As duas grandes vozes da Folk Music |
Luís
Alberto Alves
Ao lado de
Joan Baez, Judy Collins foi uma das
duas principais cantoras interpretativas da década de 1950 e início dos anos de
1960. De início soltava a voz em músicas folclóricas tradicionais até passar a
compor de verdade. Ao contrário de Baez, Judy usou sua formação clássica para
deixar as letras mais bonitas.
Na carreira que começou no final da década de
1950, e mais forte ainda meio século após, realizou média de 50 a 80 concertos
por ano, atingindo ápice do sucesso comercial a partir da década de 1960 para
meados dos anos de 1970, com seis discos ganhando Ouro ou Platina.
Judy também acertava a mão em singles de
sucesso, como ocorreu com o hit “Both Sides Now”, numa versão do hino de louvor
“Amazing Grace” a cappella e “Send in the Clowns”, ganhando o Grammy.
Nascida em Seattle, a primeira dos cinco
filhos de Charles Thomas “Chuck” Collins e de Marjorie “Byrd” Collins, uma
cantora de rádio e MC, no Verão de 1943 foram para Los Angeles onde o velho
arrumou emprego na rede de emissoras NBC.
Desde criança já gostava de música e passou a
ter aulas de piano antes dos cinco anos de idade. Aos 11 uma professora
percebeu que ela tinha jeito para pianista de concertos. Logo passou a gosta da
Folk Music, pegou o violão em 1957 se formou na MacMurray College em Illinois.
Por sugestão do marido passou somente a
cantar. Logo tinha cinco apresentações por semana e a fama ganhou outras
cidades dos Estados Unidos. Mudou-se para Chicago e passou seis semanas abrindo
a festa popular The Gate of Horn.
A partir de 1960 começou a aparecer em Nova
York, principalmente em locais como Gerdes Folk City. No ano seguinte assinou
contrato na Elektra Records. O primeiro álbum, A Maid of Constant Sorrow, saiu
em agosto de 1961. Em 1962 veio outro, Golden Apples of the Sun. Os dois discos
traziam canções folclóricas tradicionais, numa instrumentação acústica simples.
O sucesso crescente provocou o fim do seu
casamento. Ao abrir o show para Theodore Bikel no Carnegie Hall, aquela casa de
espetáculos iria virar rotina em sua vida artística. O terceiro álbum, Judy
Collins, trouxe hits de Bob Dylan, Woody Guthrie e Pete Seeger. Chegou às
grandes paradas. Em 1964 uma apresentação no Town Hall virou álbum ao vivo com
letras que não entraram no disco anterior.
A partir daí se apresentou na Polônia, na
então União Soviética, Europa e outros países da Ásia em 1966. Antes gravou Judy Collins ´Fifth Album, interpretando
hits de Dylan, Eric Andersen, Richard Fariña e Gordon Lightfoot. Chegou
ao Top 100.
Para o sexto álbum, In My Life, Judy contratou
o arranjador Joshua Rifkin. Esse disco chegou ao Top 50. Em 1967 soltou
Wildflowers. Alcançou o Top Tem de 1968, ganhando o Disco de Ouro e a faixa “Both
Sides Now” rendeu o Grammy, como Melhor Perfomance Folk. Who Knows Where the
Time Goes, lançado no final de 1968, numa levada mais Pop trouxe outro Disco de
Ouro, gerando o single “Someday Soon”.
A partir daí ela
lançou vários álbuns de sucesso, Whales & Nightingales (1972), The Concert
Judy Collins (1972), True Stories & Other Dreams (1973), Judith (1975),
Bread & Roses (1976), Hard Times for Lovers (1979). Quando
a Elektra foi comprada pela Warner Records, Judy ganhou a porta da rua após 20
anos juntos. Em 1990 entrou na Columbia Records, lançando Fires of Eden.
O álbum Judy Collins Sings Dylan...Just Like a
Woman (1992) teve sabor amargo para ela por causa do suicídio do filho, de 33
anos. Em 1995 apresentou o disco Shameless, com canções próprias. Após lançar o
clássico da Broadway sobre Platinum Records, em 1999, criou a própria
gravadora, Wildflower.
Passou a se apresentar regularmente. No início
de 2007 estreou como artista de cabaré no famoso Café Carlyle de Nova York.
Três anos depois gravou o disco Paradise.
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