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Luís Alberto Alves/Hourpress

terça-feira, 24 de julho de 2012

Richard Dimples Fields: o cantor que sabia cantar as mulheres


Não é fácil encontrar meio termo na forma como as pessoas sentem quando ouvem Richard "Dimples" Fields cantar. Ou acham que ele era um astuto, inteligente, cantor comum, ou  era um pônei de um truque só que exagerou seu schtick clichê para a melhor parte de duas décadas. A resposta é, provavelmente, em algum lugar no meio.
Dimples era o dono de uma boate em San Francisco há anos e foi num ato popular regional, quando  assinou contrato pela ex-Casablanca Records, na figura de Neil Bogart para sua incipiente Boardwalk Records.


Dimples já estava  com 36 anos na época em que resolveu pular naquele galho, e criou um som definitivamente destinado a um público mais adulto. Nem um grande cantor, nem músico, Dimples pareceu a brisa através de seu  material  versando sobre a personalidade. Sua voz, a luz tênue era perfeito para as canções musicalmente leves, que ele lançou a sua opinião sobre a vida e o amor (principalmente ilícitos).

O primeiro álbum para Boardwalk era bastante popular, proporcionando uma cobertura de acerto de 50 dos hit pinguins como, "Earth Angel". O resto do disco foi, em geral esquecível, salvar uma gravação  que ainda recebe o lucro de hoje.  A canção "She´s Got Papers On Me" foi o lamento de um homem casado olhando para o espelho, preso com uma esposa, mas querendo sua amante. A música de seis minutos é nada de especial até que sua esposa (interpretada por Betty Wright), ouvindo as músicas, as interrupções e rasga através de um discurso retórico hilário de 2 minutos com sua visão da situação. Wright impulsionado "She´s Got Papers" em um grampo de rádio especializada em Soul, e desde o momento mais memorável em qualquer gravação de  Dimples. Também levou ao CD a resposta de  Barbara Mason, "She´s Got Papers (I Got a Man)"
  No outro disco de Dimples, ele trouxe o hit "Is It Ain´t One Things", uma canção onde reflete sobre os problemas em sua vida, quando resolve dar vários presentes para uma namorada feia e grávida, invocando a necessidade de ler o Novo Testamento. Estourou nas rádios de Soul Music. O álbum tinha também o hit "Taking Applications", sequela de "She´s Got Papers" num pós-break up de caráter de Dimples. Nessa época aceitava pedidos de dezenas de mulheres para substituir a matriiz. Quando apresentava nos shows, fazia questão de cantar piscando os olhos para suas fãs.


No início dos anos de 1990 conseguiu lançar vários álbuns pelas gravadoras RCA, Columbia, Capitol e pelo seu próprio selo, Owch., porém com sucesso limitado. Teve algum sucesso como produtor (durante o período nos anos 80, quando era quase necessário para cada cantor  de Soul ter um "grupo de garotas"), ajudando a 9,9 em seu hit de 1985, "All of Me For All Of You. " Seus outros lançamentos, como "Your Wife Is Cheating On Us" e "Dear Mr. Deus" raramente eram tão inteligentes quanto os títulos, ou como o material mais cedo, e ao longo do tempo, ele apareceu para se tornar uma paródia de sua trapaça de loverman persona. Seu último álbum foi em 1994, o disco fala do homem  que ama as mulheres.

Sua trajetória terminou em 2000 aos 58 anos, quando um AVC o matou em Los Angeles. Como ocorre sempre após a morte de algum artista, o público passou a apreciar mais seus maiores sucessos, com parte do material sendo reeditado. 

 No esquema da soul music dos anos 70 e 80, Dimples não era nem um pioneiro nem um dos grandes talentos do período. No entanto era um artista real e trouxe muitos momentos de diversão- se, por vezes, balançando a cabeça.

 

Lee Fields: o homem 100% black music

Lee Field é 100% black music, principalmente Soul Music. Ele é o cantor onde o Funk legitímo e o Soul encontram guarita, principalmente depois do lançamento de disco em selos independentes na década de 1970.

Nunca foi de ficar parado esperando que oportunidades caiam diante de si.
Para não deixar ninguém parado despejou no mercado um álbum de baladas Soul, mostrando que esse gênero nunca vai se acabar.
 
Quando o CD Truth & Soul subiu das cinzas em 2004, a primeira missão dos executivos de sua gravadora, os produtores Jeff Silverman e Leon Michels foi gravar um disco de Soft Soul, com baladas no estilo de O´Delfins, The Stylistics, porém com viés moderno.


Quatro anos mais tarde e Campos Lee & The Expressions criaram com sucesso um som único e pessoal que pode conter as bandas que eles estabeleceram para jogar no mercado. No entanto, o que eles criaram no processo vai além de apenas uma cópia carbono de uma música de Soft Soul  dos anos 60 e início dos anos 70.

A fórmula continua a mesma, mas o estilo foi adaptado para os ouvidos dos jovens, cujas experiências com a Soul Music começou com Amy,  Not Al, Otis e Marvin. Trinta anos de retrospecção coloriu esta fusão trans-geracional das mentes. Parece estranho no papel, mas os resultados são clássicos: coletores de Hip-Hop criados recorde círculo cheio vindo a produzir um álbum de Soul Music com um dos progenitores que fizeram tudo possível.

W.Ellington Felton: o princípe dos teclados

Filho de peixe, só pode ser peixinho. O ditado popular aplica-se a Ellington Felton. Filho do pianista de Jazz Hilton Felton, a música é o sangue que corre em suas veias. Canta, escreve, interpreta e apresenta.

É um dos grandes ícones da Soul Music
, pois usa o talento para ressuscitar esse maravilhoso gênero da black music. Em talento é parecido com Sammy Davis Jr., um grande príncipe da música.

Como poucos, Ellington sabe escrever lindos poemas transformados em canções. É maravilhoso ouvir o Hip-Hop que sai de seus lábios. O teclado do piano repercute a obra-prima composta por ele.

Suas canções românticas, segundo diversos fãs, acabou salvando casamentos ou até mesmo superar a terrível dor provocada pelo divórcio. A química é o estilo de falar de amor, sem cair em clichês, tão comuns neste tipo de canção.

Não demorou para ganhar seguidores de sua música em diversas regiões dos Estados Unidos, principalmente após apresentação magistral no Tatro Apollo. No palco comanda o centro das atenções, tirando partido da formação clássica de ator, visto que estudou quatro anos no Carnegie Mellon University.

É memorável a apresentação em 1999, realizada no Centro Kennedy, durante o Festival Nacional de Teatro Negro, ao lado de inúmeros poetas. No ano seguinte apareceu no filme Breakfast at Bens, de Spike Lee, depois trabalhou em "Multitudes of Mercie",que foi ao ar em 2005, na companhia de Raheem Devaughn &Malcon- Jamal Warner. A trama abordava a conscientização sobre os riscos da Aids para a juventude atual.

Em seguinda completou o CD  "Postcards From The Edge", com participações e produção por: Eric Roberson, Yahzarah, Raheem Devaughn, Kev Brown, Nick tha 1da, K'Alyn e Wajeed de PPP. Caso a vida não pregue nenhum surpresa, W. Ellington tem longa estrada para percorrer na sinuosa estrada do show bizz.

Anthony Faulkner: outra joia do Gospel


Cantor escada. Essa é a definição para Anthony Faulkner. Durante mais de dez anos, ele trabalhou para o sucesso de outros artistas. Ator talentoso, tem aparecido em diversos programas de televisão, incluindo "The Shield".

Durante muito tempo fez backing vocal para diversos cantores evangélicos, como Clifton Davis e Adams Yolanda. Nesse período esteve em turnês mundo afora, cantando música Gospel, e encontrou tempo para concluir o Ensino Universitário.

Após ralar demais, em 2003 montou seu próprio CD e dois anos depois lançou o álbum Faith. Neste trabalho é visível o talento de cantor e compositor, de forma sólida. Para ficar bom, trabalhou como produtor, compositor e todas as letras são espirituais, com várias canções Gospel.

As 11 faixas massageam os ouvidos, todas bem masterizadas e mixadas, sob a competência de Smokie Norful. Destacam as faixas "Stop Searching", num dueto com Nikki Potts e "Let It All Go". Mas a melhor música é "Praise Dwells Within", uma balada em ritmo de Jazz. Valeu o tempo de espera, porque é CD que se ouve sem cansar os nossos ouvidos.

 

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Ricky Fante: o Otis Redding do século 21

Ricky Fante cresceu estudando música Gospel e Soul. O pai era engenheiro do Metrô e a mãe professora de Ensino Fundamental. Ambos gostavam muito de música. Ricky acabou ouvindo vários tipos de gêneros, incluindo Motown, Jazz e Gospel.

Nesse molho não faltaram as influências, inclusive de Elvis Presley e Ohio Players. Na adolescência chegou assistir show ao vivo de Stevie Wonder em Washington. Ali soube que seria no futuro.
Não demorou para participar de concursos e passou a tocar em público.

Após prestar Serviço Militar na Marinha por quatro anos, mudou-se para Los Angeles em busca da realização do sonho. Ganhou um contrato de gravação após vencer um concurso de talentos local, mas nunca lançou um disco. Conheceu o multi instrumentista Scott Rickett e ambos começaram parceria em composição e execução de canções. Tudo resultou na criação do selo Soul Surfer.

A união de um ex-rocker/surfer (Rickett)  de Huntington Beach com um cantor de Soul ex-fuzileiro naval de Baltimore passou a encher as casas noturnas, inclusive trazendo hits com a pegada da década de 1950. Em 2001 lançaram o álbum Soul Surf, recheado de 11 canções.

Nelas são nítidas as influências de Al Green, principalmente no hit "Who Stole The Soul". Esse CD é a pista da boa visão desfrutada pela dupla.  Não demorou para a Soul Surfer encontrar o executivo Josh Deutshe e o escritor/produtor Jesse Harris, autor do single "Don´t Know Why", sucesso na voz de Norah Jones.

No final de 2002 criaram uma cesta de músicas prontas para gravar e lançar. Fante assinou com a Virgin Records e Rewind chegou às lojas em julho de 2004. O objetivo era trazer a Soul Music de volta, mas de forma atraente e organizada, num casamento natural em sentido tradicional. Por que às vezes as canções precisam ser interpretada com energia, em outras de forma suave.

 O CD\Rewind recebeu  uma enxurrada de elogios da crítica, com o Soul de Fante   sendo comparado com Otis Redding, Wilson Pickett e Sam Cooke. A ouvir o primeiro single do disco, "It Ain´t Easy," certamente temos a sensação de uma música de Redding, interpretada de forma  corajosa, e o ritmo clássico e instrumentação do final dos anos 60 de Memphis. É uma introdução em massa dinamite para este novo artista.

Excellent Gentlemen: o Funk e Soul ainda estão vivos

Para quem gosta de  R&B e Funk das décadas de 1970 e 1980 não pode deixar de ouvir os álbuns da banda Excellent Gentlemen. O grupo liderado por David Valentine, Pj Snaxx, Jefferson Sechs, Steveland Swatkins e Dominic Phenomenal honram a velha escola da black music.

Nos shows recordam a famosa talk box, tão utilizada pela banda Zapp na voz de Roger Troutman ou até o Funk de outra dimensão do Funkadelic/Parliament. Mas eles têm, também, o lado suave com baladas no estilo de Tower of Power e Frankie Beverly. Até RAP não falta no repertório. Eles não enganam o público, pois apresentam um show autêntico, investem na essência da Soul Music.

Desde que a banda mudou-se da costa leste, firmou os pés no chão do sucesso. Oriundos de Nova York
mantêm viva a Soul Music autêntica. É legal ouvir o CD Jus Say Yes, com dez faixas bonitas, recheadas de R&B e Funk dos anos 70 e 80. Bem masterizado, produzido, os meninos não hesitaram de chamar o respeitado engenheiro de som David Friedlander. Ele já trabalhou com Prince e George Clinton. Decisão acertada. A banda mistura os sons de Cameo, Zapp, The Gap Band, Tower of Power, Funk Con Shun e Maze. Ou seja, uma vitamina rica em talentos. Para completar, vocalista mistura os tons de Marvin gaye e Stevie Wonder. Só podia dar certo.

Em Just Say Yes, Excellent Gentleman oferece uma alternativa bem-vinda para quem procura mais do que hoje mais sensacionalistas, máquina high-tech hit R & B. Altamente recomendado.

Neal Evans: o multi-instrumentista do Soullive

Neal Evans é outro grande representante do Soullive. Já gravou CDs em selos como Blue Note e Stax, dividiu, também, estúdio com Chaka Khan, Talib Kweli e John Scofield. Percorreu  o mundo de ponta a ponta, fazendo shows no Japão, Brasil, Gana e Rússia, abriu para os Rolling Stones e foi acompanhado no palco por Stevie Wonder. Juntamente com seus companheiros de banda Eric Krasno e Brother Alan. Teve até um dia chamado por ele, como o prefeito de Buffalo, Nova York proclamou oficialmente dia 09 de julho Soulive.

Seu  currículo é rico: escritor, compositor e multi instrumentista, além de cineasta. É hábil em escrever

trilhas sonoras, deixando visível seu amor pela arte de compor. 

Justifica o talento dizendo que cresceu num lar cheio de instrumentos, onde o pai era baterista e ouvinte assíduo de música. Em sua casa tinha licença os hits de Public Enemy  a The Smiths para Bad Brains. Foi fã de Bob Marley e Motown, além de claro de Jimi Hendrix.
Quando fala de compositores, não esquece de citar suas grandes influências como Jerry Goldsmith, Lalo Schifrin, Ennio Morricone, John Williams e Burt Bacharach. Não sua avaliação grandes compositores, pois conseguiram compor hits para filmes que viraram sucesso no rádio.

Como compositor de trilha sonora, em 2008 estourou no filme "The Black List", que estreou no Festival de Sundance. Ele virou seriado na HBO. Ele conta a história de um grupo de afro-americanos que lutaram e venceram nos Estados Unidos.

Outra pérola de sua mina, é o CD BANG. Nele prova a música, variando com faixas ao vivo e em estúdio, trazendo as emoções represadas no coração. É um ingrediente essencial para um CD gravado por alguém da estirpe de Neal Evans. Ele não é trilha sonora, nem álbum conceitual, mas todas as canções fazem parte de um enredo.  A essência é tentar fazer com que as pessoas amem as canções e o CD como um todo.


Faith Evans: a bela dama do Hip-Hop

Qualquer termo utilizado para definir Faith Evans não representará a realidade. Ela é acima de tudo.
Nem parece que já passaram mais de 15 anos quando essa linda morena apareceu para embelezar e sacudir o show bizz.

Aquela voz de soprano que a black music precisava conhecer, com a capacidade de dramatizar perfeitamente as canções que saem dos seus lindos lábios.

Qualquer avaliação negativa deve considerar o Grammy ganho por ela, os milhões de CDs vendidos e a autobiografia que o New York Times transformou em best seller.

Em relação a 2005, quando teve três faixas explodindo nas paradas de sucesso, além do destaque de aparecer ao lado de artistas do porte de Estelle, Raekwon, Lil Mo, Kelly Price, Keyshia Cole e Snoop Dogg (felizmente, não todos ao mesmo tempo). Produtores como Malik Pendleton, Mike City , Chucky Thompson  e Carvin e Ivan ajudaram com o trabalho pesado, mas Faith Evans está no total controle criativo e derrama sua essência na música.

É legal ouvi-la cantando "Way You Move", quando se percebe que há grande sintonia com Keyshia Cole. Isto é visível ao vê-los cantando "Can´t Stay Away" ou "Party". Tudo exala perfume agradável e melodias lindas de se ouvir.  É interessante deixar os ouvidos abertos para ouvir o recado que todo homem não gosta de encontrar pela frente no hit "Gone Already" : "Eu estava me sentindo como um homem morto andando, de toda a dor que você está causando/ esperando que as coisas iriam mudar, mas você nunca me deu essa opção .... isso não é o caminho do amor deve ser, eu acho que você não é o homem para mim. "

Outra canção interessante é "Real Things", quando fala de pessoas que procuram comprar as outras por meio de presentes, às vezes até caros. "... comprar caros presentes para substituir o que você sente, não é realmente mostrar o amor / que não é o que somos feitos, gastando o dinheiro não vai manter direito, as coisas reais da vida. ". É bom ouvir as músicas que saem dos lábios de Faith Evans. Ela deixa o Hip-Hop mais belo.


Easy Evans: outra promessa do black music dos EUA


No momento em que a boa música precisa de bons talentos, surge uma nova cara no show bizz, provando que a Soul Music sempre se renova. É o caso de Easy Evans, nascido em Illinois, mas que fixou raízes em Washington DC. Ao ouvi-lo é fácil detectar a herança Soul que variam de James Imgram a Al Green. Ele lembra que aos 4 anos de idade ouviu Al Green cantando "Love and Happiness".

Dai para frente começou a gostar de Soul e dos diversos talentos deste ritmo. para complentar, sua avó cantava música Gospel na igreja e todos a conheciam na cidade. Dons deste tipo não começam e terminam. Logo interessou-se em tocar bateria, depois piano. Tudo de ouvido. Não demorou para começar a compor.

Depois de frequentar vários colégios em Illinois, acabou se formando na Universidade deste estado em tecnologia da informação. Parecia perto de realizar seus sonhos nesta área. Ao contrário de outros artistas que apostam logo em entrar numa gravadora de renome. Evans preferiu o caminho da independência. Gasta o tempo, dinheiro e energia em edificar o nome no show bizz.

A parada é dura, pois compete com vários talentos de Washington e Baltimore. Nesta trilha trabalha em aprimorar suas habilidades vocais e presença de palco. Quando estreou em 2010, acabou tirando conceito próprio deste mercado.

O nome artístico Eazy Evans já mostra aos fãs um som da velha escola da black music, com um toque moderno que está destinado a deixar o ouvinte em um estado de relaxamento. Ele sabe que a Soul Music é um gênero que tem efeito duradouro em todo o mundo. É nesta praia que Eazy Evans começou surfar.