravada em 1974 por Sivuca, quando ainda morava na Terra do Tio Sam. A repercussão foi intensa. O show Biz retirou das férias forçadas Withers, quando estourou nas paradas de todo mundo interpretando essa música.
  Mary J. Blige tinha feito o mesmo com "Lean on Me" no Lincoln Memorial de Washington numa festividade para o presidente Barack Obama. Na campanhada de Bill Clinton, o Democrata usou outro hit dele: "Lovely Day. O público também se lembra da canção "Telephone Call Away" num dueto de George Benson com Lalah Hathaway.


  Para deixar a cobertura do bolo de Withers mais bonita, em 2012 a Legacy Recordings lançou uma caixa de CDs, composta de nove álbuns, com diversas músicas, a maioria clássicos. Entre elas está o show inesquecível realizado em 1974 no Zaire, antes da luta de Muhammad Ali e George Foreman.
 
A história de Withers começa aos cinco anos de idade, quando a família percebeu que o garoto tinha jeito para cantar. Nascido em Slab Fork, West Virginia, lugarejo com 200 habitantes, ele era o filho mais novo de seis irmãos. Aos 17 anos alistou-se na Marinha. Após o serviço militar quase no final da década de 1950 chegou a Los Angeles em 1967 e começa a estrada no show biz. Mostrou uma fita demo à rapaziada da Watts 103 Street Band e Ray Jackson, arranjador e tecladista, o apresentou a Forrest Hamilton. Ele o levou à Sussex Records.

  Ali Booker T. Jones produziu seu primeiro álbum. O disco Just As I Am ganhou o Grammy daquele ano. Saiu de uma empresa aérea e reuniu os membros da Watts 103 Street Band para turnês nos Estados Unidos e outros países.

  O segundo álbum, Still Bill, trouxe hits como "Lean on Me" e "Use Me", além de apresentação ao vivo no Carnegie Hall. Em 1974 sai da Sussex para entrar na Columbia Records. No ano seguinte estourou nas paradas com "Hello Like Before" e repetiu a dose em 1976 com " Make Love to Your Mind", fez o mesmo em 1977 com "City of the Angels" e a famosa "Lovely Day", de 1979. "Just The Two of Us", com o saxofonista Grover Washington tornou-se o ponto alto da carreira de Withers, com quatro indicações ao Grammy e ele ganhando o Prêmio de Melhor Canção de R&B.

  Na década de 1980 "Soul Shadows", ao lado da banda The Crusaders, marcou um grande projeto naquela época e o disco In The Name of Love recebeu a indicação ao Grammy de 1984, como melhor vocal. Em 1988 ele ganhou seu terceiro Grammy por causa da interpretação de "Lean on Me". Por causa desse cacife, várias estrelas da Black Music dos Estados Unidos gravaravam letras de Withers, entre elas Liza Minelli, Aretha Franklin, Diana Ross, Nancy Wilson, Joe Cocker, Mick Jagger, Michael Jackson, entre outros.

    Com diversas canções tornando-se trilhas sonoras de filmes, como Jerry Maguire, Notting Hill, O Guarda Costas e também nas emissoras de televisão a cabo, Withers já escreveu o seu nome na história da Black Music dos Estados Unidos. Em 2006 foi homenageado pela Sociedade Americana de Compositores, Autores e Editores, por causa de suas inúmeras letras. No ano seguinte, o hit "Lean on Me" foi consagrado no Hall da Fama do Grammy. Após 41 anos desde sua chegada ao show biz, ele continua escrevendo e cantando hits capazes de mexer com o sentimento, como se fosse alguém olhando pela janela do mundo.




sábado, 9 de março de 2013

Steve Lawrence: ícone das décadas de 50 e 60

Steve mantém dupla com a esposa Eydie, há mais de 50 anos


O auge de Steve Lawrence (Sidney Liebowitz) foi nas décadas de 1950 e 1960, quando estourou nas paradas e formou dupla, com sua futura esposa Eydie Gormé. Com 77 anos continua em atividade cantando hits Pop e Jazz. Filho de pais judeus, em 1952 (aos 19 anos) conheceu a futura mulher, Eydie Gormé, e acabaram convidados a participar do programa The Tonight Show, muito famoso na época nos Estados Unidos.

 Dois anos depois casaram-se. Em 1963, Steve estourou nas paradas com o hit " Go Away Little Girl", de autoria de Carol King. A canção acabou regravada por diversos cantores. Na década de 1970, Steve e Eydie centraram forças num repertório Pop Romântico, incluindo hits de outros intérpretes que viraram eternos sucessos. As apresentações da dupla são famosas nas emissoras de televisão norte-americanas, cassinos e rádios.

  Steve conseguiu a proeza de ter vários de seus hits ("All, Or Nothing At All", "Come Fly With Me" e "Night & Day") admirados por Frankie Sinatra, conhecido por seu rigor em matéria de arranjos. Frankie, pouco antes de morrer, presenteou Steve com vários arranjos originais dessas canções. 
Com essa bagagem, Steve e a esposa e parceira Eydie dão se ao luxo de montar um show só com remakes de suas músicas. O público adora, por que são poucos os artistas que podem fazer isso, principalmente nos dias de hoje, quando a mediocridade invadiu o show biz mundial. 

Barbara Lynn: outra grande lenda do Blues

Barbara continua uma lenda no Blues

  Muitos sabem que o show biz é uma arena onde os leões devoram seus pares todos os dias. Não é fácil entrar e mais difícil resistir, produzindo músicas de qualidade para se manter no topo das paradas e virar amigo íntimo do sucesso. A blueswoman Barbara Lynn é exemplo disso. Aos 71 anos é ainda grande referência quando se fala de Rhythm and Blues. Cantora e compositora, é conhecida do público por causa do hit " You´ll Lose a Good Thing", que estourou nas paradas em 1962.

 Nascida no Texas, quando criança já tocava piano, porém mudou para a guitarra, inspirada por lendas do Blues como Slim e Jimmy Reed e artistas como Elvis Presley e Brenda Lee. Ganhou diversos concursos de caça talentos e formou uma banda só com mulheres na década de 1950. Não demorou para passar a se apresentar em clubes do Texas.

  A experiência a levou a ser vista pelo cantor Joe Barry. Ele a apresentou ao produtor Huey P. Meaux. Dai foi para a Sugarhill Recording Studios e várias gravadoras de Nova Orleans a conheceram. Escreveu em parceria com Meaux a canção " You´ll Lose a Good Thing". Lançada pela Jamie Records, o hit chegou ao primeiro lugar da Billboard R&B e Top 10 da Billboard Hot 100 em 1962. A música acabou regravada por Aretha Franklin. Lynn aproveitou a deixa e lançou um disco com dez de suas letras.

  Emendou turnês junto com astros como Gladys Knight, Stevie Wonder, Smokey Robinson, Dionne Warwick, Jackie Wilson, Sam Cooke, Otis Redding, James Brown, Al Green, Carla Thomas, Marvin Gaye, Temptations e B.B. King. Ficou ao lado da nata da Black Music norte-americana. Fez show no lendário Apollo Theater, no American Bandstand e teve a canção "Oh Baby (We´ve Got a Good Thing Goin´" (1964) interpretada pelos Rolling Stones.

   Ficou na Jamie Records até 1966. No ano seguinte assinou com a Meaux Tribe e lançou o hit "You Left the Water Running", regravado por Otis Redding e outros cantores. Em 1968 foi para a Atlantic Records e gravou o álbum Barbara Lynn. Aos 28 anos (1970) casou-se, teve três filhos e por causa da grana curta liberada pelas gravadoras resolveu ficar longe do show biz nas décadas de 1970 e 1980. Porém em 1984 visitou o Japão e gravou um disco ao vivo, You Don´t Have to Go.

  Após a morte do marido , retomou a carreira e voltou ao Texas para morar com a mãe. Aproveitou para fazer outras turnês internacionais, inclusive na Europa. Em 1994 gravou seu primeiro álbum de estúdio após 20 anos de ausência, So Good e lançou diversos discos em várias pequenas gravadoras. Continua em atividade e morando na cidade onde nasceu: Beaumont, onde tudo começou em 1942.