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#BMW - Morre #QuincyJones, o gênio da produção de grandes discos

Luís Alberto Alves/Hourpress

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Randevyn Pierre: certeza que a Black Music ainda tem futuro


    Randevyn Pierre é um artista independente de Pop Music, além de cantar, compor e ser músico. O seu talento foi visto pela primeira vez na Alemanha, quando era vocalista de um grupo de louvor ao lado do pai. Nesta época tinha dez anos. Depois mudou-se para os Estados Unidos, três anos depois e começou a tocar piano e órgão na igreja local, em Colorado Springs.
   Quando era estudante de Ensino Médio gravou sua primeira canção gospel pela Verity Records. Pouco depois mudou-se para Atlanta e ali seu talento aflorou de vez. Chamou atenção de vários músicos, como o rapper Chris Ludacris Bridges, ganhando Disco de Platina de R&B. Randevyn foi convidado para tocar piano numa pequena gravadora.

   Após participar com sucesso no Fox´s American Idol. Ali fundiu e liberou uma coleção de canções de Soul de sua autoria. A visibilidade musical de Randevyn começou em 2005, quando uniu-se a Johnson Sincere, CEO da J Intertainment, em Atlanta, despontando como artista principal.

   A partir dai lançou série de hits intitulados SunTrain. Embora gravado numa empresa de pequeno porte, acabou ganhando vários prêmios de música independente e tocado em diversas emissoras dos Estados Unidos, Europa e Ásia. Seu primeiro CD entrou na Billboard Radio &Records.

   Em 2007 suas parcerias o levaram ao Grammy. Apresentou-se pela primeira vez no Carnegie Hall. Foi para a India. Arie e passou a produzir seu próprio material como pianista, cantor e compositor. A decisão de criar música a partir de seus arranjos de piano originais provocou grande mudança no seu som. Mais tarde associou-se a Mike Philips, do Club Drummerboyz. Seu caminho profissional já entrou na rota dos grandes produtores.

Rafiya: herança viva do som da África

   A vida artística de Rafiya é curiosa. Nascida em Los Angeles com os pais congoleses (pai e mãe diplomatas). Por causa disso viajou durante muitos anos, além de viver no Congo, Cabo Verde, Benin, Senegal, Barbados e Costa do Marfim.
   Em 2001 mudou-se para Filadélfia, onde participou da Temple University. Ali formou-se em Sociologia e Espanhol. Enquanto frequentava a escola em tempo integral, Rafiya encontrou tempo para trabalhar com artistas locais, absorvendo suas técnicas e sabedoria. Tudo para enriquecer o seu som.
   Ela já trabalhou com Oscar Kidjo, gravou no estúdio Youssou N´Dour e fez turnês na França e Norte da África com o rapper francês Mokobe. Toda a colaboração, sessão de estúdio e desempenho reforçou sua crença sempre presente de iria gastar parte de sua vida para fazer música, fazer as pessoas sorrir, dançar e pensar. Rafiya compõe e canta sobra a experiência humana em francês e inglês.

Rahni Song: repleto de belas influências musicais

  Rahni Song sempre foi influenciado pelo talento musical dos pais. Também teve como parâmetro artistas como Herbie Hancock, Bernard Purdie, Dupree Cornell, Rainey Chuck, Gene Page, Aretha Franklin, Donyy Hathaway, Stevie Wonder e Roberta Flack. Ou seja, gente de primeiro time da Black Music.
  Ele começou a concentrar o interesse na área de produção e engenharia. Era a pessoa que os produtores gostavam de ter na retaguarda. Entrou no circuito ao lado de Quincy Jones, Thom Bell, Norman Whitfield, Frank Wilson e Maurice White, o criador da Earth, Wind & Fire no final da década de 1960.
  Ao ver uma gravação de Melba Moore num programa de televisão, surgiu a inspiração para criar e produzir artistas. Aos 19 anos fundou uma gravadora ao lado do amigo e parceiro de negócios, Jim Ragland. O primeiro lançamento foi da banda Family Love com o álbum gospel A Different Drummer.
  No final da década de 1980 continuou na produção de projetos Gospel, como Amazing. Durante aparição promocional numa loja de música, promovendo o álbum A Different Drummer conheceu Boosty Collins, cantor da Warner Brothers Records. Anos depois se encontraram novamente e passaram a colaborar profissionalmente.
   Junto com George Clinton compôs o single “Work That Sucker to Death” e depois “Krack Krackity”. Rahni logo se tornou presença marcantes nas gravações de Collins Bootsy e George Clinton, tocando teclados em single como “Atomic dog”. Em seguida passou a fazer arranjos de cordas para Ben E.King, cujo disco estava sendo produzido pelo filho Benny Jr. Ele continua trabalhando como produtor, compositor, arranjador, engenheiro de gravação, músico e educador.

Felton Pilate: outra caminhada longe do ConFunShun

...Felton Pilate foi uma das grandes vozes da banda ConFunkShun. Como ocorre na maioria dos grupos em todo o mundo, quando alguém se destaca, logo coloca o pé na estrada numa bem-sucedida carreira-solo. Exemplos não faltam no Exterior e Brasil. O mar escolhido por Pilate para navegar é o do R&B, recheado de inúmeras baladas, cujas letras falam muito de amor, deixando em segundo plano a luxúria.
   Isto é visível no álbum Nothing But Love Spoken Here. Essa faixa se complementa com outras dez. A canção que carrega o disco fala de um dia muito quente, um conto de amor verdadeiro, tudo recheado com bons arranjos. É bonito ouvir o hit “In Time”, de refrão lindo. Com “Different Lives” ocorre o mesmo, cuja história melancólica aborda a questão do arrependimento. “You Keeping Your Promise”, composta para os Stylistics, ficou mais bonita na voz de Pilate. A canção “Just for You” teve dueto com A Taste of Honey Johnson Janice-Marie.
   O diferencial de Pilate é a facilidade para produzir, compor a maioria de suas músicas ou mesmo as faixas instrumentais. Dentro do estúdio, ele domina a arte de gravação e mixagem. Para entender o sucesso dele é ver sua trajetória com a banda ConFunShun, quando gravaram dez discos, resultando num Disco de Platina e quatro Discos de Ouro consecutivos. Foram diversos singles que estouraram nas paradas dos Estados Unidos.
   A lista é grande, mas algumas marcaram presença nos bailes e rádios, como “Chase Me”, “Straight From The Heart”, “(Let Me Put) Love On Your Mind”, “All Up to You”, “Baby, I´m Addicted (Right on Your Love)”. Após a saída de Pilatos, o ConFunShun prosseguiu na caminhada, inclusive lançando outros álbuns, é claro sem o brilho de antigamente. O talento de Pilatos é inquestionável. Basta ouvir sua produção e composição para o rapper Phenom MC Hammer, entre 1989 e 1992, resultando em 30 milhões de cópias vendidas, cuja canção “Please Hammer not Hurt” foi o número 2 de todos os tempos de venda de R&B nos Estados Unidos. Além dos prêmios como Grammy, Billboard e Soul Train.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Booker Pittman: um dos melhores saxofonistas do mundo


A história de Booker Pittman é interessante. De família tradicional, seu avô teria fundado a primeira universidade para negros nos Estados Unidos, o Tuskegee Institute. Sua mãe, Portia Pittman, lecionou música para diversos Jazzmen na década de 1920, entre eles Sam Price e Budd Johnson.

Nascido em 1909, no Dallas, Estado do Texas (a Paraíba dos norte-americanos), aos 21 anos já aparecia no cenário jazzístico de Kansas City. Ali fez parte da big band de Lucky Millinder e junto com os rapazes foram para a Europa em 1933. Acabou conhecendo o clarinetista, saxofonista e regente Romeu Silva e com ele gravou alguns discos com a cantora carioca Josephine Baker.

Silva era especialista em ritmos do Brasil, como Maxixe, Samba e Frevo. Essa particularidade despertou curiosidade de Pittman pelo Brasil. Em 1935 Silva veio com Pittman e diversos músicos estrangeiros. O cacife dele era grande, pois já havia tocado com Louis Armstrong e Count Basie, nos Estados Unidos e Europa nas décadas de 1920 e 1930.

Como era o auge do Cassino da Urca, Pittman ficou no País até 1969, quando faleceu. Nas décadas de 1950 e 1960 tocou ao lado de grandes artistas brasileiros, pois muitos o considerava um dos maiores saxofonista da história do Jazz. Continuou a carreira e viveu muitos anos em Copacabana, tornando-se amigo do playboy Jorge Guinle e Pixinguinha. Era pai da cantora Eliana Pittman. Nas décadas de 1960 e 1970 ela fez muito sucesso.


Pleasure P: longo caminho pela frente



Pleasure P é o condinome artístico de Marcus Ramone Cooper, cantor e compositor de R&B. Ele sentiu o gosto doce do sucesso quando era membro do grupo Pretty Ricky em 2007.  Naquele mesmo ano seguiu em carreira-solo. Lançando o primeiro single "Will you Wrong" em 2008. Ficou entre as 20 mais no top de R&B/Hip-Hop da Billboard Hot 100. Outra faixa que estourou foi "Boyfriend". Em 2009 lançou a música "Under". Sua carreira ganhou impulso com o hit "Flo Rida", do CD Roots. Agora em 2012 saiu o segundo álbum: I Love Girls. Ele é o primeiro CD fora de seu novo contrato de gravação com a E1 Music. Pleasure aproveitou para trabalhar o segundo single: "I Really Need to Know".

Freda Payne: longevidade na Black Music

Freda Payne é conhecida por vender milhões de discos com o hit "Band of Gold" na década de 1970. Também é atriz de diversos filmes musicais e de talk show na televisão norte-americana. Com 70 anos, nascida em Detroit, cresceu ouvindo a nata da Black Music: Ella Fitzgerald e Billie Holiday. Na adolescência participou do Instituto de Artes Musicais de Detroit.

Logo começou a cantar em programas de rádios, principalmente jingles e ganhou diversos concursos locais de caça talentos. Em 1963, aos 20 anos, mudou-se para Nova York e trabalhou com Quincy Jones, Pearl Bailey e Bill Cosby.  No ano seguinte gravou seu primeiro disco After the lights go out and Lower Great More! Em 2002 este álbum acabou editado como CD no Japão. Em 1967 grava o segundo disco, também na linha de Jazz: How do you say I do not Love You Anymore pela MGM Records.

Nessa época apareceu em programas de TVs, incluindo diferentes shows como The Merv Griffin Show e The Tonight Show Starring Johnny Carson. Freda Payne, em 1969, retorna a Detroit junto com os seus amigos Brian Holland, Lamont Dozier e Holland Edward Jr. Foi convencida assinar contrato com a recém-criada Invictus Records.  Nesse mesmo ano estourou com o hit "Unhooked Generation".

Pouco tempo depois, os donos da gravadora sugeriram que ela gravasse "Band of Gold", escrita por Lamont Dozier, com o pseudônimo de Edythe Wayne, e Ronald Dunbar. No começo de 1970, a canção virou epidemia Pop nas paradas, chegando ao terceiro lugar nos Estados Unidos e primeiro no Reino Unido, por seis semanas consecutivas. Ganhou o primeiro Disco de Ouro, ao  vender 2 milhões de discos.

Pouco tempo depois lançou outro disco com os hits " Deeper and Deeper", "You Brought the Joy" e a canção de protesto contra a Guerra do Vietnã, "Bring the Home Boys", que lhe renderam o segundo Disco de Ouro em 1971. Até 1973, Freda Payne lançou três álbuns pela Invictus Records: Contact (1971), The Best of Freda Payne (1972) e Reaching Out (1973).

Foi para a ABC e depois Capitol Records, mas não desfrutou do sucesso comercial encontrado na Invictus Records. Ali gravou um dueto com o grupo Tavares, "I Wanna See You in Brief" em 1977. Até 1979 lançou três álbuns no auge da Disco Music, como "Stares and Whispers", " Supernatural High" e "Hot". O primeiro tinha a nitroglicerina "Magnet of Love", produzido por Frank Wilson.

Após essa fase, em 1981, investiu num talk show e trabalhou em filmes e peças na Broadway durante a década de 1980. Porém nunca desistiu da música. Em 1982 lançou o hit " In Motion" para o selo Sutra Records, em Nova York. Aproveitou e fez o remake de "Band of Gold" com Belinda Carlisle. Em 1990 lançou três canções para Ian Levine, além dos álbuns Freda Payne Sings, I Hate Barney Songbook, A Parody e An Evening with Freda Payne: Live in Concert. Nesse período investiu na carreira de atriz.

No começo de 2001 lançou o CD Come See About Me para a Volt Records, cuja faixa título é um remake de The Supremes. Dois anos depois apresenou o show Love & Payne, com Darlene Love em Nova York.  Em 2009 marcou presença no programa American Idol e cantou "Band of Gold". No ano seguinte uniu-se a Kanye West, Jordin Sparks, Jennifer Hudson, Barbra Streisand e diversos artistas no show We Are The World para o Haiti. Ao lado de Cliff Richard, em 2011, gravou o dueto "Save a Life". Novamente interpretou seu hit eterno "Band of Gold.


The Persuaders: grande grupo vocal da década de 1970


O grupo The Persuaders nasceu em Nova York e tiveram muita fama na década de 1970, principalmente por causa do hit "Thin Line Between Love and Hate ", com o primeiro álbum vendendo mais de 1 milhão de cópias e ganhando o Disco de Ouro. Com Douglas "Smokey" Scott, Willie Holanda, Thomas Hill, James Holanda e Charles Stoghill, eles tinham perfeita harmonização.

O conjunto interpretava lindas canções nos estilos Soul e R&B, marca registrada dos irmãos Poindexter, Ricahrd e Bobby responsáveis pela produção dos hits da banda no começo dos anos de 1970. Regravaram músicas de outros artistas como Gladys Knight & The Pips ("Best Thing That Ever Happened to Me"), "Some Guys Have All The Luck", de Robert Palmer e Rod Stewart.

Em 1976 eles gravaram um álbum distribuído pela CBS Records, sob batuta dos produtores Baker, Harris, Young, batizado de It's All About Love". O álbum teve outras faixas de sucesso, como "Love It", "Count the Ways", "I Need Love", " The Quickest Out", ""Who is Going to be Tonight", "Sure Shot (Gamblin ´On A Sure Shot)" e "Tryn´To Love Two Woman".

Conseguiram gravar quatro álbuns na década de 1970. Depois os membros originais saíram e entraram novos vocalistas, com o legado do R&B prosseguindo até os dias de hoje. Claro sem o grande sucesso daquela época.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

The Pimps of Joytime: a energia do Brooklin



 
 
Uma banda de nome bem estranho: The Pimps of Joytime (em português seria os cafetões de Joytime). Mas com grande evolução na estrada do show-biz. Em 2010 conseguiram agendar cem shows em diversos clubes e festivais dos Estados Unidos. O carro chefe foi o CD All The Way Live. Apesar de jovens, conseguiram melhorar o desempenho a cada noite. Mantém a energia de início de carreira. Algo que se perde com o passar do tempo.
 
Depois vieram com Janxta Funk! e inundaram a plateia de nitroglicerina. Nascidos no Brooklyn, bairro de Nova York que é verdadeiro celeiro de bons artistas, pavimentaram o próprio caminho. Janxta Funk! é exemplo disso, ao variar diversos ritmos latinos inspirados no Funk e batidas bem dançantes. É bonito vê-los tocando Afrobeat, Rock, Hip-Hop e música eletrônica. No palco eles lembram as grandes bandas de bailes.
 
O grande cabeça da banda é Brian J. Ele passou vários anos transitando entre Nova York, Nova Orleans e Los Angeles, aprimorando sua arte para tornar-se grande artista como multi-instrumentista e produtor. Outra peça importante é Mayteana Morales, com sua linda voz. Outro elo importante é Chauncey Yearwood, responsável pelo molho Funk por meio de ranharas nos instrumentos de percursão e sua voz estilo Soulful. O time é fechado com o baixista David Bailis e Synth na bateria. O show-biz deve agradecer por essa rapaziada ter aparecido em 2005 com a proposta de dar uma nova vida à música ao vivo.