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Luís Alberto Alves/Hourpress

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Artie “Blues Boy” White: Do coro da igreja para o Blues


Estouro nas paradas de 1970

Luís Alberto Alves

Poucos artistas de Blues de Chicago foram capazes de estourar nas paradas de R&B na década de 1970, quando este gênero musical estava quase morto. Coube a Artie “Blues Boy” White essa rara façanha em 1977 com o hit “Leanin' Tree.” A Gospel Music era o alvo musical dele.

 Cantou numa igreja evangélica no grupo The Harps of David, aos 11 anos de idade antes de vir para Chicago em 1956. Sua voz ganhou fãs e o mundo o retirou do evangelho, quando alguém lhe ofereceu um Cadillac e US$ para gravar hits de Blues.

 No circuito de Chicago ganhou respeito na década de 1970. Só conheceu sucesso de verdade em 1985 ao entrar na Shreveport Ronn Records. Dois anos depois pulou para Ichiban Records, lançando seis álbuns de Blues, usando composições de Bob Jones e Travis Haddix.


  Em 1989 contou com a presença de Little Milton Campbell, uma de suas principais influências na guitarra. A mudança para o selo Waldoxy em 1994 resultou em bons discos. Um deles foi: A Tribute to Muddy Waters, em 1997, e Can We Get Together, em 1999. O ano de 2002 mostrou que Artie “Blues Boy” White continuava forte, quando lançou o hit “Can Not Get Enough”, pela Gold Circle Records.

The Carter Brothers: Trio de Blues da Jewell Records


Blues entre família

Luís Alberto Alves

O Eletric Blues tem nome, quando se fala da Jewel Records num grande número de gravadoras desse gênero nos Estados Unidos. Essa banda com Roman Carter (vocal e baixo), Albert Carter (guitarra) e Jerry Carter  (vocal e piano) começou a gravar em 1964 para o produtor  e compositor Duke Coleman. Quando Stan Lewis Jewel Records colocou nas ruas diversos singles, entre eles “Southern Country Boy”, a história mudou de tom.

Até a separação em 1967, o trio lançou mais de uma dúzia de discos distribuídos em várias compilações. O vocalista Roman Carter lançou vários singles solo para a Jewell e depois emendou carreira solo durante 40 anos, recebendo prêmio de Melhor Vocalista Masculino de Blues, promovido pela Real Blues Awards em 1999.


 Anos mais tarde juntou forças com o veterano produtor e compositor Tom Rothrock para lançar o CD Never Slow Down em 2007.




Z.Z. Hill: Grande defensor do Blues de raiz



Na defesa do Blues de raiz

Luís Alberto Alves

O texano Z.Z. Hill ressuscitou a própria carreira e o Blues quando entrou na Malaco Records em 1980, e lançou hits que explodiram nas rádios de Black Music dos Estados Unidos. O álbum Down Home Blues (1982) ficou na parada da Billboard por quase dois anos. As canções “Down Home Blues” e “Somebody Else Is Steppin ´In” colou na cabeça de milhares de fãs do Blues de raiz.

 Arzel Hill, seu nome de batismo, começou cantando Gospel Music num quinteto chamado The Spiritual Five. Passou a participar de concertos ao redor de Dallas, moldando a carreira no estilo de B.B.King. A história ganhou força quando o irmão mais velho, Matt Hill, produtor musical, o chamou para ir à Califórnia.

 O single de estréia, "You Were Wrong", gravado num estúdio de garagem de Los Angeles apareceu nas paradas de Pop Music durante uma semana em 1964. Depois vieram os hits: “But "I Need Someone (To Love Me)," e "Happiness Is All I Need" e uma série de canções produzidas e arranjadas por Maxwell Davis.

 Na Atlantic Records, ao lado do irmão Matt, continuou por cima. Numa conexão com a United Artists Records, soltou três discos e seis singles de R&B durante alguns anos. Mudou para a Columbia Records, onde bombou nas paradas com a canção, em 1977, "Love Is So Good When You're Stealing It", o mais vendido de todos seus discos.

 Infelizmente a pegada vocal dele não era a mesma da época que estava Malaco Records. De 1980 a 1984, liderou campanha pessoal de volta ao Blues de raiz, que teve bons resultados. Não pode colher os frutos, pois um ataque cardíaco o matou em 1984.


quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Lee "Shot" Williams: A velha tradição do Southern Soul Blues


  

Luís Alberto Alves

O vocalista Lee "Shot" Williams cantou um estilo de Southern Soul-blues em consonância com a tradição de vocalistas como Bobby "Blue" Bland, Johnnie Taylor e Albert King. Ganhou o apelido de "Shot" de sua mãe quando era jovem, devido à sua predileção por usar ternos e vestir-se como um "big shot".

 Williams cresceu com o guitarrista  Smokey Smothers e sabia que seu irmão mais velho, Big Smokey Smothers. Stepsister Williams ', Arlean Brown, foi cercado por uma família de músicos, e os irmãos Brown deram a Williams sua primeira introdução ao Blues.

Mudou-se para Detroit em 1954 e para Chicago em 1958. Ele voltou pouco Smokey Smothers e conheceu outros paradigmas de Chicago blues, incluindo Magic Sam (McGhee) e Howlin 'Wolf. Williams começou a cantar com a banda de Smokey em 1960 e alguns anos mais tarde ingressou na banda de Magic Sam como vocalista.

 Em 1962, gravou seus primeiros singles para Foxy rótulo de Chicago. Lançou uma série de singles de outros selos, incluindo Rei / Federal, Palos, Gama, Shama, e Tchula. Sua gravação 1964 "Welcome to the Club" foi um sucesso em Chicago, tanto que mais tarde foi regravada pelo guitarrista cantor Little Milton Campbell para Checker Records em 1965.

 Depois de unir-se com o guitarrista Earl Hooker,  teve sua primeira experiência na estrada como parte de uma banda de turnê em meados dos anos de 1960, tocando ao redor do Sul. Williams também serviu tenures com Little Milton e Bobby "Blue" Bland. 

Seu primeiro álbum em seu próprio nome, Country Disco, foi lançado pelo selo Raízes em 1977. Nos anos 80, Williams voltou para Memphis, onde passou muitos de seus anos anteriores, sabendo ainda haveria uma audiência para o seu marca de Soul-Blues. Ele lançou um álbum em cassete e gravou para a etiqueta japonesa em 1992.

 Três anos depois, ao lado de experientes músicos de estúdio, como o baixista Albert Collins Johnny Gayden, o organista Ronnie Earl, o saxofonista Charles Kimble e o trompetista Mike Barber lançou outro belo disco. Eleito o melhor álbum de Blues de 1995, Cold Shot traz pérolas como: “Neither One of Us”, de Gladys Knight, e “Don´t Let The Green Grass Fool You”, de Wilson Pickett.


 De contrato assinado com a Ecko Records, de Memphis, soltou o CD Hot Shot em 1996, depois  Freak Out of Me, no ano 2000 e Somebody´s After My Freak em 2001. Até morrer em 2011 se apresentou em diversos clubes dos Estados Unidos.

Trudy Lynn:A blueswoman de Houston




Luís Alberto Alves

Lynn nasceu em Houston e continua usando essa cidade como eu quartel general. Começou a carreira no final da década de 1960 ocupando o cargo de cantora de abertura de R&B da dupla Ike & Tina Turner.

 Passou a gravar no final da década de 1980 para a Ichiban Records, do Reino Unido, baseada na Georgia, trazendo Southern e Delta Blues, nos álbuns produzidos por Buzz Amato. Continua aparecendo em diversos festivais de Blues mundo afora.

Lynn aparece atualmente em várias contas Blues Festival, principalmente no exterior.


Lou Ann Bourton: Outra bela do Blues do Texas




Luís Alberto Alves
Lou Ann Barton nasceu em 1954 em Fort Worth, Texas, mas firmou raízes em Austin, cantando Blues, desde a década de 1970. Era membro da banda Revue Triple Threat ao lado de W.C. Clark e Stevie Ray Vaughan.
 Também participou da criação do grupo Double Trouble e fez temporada com Jum Blues. Nesta época que se uniu a W.C. Clark para tirar do papel a banda Clark Blues Revue.
 Gravou o álbum Old Enough For para Asylum Records em 1982, cuja produção esteve nas mãoes de Jerry Wexler e Glenn Frey. Agradou a crítica, mas não vendeu bem. Sete anos depois soltou o disco Read My Lips na Antone Records, num retorno às raízes do Blues, trazendo versões de hits de Slim Harpo, Hank Ballard e Wanda Jackson.
 Na década de 1990 colaborou com Marcia Ball e Angela Strehli. Nessa mesma época apareceu no Austin City Limits junto com W.C. Clark em comemoração aos 50 anos do cantor.

 Em 2001 deu as caras novamente no Austin City Limits, como convidada de Double Trouble. Cinco anos após acabou destaque neste mesmo festival. A partir de 2010 entrou em turnê ao lado de Jimmie Vaughan e Tilt-a-Whirl Band.

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Kim Wilson: Grande talento do Blues Clássico



Kim e a banda Fabulous Thnderbirds

Luís Alberto Alves

Gaitista, compositor e cantor Kim Wilson é tanto um estudante e historiador de Blues clássico e um dos melhores músicos desse estilo nos Estados Unidos.
 Quando entra no estúdio, tem a visão clara do que deseja. Já gastou mais de 200 noites por ano na estrada, tocando em festivais e clubes em diversas regiões dos Estados Unidos, Canadá e Europa, ao lado de sua banda, Fabulous Thunderbirds.

 Nascido em 1951, em Detroit, cresceu na Califórnia. Os pais eram cantores de canções populares no rádio. Ainda criança teve aulas de trombone e guitarra. No Ensino Médio descobriu o Blues.

 Em 1970 saiu da faculdade e passou a tocar Blues em tempo integral. Fez amizade com Charlie Musselwhite, John Lee Hooker e Sonny Rhodes. Muddy Waters foi seu maior mentor. Ganhou a benção do seu ídolo.

 Em 1993 soltou o primeiro disco solo, Tigerman, com apenas três canções de sua autoria. Ainda como estudante de Blues teve medo de regravar clássicos de Joe Hill Louis, “Tiger Man”, faixa título do álbum. Na década de 1990 entrou na BMG Records. Seus CDs servem de matéria prima para estudantes de gaita e fãs de clássicos do Blues do Texas.


Joe Ely: Outra estrela da Country Rock



Joe Ely se inspirou em Jerry Lee Lewis

Luís Alberto Alves

Cantor de Country-Rock, compositor/guitarrista, Joe Ely nasceu Earle R. Ely em 9 de Fevereiro de 1947, em Amarillo, Texas. Sua família tinha trabalhado para a estrada de ferro da Rock Island Line no início do século 20. Quando tinha 12 anos, a família mudou-se para Lubbock, Texas, onde o pai tinha uma loja de roupas usadas.

 Inspirado por Jerry Lee Lewis passou a sonhar com a carreira musical e começou a estudar violino, violão até se apaixonar pela guitarra. Aos 14 anos o pai morreu e a mãe adoeceu, ficando sem condições de criá-lo e os irmãos.

 Saiu da escola e mergulhou na música profissional em clubes locais, criando a banda Twilights. Logo emendou turnês para diversas cidades até chegar a Nova York. De 1963 a 1970 trabalhou numa companhia de teatro na Europa.

 Em 1971, de volta a Lubbock uniu forças com o casal de amigos e cantores Butch Hancock e Jimmie Dale Gilmore e outros músicos para formar a banda Flalanders, grupo de Country/Folk.

 Chamaram a atenção da Nashville Plantation Records. Em março de 1972 soltaram o primeiro álbum, Jimmie Dale & The Flatlanders, com oito faixas. Dois depois criou sua banda, trazendo Jesse Taylor na guitarra, Lloyd Maines no violão, Gregg Wright no baixo e Steve Keeton na bateria. Em 1976 gravaram um disco na MCA Records.

 O single “All My Love” estourou nas paradas Country da Billboard. Três anos após veio o segundo álbum, Honky Tonk Masquerade. O trabalho ganhou simpatia da crítica. O disco Down on the Drag veio em 1979. No final da década de 1970 fizeram várias turnês, inclusive abrindo shows da banda de Punk Rock britânica, The Clash. Abriu as portas do Reino Unido.

Até o final de 1982, Ely foi sem dúvida um grande artista de Country Rock crossover, abrindo shows para Linda Ronstadt, Tom Petty & The Heartbreakers e até mesmo Rolling Stones. Após o desmonte de sua banda voltou para Austin com a família e filha se refugiando em casa.

 Começou do zero com outro grupo e caiu na estrada ao lado do guitarrista David Grissom, o baixista Jimmy Pettit e o baterista Davis McLarty e o tecladista Mitch Walkins. Entrou na gravadora Hightone Records em 1987. No discou entrou a canção de Butch Hancock, “Me and Billy the Kid”.

 Aderiu a uma pegada mais Rock no estilo de John Mellencamp e Tom Petty. Voltou para a MCA Records, soltando outro álbum em 1990. Dois após escreveu a canção “Sweet Suzanne” trilha sonora do filme Caindo da Graça. Oito anos depois lançou o disco de estúdio, Twistin ´in the Wind. A MCA não agüentou gravar quatro álbuns sem sucesso comercial. O descartou pela segunda vez.


 Em maio de 2002 voltou com a banda The Flatlanders, lançando o CD Full-length pela New West Records. Das 14 canções, 12 eram de sua autoria. Chegou ao Top 20 da Billboard. Em 2004 veio outro CD, Wheels of Fortune, que passou 11 semanas na parada  Country da Billboard. O ano 2007 marcou o lançamento do 12°disco. Outro álbum de inéditas saiu em 2011, Rack´. O Cd Panhandle Rambler saiu em 2015.

W.C. Clark: O poderoso chefão do Blues de Austin


W.C.Clark, o poderoso chefão do Blues de Austin

Luís Alberto Alves

O guitarrista, cantor e compositor, W.C. Clark foi um dos músicos mais originais de Blues da cidade de Austin. É considerado padrinho dos bluesman daquela localidade. Wesley Clark Curley nasceu e foi criado em Austin, crescendo rodeado de música, pois seu pai era guitarrista, a mãe e avó cantavam no coro da faculdade de St. John Baptist Church.

 Aos 16 anos fez o primeiro show em Victory Grill e conheceu as lendas locais T.D. Bell e Erbie Bowser. Começou a tocar baixo na banda de Bell, aprimorando a técnica na guitarra. Quando o clube de blues de Austin floresceu na década de 1950 e começo da década de 1960, estudantes brancos da vizinha universidade do Texas passaram a patrocinar os clubes de blues. Clark mergulhou de cabeça na música, de tempo integral.

 Ao conhecer o cantor Joe Tex, uniu forças com sua banda, onde passou a tocar guitarra. Ao sair daquele grupo retornou à Austin e ali teve contato com jovens músicos de blues. Explodiam nos clubes Bill Campbell, Angela Strehli, Lewis Cowdrey, Paul Ray e The Brothers Vaughan.

 No começo da década de 1970, mesclou com o guitarrista e pianista Denny Freeman e a vocalist Angela Strehli formando o conjunto Southern Feeling. Com ele a vida de compositor estourou. Veio a crise e virou mecânico numa concessionária Ford. Mesmo ali, o jovem guitarrista Stevie Ray Vaughan o visitava na garagem, que estava formando uma banda e o convidou.

 Era a Revue Triple Threat, que tinha como vocalista Lou Ann Barton. Clark e o tecladista Mike Kindred escreveram o hit “Cold Shot”, um dos maiores sucessos da Vaughan no início da década de 1980. O disco solo, Something for Everybody, saiu de forma independente em 1986, seguido de dois álbuns para a BlackTop, em New Orleans, em 1994 Heart of Gold e Texas Soul em 1996.

 No disco Texas Soul, Clark teve a companhia de uma banda veterana de Blues de Austin, incluindo Chris Layton e Tommy Shannon, além do guitarrista Derek O, Brien e o saxofonista Mark “Kaz” Kazanoff. Em 1997, Clark e a banda sofreram acidente de carro, ele perdeu a noiva e o baterista. Ficou traumatizado e deu um tempo na carreira.


 Após algum tempo retornou às atividades de Bluesman em Austin, onde ganhou o apelido de "the Godfather”. Em 1998 caiu na estrada para promover outro disco, num raro desempenho ao lado de Stevie Ray Vaughan. Não pisou os pés num estúdio até 2002, quando gravou outro álbum pela Alligator Records. Dois anos depois veio com Deep in the Heart.

Mel Waiters: A voz do hit “Got My Whiskey”


Waiters mesclou Blues com Soul Music

Luís Alberto Alves

Cantor de R & B, Mel Waiters mesclou o Blues urbano à Soul Music criando um som que fez dele um headliner no circuito de Southern, destacando os hits: “ Got My Whiskey” e “Hole in the Wall”. Nascido em San Antonio, Texas em 1956, começou a atuar aos 18 anos, dividindo o tempo entre os shows em clubes locais de Soul Music e cantando em corais de Gospel Music na igreja.

 Percebeu que no início cantar não rendia tanto dinheiro quanto na função de garçom. Parecia um marginal de DJ de rádio que fazia apresentações em bases militares. Só no inicio da década de 1990 que sua carreira decolou. Cinco anos depois lançou o disco I´m Serious.


 Em 1997 lançou o disco Woman in Need. Entre 1999 e 2015 gravou 11  discos, ganhando respeito no circuito de show e caindo no gosto do público, especialmente em New Orleans e St. Louis. Poderia ir mais longe, porém acabou derrotado pelo câncer em maio de 2015.

Millie Jackson: A mulher que primeiro cantou RAP




Millie foi precursora do RAP em 1975

Luís Alberto Alves

A primeiro experiência musical de Millie Jackson foi cantar na famosa boate Smalls Paradise. Recebeu vaias. Depois acabou contratada pela casa para mais um show por duas semanas sem receber nada.

 Tony Rice a levou para Hoboken e depois para o Brooklyn ganhando pequeno cachê. Nascida em Thompson, ela viveu com a avó antes de se mudar para Newark para viver com o pai em 1958. Ali cresceu influenciada pelo som de Otis Redding, Sam Cooke e mais tarde The O´Jays.

Seu primeiro single foi: “A Child of God (It´s Hard to Believe)”. Muitos pensavam que eram Gospel Music. Por causa do conteúdo  lírico o single acabou cancelado, mas permaneceu na posição 22 nas paradas de R&B.

 Na Primavera de 1972 sentiu o gosto do sucesso outra vez com o hit: “Ask Me What You Want”, conquistando destaque nas casas noturnas, até chegar a canção “My Man, A Sweet Man”, que ela detestava. Sua voz parecida com a de Gladys Knight a jogou no top ten com a canção “Hurts So Good”

 O single tinha o título de seu álbum e também foi destaque na trilha sonora do filme para Cleopatra Jones. Ela produziu o álbum com Brad Shapiro. No entanto,  só foi dado o crédito para o conceito do álbum. Nas palavras dela, "... que é quando eles (proprietários rótulo) reuniram-se com a real Millie Jackson." Depois disso, ela recebeu  o crédito por seus esforços.

 Em janeiro de 1975, lançou o disco que iria introduzir o ritmo mais tarde conhecido como RAP, trazendo linguagem obscena, que o público adorou. O álbum Caught Up ganhou destaque com o hit “If Loving You Is Wrong I Don't Want to Be Right”, com o qual recebeu duas indicações ao Grammy.

 Reconheceu nunca ter recebido aula de canto e jamais imaginou que cantaria. Nas suas canções apenas falava, que no final da década de 1970 recebeu o nome de RAP. Assim é que colocou nas paradas outro single: “If You´re Not Back in Love by Monday”. O hit permaneceu entre os cinco da parada de R&B.

 Ao longo dos próximos dez anos, ela teve inúmeras Top 100 singles para a Spring Records. Em 1986,  assinou com a Jive e lançou seu quinto e sexto Top Ten solteira em "Hot! Wild! Unrestricted! Crazy Love” e “Love Is a Dangerous Game”, outro destaque de sucesso.


 Depois escreveu a peça de teatro “Young Man, Older Woman”, com a qual excursionou por quatro anos. Centrou fogo no programa de rádio Show in Dallas. Usou esse recurso para fazer shows nos moldes de um programa de rádio.

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Gwen Guthrie: Boa pianista e autora do hit “This Time I´ll Be Sweeter”



 
Gwen morreu antes dos 50 anos
Luís Alberto Alves

Gwen Guthrie é mais conhecida pelo hit “Is Not Nothin `Goin`On But The Rent”. Compositora prolífica e boa pianista, também escreveu as canções: “Supernatural Thing" para Ben E. King e "This Time I'll Be Sweeter" para Martha Reeves, mais tarde famosa nas vozes de Angela Bofill e Issac Hayes.

 No geral, ela registrou 50 composições, além de parcerias com Patrick Grant, que tinha potencial para se tornar um outro Ashford & Simpson. Nascida em Newark, periferia de New Jersey, em 1950, começou a cantar na escola no quarteto feminino Ebonettes.

 Depois entrou no grupo East Coast, formado por Larry Blackmon, em Nova York, mas sem chances no conjunto acabou fazendo backing vocal para Aretha Franklin no hit “I´m in Love” em 1974. Seis meses depois assinou contrato de compositora com Bert of Coteaux Productions, ajudando a escrever a canção “"Love Don't Go Through No Changes”, primeiro grande sucesso das meninas do Sister Sledge.

 Ela compôs para vários cantores e emprestou sua voz como fundo em diversas gravações, inclusive ao lado de Peter Tosh no final da década de 1970. Num trabalho na Jamaica para Sly Dunbar e Robbie Shakeaspeare, o dono da lendária Island Records, Chris Blackwell, após ouvir sua voz, a contratou e ela logo lançou o disco  It Should Have You Been.

 O segundo álbum, Portrait, saiu em 1983, o terceiro veio em 1986, Good to Go Lover e originou o hit campeão nas paradas de sucesso: "Ain't Nothin' Goin' on but the Rent”, além da balada  “You Touched My Life”.

 Quando lançou o álbum Lifeline (1988) estava mais envolvida em compor e produzir. Já o disco Hot Times, de 1990, ganhou as ruas. A maioria as canções eram dela, exceção de uma remake de Stephanie Mills: "Never Knew Love Like This Before”. Poderia ir mais longe. Morreu de câncer no início de 1999, aos 49 anos, na mesma New Jersey onde nasceu.