Postagem em destaque

#BMW - Morre #QuincyJones, o gênio da produção de grandes discos

Luís Alberto Alves/Hourpress

domingo, 16 de novembro de 2014

Jimmy Jones: Autor da célebre “Handy Man”




Luís Alberto Alves

 Da racista Birmingham, Alabama, despontou Jimmy Jones em 1939. As aulas de canto foram nos grupos de Doo-Wop e R&B, servindo de estrada para o Rock no começo da década de 1960, cantando “Handy Man” e outros sucessos famosos na sua voz de falsete dramático, penetrante e alto.

 O início da carreira foi como dançarino, em 1955, no grupo vocal  “he Sparks Of Rhythm. No ano seguinte formou o próprio conjunto, The Savoys, depois batizados de Pretenders. As faixas estavam na praia do Doo-Wop, porém sem grande sucesso, apenas restrito nas rádios locais de Nova York, principalmente em Nova Jersey.


 Só estourou de verdade quando entrou na MGM Records em 1959, cantando “Handy Man”. No mesmo estilo de falsete emendou com “Good Timin”. Só sentiu o gosto de muito dinheiro gravando as canções “I Just Go For You”, “Ready For Love” e “I Told You So”. “Handy Man” acabou regravada por Del Shannon em 1964 e por James Taylor em 1977. Conseguiu ter segurança financeira de suas canções ao dividir parceria de “Handy Man” com Otis Blackwell.

Johnny Tillotson: A voz da clássica balada teen “Poetry In Motion”




Luís Alberto Alves

 Johnny Tillotoson foi um DJ de Country Music e aos nove anos (1948) já era destaque na rádio de Jacksonville, Flórida. Seus pais o incentivaram por causa do talento. Logo ganhou um ukulele (instrumento com quatro cordas de nylon), depois uma guitarra.

 Influenciado por artista como Gene Autry e Roy Rogers e o cantor de Country Hank Williams. Tillotson passou a aparecer freqüentemente no programa de televisão de Tom Dowdy, onde recebeu recomendação de Archie Bleyer ao dono da Cadence Records.

 Seu primeiro single surgiu em 1958, quando estava se formando em Jornalismo, lançando a balada adolescente “Dreamy Eyes’ with the up-tempo ‘Well, I’m Your Man”. Recebeu apoio para fazer remake de outros hits na praia do R&B: “Never Let Me Go”, “Never Let Me Go”, “Pledging My Love” e “Earth Angel”.  

 Em 1960 soltou a clássica balada teen “Poetry In Motion”, número dois nas paradas dos Estados Unidos e Reino Unido. Depois vieram outros sucessos: “Princess, Princess”, “Jimmy’s Girl”, número três nos EUA. A canção “It Keeps Right On A-Hurtin’’ acabou regravada por mais de cem artistas, incluindo Elvis Presley.

 Na década de 1960 virou ídolo da galera teen que curtiam a Country Music. Estourou em mais sucessos, como “Send Me The Pillow You Dream On” e “I Can’t Help It (If I’m Still In Love With You)”.  No filme Just For Fun ele cantou o hit “Judy, Judy, Judy”, que escreveu ao lado de Doc e Mort Shuman Pomus. Sua balada “You Can Never Stop Me Loving You” estourou na US Top 20. A versão de Kenny Lynch foi a preferida pelos britânicos.

 O Exército dos Estados Unidos impediu que ele capitalizasse o seu sucesso, quando entrou na MGM Records, quando existia a determinação de se tornar o artista número daquele país. Isto não impediu que as canções “Talk Back Trembling Lips”, “Worried Guy”, “I Rise, I Fall”, “She Understands Me”, “Heartaches By The Number” explodissem nas paradas em 1968 e início de 1970.


 Nessa época mudou para as gravadoras Ampex, Buddah e United Artists Records. Entrou no circuito de shows de Las Vegas, surfando no hit “Cabaret”. Virou figura conhecida em bases militares dos Estados Unidos na Europa e fez muito sucesso no Japão. Na década de 1990, pela Ace Records, “Poetry In Motion” serviu de introdução do seu trabalho  numa coletânea reunindo os hits que explodiram no mundo desde a década de 50.

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Gene Pitney: Talento que pegou o auge do Rock



Pitney pegou o auge do Rock na década de 1950
Luís Alberto Alves

 Gene Pitney nasceu em Connecticut em 1941. Começou a gravar aos 18 anos, no auge do Rock. O primeiro sucesso veio como compositor, escrevendo o hit “Loneliness” para Roy Orbison, depois emendou “Today´s Teardrops” para Bobby Vee.

 A primeira gravação solo surgiu em 1961, com as canções “I Wanna Love My Life Away” e “‘Town Without Pity” e “The Man Who Shot Liberty Valance”. Nessa época escreveu para vários cantores, como Ricky Nelson (“Hello Mary Lou”) e The Crystals (“He’s A Rebel”). Dois anos depois foi ao Reino Unido, onde seu hit “Twenty Four Hours From Tulsa” atingiu o Top 10, depois conheceu os Rolling Stones e a rapaziada gravou “That Girl Belongs To Yesterday”.

  Apesar de compor baladas apaixonadas, não conseguia enfrentar as canções feitas pela dupla Barry Mann e Cynthia Well, que emplacaram hits como: “I Must Be Seeing Things” (1965), “Looking Through The Eyes Of Love” (1965) e “Just One Smile” (1966) entre outros.
 Gene gravou discos em espanhol e italiano, como “Nessuno Mi Puo Guidicare”, que chegou ao segundo lugar no Festival de San Remo e Country Music ao lado de George Jones e Melba Montgomery.

 No final da década de 1960 sua popularidade caiu, mas continuou em turnês pela Europa, fazendo sucesso com os hits: “Maria Elena” (1969), “Shady Lady” (1970) e “Blue Angel” (1974). No final de 1989 voltou às paradas no remake de “Something’s Gotten Hold Of My Hear” na voz de Marc Almond.

 Pitney morreu em 2006, mas será lembrado pelos vocais apaixonados e escolha impecável de repertório durante toda a carreira. Sua marca como compositor jamais será esquecida. Faleceu uma noite após fazer um show no País de Gales.


Wayne Fontana: Artista de sucesso, mas envolvido sempre em encrencas



Luís Alberto Alves

 Glyn Ellis era o nome de batismo de Elvis Presley Fontana. Ele entrou na Fontana Records e ali a banda de gravação ganhou fama por causa dos bons acompanhamentos.

 O primeiro hit, “Hello Josephine”, de 1963, foi seu cartão de visita ao sucesso. A praia de Fontana era o R&B, como acabou reconhecido no hit “Hum, Hum, Hum, Hum, Hum, Hum”, ocupando o quinto lugar nas parada do Reino Unido.

 Em 1965 repetiu a dose trazendo a canção “”The Game of Love”, número dois nas paradas e liderando a invasão musical nos Estados Unidos.  Depois se esforçou com outra canção “Just A Little Bit Too Late”.

 Resolveu em seguida mergulhar em carreira solo, a partir de 1965. Gravou a balada “It Was Easier To Hurt Her”, antes de encontrar o êxito com Jackie Edwards “Come on Home”. Após desistir da música no começo da década de 1970, ele entrou no circuito de remake, ganhou dinheiro, mas sempre estava envolvido em encrencas.


Tommy Roe: De bandas de colégio ao sucesso



Luís Alberto Alves

 Da Geórgia, Sul dos Estados Unidos, que estourou para o sucesso Tommy Roe em 1942. Começou a carreira cantando em grupos nascidos em colégios. Ganhou fama com a canção “Sheila”.  Liderou as paradas dos Estados Unidos e chegou ao Top 3 do Reino Unido, onde passou a desfrutar de grande popularidade.

 Em 1963 marcou dois Top 10, “The Folk Singer” e “Everybody”. O hit “Sweet Pea” ganhou o Airplay. Surfou em mais sucesso nos hits “Heather Honey” e “Jam Up Jelly Tight”.

 Na década de 1970 optou por discrição na carreira artística. Algumas de suas canções, em ritmo de nostalgia, saíram do baú, quando a música “Dizzy” retornou ao top das paradas do Reino Unido em 1992, numa versão pelo Wonder Stuff.


Novela Boogie Oogie Oogie revive sucessos de mais de 30 anos



Com essa formação, a Earth Wind & Fire veio ao Brasil em 1980

Luís Alberto Alves

 A novela das 18 horas da Rede Globo resolveu apostar na bela trilha sonora do final da década de 1970 e começo da de 1980. Era o auge da Disco Music. No intervalo é massagem para os ouvidos ouvir a metaleira da banda Earth Wind & Fire no inesquecível sucesso “September”, que estourou nas paradas de todo o mundo em 1979 e serviu de cartão postal no primeiro show que o grupo realizou no Brasil. O primeiro deles foi no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo.

 Mas as boas surpresas não para por ai. Também faz parte da trilha o balanço e os lindos arranjos de guitarra da Banda Chic, outro meteoro dançante daquela época. Para deixar o bolo mais bonito acrescentaram a Disco Music, carregada de Soul Music, do pessoal da KC & The Sunshine Band, famosos no País por causa da balada “Please Don´t Go”, responsável pelo namoro e casamentos de quem freqüentava os salões de baile.

 Nesses dois exemplos é possível notar que a Globo não brincou ao escolher as músicas para embalar a novela Boogie Oogie Oogie, completamente ambientada nos anos de 1970 e 1980.  Era o tempo de bons conjuntos musicais. The Commodores também estão incluídos na trilha sonora, como Anita Ward, famosa pelo hit “Ring My Bell”, que não foi suficiente forte para impedir que ela escolhesse os bancos universitários para manter o sustento de casa.


 Jovens e adolescentes de hoje não conseguem entender a energia positiva existente naquelas festas. Nas canções, mesmo de letras simples, porém carregadas de bons arranjos. Elas faziam o público dançar. Oposto do existente atualmente onde a barulheira e hits sem qualquer apelo não conseguem se eternizar. A rapaziada da Eart Wind & Fire está na estrada há 46 anos, por exemplo. Dessa ruindade de artistas de meia tigela que tortura nossos ouvidos, quantos conseguirão completar 5 anos de carreira? Separei abaixo alguns do grandes sucessos daquela época. Reviva a era que as belas canções faziam parte da festas.

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Lucky Millinder: Outro grande mestre do Rhythmn and Blues


Lucky era versátil, mesmo não sabendo ler música

Luís Alberto Alves

 Ele às vezes cantava ou dançava, mas não sabia ler música - ainda assim foi considerado um excelente condutor, um "dynamaestro." Também chamado de uma multa mestre de cerimônias, um grande showman, colorido e excêntrico, inteligente e astuto. E seu grupo se diz ter sido a maior grande banda para tocar Rhythmn and Blues.

  De acordo com o baterista Ed ("Eddie") Shaughnessy, que se juntou a Lucky no Savoy Ballroom, em Nova York, "ele era um mestre da estimulação da música para manter os dançarinos felizes. Quero dizer, às vezes - eu não sei qual era a contagem ... é utilizado para parecer 1500-2000 pessoas lá em cima dançando”.  Nos seus 66 anos vividos, terminados em 1966, Millinder sacudiu o limoeiro do ShowBiz.

 Em 1933 tocou em diversas residências de Monte Carlo e Paris, antes de voltar a Nova York, quando assumiu a liderança da Rhythmn And Blues Band com excelentes instrumentistas: Henry “Red” Allen, Charlie Shavers, Harry “Sweets” Edison, JC Higginbotham e Billy Kyle.

    Sete anos depois aumentou o time com a entrada de Buster Bailey (clarinete), Bill Doggett (piano), George Duvivier (baixo) e Panama Francis (bateria). Mas antes da fama, aos 17 anos espalhou o boato, em Chicago, de que era filho de um milionário de Nova York. Acabou contratado pelo lendário Cotton Club, ganhando bom salário. Durante o final da década de 1920 ganhou a vida como mestre de cerimônias.

 Sua vida mudou ao ajudar o mafioso Al Capone que havia perdido US$ 10 mil num jogo de dados. Ao recuperar parte do dinheiro, ganhou US$ 50 mil do criminoso. Daí o apelido Lucky (sorte), pois conseguiu assim criar a primeira banda com essa grana.

 Daí para frente tudo embalou. Entrou na Decca Records em 1941, lançando vários discos até assinar com a RCA Victor em 1949. Nas turnês atraia grande público. Em 1953 desfez a banda. Passou a vender bebidas em anúncios publicitários. Morreu de crise hepática em 1966.



Slim Gaillard: O maluco que colocou fogo na Black Music


Gaillard escreveu várias músicas de sucesso

Luís Alberto Alves

  Slim Gaillard teve uma infância aventureira. Durante viagem de navio, no qual o pai era mordomo, acabou deixado para trás em Creta, Grécia. Mais tarde trabalhou de boxeador profissional, agente funerário e motorista de caminhão para contrabandistas.

 Sua base era Detroit, onde no início da década de 1930, começou a tocar guitarra, para em seguida mudar-se para Nova York formando dupla com o baixista Slam Stewart. Grande parte do repertório era composta de versões. O duo teve vários discos de sucesso, incluindo “Flat Foot Floogie”. Com a ida e Stewart para o serviço militar, Bam Brown ocupou a vaga.

 Ao morar em Los Angeles, Gaillard continuou escrevendo músicas de sucesso, muitas em parceria com Brown. É deles o hit “Opera In Vout”, de 1946. Outra mina de ouro foi a canção “Down By The Station”, que virou canção de ninar e clássico infantil.


 Este perfil não o impediu de gravar ao lado de Charlie Parker e Dizzy Gillespie. No final da década de 1940 permaneceu com o excêntrico artístico, quando tocava piano com as mãos de cabeça para baixo. Muitos o considerava maluco. No final dos anos de 1950 deixou a música de lado para se dedicar à televisão e aparições em festivais. Além de cantar e tocar guitarra, Gaillard era expert em piano, vibrafone e saxofone.