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#BMW - Morre #QuincyJones, o gênio da produção de grandes discos

Luís Alberto Alves/Hourpress

sexta-feira, 23 de março de 2012

Eric Benet e a velha Soul Music da década de 70

Eric Benet já sentiu o sabor de ganhar o Grammy, sonho de muitos cantores. Nascido em Milwaukee, Wisconsin, desde criança adorava música, herança do pai, fã dos clássicos.
Aos 14 anos, em 1980, entrou no Grupo Top 40, depois formou com a irmã Lisa e o primo George Nash Jr.,a banda Benet, lançando um álbum independente, que vendeu 70 mil cópias em 1992.
Mas sua carreira sofreu interrupções
por diversas tragédias pessoais. O pai morreu de câncer e a namorada, mãe de sua filha, morreu em decorrência de ferimentos causados num acidente de carro.
Não segurou a barra e entrou em depressão. Passou a produzir gravações demo para outros artistas.
Só em 1994 assinou contrato com a Warner Bros Records, gravando o primeiro álbum solo True to Myself in Fall. Estouraram nas paradas "Spiritual Thang" e "Let´s Stay Together".  Em 1999 lançou o CD A Day in the Life, com destaque para a faixa "Georgy Porgy", mas o grande sucesso foi "Spend My Life With You". Ganhou Disco de Ouro e indicado ao Grammy 2000 de Melhor Performance R&B. O CD também ganhou um Soul Train Award de Melhor Álbum de R&B e Soul.
Em alta gravou  uma faixa para a Earth Wind & Fogo no CD de 30º aniversário da banda. Participou do CD de caridade para ajudar as vítima do furacão Katrina, Heart of America, ao lado de Michael McDonald, Wynonna JUdd e Terry Dexter. Emprestou seus vocais em álbuns de George Duke,  Chris Botti, Jeff  Lorber e James Boney.
Mas cantar ainda era pouco para ele. Em 2001 estreou no cinema ao lado de Mariah Carey no filme Glitter, também teve destaque no roteiro do show da MTV, Kaya (2007), onde interpretou um produtor musical.
Há seis, o CD Hurricane recebeu elogios da crítica, mas foi o CD Love&Life (2008) a estourar nas paradas, para em 2010 soltar Lost in Time, num disco cheio de homenagens de amor à Soul Music da década de 1970.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Avant: o diamante de Cleveland







Cleveland, em Ohio, é a cidade natal de Avant, ali aprendeu admirar as mulheres que teriam grande importância em sua vida: irmãs e mãe.
Aprendeu que se pode amar alguém, sem esperar algo em troca. A mãe que o incentivou a seguir na carreira de cantor, quando percebeu seu talento em clássicos do R&B de Smokey Robinson, Supremes e Marvin Gaye.
Em 1998b surgiu a primeira oportunidade de ouro, ao lançar o primeiro single: "Separated". A música estourou na programação das rádios e o ajudou a entrar na gravadora já extinta, Magic Music Johnson. Logo lançou o álbum My Thoughts, vendendo mais de 1 milhão de cópias, atraindo vários fãs. Dai para frente o caminho ficou fácil, após gravar os CDs Ecstasy, Private Room e Director. Com eles ganhou Disco de Ouro e Platina.
 

Bashiri Asad carrega o estilo de grandes vocalistas do Soul e Blues

Quem teve o privilégio de curtir o som de Donny Hathaway (parceiro de Roberta Flack em inúmeros sucessos na década de 1970), Stevie Wonder, Sam Cooke (da inesquecível "You Send Me", que desbancou Elvis Presley nas paradas de sucesso de 1957) e Otis Redding, perceberá que Bashiri Asad carrega um pouquinho de cada um deles no seu estilo de cantar, apesar de ele definir o modo de interpretar canções como Soul Indy.
Para não fazer feio nas apresentações, Bashiri treinou muito canto clássico. Como gosta de cantar, uniu a força do talento com a paixão e o resultado o público já conhece.  Em todo show, os fãs ficam eletrizado quando sua banda começa a tocar os primeiros acordes dos principais hits de sucesso dele. Foi assim que teve início a caminhada, quando dava os primeiros passo em Circle City. Parece que a caminhada será longa, principalmente caso continue beber nas fontes do Soul e Blues, que tanto sucesso fizeram nas décadas de 50, 60, 70 e 80. Como a banda Isley Brothers, cujo seu timbre de voz lembra muito os vocalistas desta nitroglicerina que tantas canções famosas ficaram gravadas em nossos corações.

terça-feira, 20 de março de 2012

Ice Cube: a fera do Gangsta RAP

Sem vacilar, Ice Cube (O´Shea Jackson) é um dos grandes nomes do RAP norte-americano, principalmente por causa de suas letras violentas, algumas com fortes críticas ao governo. Algo parecido com as canções dos Racionais MC´s. Além de cantor, é diretor e produtor musical. Um de seus filmes famosos no Brasil foi Os Donos da Rua, da década de 90, retratando a periferia de Los Angeles, tão barra pesada quanto a Baixada Fluminense no Rio de Janeiro ou Jardim Ângela, Zona Sul de São Paulo, nos anos 80.
Ex-integrante do grupo N.W.A, desde o começo de 2000 apostou mais no cinema, deixando as composições de cunho violento de lado. Ice Cube é precursor do Gangsta RAP. O gosto pelos microfones surgiu aos 15 anos, quando passou a escrever enquanto estudava teclado na escola. Para sua sorte, na mesma sala estava o rapper Candyman. Juntou-se ao colega Sir Jinx e formou o grupo C.I.A e passaram a cantar em festas organizadas por Dr.Dre. Ele já tinha contato com as gravadoras. O potencial de Ice Cube foi percebido, logo Dre dividiu com ele letra do hit "Cabbage Patch", depois produziram um disco, lançado pela Epic Records em 1986. Não fizeram sucesso. Ice Cube mostrou a Eazy-E, colega de Dr. Dre, a letra da canção "Boys-in-the Hood". Eazy gravou o hit no álbum N.W.A. and the Posse. Após o lançamento do disco, Cube vai estudar desenho arquitetônico na cidade de Phoenix. Mas volta em 1988, antes do lançamento do álbum Straight Outta Compton, pois havia perdido o lugar na banda. Nesta época, Dre descobre o lado produtor de Cube e o violento com o hit "Fuck The Police". Ambos receberam advertência do FBI para baixar um pouco a bola. Em 1989 saiu do N.W.A. acusando seu empresário de ladrão.
No início da década de 1990 começa carreira-solo, com o álbum AmeriKKKa´s Most Wanted, um dos clássicos do Gangsta RAP, numa parceria com técnicos de produção do Public Enemy. O disco aumentou a popularidade do RAP, apesar de Cube ser acusado de misoginia e racismo. Mesmo assim vendeu 1 milhão de cópias e ganhou Disco de Platina em 1991.
 Na carona do sucesso, Cube contrata a rapper Yo-Yo para administrar sua empresa e ajudou produzir seu disco de estreia Make Way for the Motherlode, além de dar uma força ao seu primo Del the Funky Homosapien. No embalo grava Kill at Will, com sete músicas e ganha Disco de Ouro e Platina.
O álbum AmeriKKKa´s Most  Wanted aborda a questão racial nos Estados Unidos, contando a história de um jovem negro sobrevivendo no gueto, drogas, violência, repressão do estado e a rotineira brutalidade da polícia, como ocorre, também, na periferia do Brasil. Um lado disco, Ice Cube classifica de Lado da Vida e o outro de Lado da Morte. As letras incentivaram depredação de lojas de bebidas de propriedade de orientais, cujos donos Cube acusa de racistas. Resultado: em 1992 várias lojas foram queimadas numa série de distúrbios em Los Angeles. Odisco vendeu mais de 1 milhão de cópias e eleito o oitavo melhor álbum de Hip Hop de todos os tempos pela MTV. Em 1992 lança o álbum The Predator, grande sucesso comercial, sendo o seu primeiro lugar na Billboard 200, vendendo mais de 2 milhões de cópias, além de explodir nas paradas Pop e R&B. As faixas de maior destaque foram "Wicked", "It Was a Good Day" e "Check Yo Self".
 No ano seguinte sua marcha reduziu, ao gravar Lethal Injection, disco não bem recebido pela crítica, mas vendeu o suficiente para ganhar Disco de Platina. Colocou nas paradas as canções "You Know How We Do It" e "Bop Gun (One Nation)".
Depois de 1994 deu um tempo com a música e passou a trabalhar em produções de cinema e na carreira de artistas como Mack 10, Mr.Short Khop, Kausion e Da Lench Mod. Após quatro anos, lançou a primeira parte do projeto War&Peace, feito em parceria com Mr.Short Khop. O destaque ficou para as canções "Pushin´Weight" e " Fuck Dying". A conclusão ocorreu em 2000, com o hit "Hello". O CD ganhou Disco de Platina e de Ouro. Em 2006, Cube grava o CD Laugh Now, Cry Later pela sua própria gravadora, a Lench Mob. Vendeu 144 mil cópias na primeira semana e estourou nas paradas, além de ganhar Disco de Ouro. Em 2010 gravou I am the West, seu nono disco. Nele colocou produtores do porte de DJ Quick, Dr.Dre, E-A. Ski e Sir Jinx. Assim como Mano Brown no Brasil, Ice Cube continua polêmico nos Estados Unidos, marcando forte presença na mídia, mas tecendo comentários coerentes, mostrando que não é um rebelde sem causa.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Teodross Avery é tão bom quanto Jr., Walker

O som do sax de Teodross Avery é conhecido. Já gravou ao lado de Amy Winehouse, James Leela, Roy Ayers, Mos Def, Lauryn Hill, Shakira, Matchbox Twenty, Joss Stone, Talib Kweli, Hargrove Roy e muitos outros. Como músico, Teodross é um dos mais experientes saxofonistas da black music atual.
Sua presença de palco é impressionante. Não segura apenas o instrumento, mas incendeia a apresentação de quem estiver acompanhando. É fácil conferir assistindo programas como American Idol, TRL da MTV, The Ellen Degeneres Show, The Morning Show CBS, quando explodiu tudo ao lado de Shakira, VH1, The Essence Awards, Saturday Night Live, MTV Awards, Billboard Music Awards, Soul Train, Source Awards.
Teodross não é um curioso, tem mestrado em Música pela Escola Steinhardt da Universidade de Nova York e bacharel pelo conceituado Berklee College of Music. Enfim, faz a black music ficar mais  brilhante com o sopro do seu saxofone, como fazia Jr. Walker nas décadas de 1960, 1970 e 1980.




Candace Bellamy: um dos belos vocais do R&B

Candace Bellamy começou a cantar há muitos anos como hobby. Gostou e resolveu fazer aula de canto e depois passou a atuar em produções teatrais na comunidade do Tennessee.
Não demorou muito tempo e formou sua própria banda de Rock e Blues.
Mudou-se para a cidade de Austin e envolveu-se mais ainda com música. Distribuiu seu talento por vários conjuntos de R&B, aparecendo, inclusive, no aclamado pela crítica, "Porgy and Bess", de Zach Scott Theatre, além de ter sido líder de louvor na igreja Gateway. Ali foi convidada para participar de um musical em Nova York. Conheceu Kevin Spirtas, ator muito popular por causa do drama "Days of Our Live". Ele lhe contou histórias sobre suas apresentações e Candace inspirou-se no relato para desenvolver programa parecido, mas com sua ótica feminina.
Não contente retornou para completar os estudos de música na Universidade do Texas. Apareceu em seu caminho Ruth Carter, compositora de canções gravadas por diversos artistas, entre os quais Stevie Ray Vaughn, Brian Setzer e Robert Palmer.  As duas chegaram a trabalhar com Jimmi Hendrix, Wilson Pickett, John Lennon  e Sly Stone, entre outras estrelas do show-biz norte-americano.
Nesta época gravou seu primeiro disco, com Denny Freeman na guitarra, Jimmi Calhoun (contrabaixo), Smith Frosty (bateria), MIke Thompson (teclados) e Bill Carter (guitarra acústica). A partir dai não parou mais, para o bem da boa música.





 

sábado, 17 de março de 2012

Paris Bennett: outro fruto do American Idol


O segredo de Paris Bennett cantar tão bem é escorado nas aulas de canto ministradas por sua mãe e avó, ambas grandes vocalistas. Desde os 4 anos de idade passou a ser educada nessa nobre arte. O esforço valeu. Recebeu elogios de Barry Manilow e Rod Stewart quando participou em 2008 do programa de televisão American Idol, conhecido por revelar diversos talentos nos Estados Unidos. Conseguiu chegar à final, por causa de sua habilidade vocal. Agora aos 18 anos já está pronta para trabalhar seu primeiro CD Dreamin. Por causa do seu carisma terá vida longa nesta longa estrada do show-biz. O principal ela tem: talento para cantar qualquer tipo de gênero musical. Com ótima banda de apoio, vai vender milhões de CDs e massagear nossos ouvidos, ávidos em ouvir artistas talentosos.



Steve Arringhton: a arte de nunca se repetir

Durante certo tempo, Steve Arringhton ficou afastado do show-biz, mas sabia que logo retornaria. Por causa do seu jeito inovador de cantar, como pode ser conferido nos hits "Watching You", "Just A Touch of Love", "Snap Shot" e "Wait for Me", o público logo o teria de volta. Suas canções grudam igual chiclete quando cai na roupa ou sola do sapato. Como se vê com as composições "Nobody Can Be You", "Way Out", "Feel So Real", "Where You Never Been Before" e "Dancin in The Key of Life", além, claro, de "Stone Love", onde mostra todo seu potencial de grande vocalista. O destaque de Steve é que ele nunca se repete ao gravar suas músicas, como ocorre com outros artistas.
O talento já vem de berço. Aos cinco anos de idade tocava bateria em panelas e frigideiras, até que aos sete anos, os avós compraram seu primeiro kit semiprofissional. Com 13 anos entrou no show Batalha das Bandas de Dayton, com diversos músicos talentosos. No último ano de Ensino Médio participou do grupo The Young Mystics.
Em 1975, ele e o amigo Victor Godsey passaram a excursionar com a banda The Murphys. Dois anos depois foi para a Califórnia estudar percursão latina. Em 1982 forma sua primeira banda de funk, com Charles Carter (sax e teclados), Arthur Rhaimes (guitarra), Roger Parker (bateria), Buddy Hankerson (baixo), Gary Jackson (percursão), Victor Godsey (teclados e flauta).
No ano de 1985 tornou-se cristão, durante gravação em Nova York; em 1986 ganhou o prêmio de Melhor Artista Masculino do Ano. Em 1991 afastou do show-biz, tornando-se evangelista, pastor e ministro de música gospel, como ocorreu anos atrás com Al Green.








76 Degrees West é a soma de JB´s e Bar-Kays

Dream team da música é a 76 Degrees West. Banda de apoio de vários artistas norte-americanos, desde 2001 ela  é apontada pela crítica como excelente conjunto. Reúne feras como Jimmy Sommers (saxofonista), Gordon Chambers, Eric Darius, Williams Allyson e Angela Johnson.
Funk e Jazz são caminhos facilmente trilhados pelo grupo. Em 2009 lançaram CD solo e o mercado pode sentir o potencial da rapaziada. Lembram a Bar-Kays da época de Otis Redding e a saudosa JB´s, responsável pelo som classe A de James Brown. Atualmente é composta por Leon Rawlings (baixista), Eddie Baccus (trombone), Thomas Duane (bateria), Allen Theljon (trompete), Vince Evans (teclados), Alfredo Mojica (percursão), Stanley Cooper (guitarra), Gerry Gillespie (teclados). Este time já se apresentou em diversos festivais, além de fazer em vários clubes de inúmeros países. O remake de "Crush School Boy" (Average White Band) é a prova do talento da 76 Degrees West. Ela minstura o Funk da velha e nova escola.


Anointed Pace Sister: a força do gospel tradicional




A música gospel norte-americana é repleta de artistas talentosos. É o que acontece com o grupo Anointed Pace Sister. O CD Return, recheado de letras tradicionais e arranjos ecléticos, todas falando sobre a volta de Jesus Cristo, é a mostra disto.
O grupo é composto por Leslie, Duranice, Phyllis, June, Melonda, Dejauii, Latrice e Lydia. Como o próprio nome sugere (As Irmãs Pace Ungidas), a unção do talento está sobre elas.
O início foi dificultoso, como ocorre com a maioria dos bons artistas, mas hoje elas estão mais maduras. Isto é visível nas harmonias vocais do conjunto. Reconhecem que sem a intervenção do Senhor, o sonho de continuar cantando teria sido interrompido. Speights Micah L, marido de Latrice, foi quem ajudou o grupo no começo, enviando realease a imprensa, visitando as gravadoras, além de incentivá-las. Com mais de dez anos de estrada, elas alertam que o erro de vários cantores gospel é abandonar o ministério após sentir o gosto doce do sucesso. Acabam destruídos, por faltar sabedoria. Reconhecem que artista e gravadora precisam trabalhar duro para manter o sucesso conquistado. Os hits favoritos da banda são "Strategically Ordered", "Words You Say", "Words U Say", "Rescue", "God´s World" e "Contentment".

quarta-feira, 14 de março de 2012

Chris Akinyemi: novo alento na arte de compor e cantar


Com apenas 20 anos de idade, Chris Akinyemi dá nova conotação ao termo cantor/compositor. Nascido em Nova Jersey, já conseguiu cativar a crítica e fãs por causa de suas cativantes melodias, além de ser muito carismático. Aos seis anos já tocava tarol na banda onde estudava. Aos 11 compôs suas primeiras canções falando de amor, na visão do pré-adolescente.
Nas entrevistas repete sempre que teve desejo de sentir e dar amor, ainda que não fosse correspondido. Sozinho aprendeu a tocar violão e piano. Depois uniu-se ao produtor DBoy e conseguiu gravar cinco singles, todas com as essências de feras como Foo Fighters, Vanessa Williams e Mint Condition entre outros. Diz que as pessoas possam conhecê-lo ao ouvir seus discos, mas tudo num curto espaço de tempo. O primeiro CD, lançado às próprias custas no Verão de 2010, veio recheado de Soul, Rock e Hip Hop, mas com boas melodias. O show-biz acabou de ganhar alguém que canta canções que tocam fundo no coração. Caso tenha juízo, poderá chegar bem longe, por causa da carência de grandes talentos na black music dos Estados Unidos.


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Karen Bernold: a cara da Soul Music de Nova York

O CD Life a 360 Degrees é um dos melhores já gravado por Karen Bernod. Viajando muito em turnês, esse disco traz de volta a grande intérprete da década de 1990, quando lançou o disco No Time, cuja a banda reproduzia fielmente nos shows ao vivo o que foi arquitetado nos estúdios.
Antes cantou em vários clubes de dança, na época em que era compositora e vocalista do Cooltempo Club, onde fazia backing vocal ao lado de Barbara Tucker, repetindo a dose em CDs de Whitney Houston, Luther Vandross, Stephanie Mills, Paul Simon e Pet Sho Boys. Isto não a impediu de estourar depois nas paradas com o hit "Mama I Want to Sing".
A dura caminhada terminou em 2000, quando gravou seu primeiro CD solo Some Othaness For U, recebendo elogios da crítica. Agora ao lado do co-produtor e co-roteirista Greg Spooner, lançou Life a 360 Degrees. Os destaques são as faixas " Subway Love Game", "Comfort Zone" e "Truth Iz´and a Love Is". Elas são a confirmação que a Soul Music ainda está viva e forte em Nova York.

William Bell: outra grande herança da Stax Records

William Bell, na década de 1970, como cantor, compositor e produtor, definiu a essência da Soul Music. Nascido em Memphis, mas fixou residência em Atlanta, ele sempre foi apaixonado pelo som da mística Stax Records, selo por onde passaram Otis Redding, Sam e Dave, Isaac Hayes, Booker T. & The MGs, Albert King, Eddie Floyd, Carla e Rufus Thomas e a inesquecível banda Bar-Kays.
Deu os primeiros passos no mundo da música em 1961, ao gravar o single "You Don´t Miss Your Water", um dos primeiros grandes sucessos da Stax naquela época.
Após dois anos de serviço militar, lançou o álbum Full-Length em 1967, cujo o hit "Everybody Loves a Winner" explodiu nas paradas de sucesso dos Estados Unidos. Neste mesmo ano, o bluesman Albert King gravou uma composição de sua autoria:" Born Under a Bad Sign", uma das mais gravadas neste estilo.
Depois William lançou os clássicos "Any Other Way", "Never Like This Before", "A Tribute To a King" (homenagem a Otis Redding), "I Forgot to Be Your Love", o aclamado dueto com Judy Clay "Private Number" e "Every Day Will Be Like Holiday".
Na década de 1970 foi para a Mercury Records e repetiu o sucesso com "Tryn to Love Two. Ficou seis meses por lá.
Teve canções gravadas por Otis Redding, Eric Clapton, Billy Idol, Lou Rawls e Rod Stewart, entre vários astros.
Em 1985 lançou o álbum Passion, com as músicas  "I Don´t Want to Make Up Feeling Guilty", dueto com Janice Bullock,  nove meses no topo, e "Healdline News" estourando nas paradas. No final da década de 1980 e início dos anos de 1990, produziu e lançou outros artistas pela sua gravadora, a Wilbe; cuja distribuição ficou a cargo da Rock Bottom. Participou em 1995 do Festival de Jazz de Montreux.
Cinco anos depois voltou aos estúdios para fazer o disco A Portrait Is Forever, com diversas canções originais. Em 2004, sua Wilbe foi eleita a gravadora do ano, além de receber grande destaque no Museu Stax.
Em 2006 lançou outro CD, cujas a maioria das faixas fez sucesso: "New Lease on Life", "Playaz Only Love You", o dueto soul ao lado de Jeff Floyd em " Part Time Lover (Full Time Friend)", "The Dance Floor-Pleasing", "Treat Her Right (Like a Lady), a dançante "Got An Island Feeling" e o gospel "Save Us".


 

Trish Andrews: outra estrela que desponta no show-biz

Trish Andrews é compositora e lançou há pouco tempo um CD independente intitulado These Five Words, seguindo a trilha deixada por artistas conhecidos como Eric Benet, Walter Beasley, Mike Philips, Beverly Frankie & Maze, Cameo, SOS Band, Whodine Concert, Venus e Serena Afterparty, Harvey Steve e Nephew concert.
O CD tem um pouco de cada artista citado acima.Mistura R&B, Soul, Jazz e Hip Hop. Conseguiu chegar ao topo das paradas do Reino Unido, além de vender bastante pela internett. A balada "Back to You", com excelente acompanhamento de teclados e cordas é bálsamo para qualquer coração amargurado ou sofrendo de saudade. A canção "On My Mind" remete às canções de amor interpretadas pela Banda Chic no final da década de 1970, principalmente por guitarra plugada numa pedaleira esperta de bons efeitos.
A torcida é para que Trish continue sob influência de estrelas como Marvin Gaye, Stevie Wonder e Lisa Stansfield para que não se perca na estrada do show-biz, geralmente recheada de armadilhas e gravadoras interessadas apenas nos cifrões, deixando de lado canções de qualidade repletas de bons arranjos.


 

terça-feira, 13 de março de 2012

Candice Anitra: da Filadélfia para explodir em Nova York


Uma das marcas registradas de Candice Anitra é não concordar com pasteurização do mercado musical. Nascida na Filadélfia, costa Leste dos Estados Unidos, acabou crescendo no bairro do Brooklin, Nova York, onde sua família era envolvida com hinos de louvores, sempre no trajeto casa e igreja. Quando tentou colocar os pés no mundo, seu pai lhe disse que ainda não era hora. Após concluir o Ensino Médio, partiu para a Universidade de Nova York para estudar Artes. Ali descobriu o talento para cantar e passou a receber elogios por sua atuação em papéis dramáticos em que se apresentava para interpretar.
Em 2006, escreveu uma peça de teatro e assumiu os vocais de uma banda novaiorquina. O grupo acabou tempos depois, mas os ex-colegas Ion & Sanford deram a Candice algumas canções e depois a produziram. Na gravação do hit "Of Easier", no estúdio de Joel Hamilton, ele pediu para assinar um contrato por causa do single "Objectify". Depois gravou seu segundo CD, Big Tree. Apoiado por um loop de guitarra acústica e forte linha de baixo, ela usou a faixa título para se destacar no show-biz dos Estados Unidos. O hit "Love Sick" é de tirar o fôlego, pois aborda a questão da sexualização dos jovens. Seu outro CD, Today, lançado em janeiro, exatamente após dois anos do terremoto no Haiti, é um tributo funk-laden para arrecadação de fundos para a população daquele país. As faixas de Big Tree é uma doce mistura de delicioso gêneros, já esquecidos por parte dos intérpretes norte-americanos. Mas na voz de Candice, é a mais pura arte sacre de cantar.


 

Antoinette é outra joia da música norte-americana


A praia de Antoinette Manganas é o Pop, Jazz e R&B. Recebeu muito não quando disse que desejava ser cantora. Respirou fundo e prosseguiu. Ela se lembra do pai cantando canções de Rod Stewart, Gladys Knight, Sammy Davis Jr., Tony Bennett e Frank Sinatra; sua irmã tocando Beatles e Chicago.
Ela se espelhou no estilo de Gino Vanelli, Earth Wind and Fire, Frankie Beverly e Chaka Khan. Bebeu nessas fontes e apostou em fazer as pessoas alegres. O divórcio a deixou meio down, cheia de dívidas, quando alguém lhe disse para ganhar a vida cantando.
Antoinette procurou uma agencia, montou sua banda e começou a tocar em torno da cidade. Logo, a notícia se espalhou, a agenda de show aumentou e inicia a pauleira. Tudo começou num pequeno barzinho de Pittsburgh. As pessoas adoraram. Uma vizinha gostou e tornou grande investidora de sua carreira. É quando nasce sua empresa Milestone.
Gravou o hit "Where Do  We Go From Here" em dueto com o ex-vocalista do Shalamar Howard Hewett. Seu outro hit no estilo R&B explodiu em Atlanta. Teve alguns reveses, acreditou em pessoas erradas, investiu numa gravadora (a Indie), mas não puderam cumprir o prometido, por falta de dinheiro. Depois assinou com a Pyramid e chegou ao grande público.



sábado, 10 de março de 2012

Salmus Jazz Band: a beleza do gospel instrumental do Brasil

Ouvir a Orquestra Salmus Jazz Band tocar é algo fascinante. Mostra a beleza da música gospel no Brasil. Tudo num Jazz de primeira linha. Os metais soam com timbres, ora parecidos com a orquestra de Glenn Miller ora com a banda Earth Wind&Fire. É um som bonito, sem agredir os ouvidos. Quando assisti o vídeo no youtube do hino da harpa cristã "Em Fervente Oração", fiquei apaixonado por essa orquestra. Passei a tarde do sábado (10/03/2012) apreciando o profissionalismo desses músicos. Todos evangélicos da Igreja da Prainha, em Belém do Pará, Norte do Brasil.
De acordo com o pastor Rosivaldo Avelar, o objetivo é enaltecer o reino de Deus por meio de uma música de ótima qualidade. Com 25 integrantes, sob a batuta de dois grandes líderes, Josiel Saldanha e Hezir Pereira, a força, alegria e coragem unem todos que tocam nesta maravilhosa big band.
O mais bonito desta história, é que a Salmus Jazz Band é sustentada por um projeto chamado Musicalizarte, desenvolvido pela Igreja da Prainha. Ali, é ensinada música a crianças, jovens, adolescentes e adultos. Os frutos gerados acabam integrando a Orquestra Sinfônica do Pará, Amazônia Jazz Band. Com muita perseverança e confiança em Deus, a Salmus Jazz Band já ganhou muitos fãs (inclusive este que vos escreve) no Brasil e mundo afora.
É difícil dizer quais as melhores interpretações nas mãos desses músicos maravilhosos. Os grandes destaques são "Em Fervente Oração", "Lembranças", "Há Poder", "Porque Ele Vive", "O Senhor da Ceifa"e "A Última Trombeta".