Reportagens com clipes descrevendo histórias de artistas famosos,
principalmente de intérpretes da Black Music, além de destacar a importância do Blues no Showbiz.
Da racista Birmingham, Alabama, despontou
Jimmy Jones em 1939. As aulas de canto foram nos grupos de Doo-Wop e R&B,
servindo de estrada para o Rock no começo da década de 1960, cantando “Handy
Man” e outros sucessos famosos na sua voz de falsete dramático, penetrante e
alto.
O início da carreira foi como dançarino, em
1955, no grupo vocal “he Sparks Of
Rhythm. No ano seguinte formou o próprio conjunto, The Savoys, depois batizados
de Pretenders. As faixas estavam na praia do Doo-Wop, porém sem grande sucesso,
apenas restrito nas rádios locais de Nova York, principalmente em Nova Jersey.
Só estourou de verdade quando entrou na MGM
Records em 1959, cantando “Handy Man”. No mesmo estilo de falsete emendou com “Good
Timin”. Só sentiu o gosto de muito dinheiro gravando as canções “I Just Go For
You”, “Ready For Love” e “I Told You So”. “Handy Man” acabou regravada por Del
Shannon em 1964 e por James Taylor em 1977. Conseguiu ter segurança financeira
de suas canções ao dividir parceria de “Handy Man” com Otis Blackwell.
Johnny Tillotoson foi um DJ de Country Music e
aos nove anos (1948) já era destaque na rádio de Jacksonville, Flórida. Seus
pais o incentivaram por causa do talento. Logo ganhou um ukulele (instrumento
com quatro cordas de nylon), depois uma guitarra.
Influenciado por artista como Gene Autry e Roy
Rogers e o cantor de Country Hank Williams. Tillotson passou a aparecer freqüentemente
no programa de televisão de Tom Dowdy, onde recebeu recomendação de Archie Bleyer
ao dono da Cadence Records.
Seu primeiro single surgiu em 1958, quando
estava se formando em Jornalismo, lançando a balada adolescente “Dreamy Eyes’
with the up-tempo ‘Well, I’m Your Man”. Recebeu apoio para fazer remake de
outros hits na praia do R&B: “Never Let Me Go”, “Never Let Me Go”, “Pledging
My Love” e “Earth Angel”.
Em 1960 soltou a clássica balada teen “Poetry
In Motion”, número dois nas paradas dos Estados Unidos e Reino Unido. Depois
vieram outros sucessos: “Princess, Princess”, “Jimmy’s Girl”, número três nos
EUA. A canção “It Keeps Right On A-Hurtin’’ acabou regravada por mais de cem
artistas, incluindo Elvis Presley.
Na década de 1960 virou ídolo da galera teen
que curtiam a Country Music. Estourou
em mais sucessos, como “Send Me The Pillow You Dream On” e “I Can’t Help It (If
I’m Still In Love With You)”. No
filme Just For Fun ele cantou o hit “Judy, Judy, Judy”, que escreveu ao lado de
Doc e Mort Shuman Pomus. Sua
balada “You Can Never Stop Me Loving You” estourou na US Top 20. A
versão de Kenny Lynch foi a preferida pelos britânicos.
O Exército dos Estados Unidos impediu que ele
capitalizasse o seu sucesso, quando entrou na MGM Records, quando existia a determinação
de se tornar o artista número daquele país. Isto não impediu que as canções “Talk
Back Trembling Lips”, “Worried Guy”, “I Rise, I Fall”, “She Understands Me”, “Heartaches
By The Number” explodissem nas paradas em 1968 e início de 1970.
Nessa época mudou para as gravadoras Ampex,
Buddah e United Artists Records. Entrou no circuito de shows de Las Vegas,
surfando no hit “Cabaret”. Virou figura conhecida em bases militares dos
Estados Unidos na Europa e fez muito sucesso no Japão. Na década de 1990, pela
Ace Records, “Poetry In Motion” serviu de introdução do seu trabalho numa coletânea reunindo os hits que
explodiram no mundo desde a década de 50.
Gene Pitney nasceu em Connecticut em 1941.
Começou a gravar aos 18 anos, no auge do Rock. O primeiro sucesso veio como
compositor, escrevendo o hit “Loneliness” para Roy Orbison, depois emendou “Today´s
Teardrops” para Bobby Vee.
A primeira gravação
solo surgiu em 1961, com as canções “I Wanna Love My Life Away” e “‘Town
Without Pity” e “The Man Who Shot Liberty Valance”. Nessa
época escreveu para vários cantores, como Ricky Nelson (“Hello Mary Lou”) e The
Crystals (“He’s A Rebel”). Dois anos depois foi ao Reino Unido, onde seu hit “Twenty
Four Hours From Tulsa” atingiu o Top 10, depois conheceu os Rolling Stones e a
rapaziada gravou “That Girl Belongs To Yesterday”.
Apesar
de compor baladas apaixonadas, não conseguia enfrentar as canções feitas pela
dupla Barry Mann e Cynthia Well, que emplacaram hits como: “I Must Be Seeing
Things” (1965), “Looking Through The Eyes Of Love” (1965) e “Just One Smile”
(1966) entre outros.
Gene gravou discos em espanhol e italiano,
como “Nessuno Mi Puo Guidicare”, que chegou ao segundo lugar no Festival de San
Remo e Country Music ao lado de George Jones e Melba Montgomery.
No final da década de 1960 sua popularidade
caiu, mas continuou em turnês pela Europa, fazendo sucesso com os hits: “Maria
Elena” (1969), “Shady Lady” (1970) e “Blue Angel” (1974). No final de 1989
voltou às paradas no remake de “Something’s Gotten Hold Of My Hear” na voz de
Marc Almond.
Pitney morreu em 2006, mas será lembrado pelos
vocais apaixonados e escolha impecável de repertório durante toda a carreira.
Sua marca como compositor jamais será esquecida. Faleceu uma noite após fazer
um show no País de Gales.
Glyn Ellis era o nome de batismo de Elvis
Presley Fontana. Ele entrou na Fontana Records e ali a banda de gravação ganhou
fama por causa dos bons acompanhamentos.
O primeiro hit, “Hello Josephine”, de 1963,
foi seu cartão de visita ao sucesso. A praia de Fontana era o R&B, como
acabou reconhecido no hit “Hum, Hum, Hum, Hum, Hum, Hum”, ocupando o quinto
lugar nas parada do Reino Unido.
Em 1965 repetiu a dose trazendo a canção “”The
Game of Love”, número dois nas paradas e liderando a invasão musical nos
Estados Unidos. Depois se esforçou com
outra canção “Just A Little Bit Too Late”.
Resolveu em seguida mergulhar em carreira
solo, a partir de 1965. Gravou
a balada “It Was Easier To Hurt Her”, antes de encontrar o êxito com Jackie
Edwards “Come on Home”. Após desistir da música no começo da década de
1970, ele entrou no circuito de remake, ganhou dinheiro, mas sempre estava
envolvido em encrencas.
Da Geórgia, Sul dos Estados Unidos, que
estourou para o sucesso Tommy Roe em 1942. Começou a carreira cantando em
grupos nascidos em colégios. Ganhou fama com a canção “Sheila”. Liderou as paradas dos Estados Unidos e
chegou ao Top 3 do Reino Unido, onde passou a desfrutar de grande popularidade.
Em 1963 marcou dois Top 10, “The Folk Singer”
e “Everybody”. O hit “Sweet Pea” ganhou o Airplay. Surfou em mais sucesso nos
hits “Heather Honey” e “Jam Up Jelly Tight”.
Na década de 1970 optou por discrição na
carreira artística. Algumas de suas canções, em ritmo de nostalgia, saíram do
baú, quando a música “Dizzy” retornou ao top das paradas do Reino Unido em
1992, numa versão pelo Wonder Stuff.
Com essa formação, a Earth Wind & Fire veio ao Brasil em 1980
Luís
Alberto Alves
A novela das 18 horas da Rede Globo resolveu
apostar na bela trilha sonora do final da década de 1970 e começo da de 1980. Era
o auge da Disco Music. No intervalo é massagem para os ouvidos ouvir a
metaleira da banda Earth Wind & Fire no inesquecível sucesso “September”,
que estourou nas paradas de todo o mundo em 1979 e serviu de cartão postal no
primeiro show que o grupo realizou no Brasil. O primeiro deles foi no ginásio
do Ibirapuera, em São Paulo.
Mas as boas surpresas não para por ai. Também
faz parte da trilha o balanço e os lindos arranjos de guitarra da Banda Chic,
outro meteoro dançante daquela época. Para deixar o bolo mais bonito
acrescentaram a Disco Music, carregada de Soul Music, do pessoal da KC &
The Sunshine Band, famosos no País por causa da balada “Please Don´t Go”,
responsável pelo namoro e casamentos de quem freqüentava os salões de baile.
Nesses dois exemplos é possível notar que a
Globo não brincou ao escolher as músicas para embalar a novela Boogie Oogie Oogie,
completamente ambientada nos anos de 1970 e 1980. Era o tempo de bons conjuntos musicais. The
Commodores também estão incluídos na trilha sonora, como Anita Ward, famosa
pelo hit “Ring My Bell”, que não foi suficiente forte para impedir que ela escolhesse
os bancos universitários para manter o sustento de casa.
Jovens e adolescentes de hoje não conseguem
entender a energia positiva existente naquelas festas. Nas canções, mesmo de
letras simples, porém carregadas de bons arranjos. Elas faziam o público
dançar. Oposto do existente atualmente onde a barulheira e hits sem qualquer
apelo não conseguem se eternizar. A rapaziada da Eart Wind & Fire está na
estrada há 46 anos, por exemplo. Dessa ruindade de artistas de meia tigela que
tortura nossos ouvidos, quantos conseguirão completar 5 anos de carreira?
Separei abaixo alguns do grandes sucessos daquela época. Reviva a era que as
belas canções faziam parte da festas.
Ele às vezes cantava ou dançava, mas não sabia
ler música - ainda assim foi considerado um excelente condutor, um
"dynamaestro." Também chamado de uma multa mestre de cerimônias, um
grande showman, colorido e excêntrico, inteligente e astuto. E seu grupo se diz
ter sido a maior grande banda para tocar Rhythmn and Blues.
De acordo com o
baterista Ed ("Eddie") Shaughnessy, que se juntou a Lucky no Savoy
Ballroom, em Nova York, "ele era um mestre da estimulação da música para
manter os dançarinos felizes. Quero dizer, às vezes - eu não sei qual era a
contagem ... é utilizado para parecer 1500-2000 pessoas lá em cima dançando”. Nos seus 66 anos vividos, terminados em 1966,
Millinder sacudiu o limoeiro do ShowBiz.
Em 1933 tocou em diversas residências de Monte
Carlo e Paris, antes de voltar a Nova York, quando assumiu a liderança da
Rhythmn And Blues Band com excelentes instrumentistas: Henry “Red” Allen,
Charlie Shavers, Harry “Sweets” Edison, JC Higginbotham e Billy Kyle.
Sete
anos depois aumentou o time com a entrada de Buster Bailey (clarinete), Bill
Doggett (piano), George Duvivier (baixo) e Panama Francis (bateria). Mas antes
da fama, aos 17 anos espalhou o boato, em Chicago, de que era filho de um
milionário de Nova York. Acabou contratado pelo lendário Cotton Club, ganhando
bom salário. Durante o final da década de 1920 ganhou a vida como mestre de
cerimônias.
Sua vida mudou ao ajudar o mafioso Al Capone
que havia perdido US$ 10 mil num jogo de dados. Ao recuperar parte do dinheiro,
ganhou US$ 50 mil do criminoso. Daí o apelido Lucky (sorte), pois conseguiu
assim criar a primeira banda com essa grana.
Daí para frente tudo embalou. Entrou na Decca
Records em 1941, lançando vários discos até assinar com a RCA Victor em 1949.
Nas turnês atraia grande público. Em 1953 desfez a banda. Passou a vender
bebidas em anúncios publicitários. Morreu de crise hepática em 1966.
Slim Gaillard
teve uma infância aventureira. Durante viagem de navio, no qual o pai era
mordomo, acabou deixado para trás em Creta, Grécia. Mais tarde trabalhou de
boxeador profissional, agente funerário e motorista de caminhão para
contrabandistas.
Sua base era Detroit, onde no início da década
de 1930, começou a tocar guitarra, para em seguida mudar-se para Nova York
formando dupla com o baixista Slam Stewart. Grande parte do repertório era
composta de versões. O duo teve vários discos de sucesso, incluindo “Flat Foot
Floogie”. Com a ida e Stewart para o serviço militar, Bam Brown ocupou a vaga.
Ao morar em Los Angeles, Gaillard continuou
escrevendo músicas de sucesso, muitas em parceria com Brown. É deles o hit “Opera
In Vout”, de 1946. Outra mina de ouro foi a canção “Down By The Station”, que
virou canção de ninar e clássico infantil.
Este perfil não o impediu de gravar ao lado de
Charlie Parker e Dizzy Gillespie. No final da década de 1940 permaneceu com o
excêntrico artístico, quando tocava piano com as mãos de cabeça para baixo.
Muitos o considerava maluco. No final dos anos de 1950 deixou a música de lado
para se dedicar à televisão e aparições em festivais. Além de cantar e tocar
guitarra, Gaillard era expert em piano, vibrafone e saxofone.