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#BMW - Morre #QuincyJones, o gênio da produção de grandes discos

Luís Alberto Alves/Hourpress

domingo, 29 de janeiro de 2012

Jobim, o Tom do Brasil


Falar de MPB sem citar Tom Jobim, é o mesmo de comentar futebol esquecendo Pelé ou Michael Jordan quando comparar os craques do basquetebol mundial. "Garota de Ipanema", composição sua em parceria com Vinicius de Moraes, é a canção que lembra o Brasil em qualquer lugar do planeta. Até a crítica norte-americana e os maiores nomes do Jazz e Blues reconhecem a importância de Tom Jobim na história da música brasileira e do mundo. É célebre o show em que o pianista Herbie Hancock senta-se ao lado de Jobim e a quatro mãos tocam "Wave". O mesmo se repete na década de 1960, quando interpreta "Garota de Ipanema" junto com Frank Sinatra, durante show nos Estados Unidos, no auge da Bossa Nova.
Antonio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim, de 1950 a 1994, período dedicado à música, revelou grande competência na arte de compor, cantar, arranjar e ser maestro. Também sabia dedilhar um violão com pitada de mestre. Ao morrer em dezembro de 1994, em Nova York, um fã disse que o mundo tinha ficado mais triste após sua partida; ao cantarolar  alguns versos de "Garota de Ipanema".
Ainda jovem aprendeu a tocar piano e violão. Entre vários professores, teve a sorte de encontrar pelo caminho o alemão Hans-Joachim Koellreutter, introdutor da técnica dodecafônica no Brasil.
Antes de enveredar pela estrada da música, estudou o primeiro ano de Arquitetura, mas logo desistiu. No início da década de 1950 passou a trabalhar de pianista em bares e boates de Copacabana, como no célebre Beco das Garrafas.
 Em 1952 acabou contratado como arranjador na gravadora Continental. É desta época sua primeira canção: "Incerteza", parceria com Newton Mendonça, que 11 anos depois seria parceiro no inesquecível "Samba de uma Nota Só". Depois foi para a Odeon, deixando de lado o hábito de compor. Mesmo assim escreve "Tereza da Praia" (1954) gravada por Lúcio Alves e Dick Farney, "Solidão" e "Sinfonia do Rio de Janeiro". Com Dolores Duran, escreve "Se é Por Falta de Adeus".
No ano de 1956 musica a peça Orfeu da Conceição com Vinícius de Moraes. Ele seria um de seus mais constante parceiro. Dai surge a pérola "Se Todos Fossem Iguais a Você", regravada inúmeras vezes. O embrião da Bossa Nova (mistura de Jazz com Samba) teve o seu dedo, ao participar da orquestração do disco Canção do Amor Demais (1958), com vários hits de Elizeth Cardoso. Neste álbum o então desconhecido João Gilberto começava mostrar sua batida de violão que ficaria famosa em todo o mundo, décadas depois.
As harmonias de "Chega de Saudade" e "Eu não Existo sem Você" são as pistas de que a Bossa Nova já estava presente naquele disco. A confirmação veio em 1959, quando João Gilberto gravou o disco Chega de Saudade, com arranjos e direção musical de Tom Jobim. Depois vieram na voz de Sílvia Telles "Amor de Gente Moça", "Só em Teus Braços", "Dindi" e "A Felicidade".
Quando participou do célebre Festival de Bossa Nova do Carnegie Hall, em Nova York, em 1962, Tom Jobim já era um dos grandes talentos da MPB. A partir daquele ano começa a compor diversos clássicos, como "Samba do Avião", "Só Danço Samba", "Ela é Carioca", "O Morro Não Tem Vez", "Inútil Paisagem", "Vivo Sonhando". Nos Estados Unidos  gravou discos, participou de espetáculos e criou sua própria editora, a Corcovado Music.
Em 1967 gravou com Frank Sinatra, um dos maiores mitos do show-biz dos Estados Unidos, o álbum Francis Albert Sinatra e Antonio Carlos Jobim, com arranjos de Claus Ogerman. Ali estão as versões em inglês dos hits "The Girl From Ipanema", "How Insensitive", "Dindi", "Quiet Night of Quiet Stars" e canções norte-americanas, como "I Concentrate On You", autoria de Cole Porter.
Do final da década de 1960 continuou trabalhando, participando de festivais no Brasil, aprofundando seus estudos musicais e compondo canções instrumentais, como "Stone Flower", "Matita Perê" e "Urubu", entre outras. É dos anos de 1970 "Águas de Março", "Ana Luiza", "Lígia", "Correnteza", "O Boto", "Ângela", além de participação em discos de Elis Regina, Miúcha e Edu Lobo. Mesmo com pequena participação, cantou no coro da versão brasileira do hit norte-americano "We Are The World", que levantou dinheiro para reduzir a fome na África.
Em 1987 lançou o disco Passarim. Os destaques foram as canções "Gabriela", "Luíza", "Chansong", "Borzeguim" e "Anos Dourados". Cinco anos depois virou enredo da Escola de Samba Mangueira. Seu último álbum Antonio Brasileiro, foi lançado em 1994, poucos antes de sua morte, no mês de dezembro, quando se recuperava de um câncer em Nova York.






sábado, 28 de janeiro de 2012

AgapeSoul: a velha escolha vai continuar


AgapeSoul é uma banda moderna, com suas bases fixadas em San Francisco, Califórnia. Compõem o time o baixista, cantor, compositor e produtor Darryl Anders, Indra Jones, Aaron Green, Lars Vince, Blankenship Mike e Perridge Cam.
A praia do grupo é interpretar canções falando de amor, com o balanço sensibilidade da Soul Music. Já participaram da abertura de shows de Tower of Power, Narada Michael Walden, Zigaboo Modeliste, Booker T. Jones, Joyce Cooling. Foi candidata duas vezes ao Grammy.
Atualmente, em diversas casas ao redor do mundo as crianças estão ouvindo o videogame Crazy, cuja a trilha sonora é da AgapeSoul. Uma das vantagens desta banda, é que os músicos tocam instrumentos reais, deixando a informática neste segmento em segundo plano, em canções com melodias bonitas e letras inteligentes. Nos seus CDs é visível a qualidade de hits de Soulful regados a doses de Jazz.
É uma nova voz na velha escola da Soul Music, onde diversos talentosos aprenderam suas maravilhosas aulas. Gente como Sam Cooke, Marvin Gaye, Aretha Franklin, Earth, Wind & Fire entre outros.



Melody Angel: ainda há vida pensante entre os novos talentos

Michael Jackson e Slash foram as fontes de inspiração de Melody Angel, ao assistir o vídeo "Dirty Diana" e depois o filme "Purple Rain". Ao vê-los, Melody Angel decidiu que queria ser livre como eles estavam durante a apresentação no palco.
Nascida em Chicago, ela começou a gostar de música aos 7 anos de idade.
Além de ser excelente vocalista, Melody  Angel toca guitarra, bateria, baixo e piano. É grande fã de rock. É apaixonada por Michael Jackson, por que ele sempre foi fiel a si mesmo, sem se preocupar com a opinião dos outros. Outras fontes inspiração são Prince e o guitarreiro Jimi Hendrix.
Para compor, procura contar suas histórias baseadas nas experiências da vida. Outro detalhe curioso, é que além da música, seu outro amor é o skateboarding. Passou a praticar o esporte aos 15 anos e gosta de voar baixo nas colinas. Também não ficam de fora desta lista, o tênis e basquete, quando encontra brecha na agenda. Melody Angel é defensora de muitas causas, inclusive das comunidades carentes. Oposto do que ocorre com grande parcelas de artistas jovens, preocupados apenas em ganhar dinheiro ou colecionar carros de luxo.



25th Street Band reúne feras para gravar CD


O circuito de Jazz de Londres foi o responsável pelo nascimento da 25 th Street Band no final da década de 1980 e início da de 1990. Escorados no Rock e Funk, a dupla  com o guitarrista/tecladista Russ Klinger e o tecladista Dave Radnor  são os responsáveis pela alquimia musical. Para gravar o primeiro álbum chamaram vários amigos de estrada  como Tom Brechtlein, Jiffry Hussain,  Morninghton Lockett,  David Bitelli, Henry Armburg Jennings e a vocalista Jandira Silva. 
Em 2007, a banda lançou o CD The Key of H. Para a gravação desse álbum, os músicos acima participaram como convidados. Todos cobras criadas: Brechtlein é baterista e já trabalhou com Chick Corea, Wayne Shorter e Robben Ford. Hussain é baixista e esteve presente em discos de Chaka Khan, Whitney Houston e Dionne Warwick. Lockett foi saxofonista de Ronnie Scott e Jimmy Smith; Bitelli é outro saxofonista que já trabalhou com Elton John e George Michael. E Jennings é trompetista de Peter King Martin.






Tony Adamo: de locutor de rádio a cantor

Tony Adamo, antes de ser cantor/compositor, era agente de Hollywood e locutor de rádio. Nascido em San Francisco, Califórnia, sua família tem fortes laços com o Bronx e Brooklin, dois tradicionais bairros de Nova York.
Tudo começou durante sua ida à Guerra do Golfo, na década de 1990. Ali passou alguns dias, onde ouvia som  de mísseis e bombas durante 15 horas. Este cenário o inspirou a virar escritor. Logo começou a criar músicas sobre sua experiência militar no Oriente Médio.
Anos mais tarde, durante sessão de gravação, começou amizade musical com um membro do grupo Cold Blood, Mic Gillete e Mesquite Skip. Tempos depois, Mic o apresentou a Stephen "Doc" Kupka, co-fundador da banda Tower of Power e dono da Strokeland Records.
Surge o CD de Adamo "Dance of Love, Straight Up Deal". Durante as sessões de gravação, "Doc" Kupka sugeriu a ele e seu produtor, Jerry Stucker que ouvissem vários hits da banda Tower of Power  para entrar no clima. "Doc" sentiu firmeza na voz de Adamo. Ambos escolheram as canções "This Time is Real" e " What is  Hip". Ao ouvir Adamo cantando as novas músicas, após a produção, ele ficou espantado. O naipe de metais do hit "This Time is Real" foi composto pelos membros da Tower of Power, com Mic Gillete escrevendo o arranjo de sopro.
Seu primeiro CD foi produzido por alguns dos melhores músicos do mundo, como Al Schmitt, Erik Zobler e  Ed Cherney (engenheiros de gravação), Ron McMaster (masterização) e os músicos profissionais de Funk e Jazz  Mike Clark, Paul Jackson, Reggie McBride, Eddie Harris, Ernie Watts, Blackbyrd McKnight, Bill Summers, Steve Gadd, Neil Larsen, Freddie Washington, Robert Quintana, Melecio Magdaluyo, Henry Hung, Sandy Griffith, Richie Mercadorias, Jerry Stucker, James Gadson e Kenneth Nash. Com este time de feras é difícil não conseguir dar certo na carreira artística. Nesta praia do Jazz-Soul misturado com Funk, Tony Adamo continua surfando.



sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Patti Austin: a grande afilhada de Quincy Jones

Desde criança, Patti Austin já demonstrava que seria uma ótima intéprete de Soul, Jazz e outros estilos de música contemporânea. Nos últimos 25 anos ninguém tem mais dúvida a respeito disso.
 Afilhada de lendas como Quincy Jones e Dinah Washington, ela só despontou para valer no final dos anos de 1970, quando gravou alguns de seus álbuns pelo selo Creed Taylor. Mas o seu trabalho ao lado de Jones no início da década de 1980 iria mudar a opinião da crítica a respeito do seu talento, principalmente nas canções de Soulful.
Sinais disto são visíveis nos hits "Betcha Wouldn´t Hurt Me" e "Razmatazz". Eles abriram portas para sua entrada na Qwest Records, onde fez dueto ao lado de James Ingram na canção "Baby Come To Me".
Pelas mãos de Quincy Jones vieram as produções impecáveis de "Do You Love Me", além do clássico de Thom Bell "Stop, Look, Listen". Em 1983 repetiu a dose junto com Ingram na faixa "How Do You Keep the Music Playing?".
Na década de 1990 passou a gravar com outros produtores, como Jimmy Jam e Terry Lewis, responsáveis pelo lançamento de "The Heat of Heat". Austin procurou, sempre, abranger diversos estilos, quando tinha menos material, mas com arranjos pesados. Em algumas vezes, as letras eram ruins, porém faziam isto para tentar salvar o álbum. Exceção para o CD The Real Me, trabalhado por David Pack, responsável pelo deslanchamento de sua carreira. Nele estão os clássicos "Love Letters" e "Smoke Gets in Your Eyes" e o dueto com Pack na faixa "True Love".
 Mesmo lançando CDs irregulares na década de 1990, Austin sempre colocava uma ou duas pedras preciosas, valorizando sua voz. Em 1999 isto é visível em Street of Dreams, quando cantou letras memoráveis de Jazz. Fez isto em 2002 no CD For Ella, em homenagem a Ella Fitzgerald. No final de 2007, gravou Avant Gershwin, tremendo sucesso comercial e de crítica, responsável pelo Grammy de Melhor Perfomance de Jazz Vocal. O outro CD saiu três anos depois, após entrar na Shanachie Records, recheado de Rock e Soul.







quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Black Street ainda continua na estrada do show-biz


O grupo Black Street surgiu em 1992 pelas mãos de Teddy Riley, pioneiro do balanço New Jack e conhecido por seu trabalho como membro de Guy. O conjunto passou por diversas mudanças de integrantes ao longo dos anos, com os membros atuais e antigos incluindo Riley, Eric Williams, Mark Middleton, J-Stylz, Stonestreet Joseph, Little Levi, Dave Hollister, Philips Terrel e Hannibal Chauncey.
O álbum de estreia colocou nas paradas os hits "Call Booti" e "Before I Let You Go". Em 1996 estouraram com "No Diggity" e ganharam o Grammy de Melhor Perfomance R&B. A canção "Another Level" trouxe um Disco de Platina.
Depois sofreram turbulência e ocorreram diversas mudanças no grupo e até suposto fim do conjunto, mas a ameaça de ação judicial por parte da gravadora os fizeram voltar à ativa com o lançamento de um álbum em 2003. Três anos depois participaram da New Jack Reunion Tour com Teddy-Riley, Mark Middleton, Eric Williams e o novo membro J-Styliz.


Atlantic Star foi destruída na guerra de direitos autorais


Apesar de nunca ter chegado ao posto de superbanda, a Atlantic Star foi um dos mais consistentes conjuntos de Soul Music na década de 1980, com diversas canções que ainda hoje tocam nas rádios e bailes. O grupo recebeu forte influência musical da Earth, Wind & Fire e Kool & The Gang. Era composto por Cliff Archer, Porter Carroll, Joseph Philips, Damon Rentie, William Sudderth e os irmãos Wayne, David e Jonathan Lewis. O vocalista era Sharon Bryant.
Em 1978 eles assinaram contrato com a A&M Records e apareceram nas paradas com o hit "Stand Up". Mas a sorte grande veio dois depois, pelas mãos do produtor do Commodores, James Carmichael. Que lapidou a canção "When Love Calls" e a balada " Send For Me". Passaram a gravar num estilo suave de Funk/Soul. Wayne e Davi Lewis aproveitaram para mostrar o talento de compositores. Vieram os sucessos "Circles" e "Touch a Four Leaf Clover". Chegaram ao topo das paradas da Soul Music.
O êxito trouxe discussões a respeito da divisão de direitos autorais, pois começaram as discussões com a vocalista Bryant. Em 1984, cinco integrantes saíram, deixando apenas os irmãos Lewis  e Philips. Entraram na banda mais quatro membros e a linda e talentosa cantora Barbara. No ano seguinte voltaram ao sucesso com o hit "Secret Lovers".
Dai para frente, a banda baseou-se na canção "Secret Lovers" como modelo de futuros lançamentos, passando para uma batida mais Pop. Em 1987 assinaram com a Warner Brothers Records, e emplacaram o hit "Always", sem influência do Soul e Funk.
Mas a lua-de-mel na Atlantic Star durou pouco, pois Wayne Lewis ficou noiva e a briga pela distribuição de  direitos autorais voltou à tona, com Weathers saindo da banda em 1988. Nas décadas seguintes o som do grupo começou a decair. Nos anos de 1990, a Atlantic Star tinha se transformado num conjunto de balada Pop, com David Lewis assumindo os vocais. Em 1992 conseguiram fazer sucesso com a canção "Masterpiece", composta por Kenny Nolan. Mas o álbum Crazy Love foi um fracasso comercial.
Dois anos depois, eles saem da Warner Brothers Records e lança a balada "I´ll Remember You". Foi o último suspiro da Atlantic Star. Em 1997, David Lewis deixa o grupo para congregar numa igreja evangélica. Os irmãos Wayne e Jonathan Lewis mantiveram a Atlantic Star respirando até o final da década de 1990. A partir dai, passaram a tocar apenas os seus sucessos do passado, sem lançar nenhum CD.





Ashford & Simpson: 40 anos de grande parceria



A dupla Nickolas Ashford  & Valerie Simpson tem uma carreira reconhecida e celebrada como intérpretes, compositores e produtores, pois colocou diversos artistas no topo das paradas de sucesso de todo o mundo nos últimos 40 anos. Ambos têm 31 singles no Billboard R&B, seis no Top 10. Foram responsáveis por diversos Discos de Ouro que outros intérpretes ganharam no decorrer deste tempo. Frutos de suas gravações de estúdio. Em 2002 acabaram introduzidos no Hall da Fama dos Compositores.
O início da carreira artística da dupla foi no coral do grupo de louvor da Igreja Batista do Harlem, em Nova York, onde se conheceram e depois acabaram casando-se. Logo ocorreu o entrosamento, com Ashford firmando-se como cantor e Simpson com excelente compositora e produtora. Trabalharam na Motown Records e suas letras influenciaram várias gerações de artistas nas últimas quatro décadas.



Archie Bells & The Drells: outra joia do Philly Sound


Archie Bell & The Drells foi um dos grupos que incendiaram as pistas de dança no final dos anos de 1960 e 1970. Vieram ao Brasil, a convite da promotora de bailes Soul Grand Prix, realizando diversos shows no Rio de Janeiro. A praia do grupo era o Funk.
Seus integrantes eram do Estado do Texas. No início enfrentaram a excelente concorrência das bandas da Filadélfia, Detroit e Memphis (em termos de comparação, seria no Brasil as músicas de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia).
O cabeça do grupo era Archie Bell. Ele começou  a cantar ainda jovem no grupo de louvor da igreja onde congregava em Houston. Na adolescência formou a banda Drells para rimar com Bell. Trouxe os amigos Willie Parnell, Wise e James Buter Billy. Venceram um concurso local e foram apresentados ao popular DJ Lee Frazier. Ele os ajudou nos primeiros discos. Em 1968 gravaram o álbum Tighten Up, antes de Bell prestar Serviço Militar. A faixa "Hi Everybody I´m Archie Bell of The Drells from Houston, Texas" estourou nas paradas, pois era no estilo de Funk de James Brown. A outra faixa título "Tighten Up" transformou-se num grande sucesso internacional.
Para não perder o feeling, a banda entrou no time dos compositores Kenny Gamble e Leon Huff, do célebre som da Filadélfia, conhecido como Philly Sound nos Estados Unidos. Da união, vieram os hits " I Can´t Stop Dancing", "Showdown" e "Do The Choo Choo".
Porém, à medida que a década de 1970 avançava, o sucesso começou a minguar, mesmo com o grupo investindo em hits no estilo Soul Music, como é o exemplo das canções "I Could Dance All Night" e "Let´s Groove". O problema é que a dupla Gamble e Huff passou a investir em bandas mais jovens, deixando Archie Bell & The Drells em segundo plano. O conjunto desapareceu no final de 1979, após gravar o álbum  Strategy.
Na década de 1980, Archie Bell prosseguiu como artista solo e recompôs os Drells para fazer shows de flash backs. Não deu certo. Nos anos de 1990 voltou à carreira solo.




Sheila & B. Devotion não consegue se manter no topo


Exemplo mais fiel da cantora que não consegue se manter no topo  é Sheila & B. Devotion. Começou sua carreira em 1962, aos 16 anos. Aproveitou sua popularidade na França e uniu-se a um trio de cantores africanos (B. Devotion), formando o grupo Sheila & B.  Devotion. Gravou o álbum Singin in The Rain. Estouraram nas paradas as faixas "Love me Baby" e "You Light My Fire". A regravação de "Singin´in The Rain", um clássico da década de 1950 em versão Disco Music, é que manteve Sheila & B. Devotion, por algum tempo nas paradas de sucesso. Em 1979, Bernard Edwards, integrante da Banda Chic, produziu o álbum Space. Outro tiro certeiro. No ano de 1981, ela lançou o disco Little Darlin, sem o trio B. Devotion, mudando seu estilo musical. Fracassou, pois não conseguiu se adaptar aos novos ritmos da década de 1980.





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segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Gloria Gaynor é outro talento da Disco Music


Outro destaque da black music é Gloria Gaynor. Na era da Disco Music explodiu com os hits "Never Can Say Goodbye" (1974), "Let Me Know ( I Have a Right)" (1978), "I Am What I Am" (1984) e "I Will Survive" (1978).
O pontapé inicial foi com o grupo The Soul Satifiers na década de 1960. O conjunto se apresentava em boates dos Estados Unidos. Após ser descoberta, logo gravou seu primeiro single "She´ll Be Sorry/Let Me Go Baby". Fracasso nas paradas até lançar "Honeybee"; depois de "Never Ca Say Goodbye", o mundo passou a conhecê-la.
Gloria foi a primeira cantora a gravar versões "extended mix" das músicas e também gravar disco sem pausa. Isto a levou ser coroada oficialmente Rainha da Disco Music.
Prosseguiu nesta pista até 1978, época do seu maior sucesso: "I Will Survive", cuja a letra fala de uma mulher recém-abandonada, dizendo ao ex-companheiro que não precisa mais dele e já pode ser virar sozinha. Estourou em todas as paradas de sucesso do mundo e foi responsável pelo primeiro e único Grammy de Melhor Gravação para Disco Music. O hit foi regravado diversas vezes por inúmeros artistas. Continuou trabalhando na década de 1990 e em 2002 lançou o álbum I Wish You Love, rendendo mais prêmios. Recentemente gravou os singles "Supernatural Love", "Last Night", "I Never Knew" e "Hacer por Hacer", que gravou junto com o cantor Miguel Bosé.









Neil Young: outra voz crítica do Rock


Apesar de nascido no Canadá, Neil Young é outro grande destaque da música norte-americana, principalmente por fazer letras críticas ao sistema. Não é baba ovo, como ocorre com diversos cantores. Conhecido por sua voz suave, já é uma lenda do Rock, mas sem esquecer do Country e Folk. Às vezes alterna álbuns mais pesados e outros mais leves, carregados de solos distorcidos. Desde o início de sua carreira, em 1960, tem sua banda Crazy Horse na sua companhia.
Na avaliação da revista Rolling Stones está entre os 20 melhores guitarristas do mundo.
No começo da década de 1950, com 11 anos de idade, foi atraído pelo R&B, Country e pelo Rock que dava seus primeiros passos. Para não perder as novidades, não tirava os ouvidos do rádio. Confessou certa vez que se esforçou para ser igual Elvis Presley, ao ponto de inspirar-se nele para compor algumas de suas canções mas famosas, como "Hey, Hey, My, My" e "He Was The King". Também gostava muito de assistir as apresentações de Chuck Berry e Little Richard, duas lendas vivas do Rock. Assumiu que suas bases musicais foram Fats Domino, Ronnie Self, Jerry Lee Lewis, Johnny Cash, The Monotones, além de Chuck Berry e Elvis Presley.
Sua carreira começa decolar em 1966, quando se une à banda The Minah Birds, gravando alguns compactos (disco com uma música de cada lado). Depois foi para Los Angeles e formou o grupo Buffalo Springfield, uma banda de folk-rock.
Ficou com eles até 1968 e depois seguiu carreira-solo. Lança seus primeiros álbuns: Everybody Knows This is Nowhere (1969) e After The Gold Rush (1970). O sucesso o leva participar do conjunto Crosby, Stills & Nash. O quarteto faz sucesso de 1969 a 1970, principalmente por causa do disco Deja Vu. Depois sai do conjunto.
Em 1972 estoura nas paradas com Harvest e vira superstar do folk-rock, mas a morte de dois amigos o leva ao encontro das drogas e bebidas. Dessa época surgiram letras falando de morte, solidão, loucura, drogas e som pesado, afastando seus fãs e atraindo muita crítica. Seus discos de 1973 e 1975, conhecidos como Ditch Trilogy com os álbuns Time Fades Away, On The Beach e Tonight´s TheNight, reflete o fundo de poço de Neil Young.
O disco Zuma (1975) e Comes a Time (1978) já marcam a saída do abismo. No ano seguinte lança Rust Live, seu melhor álbum gravado ao vivo.
Na década de 1980 lançou alguns álbuns de rock com a batida da década de 1950, clássicos do Country e Blues. Outro destaque foi Freedom (1989). O hit "Rockin´in The Free World" ficou marcado, pois mostra a preocupação política de Neil Young com postura dos Estados Unidos, durante o governo George W. Bush.  Nos anos de 1990 aproxima-se da geração do rock pesado, principalmente o movimento grunge. Em 1991 grava o álbum Weld, ao vivo, com a participação do guitarrista Thurston Moore. Repetiria a dose em 1995 ao lado de Pearl Jam. Os anos 2000 são marcados por mais críticas ao governo de George W. Bush (filho).  Seu CD mais recente Le Noise saiu em 2010.



  

domingo, 22 de janeiro de 2012

Jimi Jamison: outra pérola do Mississippi


Jimi Jamison, na praia do rock, tem um forte e poderoso desempenho. Exemplo disso é o seu hit " I´m Always Here". Depois lançou "Baywatch", outra nitroglicerina nas paradas de sucesso dos Estados Unidos. De forma prudente imitou o gesto de Elvis Presley, que mesmo no auge da fama nunca se esqueceu de suas raízes rurais do Mississippi, no Estado do Tennessee.
Jimi iniciou sua caminhada na década de 1970, no grupo Cobra. Em 1983 entrou para o Survivor, com o qual iria colocar cinco singles nas paradas de sucessos, ganhando quatro Discos de Platina Duplos, além de participar de várias trilhas sonoras de filmes.
Sua marca registrada está nas canções "High On You", "The Search is Over", "Eye of The Tiger", e "Burning Heart", que fez parte da trilha sonora do filme Rocky IV. Já para que gosta da voz forte de Jimi, o hit " I Can´t Hold Back" cai como uma luva, além de "When Love Comes Down".
Além de sua carreira como vocalista, Jimi fez seis vídeos e diversas apresentações na televisão. Também escreveu várias canções para Joe Walsh e outros inúmeros artistas. Mesmo famoso, dedica parte de seu tempo para trabalho em entidades de caridades, como hospital especialista no tratamento de diabetes juvenil, casa de apoio a crianças vítimas de abusos e outros tipos de doença.


TheVentures: mais de 50 anos de lindo rock instrumental


Quando em 1959, o guitarrista Bob Bogle e  baixista Don Wilson tiveram a ideia de fundar o conjunto The Ventures, não imaginavam que iriam tão longe, entrando na galeria das bandas de rock mais antigas, apostando apenas em canções instrumentais. Uma delas é a inesquecível "Sleep Walk", do início da década de 1960, que nos anos de 1980 entrou na trilha sonora do filme La Bamba, contando a história do cantor Ritchie Valens. O estilo deles influenciaram Joe Perry (Aerosmith), Roger Fisher (Heart), Gene Simmons (Kiss) e Jeff Baxter (Doobie Brothers). Todos eles foram membros do fã-clube Ventures.
Durante mais de 52 anos de carreira, diversas gerações de músicos aprenderam a tocar violão e bateria, inspirados nos hits gravados pelos The Ventures. A formação da banda incluiu o guitarrista Nokie Edwards (1960), outro guitarrista, Gerry McGee (1968), e o baixista de estúdio Bob Spalding (1981). O percussionista Leon Taylor substituiu o pai, Mel Taylor, após sua morte em 1996.
Já venderam quase 100 milhões de discos, com 14 canções atingindo as paradas de sucesso. Desde 1959 já gravaram 37 discos. O longo tempo na estrada do show-biz torna, a cada apresentação, o som do The Ventures cada vez mais belo e poderoso.


The O´Jays: outra boa escola da Soul Music


A história da banda The O´Jays começou em 1957 com o quinteto reunindo Eddie Levert, Walter Williams, William Powell, Bobby Massey e Bill Isles. Três anos depois tornaram-se O´Jays, sendo batizados com este nome pelo lendário DJ Eddie O´Jay.
Em 1963 assinaram contrato com a Imperial Records e colocaram nas paradas o hit "Lonely Drifter". No ano de 1965 veio "Comin´Through". Ao lançar o álbum Sounds Soul, de 1967, tiveram a sorte de encontrar os compositores e produtores Kenny Gamble e Leon Huff (mais tarde eles ficariam conhecidos como os criadores do Som da Filadélfia, o Philly Sound).
Nesta época já tinham perdido Bill Isles, em 1972 Massey deixou o grupo e como trio passaram a gravar com Gamble e Huff pela Philadelphia International. É dessa época os melhores hits do grupo, ajudando a carreira do O´Jays disparar.
O estilo vocal unido ao carisma dos três vocalistas foram responsáveis por diversas músicas entrarem nas paradas de todo o mundo.  Exemplo disso é o álbum "Stabbers Back", resultando em Disco de Ouro, além de três indicações do Grammy de Melhor Grupo de R&B Vocal.
Nessa trilha prosseguiram nas décadas de 1980 e 1990, quando ganharam o American Music Award para o Grupo R&B, por causa do hit " Emotionally Yours". Com seus Discos de Platina e Oito de Ouro, o trio O´Jays continua resistindo ao teste do tempo.
O membro mais novo do grupo, Eric Grant, agora já faz parte dessa verdadeira escola de Soul Music, que há mais de 50 anos é responsável por diversas canções inesquecíveis. Com mais de 50 singles lançados nesta extensa carreira, The O´Jays ganharam o direito de ser chamados de lendas vivas da black music.