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#BMW - Morre #QuincyJones, o gênio da produção de grandes discos

Luís Alberto Alves/Hourpress

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Richard Elliot: O Jazzman da Escócia




Elliot mescla o som da Motown Records e Rock na suas canções

Luís Alberto Alves

 O escocês Richard Elliot traz em suas canções a mescla do som da Motown Records e Rock, com pitadas de R&B. Estourou na década de 1960 e início da de 1970. Como saxofonista foi outro sangue novo no Jazz. Aliás, o responsável pela queda a esse gênero da Black Music é craque Dexter Gordon. Com ele Elliot aperfeiçoou suas habilidades e encontrou muito trabalho nos estúdios de Los Angeles ao lado de artistas como Natalie Cole, Pointer Sisters e Melissa Manchester.

 De 1972 a 1987 tocou na banda Tower of Power, onde começou a escrever o nome na galeria dos gigantes do Jazz. Logo lançou seus próprios discos e estourou nas paradas de sucesso. Gravou pela Manhattan Records várias canções, passando em seguida para Blue Note Records e caiu no gosto popular.


 No final da década de 1990, Elliot já tinha pique para produzir seus álbuns prevalecendo o seu gosto. Todos no estilo R&B. O ecletismo dele fisgou novos músicos e flertou com a Salsa. A habilidade para tocar sax tenor e soprano lhe garantiu vida longa nesta sinuosa e traiçoeira estrada do sucesso. 

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Mindi Abair: Cantora de Smoth Jazz que nasceu durante turnê



Mindi é envolvida com música desde o nascimento 

Luís Alberto Alves

  Mindi Abair literalmente nasceu no mundo da música. De família de artistas, ganhou vida durante uma turnê e ficou na estrada até os cinco anos. Criada na Flórida estudou piano e começou a tocar saxofone aos oito. Logo chegou à banda da escola em Coachman Park de Clearwater, depois freqüentou o conceituado Berklee College of Music, para em seguida fixar morada em Los Angeles.

 Dali criou o próprio grupo e colocou os pés na estrada, incluindo acompanhamento a artistas como Backstreet Boys, Jonatham Butler, The Gap Band, Bobby Lyle, Mandy Moore, Adam Sandler e John Tesh. Após essa experiência rumou para carreira solo na praia do Smoth Jazz participando de inúmeros festivais.


 Em 2006 lançou o primeiro álbum, trazendo convidados como Lalah Hathaway e Keb ´Mo´ e trabalho ao lado do guitarrista Peter White. Nos seus CDs teve acompanhamento do pianista Russel Ferrante e do organista Ricky Petersen e do pai, o saxofonista Lance Abair. Entre suas canções mais famosas, estão: “Lucy”, “Save The Last Dance” e “Flirt”. Mindi toca sax, flauta e teclados e canta suavemente.

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Booker Newberry III: De Ohio para o sucesso no restante dos Estados Unidos.





Luís Alberto Alves

 É da cidade de Youngstown, Ohio, que surgiu Booker Newberry III (foto), especialista em canta Soul. O começo da carreira foi na banda local, Mystic Nights, em 1971, aos 15 anos.  Encontrou a fama quando resolveu ir para Filadélfia e ali formou o quinteto Sweet Thunder.

 Logo emplacou nas paradas, de 1978, o hit “Baby, I Need Your Love Today” gravado na WMOT Records. Pularam para Fantasy Records. No selo anterior lançaram três discos. Em 1979 o grupo se separou.

 Durante pouco tempo Newberry trabalhou com o The Group Impact. Em 1983 assinou contrato na Boardwalk Records e soltou o álbum Love Town. O ano de 1984, já na Malaco Records, voltou às paradas. Repetiu a dose em 1986, com o disco Take A Piece Of Me, nas paradas de R&B dos Estados Unidos.

Steve Arrington: A peça chave que fez diferença na Slave Band


Antes de chegar ao auge, Arrington tocou em várias bandas de Ohio

Luís Alberto Alves

 Steve Arrington é cantor, compositor, bateristas, produtor musical, engenheiro e ministro da palavra do Senhor. Nascido em Dayton, Ohio, tocou em várias bandas daquela cidade até aprender percussão latina e passar a trabalhar com Coke e Pete Escovedo e Sheila E.

  Em 1975 uniu forças com a banda de Funk Slave, onde virou baterista e backing vocal. Colocou voz nos hits “Just a Touch of Love”, “Watching You” e “Wait for Me”. Sete anos depois saiu do conjunto, deixando nas paradas de sucessos os singles: “Weak At The Knees” e "Nobody Can Be You But You".

 Seu disco de maior sucesso em carreira solo foi Dancin' in the Key of Life. Esse single passou três semanas no segundo posto nas paradas de Disco Music. Outro single, “Feel So Real” ficou nos primeiros lugares nas pistas de dança e rádios do Reino Unido.


 Cansado das falsidades do show biz, aceitou Jesus Cristo em 1984 para mais tarde ser ungido pastor. Seis anos após deixou de lado a Pop Music. Em 2009 lançou CD de R&B e Funk, Pure Thang. Repetiu a dose dois anos depois, soltando o CD Love, Peace and Funky Beatz.

Narada Michael Walden: Maestro que conheceu pouco sucesso em álbuns solos



Como bom músico, Narada já produziu lindos discos para outros artistas
Luís Alberto Alves

 Narada Michael Walden é conhecido por tocar diversos instrumentos, especialmente teclados, além de ser bom vocalista, compositor, arranjador e produtor. Com dez anos de idade teve as primeiras lições de músicas. Para deixar os ouvidos mais sensíveis passou a curtir discos de bandas de rock como The Who e Soulful e R&B como Temptations.

 Aos 18 anos, em 1970, formou a dupla The Ambassadors, para depois entrar na Michigan University. Em 1973 criou um trio de rock progressivo, The New McGuire Sisters, liderado por Sandy Torano, antigo membro da banda Edgar Winter.

 Em 1974 já estava na Mahavishnu Orchestra. Viajou a Londres para gravar o álbum Apocalypse, que teve a participação do guitarrista Jeff Beck. Ele gostou tanto do talento de Narada, que o convidou para retornar e fazer outros trabalhos com George Martin (maestro produtor de todos os álbuns dos Beatles). Dessa experiência saiu o disco Wired, que teve quatro canções de Narada.

 Mais tarde encontraria o roqueiro Carlos Santana e as meninas da banda Pointer Sisters. Após o fim da orquestra Mahavishnu em 1975, começou a batalhar para lançar seu primeiro disco solo na Atlantic Records, antes de entrar no conjunto de Tommy Bolin até a morte do guitarrista.

 Conseguiu emprego com Roy Buchanan e produziu o álbum Here & Now para Don Cherry. Só em 1976 conseguiu tirar da gaveta o tão sonhado álbum solo, antes de montar a própria banda para turnês pelos Estados Unidos. Os primeiros três discos tinham grandes doses de canções religiosas, amparadas em bons arranjos de Jazz e Funk. Não vendeu bem.

 O ano de 1980 trouxe dois singles: ‘Tonight I’m Alright” e “I Shoulda Loved You”. Ambos estouraram nas paradas britânicas. Sua influência reduziu no mercado musical dos Estados Unidos, embora tenha conseguido emplacar nas paradas o hit “Gimme Gimme Gimme”, dueto ao lado de Patti Austin.


 Antes em 1981 produziu um lindo álbum para Stacy Lattisaw. Sete anos depois retornou às paradas britânicas com o single “Divine Emotions”, mas não soube administrar o seu sucesso. 

Stargard: Banda Funk feminina que explodiu no final da década de 1970



 O sucesso das meninas do Stargard durou menos de dez anos

Luís Alberto Alves
 Stargard foi uma banda de Funk (legítimo dos Estados Unidos) formada por Rochelle Runells, Debra Anderson e Janice Williams.  Viraram capas de revistas em 1977 por causa do hit “Theme Song of Which Way Is Up?”, escrita pelo compositor de milhares de sucessos do Temptations, Norman Whitfiel. A canção serviu de tema para o filme estrelado por Richard Pryor.
 No ano de 1978 entraram na MCA Records e chegaram aos primeiros lugares das paradas dos Estados Unidos. O segundo álbum What You Waitin' também manteve o grupo nas alturas. Depois mudaram para a Warner Bros Records, destacando o single “Wear It Out”, com parte da produção nas mãos de Verdine White, baixista da banda Earth, Wind & Fire.
 Debra Anderson saiu do grupo e as duas vocalistas, Rochelle e Janice ainda conseguiram gravar mais dois discos: Back 2 Back (Warner Bros) em 1980 e Nine Lives (MCA) dois anos depois. A partir dai desapareceram do cenário artístico da Black Music dos Estados Unidos.



quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Tiny Grimes: O homem que tocava violão de quatro cordas


Grimes usava instrumento com apenas quatro cordas

Luís Alberto Alves

 Lloyd Grimes era o nome verdadeiro de Tiny Grimes. Nascido na Virginia em 1916, depois de muito tocar bateria e piano, escolheu o violão como instrumento. Incomum entre guitarristas, usava apenas quatro cordas. Foi um dos primeiros a usar amplificação elétrica.

 No final dos anos 30 e início dos anos 40, ele trabalhou em Nova York, atraindo grande atenção quando  se juntou Slam the Became. No começo da década de 1940 participou de vários grupos pequenos, semeando as sementes do Bebpop entre artistas como Charlie Parker, por exemplo.

 Ajudou romper barreiras tocando também Rock e coktail lounge Jazz, quando a situação financeira ficava apertada. Nos anos de 1970 e 1980 rodou o mundo mostrando o talento em clubes e festivais até morrer em 1989.


Thelma Cooper: A voz célebre de “I Want a Man for Christmas”




Thelma fez muito sucesso no final da década de 1940

Luís Alberto Alves

 Thelma “Baby Doll” Cooper colocou fogo no Blues. Nos seus discos tinha a boa cozinha da Orquestra de Doc Bagby, que produziu vários hits no final da década de 1940, incluindo "Cute Pappa," "Boyfriends," e “Oooh! Daddy." As letras das canções de Thelma deixavam bem claro o seu interesse por homens, inclusive na célebre música “I Want a Man”, mas o nome correto da canção era “"I Want a Man for Christmas”, talvez para não passar sozinha nesse feriado. O curioso é que o hit não passava de composição natalina, sem nenhum tipo de sacanagem na letra.


 Na canção “Cute Pappa” é bem clara a sintonia de Thelma com o parceiro Doles Dickens. Durante muitos anos ele ficou conhecida por ter nome semelhante ao de Dolly Cooper, que usando o codinome de Little Clydie entrou para a história ao gravar o hit “Big Rock Inn”, descrito como uma das grandes gravações do Rock por uma mulher negra. Até hoje ninguém sabe se de fato Thelma usou o nome de Little Clydie para fazer essa gravação. 

Joe Morris: Guitarrista talentoso da Black Music




Morris aprendeu sozinho a tocar guitarra

Luís Alberto Alves

 Joe Morris é outro grande talento da Black Music. Guitarrista, baixista e compositor brilha muito no Jazz. Aos 13 anos começou a tocar e pouco tempo depois fez o primeiro show profissional. Aprendeu tudo sozinho. As influências de Jimi Hendrix e outros grandes guitarristas o levou a centrar fogo no Blues.

 John Coltrane o aconselhou a aprender Jazz. Trabalhou muito para estabelecer sua própria voz na guitarra num contexto de Free Jazz. Após sair do colegial, aos 17 anos, despejou o talento em bandas de rock e de jazz. Ficou assim até mudar para Boston em 1975.
  Até 1978 esteve como figura criativa naquela cidade. Em 1983 criou a própria gravadora e lançou o primeiro disco, com participação do pianista Lowell Davidson. Entre 1989 e 1993 fez shows e gravou com seu trio elétrico Sweatshop.

 De 1994 em diante gravou em diversos selos, além de liderar suas bandas. Tocou com Joe Maneri, Jim Hobbs, Steve Lantner, Daniel Levin entre outros. Também ministrou aulas e workshops nos Estados Unidos e Europa. Morris é conhecido por desempenhar o Jazz Sonny Sharrock Free. Curioso que ele não usa distorção de som na guitarra, prefere o “som limpo”, amparado em ricas harmonias. Seu último CD, Balance, saiu neste ano de 2014.


segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Jimmy Rogers: De membro da banda de Muddy Waters a grande talento do Blues





Rogers tocou muitos anos na banda de Muddy Waters


Luís Alberto Alves

 Jimmy Rogers ganhou fama por tocar na banda do lendário Muddy Waters, além de escrever os hits: "That's All Right" em 1950 e "Walking By Myself" dois anos depois. Com menos de 30 anos abandonou o Show Bizz, voltando a gravações e turnês 20 anos depois. Nascido no Mississippi, mas criado em Atlanta e Memphis, manteve o sobrenome Rogers, herdado do padrasto.

 Aprendeu a tocar gaita ainda criança, depois passou para o violão e começou a tocar profissionalmente em St. Louis, com Robert Lockwood Jr. Em 1947, ele e Muddy Waters e Little Walter começaram a tocar juntos na banda Muddy Waters. O grupo definiu o estilo nascente Chicago Blues, conhecido como South Side.


 Escreveu vários hits para pequenas gravadoras de Chicago, mas nenhum estourou. Só sentiu o gosto doce do sucesso na Chess Records em 1950, com “That´s All Right”. O nascimento do Rock deixou o Blues em segundo plano. Ele resolveu sair de cena do mercado artístico. Resolveu ganhar dinheiro como motorista de táxi e dono de loja de roupas, incendiada durante os protestos após o assassinato de Martin Luther King em 1968. Quando retornou ao batente, Rogers gravou até morrer de câncer em 1997.