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#BMW - Morre #QuincyJones, o gênio da produção de grandes discos

Luís Alberto Alves/Hourpress

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Jimmy McGriff: um dos gênios do órgão Hammond


    Aos cinco anos de idade, Jimmy McGriff começou a tocar piano e na adolescência fez o mesmo com sax alto, bateria e contrabaixo. No primeiro grupo que integrou entrou como baixista num trio de piano. Depois prestou Serviço Militar no Exército e serviu como soldado durante a Guerra da Coreia no início da década de 1950, depois tornou-se oficial de polícia na Filadélfia por dois anos.

   Mas felizmente a música não o deixou para trabalhar no combate à criminalidade. Ao sair da polícia uniu-se ao amigo de infância, Jimmy Smith, grande expoente na arte de tocar órgão Hammond. Smith já tinha ganhado fama no mundo do Jazz ao gravar discos para a Blue Note Records. Aliás em 1967 ambos gravaram um disco juntos. 

  Ao ouvir o som do Hammond, McGriff se apaixonou como acontece quando um homem encontrar uma mulher linda diante dos seus olhos. Para fechar o círculo, Richard Holmes foi tocar no casamento de sua irmã e ele acabou professor e amigo de McGriff, com os dois gravando dois discos na década de 1970. 

  Como ocorre com os grandes gênios da música, McGriff comprou seu primeiro órgão Hammond em 1956, passou seis meses aprendendo e depois entrou na Juilliard School de Nova York. Para aprimorar a técnica teve aulas particulares com Milt Buckner, Jimmy Smith e Sony Gatewood. Recebeu forte influência do organista Buckner e a sensibilidade de Count Basie (tocava teclados com dois dedos) e de outras feras como Howard Whaley e Austin Mitchell.  

   Na década de 1960 gravou seus primeiros discos na Filadèlfia na companhia do saxofonista Charles Earland. Em seguida passou a acompanhar artistas como Don Gardner, Arthur Prysock, Carmne McRae (anos mais tarde ela seria responsável por regravar "Flor de Lis" em inglês, solidificando a carreira de Djavan no Exterior). Em 1961 o trio liderado por McGriff gravou a versão instrumental do hit "I Got a Woman" de Ray Charles para a Joe Lederman Jell Records, pequeno selo independente. No ano seguinte repetiu a dose com "All About My Girl" e abriu definitivamente as portas do Gospel e Soul. 

  Na década de 1960 gravou diversos álbuns, alguns deles entraram para a galeria de inesquecíveis discos de Jazz/Blues.Quando o produtor Sonny Lester criou sua gravadora Solid State em 1966, tratou de contratar McGriff. Ali ele lançou vários álbuns com diversos estilos, abrindo a porta para McGriff fazer vários tipos de experiências musicais. Acabou ganhando fãs como Count Basie e de inúmeras big bands de Blues. Nessa época estourou com canções como " The Way You Loog Tonight" e clássicos Funk como "The Worn" e "Step 1".

   Foi a época em que McGriff tocou em diversos locais de todo o mundo. O ponto de partida foi Newark (cidade metropolitana de Nova Jersey por revelar na década de 1960 a banda de Funk Kool and The Gang). Abriu sua própria casa de shows, a Golden Slipper, e ali gravou o memorável disco Black Pearl e o álbum ao vivo   Love Ain´t Nothin´But a Business Goin´On.  Em 1972, McGriff saiu do show biz e começou a criar cavalos em sua fazenda em Connecticut. Porém, a nova gravadora de Sonny Lester, a Groove Merchant, continuou produzindo cópias de seus discos. 


     A década de 1980 marcou o rompimento dele com Lester, para continuar o trabalho com o produtor Bob Porter e o engenheiro de som Rudy Van Gelder. Foi a era do grande relacionamento com a Fantasy Records. Seis depois começou parceria com o saxofonista Hank Crawford, rendendo o prêmio Soul Survivors. No início dos anos de 1990 caiu no gosto popular e atrações em cruzeiros marítimos.

   Entre 1994 e 1998, McGriff experimentou o Hammond XB-3, um sintetizador que aumentou a capacidade do órgão com melhorias Midi. Ele ganhou um som de sintetizador natural. Ele acabou sendo um dos primeiros organistas de B3 a adicionar o Midi para teclado superior do Hammond. Também incorporou sintetizadores em suas performances ao vivo, com vibrafone, piano, cordas, metais e outros sons que só poderia ser criados por um sintetizador e B3. 

Nesse período, ao lado da banda Dream Team, com o saxofonista David "Fathead" Newman e o baterista Bernard Purdie gravou o álbum Straight Up (1998), House Party (2000), Feelin ´It (2001) e McGriff Avenue (2002). Em março de 2008 fez seu último concerto em Nova Jersey. Dois meses depois morreria.  




quinta-feira, 18 de abril de 2013

Carla Thomas: a pedra preciosa da Stax Records

A voz de Carla Thomas é o grande patrimônio da Soul Music de Memphis
    Na década de 1960 e começo dos anos de 1970, a Black Music foi bem representada por Carla Thomas, a rainha da Soul Music de Memphis, servindo de contraponto ao som da Motown Records, do Norte dos Estados Unidos,com forte acompanhamento de palmas e linha de contrabaixo, enquanto o Som de Memphis era marcante por causa dos metais no lugar dos vocais de fundo.

  Em termos de futebol, era como se a Motown fosse a seleção brasileira de 1982 com Zico, Sócrates, Falcão e cia; e a Stax tivesse o talento dos meninos do Barcelona comandados por Messi. Carla Thomas, aos 20 anos  em 1962, surgiu quando essas duas grandes escolas de gravar e produzir bons discos esquentavam o show biz dos Estados Unidos. Tudo começou quando Carla, aos 18 anos em 1960, gravou um dueto com seu pai, Rufus Thomas. O hit "Cause I Love You" era o início da carreira brilhante que teria pela frente. 

  A canção, uma balada adolescente,  era o presente de aniversário. O curioso que anos antes, o hit " Gee Whiz (Look at His Eyes)" fora rejeitada por uma gravadora de Chicago. Se arrependeram demais, quando viram a música explodir em todas as paradas de sucesso dos Estados Unidos anos mais tarde. Não demorou para a Stax Records passar a cuidar com carinho de Carla, que nascera em Memphis. Ela estourou nas paradas 22 vezes, com baladas inesquecíveis no estilo Soul Music, inclusive uma canção resposta para Sam Cooke: "I'll Bring It on Home to You", além dos hits "Let Me Be Goof to You", "B-A-B-Y" e "Tramp", que gravou ao lado de Otis Redding.

  Carla é o exemplo claro da pessoa que nasceu no lugar e hora certos. Seus irmãos, Marvell e Vaneese cresceram perto do Palace Theather em Beale Street, em Memphis. O pai era mestre de cerimônias do teatro para show amadores. Dali, ela deu o primeiro passo rumo ao mundo da música. Anos depois, a estação de rádio da cidade patrocinou um grupo musical formado por estudantes do Ensino Médio, conhecido como Teen Town Singers. Entre eles destacavam-se, além de Carla, Anita Louis e um menino chamado Isaac Hayes.  

  O requisito para fazer parte do grupo era ser maior de idade, mas com dez anos Carla entrou no conjunto, por causa da influência do pai. Para não fazer feio nos palcos, ela era obrigada assistir aos ensaios às quartas e sextas-feiras, após a escola e estar na rádio aos sábados. Gostou da dura rotina e ficou com os meninos vários anos.

   Seu pai percebeu que Carla era um diamante musical bruto e poderia render bons lucros nas mãos dos executivos da Stax Records. De 1961 a 1971, ela lançou seis álbuns solos e outro com Otis Redding. O trabalho foi tão bom que a Atlantic Records comprou seu passe após a saída da Stax. Sabia que não poderia perder tempo. Nos ouvidos do pessoal da Atlantic ainda fazia barulho o hit "Cause I Love You", dueto de Carla ao lado do pai e do irmão Marvell nos teclados lançado pela Satelite Records, precursora da Stax Vox no final da década de 1950, da época em que Carla ainda era aluna da  Hamilton High School, em Memhis.  

  O hit chamou  a atenção de Jerry Wexler. Ele entrou em acordo com Jim Stewart e Estelle Axton para distribuir a canção, pois ambos eram donos da Satelite. Acabou abrindo caminho para Carla estourar no show biz norte-americano. É deste período o lançamento do álbum " I´ll Never Stop Loving You", que gravou junto com Otis Redding, um grande sucesso na Grã-Bretanha. Sem nenhum exagero, pode-se dizer que Carla Thomas contribuiu muito para tornar famosa a Stax Vox nos Estados Unidos e restante do mundo. Porque o arranjo da canção " Gee Whiz (Look at His Eyes)", feito por seu pai, Rufus Thomas, era a balada típica e romântica que muito adolescente da década de 1950 queria dizer. 

  Após sair da Stax em 1971, Carla ficou em baixa, quando comparada à década que lançou vários discos desde o início da década de 1960. Mas como grande artista acabou-se destacando em diversos projetos. incluindo uma compilação de seus maiores sucessos lançada em 1994 e depois remasterizada em 2002 durante show ao vivo em Memphis. Na década de 1980 participou de várias oficinas com alunos em Memphis, em aulas que abordava o sério problemas das drogas. Acabou ganhando o Prêmio Pioneer, juntamente com James Brown e Solomon Burke. Em 2003 foi destaque num documentário intitulado "Somente os Fortes Sobreviverão", exibido no Festival de Cinema de Cannes.
  
 Mesmo com as grandes conquistas que obteve nos últimos 52 anos de carreira, Carla Thomas reconhece que sua carreira musical teve a influência do pai. Ele a acompanhou ao Palace Theater para participar dos ensaios com seus colegas do grupo Teen Town Singers. Acreditou no seu potencial e a preparou para transitar na escorregadia, sinuosa e perigosa estrada do show biz. Não pode faltar no arquivo musical da Soul Music de qualidade, o CD lançado em 2007 que Carla gravou no Bohemian Caverns de Washington em 1967. 



sábado, 13 de abril de 2013

Aline Barros: uma das maiores cantoras do Gospel do Brasil

Aline Barros é uma da grandes vozes do Gospel brasileiro

    Com dois anos de idade, Aline Barros já tinha carinho pela música ao ouvir o pai tocar violão. Ficava perto dele e começava a cantar, com a voz afinada. Três anos depois a menina começou a cantar em festas de casamentos. Aos nove anos passou a acompanhar o pai e o Ministério de Louvor de sua igreja em apresentações, eventos e cultos.     

  Pouco tempo depois começou a cantar naquele Ministério de Louvor, participando de algumas gravações com o restante dos irmãos em Cristo. Aos 14 anos (1990) gravou sua primeira canção solo "Tua Palavra". O hit ficou 45 dias nas paradas de sucesso das rádios de programação evangélicas do Rio de Janeiro. Aos 16 anos (1992) lançou a canção "Consagração"; outro grande sucesso em todo o Brasil, ocupando o primeiro lugar em execução nas rádios durante nove meses. Curioso que nesta época não era tão comum hits Gospel ter grande destaque, ficando restrito apenas ao público evangélico, pois a maioria das pessoas considerava "careta" este tipo de música, com ênfase na palavra de Deus. Era ato de muita coragem gravar um disco de louvores, enquanto muitos só lançavam álbuns repletos de hits descartáveis.  

    Com 18 anos, ela gravou seu primeiro trabalho profissional, Sem Limites, por um selo independente, depois relançado por sua própria gravadora, AB Records. Em janeiro de 1998 gravou seu segundo CD Voz do Coração. Em outubro de 1999 tornou realidade o sonho de gravar um álbum direcionado ao público infantil, Bom é Ser Criança. No final daquele mesmo ano lançou um CD comemorativo com quatro canções de Natal. O segundo semestre de 2000 trouxe a gravação da coletânea Millenium, produzida pela Indie Records e distribuída pela Universal Music, numa união entre três gravadoras (Indie Records, Universal Music, AB Records) em torno do seu nome. 

  No final de 2000 lançou o CD O Poder do Teu Amor, outra explosão de sucesso. Com folêgo que só Jesus Cristo é capaz de colocar nos pulmões de quem canta louvores não para a glória do mundo, mas para o Senhor, no ano seguinte colocou no mercado a coletânea romântica, Eterno Amor, depois antes de chegar ao fim de 2001 trouxe o CD Mensagem de Paz, ao lado do ex-apresentador do Jornal Nacional, da Rede Globo, Cid Moreira. Em maio de 2002 gravou o CD Bom é Ser Criança Vol. II, com diversos ritmos de louvor como Country, Baladas e Disco Music.

   Em dezembro daquele mesmo ano, Aline gravou um CD ao vivo, para mostrar a alguns críticos  que os bons ministros de louvor não precisam se esconder por trás de play back para cantar. O álbum teve, também, vídeo (VHS) e DVD, no evento Jesus Vida Verão, realizado todos os anos na Praia da Costa, em Vila Velha, Espírito Santo, com aproxidamente 45 mil pessoas na plateia. Com 14 faixas, foram pinçadas as melhores canções de todos os seus CDs. Em 2003 lançou o CD Fruto do Amor, com destaque para a faixa "Digno é o Senhor", outra vez bem executada em diversas rádios evangélicas brasileiras.  

   Em 21 anos de carreira Aline Barros é um dos maiores talentos do Gospel brasileiro. Ganhou 11 Troféus Talento, Cinco Grammy Latinos, Um Dove Awards, Um Troféu Promessas e Um Brazilian International Press Award. Foi a primeira ministra de louvor brasileira a conquistar o Grammy Latino em 2004, além de ter sido indicada por cinco vezes consecutivas em outros anos. Nesta rica e abençoada trajetória já gravou mais de 20 discos, com vários deles premiados com Discos de Ouro, Platina e Diamante. Em todos seus trabalhos mescla Pop, Pop/Rock e Blues. Em 2012 gravou em Paulínea (São Paulo) o DVD Aline Barros 20 anos. O trabalho contou com as participações especiais Michae W. Smith, Abraham Laboriel e Tom Brooks.   


   Nessa caminhada, em dezembro de 2000 foi convidada pela Integrity Music Records para participar de um álbum em espanhol, Más de Ti, gravado ao vivo em Miami, Estados Unidos. Participaram diversos músicos famosos no Pop/Rock, como Paul Wilbur, Don Moen, Chester Thompson (Phil Colins), o baixista Abraham Laboriel, o guitarrista David Cabrera (Ricky Martin) e o saxofonista Justo Almário (Rick Pantoja). Cantou seis louvores, alguns deles em duetos. Produzido por Tom Brooks, da Hosana Music, para o mercado gospel internacional. Dessa parceria com Tom Brooks é aconselhável ouvir o hit "Guarda tua fé", autoria de Kleber Lucas/Alda Célia, autêntico Funk ( o legítimo feito nos Estados Unidos) da época da banda Zapp, com direito até a talking box, igual a usada pelo vocalista Roger. 

  Por meio desse CD, Aline recebeu convite para ministrar em Roma, na Itália, para cantar num evento que reuniu grandes ministros de louvor de todo mundo. No final de 2001, Tom Brooks a convidou para ministrar louvores na maior igreja evangélica do mundo, na Coreia do Sul, na companhia de ministros de louvor de diversos paises. O objetivo do culto "Worship Explosion 2001" foi cantar e orar pela unificação das duas Coreias há mais de 60 anos separadas. Foram três noites de muita adoração ao Senhor, onde muitos homens de Deus clamaram por meio de suas canções, ministros de louvor como: Ron Kenoly (Estados Unidos), Lean Albrecht (Estados Unidos), Rick Muchow (Estados Unidos), Jeff Deyo (Estados Unidos), David Moyse (Austrália), Chris Bowater (Inglaterra) e Bob Fits (Hawai). 

  Os CDs de Aline Barros, atualmente, são muito vendidos em diversos países da América Central, América do Norte e Europa. Em 21 anos de carreira já vendeu 6 milhões de discos. É pastora da igreja Comunidade Evangélica Internacional Zona Sul, no bairro do Flamengo, Rio de Janeiro. Bióloga, é casada com ex-jogador de futebol, Gilmar, que nas décadas de 1990 e começo dos anos 2000 passou por grandes clubes brasileiros. É mãe de um casal de filhos.  

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Geater Davis: bela voz que não ajudava vender discos

         
Apesar da bela voz, Geater Davis não conseguiu fazer sucesso comercial


     Literalmente, Geater Davis foi um cantor azarado de Soul Music, apesar da bela voz muito doce, comparável ao Blues interpretado por Johnnie Taylor ou Bobby "Blue" Bland. Durante sua curta carreira (23 anos) só conseguiu gravar em pequenos selos, sem a estrutura necessária para divulgar seus álbuns por todos os Estados Unidos e restante do mundo. 

   Nascido Kountze, Texas, em 1946, coincidemente morreu no mesmo dia 29, porém de setembro de 1984, aos 38 anos de ataque cardíaco, sabe-se lá por quais motivos. O auge de Davis ocorreu na primeira metade da década de 1970, quando compôs e produziu seus próprios discos, além de tocar guitarra em todos eles. É dessa época o álbum Sweet Woman´s Love para o selo House of Orange, lançado em 1971. A capa feita por Jerry Butler no disco For Your Precious Love virou febre na Grã Bretanha entre os colecionadores de álbuns de Soul Music.

   Nesse período lançou os singles  " I Don´t Worry (About Jody)" e Ace ("Strange Situation"), " Tired of Busting My Brain". Depois só pegou firme em 1977, quando gravou as canções "Long Cold Winter", "I´m Gonna Change" , "I´ve Got to Pay the Price" e "Your Heart Is So Cold". Mesmo participando de turnês no circuito de Blues dos Estados Unidos, Davis nunca conseguiu vender muitos discos. Quatorze anos após sua morte, a West Side lançou o álbum , Shades of Blue: The Southern Soul Sessions 1971-76, com diversas canções gravadas por ele neste período. Ficaram de fora as músicas gravadas pelo selo House of Orange. 


Doll-E-Girl: a sugar baby do RAP


A música não deixou Doll-E-Girl ser fisgada pelo caminho mau das ruas

    Doll-E- Girl é exemplo claro do que a música é capaz de fazer por uma pessoa. Nascida e criada em Lincoln Heights, Califórnia, ela tinha motivos para entrar no caminho errado, reservado para maioria dos chicanos que mora nos Estados Unidos por causa descriminação social e econômica. 

   Porém, desde criança gostava de música, principalmente do som emitido pelo contrabaixo. A preocupação em aprender música a manteve longe das ruas, local reservado de experiências ruins para quem não tem juízo afinado com as regras ditadas pela sociedade.

   Nessa caminhada teve apoio da família e amigos. Foram compreensivos quando ela atingiu a adolescência, auge máximo da chatice nos jovens, quando a rebeldia os dominam por completo, sentindo mórbido prazer pelo errado.  

   Em 2002, Doll-E-Girl escreveu os primeiros versos de uma canção. No ano seguinte conheceu o CEO Darrel Lynn, da Lynn Productions. Ele a ajudou produzir seu primeiro CD demo 211 On Your Love. O público gostou e Johnny U, da Thick Skin Entertainment, a contratou. Em 2005 lançou o primeiro CD To Know Me is To Love Me. Sucesso em todo o mundo.

  No ano seguinte veio com a primeira compilação, Street Shot Callers, distribuído pela XXX Records. Em 2007 lançou o CD I Got Your Back pela Diamond Records. O hit "Do It Daddy" tornou-se canções prediletas das grandes rádios dos Estados Unidos. T-Pain, Cypress Hil, Lil Rob, MC Magic, Paul Wall e Omarion, além de aparecer em diversos programas das emissoras de televisão norte-americanas, inclusive ao lado de Lady Gaga no clipe "Telephone".

  My Diaries of Love foi o CD que lançou na Primavera de 2010. Esse marcou a entrada na MIH Entertainment Group. A justificativa para contratá-lo é o seu grande talento. O álbum mais recente é Unleashed, produzido pela Cricket from Cricket Productions, que chegou ao mercado em agosto de 2011. Nesse CD, Doll-E-Girl ampliou o estilo, cantando em espanhol, que não fez nos discos anteriores. 

  Com dois CDs, ele inclui desde música mainstream para o RAP West Coast, R&B, Hip-Hop, Electro e RAP espanhol. Para entendê-la, suas características lembram MC Magic, Mateo, DJ Kane, e-Bone Thugs-N-Harmony. O álbum incorpora o seu lado mais feminino, porém sintonia com o ritmo das ruas. A proposta de Doll-E-Girl é contar a história da sua vida e outros fatos passados.  






quarta-feira, 10 de abril de 2013

Al Kooper: mais de 50 anos dedicados à música de qualidade

Mais de 50 anos dedicados ao Rock and Roll e Blues nos Estados Unidos



   Desde a adolescência que Al Kooper já estava envolvido com Pop Music nos primeiros anos em que o Rock and Roll dava seus primeiros passos na década de 1950, como música popular nos Estados Unidos. Naquela época ele uniu-se ao grupo vocal The Royal Teens e colocou nas paradas os hits “Short Shorts”, em 1958, e “Believe Me” no ano seguinte. Com o passar do tempo, Kooper tocava guitarra cada vez melhor. A maioria das bandas de adolescentes o chamava para acompanhá-las em diversas gravações. Aprendeu a ler e escrever música nos estúdios, fez amizades com guitarristas profissionais.

  Aproveitou para estagiar como engenheiro de áudio. Nos últimos 50 anos conseguiu deixar seu nome marcado na história da música norte-americana. Como guitarrista participou de gravações com Gary Lewis, Gene Pitney, Keely Smith, Carmen McRae, Pat Boone, Freddie Cannon, Lulu, Lorraine Ellison, Donnie Hathaway, além de tocar nos The Beastie Boys, Jay-Z entre outros. Em seguida fundou a banda Blood Sweat & Tears, participando apenas do primeiro álbum lançado em 1968.

  Ficou conhecido como produtor, em Atlanta, ao descobrir Lynyrd Skynyrd e trabalhando nos seus primeiros três discos:Sweet Home Alabama, Free Bird, Gimme Three Steps, além de Saturday Night Special. Não parou por ai, pois engrenou produção com Mike Bloofield e Stephen Stills, tocar com Bob Dylan a canção “Like a Rolling Stone”, durante muitos anos em shows ao vivo e estúdio. O seu talento o colocou perto dos Rolling Stones, George Harrison, The Who, Jimi Hendrix, Peter Paul & Mary, Tom Petty, Joe Cocker, BB King, Taj Mahal, Alice Cooper, Roger McGuinn, Betty Wright entre outros. É célebre sua participação tocando teclados no hit “Electric Ladyland”, de Jimi Hendrix.

  O resultado do brilhante trabalho de Al Kooper reflete nas diversas turnês que faz por todos os Estados Unidos, Japão, Itália, Espanha, Demark, Finlândia, Noruega, República Tcheca, como ocorreu em 2009 quando estava acompanhado de sua banda composta de professores de Berklee, conhecida como A Faculdade Funky. Quatro anos recebeu o Prêmio Memphis Blues. Em 2008 entrou para Hall da Fama de Músicos. Aos 65 anos, Al Kooper continua com fôlego de menino, trabalhando intensamente, como se percebe ao ouvir o CD White Chocolate, gravado em 2008.











segunda-feira, 8 de abril de 2013

Shuggie Otis: o garoto prodígio do R&B

Versatilidade: esta palavra define Shuggie Otis no mundo do show biz


  Na história da música norte americana, Shuggie Otis já tem o nome gravado. Nascido em 1953, ele é cantor, compositor e toca diversos instrumento. É autor de pérolas como "Strawberry Letter 23", gravada por The Brothers Johnnson em 1977, ficando várias semanas nos primeiros lugares da Billboard R&B e também na Billboard Hot 100.Três anos antes alcançou grande sucesso comercial com o hit "Inspiration Information". 

   Otis confirma o ditado popular de que filho de peixe, peixinho é. Seu pai, Johnny Otis foi empresário e um dos pioneiros do Blues, além de músico. O codinome Shuggie é uma abreviação de suggar (açúcar), pois era dessa forma que sua mãe começou a chamá-lo ainda recèm-nascido.  

   Aos dois anos de idade Shuggie começou a tocar guitarra e dez anos depois já se apresentava junto com a banda do seu pai, às vezes disfarçado de óculos escuros e bigode falso, para ter acesso às boates. Além de bom guitarrista, ele também canta. Na infância e adolescência recebeu forte influência do Blues, Jazz e R&B, por causa dos músicos que frequentava sua casa. Não demorou para entrar em contato com Slt Stone, Jimi Hendrix, ainda em início de carreira tocando com a de Black Music, The Isley Brothers e Arthur Lee da Love Band. 

  Em 1969, aos 15 anos, o guitarrista Al Kooper o convidou para participar das gravações do álbum Super Session, no qual estavam inclusos Stephen Stills e Mike Bloomfield. Com 15 anos, Shuggie gravou o disco inteiro num final de semana em que esteve em Nova York. Também participou do disco de Snath & The Poontangs, usando o pseudônimo de Prince Wunnerful.   

   No final de 1969 lançou seu primeiro álbum solo, Here Comes Shuggie Otis, pela Epic Records. Convidou  verdadeira tropa de choque de músicos, incluindo o pai Johnny Otis, Leon Haywood, Al McKibbon, Wilton Felders entre outros. A movimentação chamou a atenção de BB King, que apareceu na edição da revista Guitar Player de 1970, dizendo que que Shuggie era seu novo guitarrista favorito. A partir dai começou a trabalhar com feras do porte de Frank Zappa, inclusive tocando baixo elétrico na faixa "Peaches en Regalia", Etta James, Eddie Vinson, Richard Berry, Louis Jordan e  Bobby "Blue" Bland.  

   A  qualidade do disco abriu as portas para o segundo lançamento em 1971, que contou com o hit " Strawberry Letter 23". O álbum chamou a atenção dos The Brothers Johnnson, com o guitarrista George Johnson colocando o produtor Quincy Jones na área para regravá-lo. Neste segundo disco, Shuggie teve a presença do tecladista George Duke, Aynsley Dunbar, Frank Zappa, Journey, Whitesnake Fame.  

   No ano de 1974 lançou o disco Inspiration Information, que demorou três anos para ficar pronto. Todas as canções foram compostas e arranjadas por ele, que tocou quase todos os instrumentos, exceção de sopro e cordas.  Infelizmente só a faixa título estourou nas paradas da Billboard Top 200. Mas nem tudo terminou mal. O tecladista Billy Preston, considerado por muitos como o quinto Beatle 


 No entanto, apesar de seu impacto tão esperado, Informações Inspiração, mas teve um único (a faixa título) alcançar o Top 200 da Billboard. Após o lançamento do álbum, a Otis foi abordado por Billy Preston em nome de The Rolling Stones, pedindo-lhe para se juntar a banda para a sua próxima turnê mundial. Ele recusou a oferta, juntamente com a oportunidade de trabalhar com Quincy Jones em ajudar a produzir o próximo álbum Otis. Depois de uma série de recusas semelhantes, Otis ganhou a reputação de "tomar seu tempo", e seu contrato de gravação com a Epic Records foi anulado. Obras apenas creditados Otis em todo meados dos anos 1970 foram feitos como músico de sessão para projetos de seu pai de gravação.

O disco Inspiration and Information ganhou um status cult enorme durante a década de 1990, com o surgimento do Rare Groove  e Acid Jazz, Shuggie recebeu  elogios de  Prince e Lenny Kravitz. Em parte devido a este interesse, David Byrne, da gravadora independente Luaka Bop, colocou no mercado uma re-edição do disco Freddon Flight, de 1971, com nova capa e fotos inéditas, além de encarte.

    Acordo com a Sony Music vai render re- lançamento de de Inspiration e Information em CD duplo ainda no primeiro semestre de 2013, adicionado ao álbum virão várias faixas Bônus, incluindo o CD Wings of Love, com material inédito de canções escritas a partir de 1975, além de apresentações raras. .