Reportagens com clipes descrevendo histórias de artistas famosos,
principalmente de intérpretes da Black Music, além de destacar a importância do Blues no Showbiz.
Ethel Walters tornou o Blues música popular nos Estados Unidos
Ethel Howard, nascida no final do século XIX,
é considerada uma das mais influentes cantoras populares do Blues, que ajudou a
tirar a marca de ser música de escravos naquela época. Ela serviu de parâmetro
em canções como “Stormy Weather”, imortalizada na voz de Etta James, e “Travellin´All
Alone", grande sucesso de Dinah Washington. Aliás, ela foi a primeira a gravar a linda "Stormy Weather" em 1933, verdadeira aula de como cantar.
Sua primeira gravação ocorreu em 1921, aos 25
anos, acompanhada por talentos como Fletcher Henderson, Coleman Hawkins, James
P. Johnson e Duke Ellington. Para ter acesso ao público branco, também aceitou
gravar com Jack Teagarden, Benny Goodman e Tommy Dorsey. Adotou o sobrenome
artístico de Walters.
A partir do final da década de 1920, ela
apareceu em diversos musicais da Broadway, como Rhapsody In Black, Thousands
Cheerr, Cabin In The Sky, onde apresentou diversas canções como “Baby Mine”, “Till
The Real Thing Go”, “Suppertime”, “Harlem On My Mind”, “Heat Wave”, “Got A Bran
´New Suit”, ao lado de Eleanor Powell, entre outras.
Despontou, também, em papeis dramáticos no
teatro e vários filmes, incluindo On With The Show, Gift Of The Gab, Tales Of
Manhattan, Cairo, Cabin In The Sky, Stage Door Canteen, Pinky.
Na década de 1950 apareceu em séries de
televisão durante algum tempo e teve seu próprio show na Broadway: An Evening
With Ethel Waters, em 1957. Os anos de 1960 e começo dos de 1970 a fez cantar
como membro do grupo que acompanhava o evangelista Billy Graham. Embora a
crítica tentasse deixá-la em patamar menor do que Bessie Smith ou Louis
Armstrong, na década de 1930, ela rompeu os limites musicais do Blues e Jazz,
espalhando sua influência em canções populares.
Walters serviu de escola para artistas como
Connee Boswell, Ruth Etting, Adelaide Hall, Mildred Bailey, Lee Wiley, Lena
Horne, Ella Fitzgerald e até Billie Holiday, a quem ela reconheceu que cantava
como se tivesse dolorida. Sua marca registrada era o alto astral e voz
envolvente, parecendo de uma intérprete branca. Nem os terríveis problemas de
infância impediram sua caminhada rumo ao sucesso, que desfrutou até morrer em
1977, aos 81 anos na Califórnia.
O trio The Boswell Sisters foi o primeiro grupo feminino branco a cantar Black Music na década de 20 nos EUA
As
meninas do The Boswell Sisters foram responsáveis pelo rompimento do muro, que
separava a classe média branca em New Orleans, Sul dos Estados Unidos, na
terrível década de 1920 quando a segregação racial era muito forte naquele país,
em relação à Black Music. Todas elas adolescentes. Foram ousadas e criaram um
grupo de Jazz, composto por Connee Boswell, Martha e Helvetia, conhecida como
Vet.
Tiveram o privilégio de serem as primeiras
mulheres brancas, naquela época, a cantar dessa forma. Desde criança tiveram
muitas lições de música, com Martha tocando piano, Helvetia tinha habilidade no
banjo, guitarra e violino e Connee tocava de tudo.
Começaram trabalhando em rádio e Bing Crosby
descobriu o estilo confidencial de cantar daquele trio e uso inteligente dos
microfones. Logo a fama correu por New Orleans e suas canções foram gravadas
por jazzmen notáveis da época, como Jimmy e Tommy Dorsey entre outros. Ficaram
populares nos programas de rádios, filmes e shows que apresentaram por todos os
Estados Unidos.
No começo da década de 1930, as três já
casadas, e com apenas Connee desejando prosseguir na carreira artística,
resolveram encerrar as atividades do trio. Dez anos depois, as bases
estabelecidas pelas The Boswell Sisters foram exploradas com sucesso por
conjuntos femininos, imitando, inclusive, o estilo de cantar delas. As garotas
do Andrews Sisters chegaram bem perto disso.
A tecnologia usada por Kashif ajudou muitos artistas alcançarem sucesso
Kashif é um artista completo: cantor,
compositor, tecladista e produtor. Compôs e tocou em Evelyn King no hit “Champagne”,
assim como no hit considerado o primeiro sucesso de Whitney Houston:” I´m In
Love” e “Love Come Down”. Esteve presente, também, nas canções “You Give Good
Love” e na continuação de “Thinking About You”, que vendeu 17 milhões de discos
no álbum que apresentou Whitney ao sucesso.
Na sua carreira já gravou 17 singles de
R&B e quatro Top 40 de álbuns. Fez duetos com Mel´isa Morgan na canção “Love
Changes”; também ao lado de Melba Moore em “Love The One I´m With” e “Reservations
for Two”, com Dionne Warwick. Na vanguarda marcou presença junto a Stevie
wonder e Ronnie McNeir na década de 1980.
Por meio da tecnologia, Kashif revolucionou a
R&B, colocando Midi/Synth numa época em que os sintetizadores de música
ocupavam muito espaço nas salas dos estúdios, ele aproveitou o surgimento do microchip
e apostou em aparelhos portáteis nas suas gravações e apresentações.
Ao contrário do que sugere o nome, Kashif é o
apelido de Michael Jones, nascido no famoso bairro do Brooklin, Nova York,
celeiro do surgimento de grandes artistas de vários estilos. A primeira
experiência dele com instrumentos sintetizados ocorreu na época em que
trabalhou com a banda BT Express, na gravação do hit “Do It 'Til You're
Satisfied", no começo da década de 1980, para a Columbia Records, onde fez
também “Ride on It”, álbum do grupo Shout!
A sacada de Kashif foi começar tocando baixo
sintetizador usando o Minimoog nos shows ao vivo. Após sair da BT Express,
passou a gravar fitas demos com o conjunto Stepping Stone. Os produtos o
levaram à Arista Records em 1983. O crescimento de sintetizadores nos estúdios
o ajudou a entrar numa turnê com Stephanie Mills, quando algumas canções de
R&B começavam a usar instrumentos eletrônicos em trabalhos ao vivo.
Inspirado na dupla Gamble & Huff,
criadores do belo e famoso The Philly of Sound, conhecido no Brasil como O Som
da Filadélfia, Kashif criou a Mighty M Productions junto com Paul Laurence e
Morrie Brown, soltando muitas canções de R&B à base de Synth.
Champagne
O primeiro projeto da empresa foi com Evelyn
King, no hit “Champagne”, que tinha apenas a canção “Shame”, de 1979, como
sucesso. A parafernália de Kashif resultou em gravações mais altas do que em
discos anteriores, proporcionando ao vocalista um som mais jovem.
De olho na grava, a RCA Records pediu que
Evelyn retirasse a palavra champagne do seu nome e deixasse apenas Evelyn
King. O estouro da canção "I'm in
Love, cujo estilo e som baixo eram diferentes do que estava tocando no Show
Biz, resultou num grande sucesso de 1981.
A técnica de Kashif foi tão boa que Evelyn
colocou nas paradas outro hit, do disco: “Don't Hide Our Love”, sexta posição
na R&B. A RCA pediu que eles produzissem um álbum de follow-up, influenciados
pelo produtor e compositor Leon F. Sylvers III. Kashif montou a alegre “Love
Come Down”. Nesta canção ele tocou todos os instrumentos, exceto guitarra, que
ficou nas mãos de Ira Siegel. O single ocupou o primeiro lugar na parada
R&B durante cinco semanas.
Nesta altura do campeonato, Kashif estava
trabalhando com o New Synclavier, inventado para fins de amostragem, na
Inglaterra, substituindo sons de bateria e background. Howard Johnson de “So
Fine” foi o primeiro disco que usou essa técnica de vocal, pois algumas
passagens vocais poderiam ser duplicadas pela Synclavier. Resultado: a criação
de nova abordagem de produção com vocalistas, que persiste até hoje.
Em 1983 ele entra na Arista Records influindo
positivamente nos hits: “I Just Gotta Have You (Lover Turn Me On),"
"Stone Love," "Help Yourself to My Love," e "Say
Something Love." Outros álbuns que tiveram as mãos de Kashif foram: Send
Me Your Love, Baby Don't Break Your Baby's Heart, Are You the Woman, Condition
of the Heart, Love Changes. Em 1989 ele solta a linda “Aint No Woman Like the
One I Got”, tornando-se compositor e
produtor de mão cheia.
O seu nome apareceu em álbuns gravados por
Kenny G Kenny G ("Keeping Love New"), George Benson, Johnny Kemp,
Dionne Warwick, Giorge Pettus, Stacy Lattisaw, Expose, the Wootens, Freda Payne
e outros. Ganhou indicações ao Grammy pelo trabalho instrumental “The Mood”, “Call
Me Tonight”, “Edgardtown Groove, com Al Jarreau e “The Movie Song”.
Em 1994 recebeu convite para ministrar curso
de produção de gravação contemporânea na Ucla. No ano seguinte, a indústria da
música soltou o estudo “Tudo de Melhor que Você Precisa Saber sobre a Indústria
Discográfica”. Em 1998 assinou contrato com uma gravadora britânica, onde lançou
seu álbum Who Loves You. Seis anos
depois lançou o CD Music From My Mind.
Big L morreu assassinado na porta de casa, aos 29 anos; seu irmão, após sair da cadeia, teve o mesmo fim
Lamont Coleman era o nome de batismo do rapper
Big L, nascido em maio de 1974 na cidade Nova York e morto em 1999, no mesmo
local onde veio ao mundo. Sua base foi o bairro negro do Harlem (espécie de
Cracolândia norte-americana), onde teve uma vida tragicamente curta. Primeiro
chamou a atenção do mundo do RAP no começo da década de 1990, aos 16 anos. Este
MC era o líder da DITC (Diggin ´In The Crates). Tinha como ídolos Run-DMC, The
Cold Crush Brothers e Big Daddy Kane.
Em 1992 fez a estreia musical no Lord Finesse,
Yes, You May, ao lado de Diamond D´s, Blunts & Hip Hop, assinando contrato
logo depois com a Columbia Records. Três anos depois lançou o álbum Lifestylez
Ov Da Poor & Dangerous, incluindo hits que já faziam sucesso nas ruas e
becos do Harlem, onde o perigo anda de mãos dadas com a morte todos os dias.
Não conseguiu sucesso comercial longe da
comunidade negra do bairro onde nasceu, viveu e morreu aos 25 anos. Parte do
público simpatizante do RAP e Hip-Hop o considerava muito lírico. Mesmo assim montou
a própria gravadora, Flamboyant Entertainment Label (homenagem ao seu manifesto
“Flamboyant for Life) como alternativa para o que Big L sentia que era a música
excessivamente comercial, distribuída pelos grandes selos.
Ajudou a estabelecer as carreiras de futuras
estrelas do Hip-Hop, Cam´ron e Ma $. Um ano antes de sua morte, em 1998 lançou
Ebonics, clássico do RAP que traduz a linguagem das ruas para o benefício de
uma considerável base de fãs residentes na periferia das grandes cidades.
Quando o Show Biz começou a se interessar pelo
trabalho de Big L, ele foi assassinado a tiros, em fevereiro de 1999 perto de
sua casa no Harlem. Um conjunto póstumo, The Big Picture e The DITC Album
Worldwide foram lançados no ano 2000. Em 2002
seu irmão, Leroy Phinazee, pouco tempo após sair da cadeia, acabou executado
a tiros na mesma rua, quando tentava descobrir o autor da morte de Big L.
Blandon é conhecido por sucessos na boca de outros cantores
Os amantes da Soul Music conhecem Curtis
Blandon por causa do hit "In the Long Run”. De família musical, ele
estudou o Ensino Médio com futuros artistas da Motown Records, como Eddie
Kendricks e Shorty Long. Saiu de Birmigham, Alabama, em 1960, para Chicago,
antes de mudar o roteiro para Nova York, onde conheceu o produtor Teddy Powell.
Cantor e compositor vendeu diversas canções
para ele, antes de ficar no lugar de Joe Duncan no quarteto de Doo Wop,
Vocaleers. Apesar de escrever para o grupo o hit "Cootie Snap”, a falta de
apoio promocional da Atlantic Records, o fez deixar o conjunto.
Após gravar os singles solo “Soul” e “Mr.
Imagination”, no ano seguinte foi prestar Serviço Militar. Em 1965 voltou e
lançou o single “I Nedd You” para subsidiária Tower, da Capitolio Records. Um
acordo posterior com a Buddah Records não deu em nada.
Após cantar em vários grupos sem expressão, em
1972 assina com a Wand Records. Os vocais marcantes do disco resultaram em
sucesso regional. Desanimado optou por escrever canções, compondo vários hits
que explodiram durante a Disco Music, como ““ Let’s Make a Deal," "Do
It Right," e "Let's Make Love”, esse último incluso no álbum de
Gloria Gaynor, de 1976. Apesar de várias músicas compostas, Blandon ficou conhecido
no Show Biz dos Estados Unidos, como autor da célebre “In the Long Run".
Nolan Chance foi outro artista de talento da
música de Chicago, porém nunca conseguir ganhar reconhecimento da crítica.
Nascido como Charles Davis, em Lousiana, em 1939, cresceu em Chicago, após a
família mudar para lá na década de 1940. Na adolescência formou o grupo vocal
de R&B Township High School e chegaram a abrir alguns shows de alguns
artistas.
Em 1959 juntou forças com os Trinidads,
gravando o único sucesso: ““ When We're Together." Na década de 1960
entrou no The Turbo Jets e The Dukays, neste último ocupou o lugar de Gene
Chandler, que saiu para carreira solo, gravado o hit “Duke of Earl”. Por falta
de gravação de álbuns, Davis mudou para o The Artistics.
Em 1964, Davis assinou com a Constellation Records,
tomando o nome de Nolan Chance. Sua estréia foi com hit “She's Gone", balada
que atraiu considerável atenção e estourando em paradas de sucesso locais. Mas
ele não conseguiu repetir o êxito em todos os Estados Unidos. O outro disco,
Just Like The Weather, acabou bem recebido pela crítica, mas Constellation já
beirava a falência.
Até o final da década de 1960, não gravou
nenhum álbum. Com Eddie Thomas assinando contrato com a Curtom Records, ele
gravou o single ““ I’ll Never Forget You”, caindo no gosto do povo.
Infelizmente Chance não ficou muito tempo na Curtom. Em 1972 entrou na Scepter
label, onde gravou o hit “Sara Lee”. Pouco tempo depois a gravadora quebrou e o
single “Sara Lee” fracassou nas paradas.
Ward foi o primeiro cantor da Motown Records a gravar em dueto naquela empresa
Sammy Ward foi outro grande
cantor de Blues da Motown Records, onde explodiu com o R&B “Who's The
Fool", autoria de Smokey Robinson e produzida por Berry Gordy, em 1961.
Antes de se mudar para Detroit, cresceu cantando em clubes e bares de
Birmingham, Alabama, no começo da década de 1950.
Ao chegar à Motown, foi o primeiro artista da
casa a gravar dueto com Sherri Taylor, “"Lover" / "That's Why I
Love You So Much". Logo foi para Tamla Records, do mesmo grupo da Motown,
gravando o hit "That Child Is Really Wild", escrita por Gordy e
Robinson. Do lado B do disco, soltou a canção “What Maker You Love Him”, que
Robinson trocou por “Who´s The Fool”.
Ward lançou outros singles, como “Big Joe Moe”,
de William “Mickey” Stevenson e Brian Holland, e “Someday Pretty Baby",
que trouxe Stevie Wonder tocando gaita, ambos em 1962. Mas os fracassos
comerciais o retiraram da gravadora de Barry Gordy.
O jeito foi cantar em outro lugar, com Ward
entrando na Groove City Label. No final da década de 1980 acabou descoberto
pelos britânicos, amantes da Soul Music. O produtor Ian Levine gravou vários
hits de Ward pela Motorcity Records, alguns da década de 1960. Ele apareceu em
festivais de Soul na Grã Bretanha. No começo dos anos de 1990 morreu.
O grupo The Originals,
durante algum tempo foi um segredo bem guardado da Motown Records. Na década de
1960 eles colocaram vários hits nas paradas de sucesso, como "Baby I'm for
Real”, além de trabalhar como backing vocals para os artistas da casa.
Como sempre ocorre na maioria das bandas, o
grande líder dos Originals foi Freddie Gorman. De Detroit, em 1957 havia criado
os The Fideletones com amigo de infância Brian Holland. Após a gravação do hit “Pretty
Girl”, na Aladdin Records, em 1959, a banda se dividiu e Gorman voltou ao
serviço de carteiro.
No trajeto entregava
correspondências na casa de Berry Gordy, fundador da Motown Records. Na demorou
para o big boss contratar Brian Holland como compositor e produtor em parceria
com o outro produtor, Robert Bateman e gravar um disco para as meninas do The
Marvelettes.
A história de Gorman mudou quando a integrante
do grupo, a marvelette, Georgia Dobbins, sugeriu o nome de um hit, “Please Mr.
Postman”, Holland pensou no colega de infância para compor a canção. A música
estourou em todas as paradas em 1961 e Berry Gordy liberou outro hit de Gorman,
“The Day Will Come” para a banda The Miracle.
Holland, Gorman e Lamont Dozier formaram o
trio de ouro na arte de compor grandes sucessos, incluindo “Old Love”, na voz
de Mary Wells e “I Want a Guy” com as Supremes. Porém um erro no contrato
deixou Gorman sem grana de direitos autorais, o levando novamente a trabalhar
nas ruas.
Em 1964 ressurgiu ao lado do parceiro Bob
Hamilton na rival Golden World Motown, com as canções “(Just Like) Romeo and
Juliet”. O ano seguinte marcou a gravação dos singles solo "In a Bad
Way" e "Take Me Back," na Golden World Sister Records. Para
evitar concorrência, Berry Gordy comprou as ações de Gorman na Golden World,
com ele voltando à Motown Records em 1966.
Foi nesta época que entrou nos The Originals,
constituído por Spencer CP, Hank Dixon, Walter Gaines e Joe Stubbs, irmão do
integrante dos Four Tops, Levi Stubbs, que logo emendou carreira solo. Lançaram
o disco de estreia com a versão de "Goodnight Irene”. Nos próximos dois
anos, quarteto ralou em busca de outro sucesso, trabalhando como backing vocal
de Stevie Wonder e David Ruffin.
Após longo deserto, estouram em 1969, com o
hit “You're the One”, seguido da faixa título “Green Grow The Lilacs”. Marvin
Gaye compôs para eles a canção "Baby I'm for Real”, outra explosão nas
paradas, assim como “The Bells”. Fecharam o ano de 1970 com "We Can Make
It Baby" e "God Bless Whoever Sent You."
A década de 1970 não foi boa para o grupo, com
fracos hits, como “Keep Me” e "I'm Someone Who Cares”, fracassos comerciais.
Para complicar, Spencer CP saiu, cedendo lugar a Ty Hunter. A mudança não
produziu efeitos. Continuou o sufoco em 1973, na gravação do hit “Be My Love” e
“Good Lovin´” em 1975.
Nessa época a Motown mudou as instalações de
sua produção para Los Angeles. Os Originals foram juntos, uniram forças com
Lamon Dozier para lançar o disco Communique, que chegou ao topo das paradas com
a clássica “Down to Love Town”. Em 1978 saíram da Motown Records para entrar na
Fantasy Records, onde soltaram álbum Ladies (We Need You). Em 1981 gravaram
Yesterday and Today, marcando o retorno de Spencer CP.
O disco incluiu a versão de “Please Mr.
Postaman”, sem provocar estragos nas paradas. Também colocar remake de "Baby
I'm for Real”. A década marcou a paralisação das atividades da banda, embora
fizessem turnês esporádicas. Em 1997, Gorman lançou álbum solo, It's All About
My Love. O ano de 2004 marcou a morte de Spencer CP, em 2006 foi a vez de
Gorman partir.