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#BMW - Morre #QuincyJones, o gênio da produção de grandes discos

Luís Alberto Alves/Hourpress

quinta-feira, 24 de março de 2016

Raekwon: A criatividade da Black Music


Luís Alberto Alves

Raekwon podem não ter alcançado o estrelato solo de seu companheiro Wu-Tang Clan amigos Method Man ou Ol 'Dirty Bastard, mas junto com Genius / GZA e parceiro frequente Ghostface Killah, ele fez alguns dos trabalhos mais criativos, aclamado pela crítica, fora dos limites do grupo. Nascido Corey Woods e também apelidado de Chef, Raekwon juntou-se ao colectivo Wu-Tang, com sede em Nova Iorque Staten Island no início dos anos de 1990 e desempenhou um importante papel em seu álbum de estreia de fim de 1993 inovador, Enter the Wu-Tang (36 Chambers).

 Embora o contrato do grupo permitiu que seus membros individuais para assinar com qualquer rótulo que eles escolheram, Raekwon ficou com alto quando a primeira rodada de projetos solo relacionadas com Wu começaram a aparecer. Depois de seu single de estréia 1994, "Heaven and Hell", sua própria estreia a solo, Only Built 4 Cuban Linx, apareceu em 1995; enquanto ele não vendeu no nível de Tical de Method Man, singles como "Ice Cream" e "Criminology”, lhe rendendo boa reputação no underground Hip-Hop.

O disco Wu-Tang Forever Raekwon retornou à dobra Wu-Tang para o esforço em 1997 no segundo ano do grupo, Wu-Tang Forever. Esse LP foi seguido por uma segunda rodada de álbuns solo, e Immobilarity de Raekwon  lançado no final de 1999, desta vez na Epic Records.


 Raekwon gravou com a Wu em seus álbuns subsequentes O W (2000) e Iron Flag (2001), e retornou em 2003 com outro álbum solo, The Lex Diamond Story. Lançou outro CD, Only Built 4 Cuban Linx, Pt. 2 em 2009. No ano de 2010 juntou forças com Method Man & Ghostface Killah. Ao lado de Wu-Tang Clan gravou o álbum A Better Tomorrow em 2012. Três anos depois soltou outro CD cheio de canções inspiradas em aviação e dinheiro. 

Reflection Eternal: A vanguarda da qualidade do Hip-Hop



Luís Alberto Alves

O prodígio lírico Talib Kweli e o extraordinário  produtor de Hip-Hop DJ Hi-Tek compreendem Reflection Eternal. Kweli - cujo nome significa literalmente "buscador da verdade" - também é dono de uma pequena livraria em Brooklyn e é mais do que apenas um M, sendo também uma chave para o Mos Def collaborational LP Black Star.

 Ele conheceu Hi-Tek em 1994, enquanto visitava Cincinnati, e apareceu em uma faixa do grupo de Hi-Tek Mood. Após o início do grupo em 1997, o casal foi assinado em Powerhouse indie Rawkus Records, onde eles lançaram seu primeiro single "Fortified Live" b / w  indie sensation "2000 Seasons."

 A melhor maneira de descrever Talib Kweli é como um prodígio wordsmith erudita; ele incorpora questões políticas, metáforas complexas, imagens vívidas, um estilo rima fanfarronice e um carisma geral em sua apresentação lírica preciso. Embora Reflection Eternal é um grupo de Hip-Hop "underground" em princípio, a relevância das letras de Kweli e a ressonância da produção de Hi-Tek impulsionou-os a vanguarda da qualidade de Hip-Hop.

Reflection Eternal também foi destaque no álbum de Mos Def Album Black em ambos os lados, assim como o álbum antiestablishment opus intitulado The Unbound Project. Disco de estreia, arquivado sob nome de Talib Kweli & Dj Hi-Tek. Em 2010, a dupla se reuniu para lançar outro álbum: Reflection Eternal.



Dead Prez: O RAP politizado



Luís Alberto Alves

O duo de RAP  político, com sede na Flórida, Dread Prez consiste em Stic.man e M-1, um par de rappers inspirados pelos revolucionários de Malcolm X para Public Enemy. Eles mergulharam em estudos políticos e sociais para forjar o próprio estilo de Hip-Hop.

Passaram a trabalhar com Big Punisher em seu álbum de 1998, Capital Punishment, além de lançaram os singles “Police State with Chairman Omali", e em 1999 veio "It's Bigger Than Hip-Hop." O álbum de estreia, Lets Get Free, saiu no início de 2000.

Dai para frente gravaram um projeto de mixtape de dois volumes: Turn off the Radio: The Mixtape, Vol. 1 and Turn off the Radio: The Mixtape, Vol. 2: Get Free or Die Tryin',seguido Mem 2002 e 2003, trazendo novas produções. But Gangsta veio 2004.


Prosseguiram no lançamento de discos revolucionários: Soldier 2 Soldier e Young Noble. Em 2009 veio Pulse of the People, apresentando DJ Green Lantern. Três anos após gravaram o CD Information Age, numa produção futurista, letras politizadas e base em electro. 

Jurassic 5: O novo underground do RAP da década de 1990




Luís Alberto Alves

Embora não há, na verdade, seis deles, Jurassic 5 tem tudo certo em seu EP de estréia auto-intitulado. Parte do novo rap underground de final dos anos de 1990 (juntamente com Company Flow, Mos Def, Dr. Octagon, e Sir Menelik), o sexteto - rappers Marc 7even, Chali 2na, Zaakir e Akil, além de produtores Cut Chemist e DJ Nu-Mark - reuniram-se em 1993 no Los Angeles.

 Os seis membros faziam parte de duas equipes diferentes, Rebels of Rhythm and Unity Committee de Rhythm and Unity, após colaborar numa trilha sonora, surgiu o Jurassic 5 em 1995, com o CD Inified Rebelion para a TVT Records.

 Dois anos depois ganharam vários elogios da crítica como um dos lançamentos mais bonitos do ano. Em 2000, o grupo fez diversas turnês para apresentar o CD Quality Control That Summer. Em 2002 soltaram o álbum Power in Numbers. Ganharam novos fãs, muitos de fora do Hip-Hop, alguns deles do Lollapalooza, Bonnaroo.

 Quatro anos depois Cut Chemist saiu do grupo. Como quinteto gravaram o terceiro CD. Infelizmente em 2007 veio a separação final. Voltaram a se encontrar em 2013, para gravar o CD Coachella e anunciar turnê em seguida.



Cannibal Ox: Os rappers do CD Blade of The Ronin



Luís Alberto Alves

Compreendendo o duo Harlem Vast Aire e Vordul Meguilá, Cannibal Ox estreou em 2001 no selo Def Jux com o CD The Cold Vein, produzido por El-P trazendo os singles “Vein” e “The F Word”. Recebeu boas críticas, principalmente da revista britânica The Face, chamado-o de Hip-Hop do ano.


No ano seguinte soltou outro disco ao vivo, Return of the Ox: Live at CMJ. Embora oficialmente nunca ficaram separados, foi preciso esperar até 2012 para a dupla criar outro trabalho. Lançaram o CD Evidence. Três anos depois veio o álbum Blade of the Ronin, com produção de Bill Cosmiq e participações de MF Doom, Elzhi e U-God.

Company Flow: Um dos grupos de RAP mais influentes do final da década de 1990



Luís Alberto Alves

Um dos grupos de RAP mais influentes do final dos anos de 1990, Company Flow lançou as bases para quase todo o Hip-Hop experimental que se seguiu. Eles eram uma força instrumental na revitalização subterrânea deste estilo musical como um todo, e em fazer Rawkus Records rótulo indie mais proeminente do novo movimento.

A marca registrada dessa rapaziada era letras abstratas apoiadas em cima de batidas irregulares e excêntrico, produção de nível porão, como era o Hip-Hop da época, e a vontade de ocupar espaço. Fizeram história com o álbum Funcrusher Plus.

Criaram uma empresa em 1992 no bairro do Queens, com o produtor El-P, Bigg Jus e o DJ Mr. Len. El-P era muito inteligente, mas acabou expulso de diversas escolas por causa de problemas com a polícia. Aliás, teve de ficar diversos anos sem gravar num acordo firmado com a Justiça.

Aos 16 anos foi cursar engenharia de som e criou a Company Flow após se reunir com DJ Mr. Len em uma festa de aniversário. Lançaram o single "Juvenile Techniques” pelo pequeno selo Libra em 1993, quando entrou o terceiro membro, Bigg Jus. Criaram a própria gravadora, Official Recordings, colocando na rua o single “"8 Steps to Perfection”.

Trabalhavam durante o dia para financiar o primeiro EP, lançado em 1995, The Funcrusher, que vendeu mais de 30 mil cópias, no formato duplo vinil. Depois veio o disco Little Johnny From the Hospitul: Breaks and Instrumentals, Vol. 1, com um som mais detonador. Passaram a receber diversos convites de grandes gravadoras.

Espertos aumentaram os negócios que permitia manter a propriedade e direitos de suas canções, recebendo 50% dos lucros líquidos de suas gravações. Só a Rawkus Records topou negociar com a Company Flow nestes termos, que na época não tinha nenhuma identidade musical, abrindo caminho de liderança do ressurgimento do Hip-Hop underground numa lista que incluía Mos Def, Talib Kweli, Pharoahe Monch e outros.


Lançaram depois outro álbum tópico, Soundbombing, Vol. 2. Em 2000, a Rawkus caminhava para a falência e levava junto a Company Flow. Findaram a sociedade, o mesmo ocorreu com o grupo. El-P montou a própria gravadora, Definitive Jux e trouxe grande listas de rappers progressistas, entre eles Cannibal Ox, Aesop Rock, Mr. Lif e RJD2. Em 2002, lançou o CD Fantastic Damage.


quarta-feira, 23 de março de 2016

Mos Def: Um dos mais promissores Rappers do final da década de 1990





Luís Alberto Alves

Inicialmente considerado como um dos rappers mais promissores a surgir no final dos anos de 1990, Mos Def, virou-se para atuar nos anos seguintes como a música tornou-se uma preocupação secundária para ele. Soltou novos hits, incluindo o CD The New Danger (2004).

Mesmo assim chamou a atenção da crítica, principalmente dos fãs de RAP, com os clássicos discos: Black Star (1998), colaboração de Talib Kweli e Hi-Tek, e Black on Both Sides (1999). Ganhou mais respeito com o decorrer do tempo.

Não hesitou de usar a própria fama para fins políticos, protestando pelo estrago causado pelo furacão Katrina em 2005 e o incidente Jena Six em 2007. Nascido Dante Terrel Smith Bey, em 1973, no bairro do Brooklyn, em Nova York, começou a gostar de música aos 14 anos, quando já trabalhava na televisão.

 Após o Ensino Médio, desfrutou de grande destaque na mídia ao participar de uma curta série ao lado de Bill Cosby, The Cosby Mysteries. Em 1994 criou o grupo de RAP Thermo Urban Dynamics ao lado do irmão e irmã e entrou na Payday Records.

Em 1996 saiu em carreira solo. No ano seguinte soltou o primeiro single: “Universal Magnetic” na Free Records, virando um hit RAP de subterrâneo que o levou a entrar na Rawkus Records. O álbum de 1998, Black Star, ganhou muita fama na época. No final daquela década saiu o CD Mos Def Black on Both Sides, ganhando críticas positivas.

Durante a década de 2000 centrou fogo mais no cinema, passando algum tempo na Broadway. Trabalhou no projeto Black Jack Johnson ao lado de vários músicos negros, como o tecladista Bernie Worrell, o guitarrista Dr. Know, o baterista Will Calhoun e o baixista Doug Wimbish.


Esse trabalho visou mesclar o RAP/Rock. Em 2004 soltou o CD solo The New Danger, envolvendo Black  Jack Johnson em algumas faixas. O terceiro álbum, True Magic, saiu em 2006. O CD The Ecstatic veio em 2009. No início de 2016, após enfrentar problemas com a Justiça da África do Sul, resolveu se aposentar.

Q-Tip: A cria do grupo A Tribe Called Quest




Luís Alberto Alves

Q-Tip fez parte do grupo A Tribe Called Quest. Nascido em Nova York em 1970, Jonathan Davis estudou numa escola de negócios e acabou sendo um dos co-fundadores do conjunto ao lado dos colegas Ali Shaheed Muhammad e Phife (Malik Taylor) em 1988.

Colocou nas ruas o hit “Description of a Fool” no Verão de 1989 e entrou na Jive Records. O trio apresentou o disco Instinctive Travels and the Paths of Rhythm. As letras eram inteligentes e socialmente progressistas numa fusão de RAP e Jazz. Caíram no gosto do público, soltando Álbuns clássicos como The Low End Theory (1991) e Midnight Marauders (1993), até a separação em 1998.

A partir dai Q-Tip saiu em carreira solo lançando o disco Amplified (1999). Apesar de bem-sucedido estava fora da mira das grandes gravadoras há muito tempo. Em 2002 produziu  o CD Kamaal the Abstract que iria sair em 2002, mas só ganhou as ruas em 2009.


 Em 2008 criou o próprio selo, A Renaissance Records. Deixando em segundo plano a produção, seus principais CDs fora do grupo que criou com os amigos de escola, incluem participações nas canções: “One Love” (Mobb Deep), “Temperature´s Rising” (Janet Jackson´s), “Got Til It´sGone” (Jay-Zs), “Girls Girls Girls” (Hiatus Kaiyotes) e o álbum solo The Last Zulu em 2015.

Phife Dawg: Estilo inteligente de cantar Hip-Hop




Luís Alberto Alves

Como parte do grupo de rap pioneiro A Tribe Called Quest and its extended Native Tongues Family, Phife ajudou a inaugurar novo estilo inteligente de Hip-Hop. Nascido Malik Taylor, cresceu no Queens, bairro da periferia de Nova York. Ali viveu a infância.

Não demorou em passar a compor e começar a cantar na escola. Ao lado de colegas do Ensino Médio: Q-Tip (Jonathan Davis) e Ali Shaheed Muhammad formou lendário grupo de Black Music na ATCQ que durou até 1988.


Com sede em Atlanta, ele passou a flexionar nova postura com o single: “Bend Ova” lançado por um selo do Reino Unido, Groove Attack, em 1989. Dai para frente o couro comeu.

terça-feira, 15 de março de 2016

Black Joe Lewis & The Honeybears: Na trilha de feras como James Brown e Sam Cooke


Na cola de grandes nomes da Black Music


Luís Alberto Alves

Black Joe Lewis e sua banda de apoio The Honeybears mesclam Blues, Soul e R&B, além de se inspirar em hits lendários como “Shouters” de Howlin Wolf, Wilson Pickett e James Brown, canções de suaves de Sam Cooke.

Seu primeiro CD, Weary, saiu em 2007. Depois apareceu no Southwest Festival em Austin, Texas. As fãs aumentaram e os shows também. Dois anos depois apresentaram o álbum Em What Your Name Is!, produzido pelo baterista Jim Eno. O CD Scandalous saiu em 2011.


Imelda May: Cantora no estilo de Billie Holiday


Imelda tem o estilo Billie Holiday de cantar
Luís Alberto Alves

Nativo de Dublin, Irlanda, Imelda May é uma cantora cujo dom está no seu gosto refinado pelo Jazz à Billie Holiday mesclado com Rockabilly. Antes de sentir o gosto doce do sucesso lançou vários discos independentes até chamar a atenção das grandes gravadoras em 2007.


O disco Love Tattoo, feito com grandes músicos como Dave Priseman, Darrell Higham, Al Care e Steve Rushton despertou atenção da crítica, gerando vários shows ao vivo. Lançado nos Estados Unidos pela Decca Records em 2009. O single “Psycho” virou coqueluche.

Maverick Sabre: O multi talentoso do hit “Let Me Go”


A voz do hit "Let Me Go"

Luís Alberto Alves

Artista de muitos talentos: cantor, rapper e guitarrista Maverick Sabre nasceu em Londres, mas logo mudou-se para a Irlanda na infância. O começo foi modesto, quando lançou  o CD Terawrizt e Nu-Centz (Sense the Terror) em 2008 e Jermiside & Danny Diggs (Middle Classic) de 2009.

O ano de 2010 marcou a chega do CD Jungle e Chase & Status, destacando o hit “Fire in Your Eyes”. Em 2011 entrou na Mercury Records e soltou seu EP de estreia, The Lost Words, numa fusão de Hip-Hop, R&B, Reggae e Folk.


O estouro nas paradas foi o hit “Let Me Go”. Em 2012 soltou o CD Lonely Are The Brave e chegou bonito nas paradas de sucesso de Londres. É o primeiro disco trazendo apenas composições de sua autoria.

Vintage Trouble: A beleza do som das décadas de 50 e 60



O som da época de ouro da música

Luís Alberto Alves

 A marca registrada desse grupo é o som do Blues clássico, Soul e Rock & Roll das décadas de 1950 e 1960. Mesclam o estilo daquela época com o de hoje. Ganharam milhares de fãs nos Estados Unidos e Reino Unido. A banda surgiu em 2010 pelas mãos do vocalista Ty Taylor, o guitarrista Nalle Colt, o baixista Rick Barrio Dill e o baterista Richard Danielson, quando viviam em Los Angeles.

Taylor já trabalhado com os grupos Dakota Moon, Camp Freddy e Ghosthounds, além de participar do concurso de Rock Music INXS. Colt já havia tocado na Dakota Moon e Ghosthounds. O baixista Dill diversos discos solo sob codinome Duff Ferguson e bateristas em várias bandas.

A Vintage Trouble surgiu quando eles se reuniram para tocar juntos. Numa apresentação ao vivo, a sugestão virou algo sério ao passar se apresentar no circuito de clubes de Los Angeles. Em 2011 lançaram o primeiro CD. Ganharam várias críticas positivas.


Logo arrumaram uma turnê para o Reino Unido e ganharam destaque nas emissoras de televisão. Em 2013 se apresentaram no programa The Tonight Show com Jay Leno e coloram no pessoal do The Who para diversos shows na Europa, abrindo inclusive para os Rolling Stones em Londres. Não demorou em assinar contrato com a lendária Blue Note Records.

quarta-feira, 9 de março de 2016

George Martin: A partida do produtor que lapidou os Beatles




George Martin numa gravação com os Beatles

Luís Alberto Alves

Qualquer banda ou cantor precisa de um bom produtor na retaguarda. Do contrário, seus discos cairão diretamente na lata do lixo, além de agredir os ouvidos dos fãs. Quando analisamos a harmonia (roupa da música) das canções dos Beatles, percebemos o talento de George Martin, que partiu para sempre desde mundo nesta semana.

Ele foi o responsável pela lapidação dos hits lançados pelos quatro meninos de Liverpool. Na maioria das composições, Martin usava apenas quatro acordes. Todos simples. Num deles: E (mi), C#- (dó sustenido menor), F#- (fá sustenido menor), A (lá); ele vestiu um dos grandes sucessos dos Beatles.

Martin tinha o feeling de transformar músicas ruins em bons produtos. O showbiz deve sempre agradecer a ele por transformar a pedra bruta Beatles num diamante valioso, cujas músicas ainda vendem até hoje, mesmo após 47 anos da famosa frase: “o sonho acabou”.

O leigo ou os abelhudos que nunca pisaram os  pés em uma escola de música, desconhecem o trabalho feito dentro do estúdio. Quando o produtor, que geralmente é maestro e entende tanto de teoria quanto de prática musical, vai começar a dar corpo naquela letra.

Por ter bastante sensibilidade, sabe qual melhor instrumentação para determinado hit. Exemplo disso é a clássica “Let It Be”, com direito a solo de piano no meio dessa canção feito por Billy Preston. A cifra consiste em quatro acordes: C (dó), G (sol), A- (lá menor) e F (fá). Nas mãos de um cabeça de bagre iria virar um lixo, porém Martin a transformou um grande diamante.

E o que dizer de Anna, outro grande sucesso dos Beatles, onde novamente Martin trabalhou cinco acordes: D (ré), B- (si menor), E- (mi menor), G (sol) e A (lá) que funciona como preparação para D. O segredo desse grande produtor era não abusar de notas dissonantes (que podem ser usadas ou não no arranjo, como se fosse uma peça de roupa bonita, que necessariamente nem sempre precisa fazer parte da vestimenta do dia a dia).




terça-feira, 8 de março de 2016

Mic Donet: Talento que bebeu na fonte da Soul Music





Luís Alberto Alves

Donet foi outro compositor que bebeu na fonte da Soul Music e colocou os pés na estrada em 2004 com o CD Simply Mic, lançado pela Sony Music na Alemanha.

Antes participou de turnês com Stevie Wonder, Carlos Santana e Erykah Badu. O segundo disco ficou na gaveta algum tempo. Finalmente em 2012 saiu Plenty of Love, pela Universal Music alemã. Naquela mesma época soltou o álbum Losing You, destacando o single “I Know”.

Lizz Wright: Outra bela voz da Geórgia


Luís Alberto Alves

Lizz Wright é uma vocalista e compositora que sintetiza no seu repertório R&B, Jazz, Folk, Blues e Gospel. Natural da Geórgia, onde nasceu em 1980, o gosto pela boa música apareceu ainda na infância. O pai era pianista e diretor musical na igreja e a incentivava a cantar os hinos numa levada de Soul Music.

Não demorou em começar a ganhar prêmios em diversas competições envolvendo corais. A voz quente, mas de timbre suave a levou a estudar canto. Em 2000 entrou num quarteto vocal, que rapidamente caiu nas graças de Atlanta.

 Dois anos mais tarde a Verve Records a contratou como artista solo. Em 2003 lançou o CD Dreaming Wide Awake. Três anos após apareceu no álbum TootsThielemans One More for the  Road, lançou o terceiro CD, The Orchard em 2008.


 No ano de 2010 solto a voz no disco Fellowship, numa mistura bem pesada de Gospel Music, trazendo as presenças de Me´Shell Ndegeocello e Angélique  Kidjo. Em 2015 gravou o o CD Freedom & Surrender, seu quinto álbum, incluindo versões de Nick Drake de “Man River” e dos Bee Gees para “To Love Somebody”.