Reportagens com clipes descrevendo histórias de artistas famosos,
principalmente de intérpretes da Black Music, além de destacar a importância do Blues no Showbiz.
Outro grande
guitarrista de Chicago é Jimmy Johnson, que não conseguiu lançar o primeiro
disco antes dos 50 anos. Porém, compensou o tempo perdido, se tornando um
grande artista do Blues, por causa do estilo imprevisível de toca, além da
entrega total à Soul Music.
Nascido numa família
musical, caso do irmão Syl Johnson, Mack Thompson, baixista da primeira
formação da Magic Sam. Ele se mudou para Chicago em 1950. Trabalhava como
soldador, enquanto Syl era estrela nos bares de blues da cidade.
Em 1959 começou a dar concertos ao lado do
harpita Willis Slim em West Side. Trocou o sobrenome Thompson por Johnson.
Liderou diversas bandas. Durante a
década de 1970 visitou Japão onde produziu o disco Rush So Many Roads – Live in
Concert.
Após participar de diversos trabalhos, quando
em 2 de dezembro de 1988 um acidente de carro matou dois músicos de sua banda.
A tragédia o traumatizou e ou deixou longe de palcos algum tempo. Em 1994 saiu
o disco I'm a Jockey pela Verve Records.
A parceria com o
irmão Syl apareceu em 2002, com o nome Two Johnsons Are Better Than One. O CD
foi gravado ao vivo num festival de blues na Suíça, com o saxofonista Sam Burckhardt.
Dorothy Moore teve
dois grandes hits, lançados pela Malaco Records, que estouraram nas paradas em
1976: “Misty Blue" e "Funny How Time Slips Away." O segundo foi
reformulação da Soul Music lançada por Willie Nelson numa versão de Joe Hinton.
Na década de 1980
ela soltou o hit “I Believe You”. Depois entoru na Volt .Records e gravou dois
discos: Time Out For Me e Winner, antes de retornar à velha casa e passar ali
toda a década de 1990. Em 2002 veio com o CD Please Come Home.
Este trio de Soul
Music surgiu na Flórida, com o nome de The Lovelles, trazendo Brenda Hillard,
Albert Bailey e Zulema Cusseaux. O nome Faith Hope & Charity apareceu
quando entraram na Maxwell Records em 1970, para lançar o primeiro álbum. O
maestro Van McCoy escreveu as canções e produziu os três primeiros singles. Um
deles, “So Much Love” estourou nas paradas.
No ano seguinte
Cusseaux saiu do grupo e Hillard e Bailey viraram duo até a chegada de Diane
Destry em 1974. O ano de 1975 marcou o estouro do hit “To Each His Own”,
lançado pela RCA Records. O segundo disco veio em 1976, LifeGoes On. Dois anos
depois saiu o terceiro, Don't Pity Me. Pouco tempo depois o sonho deles chegou
ao fim.
Esta banda é formada por quatro homens de
Youngstown e assinou contrato com a WMOT Productions da Filadélfia em 1976.
Todos nasceram na década de 1950: Charles Buie (vocal/guitarra), Rudell
Alexander (baixo), Booker Newberry (vocais/teclados) e John Aaron (bateria). O
grupo ainda não tinha nome quando chegaram à WMOT para apresentar um fita demo.
O executivo da empresa sugeriu Sweet Thunder.
Logo saiu o primeiro álbum, com o nome do
grupo, e dois anos depois entraram na Atlantic Records. Infelizmente o disco
fracassou. O segundo álbum, Horizons saiu em 1979 e passou despercebido. Buie e
Alexander prosseguiram como músico e backing vocal, Aaron virou produtor e
Newberry abandonou o Showbiz.
TheMcCrarys antes
de mergulhar de vez no Showbiz cantava Gospel Music e assinar contrato com a
Portrait Records em 1978 para lançar quatro singles e dois álbuns. O grupo era
formado por Linda, Alfred, Sam e Charity que cantou na gravação do disco The
Portrait, enquanto outro irmão soltou a voz numa versão Gospel de “Day Sunshine”,
em 1972.
Os singles mais
populares deles foram: “Lost in Loving You”, "Love on a Summer Night” e
"You", com Stevie Wonder tocando gaita. Abriram shows para os Jackson
Five e deram as caras no programa Soul Train. A grande jogada desse conjunto
foi lançar um Gospel urbano, no estilo adotado hoje por diversos adorares, no
início da década de 1970.
Participaram de gravações de discos ao lado de
Cat Stevens e para diversos artistas. Linda foi backing vocal de Phil Driscoll,
Emerson, Lake & Palmer e Angela Bonfil, enquanto Alfred trabalhou com
Yolanda Adams, Michael Card, Frankie Valli & The Four Seasons e outros.
Charity repetiu o mesmo com Gavin Christopher, Lee Garrett e Melisa Manchester.
Todos eles compuseram para cerca de 90 discos.
Eles são parentes distantes de Sam McCrary, do grupo The Fairfield Four. A
filha de Sam, no final dos anos de 1980 e começo da década de 1990, incluindo o
pai, criou outro conjunto, com o nome de Los Angeles McCray. A ligação familiar
acabou descoberta quando estavam gravando em Nashville e conheceram o restante
dos parentes.
O trio fez muito sucesso gravando pela Polydor Records
Luís
Alberto Alves
Alton McClain, como
o vocalista de Alton McClain & Destiny teve um Top Ten R&B no topo das
paradas, “It Must Be Love” e gravou a versão original de “I've Learned to Respect
the Power of Love”, autoria de Angela Winbush. O grupo era formado por ela D´Marie Warren e Roberta Stiger.
Acabou conhecida
pelo hit “It Must Be Love”, pois era muita parecida com a canção “The Best of
My Love”, lançado pelas The Emotions em 1977. A estreia do conjunto teve
produção de Frank Wilson, famoso por trabalhar em discos das Supremes e Lenny
Wilson.
Depois soltou o groover romântico “Crazy Love”
e “My Empty Room”. Outros singles nas paradas foram “Hang on in There Baby”. No
começo da década de 1980 o hit ganhou destaque no filme Mike Myers 54.
Como Deniece
Williams, sua musa inspiradora, a cantora e compositora de R&B Moniquea
nasceu em Gary, Indiana, terra dos irmãos Jacksons, mas foi criada em Pasadena,
California.
Durante a
adolescência se envolveu com a música. Aos 15 anos se realizou no Rose Bowl. Em
2011 lançou um CD trazendo hits clássicos e contemporâneos.
No ano seguinte
ganhou destaque com a canção “You Can't Train Me” num dueto ao lado do produtor
XL Middleton. Em 2013 veio o disco soltando e explodindo com o hit "I Don't Wanna Get Used to It”.
A partir dai segurou o leme de boa vocalista,
realizando releitura moderna do som da década de 1980 mesclando pós Disco Dance
e Funk. Em 2014 lançou o CD Yes No Maybe.
Vocalista e pianista, Linda Williams nasceu em
Nova York e foi diretora musical de Natalie Cole na década de 1970. Em 1979
acabou apresentada como vocalista em duas canções do disco Richard Evans para
A&M Records.
É desta época a
clássica “Capricorn Rising”. Depois soltou os hits “Elevate Our Minds” e “Our
Song”. Como professora de música ensinou a bela arte para Alicia Keys e lançou
um CD em 2007, Jazzsoetry Vol.1.
Vocalista de Soul
Music, Rena Scott viajou por diversas cidades dos Estados Unidos e Europa
tocando R&B, além de Jazz. Também fez backing vocal para Temptations,
Natalie Cole e Aretha Franklin e jingles para bebidas e produtos de beleza.
Na década de 1990 enfrentou problemas com
depressão e pouco sucesso. Como ocorre com a maioria dos cantores de Black
Music dos EUA, ela começou nos grupos de louvores da Igreja Batista. Aos 13
anos já abria shows dos Temptations e diversos artistas da Motown Records.
Não demorou para
embarcar na carreira profissional, mesmo na época de faculdade, quando fazia
backing vocal para Aretha Franklin. Logo estava se apresentando no Carnegie
Hall.
O primeiro sucesso, em 1978, foi o hit "Take
Me I'm Yours," num dueto com Michael Henderson, estourando nas paradas.
Assinou contrato com a Buddah Records, onde no ano seguinte lançou o álbum Come
on Inside. Teve o amparo dos compositores Mtume e Reggie Lucas, que escreveram
hits para Stephanie Mills e Roberta Flack.
Durante a década de 1980 investiu no Pop/Jazz.
Gravou outro disco em 1989 pela Sedona Records, com três singles fazendo bonito
nas paradas. Por falta de maturidade lançou diversos discos na década de 1990
sem sucesso. No começo dos anos 2000 criou a própria gravadora, onde soltou em
2004 o CD Let Me Love You. Dois anos depois trouxe o álbum Remember.
Formado pelas irmãs
Lopez (Carmen, Lillian e Louise) em 1968, logo Carmen desistiu da empreitada e
Tony Reynolds, de Manilla, teve a ideia de criar o grupo Odyssey.
Após apresentações
em clubes de Nova York, chegaram ao sucesso em 1977 com os hits: “Native New
Yorker” e “Easy Come, Easy Go”.
As canções do conjunto tinham pitada sutil do
som do Caribe. Ficaram mais algum tempo nas paradas, inclusive do Reino Unido,
e depois sumiram do mapa.
O ano de 2016 começou triste para a família de
Natalie Cole: na noite da véspera de Ano Novo ela morreu num hospital de Los
Angeles de insuficiência cardíaca, decorrente de complicações de um transplante
de rim realizado em 2009. Aos 65 anos, Natalie travou grande batalha durante os
40 anos que empolgou o mundo com lindas canções. Nesta trilha escorregadia do
Showbiz passou pelo pântano do vício das drogas, onde conseguiu tirar os pés e
continuar no caminho do sucesso.
Coincidentemente foi
no mesmo Cedar Sinai Hospital, em 2003, que outro grande nome da Black Music
dos Estados Unidos, Barry White, partiu, também, por problemas renais. Filha de
Nat King Cole, cuja voz suave já embalava corações em 1950, com o hit “Straighten
Up and Fly Right”, a garotinha nascida naquele ano iria alegrar o pai.
Desde a estréia em 1975, com a canção “Inseparable”,
levou para casa nove Grammys, dos quais seis foram pelo CD de 1991, Unforgettable:
with Love, que vendeu 14 milhões de cópias em todo o mundo. No início o nome de
Nat a ajudou, até passar a andar com as próprias pernas. O último prêmio veio em
2009, com o CD Still Unforgettable. O fio da meada começou em 1973, após sair
da universidade e juntar forças com os produtoes Chuck Jackson e Marvin Yancey (com
quem se casou) e assinou contrato com a Capitol Records. As canções “This Will Be” e “I´ve Got Love on My Mind”
estouraram nas paradas.
Depois emplacou “Mr. Melody” antes do final
dos anos de 1970, Soul Music com pitadas de Disco Music, que virou febre nas
boas rádios FMs do Brasil. Outro destaque foi “Sophisticate Lady”, com a qual
acabou escolhida como Melhor Cantora de R&B de 1977. Dez anos depois
explodiu com o disco Everlasting, onde cantava a versão da canção de Bruce
Springsteen: “Pink Cadillac”. No final de 2000 lança a autobiografia “Angel On
My Shoulder.
Natalie é a típica
filha de peixe. O pai foi uma das maiores lendas do Jazz. A mãe, Maria,
trabalhou como cantora na orquestra de Duke Ellington. Desde criança respirou
música em casa, quando aos seis anos estreou no disco de Nat, Christimas Album.
Aos 11 anos subiu aos palcos e deles nunca mais desceu, só no começo da década
de 1980 precisou se ausentar por causa de sérios problemas com drogas. Dessa
trágica experiência herdou uma hepatite C da época em que a cocaína, heroína e
álcool eram rotina na sua vida.
Adoniram Barbosa continua fazendo sucesso no século 21
Luís
Alberto Alves
Nesta época do ano é visível perceber o quanto
o século 21 é carente de grandes talentos musicais. Nas mesas dos bares e
restaurantes ou mesmo no interior das empresas, onde o famoso happy hour para
despedida do ano acontece, a trilha sonora é de hits do passado. Alguns com
mais de 50 anos.
Quem neste mês de dezembro já não
ouviu a famosa “Trem das Onze”, autoria do saudoso Adoniram Barbosa, composta
na década de 1950? O refrão é inesquecível: “ Não posso ficar nem mais um
minuto com você/ sinto muito amor mas não pode ser/moro em Jaçanã, se eu perder
esse trem que sai agora às onze horas/ só amanhã de amanhã”.
Outra pérola dos anos de 1960: “e
neste lindo céu azul de anil/ que fulguram aquarela ao meu Brasil/ lá, lá, lá,
iá, iá, lá, lá, iá, iá”. Obra-prima de Silas de Oliveira, samba-enredo da
escola Império Serrano. A lista é grande. Tem essa de 1975: “e o meu jardim da
vida/ ressecou morreu/ do pé que nasceu Maria/ nem Margarida nasceu..” É a famosa
“Flor de Lis” de Djavan.
De 42 anos de idade não falta nas
mesas dos bares neste final de ano, um dos grandes sucessos de Tim Maia: “E
eu.../gostava tanto de você/ gostava tanto de você”. Todas canções antigas, mas
que por falta de talento atual continuam na boca do povo, revelando a pobreza
musical dos pseudo artistas do século 21.
Linda é filha de mãe brasileira e
pai português. Cresceu em San Diego e ganhou destaque como cantora e
guitarrista em San Francisco no quarteto 4, formado em 1989. Fez sucesso com o
single “What’s Up” em 1993. Suas músicas ganharam força.
Na adolescência perdeu tempo com picuinhas, e
quase caiu do terceiro andar de casa. Antes da carreira artística, era
contadora. Após o final do quarteto centrou fogo numa bem sucedida carreira
solo. O CD de estreia, In Flight, gravado em Los Angeles com Shery Crow
estourou nas paradas.
Em 1999 veio o disco After Hours, mas
fracassou comercialmente. Conseguiu mais sucesso como compositora e produtora,
inclusive escrevendo o hit “Beautiful” para Christina Aguilera. Trabalhou para
Faith Hill, Gwen Stefani e Courtney Love.
A voz da cantora e compositora Sierra Swan é
facilmente confundida com a de Linda Perry, P!Nk e Fiona Apple. Filha do
guitarrista Billy Swan, ela logo aprendeu a tocar guitarra em diversas casas de
shows que um adolescente pode entrar em Hollywood.
Em 1997, ao lado do colega escocês Graham
Edwards formaram a dupla Dollshead, lançando o disco Frozen no ano seguinte
antes receber o cartão vermelho da MCA Records.
Antes de entrar na Atlantic records fez
backing vocal para diversos artistas. Quando iria gravar o CD de estreia, sua
mãe morreu. Logo ficou sem gravadora. Um encontro com Linda Perry a colocou de
novo na estrada.
Em 2005 soltou o CD Ladyland. O álbum teve
produção de Bill Bottrell. Dois anos depois soltou um EP, Coward. Em 2014
produziu outro disco com ajuda de Smashing Pumpkins e mixado por Bjor Thorsrud.
O frio do Alaska não foi barreira para Kate encontrar o sucesso
Luís
Alberto Alves
Compositora, Kate Earl cresceu no
frio do Alaska, onde iniciou a carreira mesclando influências de Cat Power e
Björk e da cantora de Folk Music, Joni Mitchell. Envolvida com a igreja local,
logo arrumou as malas para Los Angeles em 2004 e causou boa impressão no showiz
local.
Entrou na Record Collection Records e fez
diversas apresentações na Costa Oeste dos Estados Unidos, onde lançou o
primeiro CD, produzido por Tony Berg. O álbum Although Fate Is the Hunter
revelou influências de Soul Music que contribuiu no disco de 2009, desta vez
com pitadas de Gospel Music.
O trabalho de Kate é a mistura de Joss Stone e
Amy Winwhouse trazendo Soul, Pop e Gospel. Em 2012 lançou o CD Stronger apresentando
um som Folk Rock e canções de Blake Mills e Brett Dennen.
Nomeado após uma cidade no sudeste
da Austrália, os músicos de Tamarama navegam
no mar do Folk Pop estilo de Jacko Johnson, além de tocarem violão e vocal no
estilo relaxado.
Os membros fundadores do grupo são
Jay G. Lyon e Nick “Pottsy” Potts que mudou-se para Nova York após a ideia de
criar o grupo sair do papel.
A ex-modelo da etiqueta Quicksilver's
Roxy, a cantora e compositora Tristan Prettyman cresceu na periferia de San
Diego. Cidade à beira-mar, ela curtiu muito surf, além de praticar o esporte na
adolescência. Não demorou em ganhar gosto pela música ao ouvir Ani DiFranco,
Joni Mitchell e Jack Johnson.
Pegou o violão que o pai lhe deu e passou a
aprimorar os dotes de compositora. Entre shows e viagens de surf, passou a
mostrar a cara em festas locais de pequeno porte, até emplacar um hit na trilha
sonora de um filme de surf em 2001, de Chris Malloy Shelter.
O ano de 2003 marcou o lançamento o EP The
Love. Pouco tempo depois entrou na Virgin Records. Ali soltou a canção
Twntythree em agosto de 2005, trazendo canções de Mraz, Norah Jones e do
guitarrista Jesse Harris. Em 2012 gravou o CD Prettyman the introspective.