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Luís Alberto Alves/Hourpress

sexta-feira, 29 de março de 2013

Funk Factory: várias décadas balançando festas


Músicas para agitar festas, não deixar ninguém parado, é a essência da banda
  Funk Factory surgiu na década de 1950 e até hoje manteve a essência de misturar Funk dos Estados Unidos, o legítimo, com a Soul Music. Liderada pelo polonês Michal Urbaniak, além de uma forte base de músicos de estúdio, inclui também os bateristas Steve Gadd e Gerald Brown, que seguraram o ritmo da banda  em diferentes estilos musicais nestes 63 anos.

  Nessa caminhada, às vezes, incluíram músicos europeus para levar ao público sons psicodélicos escorados em bons arranjos de piano. Isto é visível no hit "Car Thielf". Nessa canção eles mostraram, que apesar da idade, ainda têm muita lenha para queimar na perigosa e atraente estrada do show biz, onde muitas bandas não conseguem durar muito tempo, sendo tragadas pelas armadilhas lançadas pelo sucesso fácil. 




Big Joe Turner: um dos pais do Rock and Roll



Turner pegou o início do Rock and Roll no final da década de 1940
Sem Big Joe Turner a história do Rock and Roll teria sido diferente. Ele é considerado um dos pais desse estilo musical que sacode o mundo até hoje, junto claro com Fat Domino, Chuck Berry e Little Richard, outros responsáveis pela nitroglicerina que embala os jovens até agora.

  Nascido em 1911, Turner era excelente Bluesman. Quem o conheceu em Kansas City, onde nasceu, nunca irá esquecê-lo. O curioso é que Turner chegou ao auge do sucesso perto dos 40 anos (no final da década de  1950), quando o Rock começava engatinhar. 

Suas gravações pioneiras do Rock são "Shake, Rattle and Roll" entre outras. Dos de 1920 até 1980 ele colocou fogo no mundo do show biz. Conhecido como The Boss of the Blues, por causa da altura e peso, os primeiros passos na carreira musical ocorreu numa igreja Batista. Após perder o pai aos quatro anos de idade, passou a cantar nas esquinas para ganhar dinheiro. Saiu da escola aos 14 anos e foi trabalhar em bares noturnos de Kansa City, primeiro como cozinheiro, depois como garçom. No The Sunset conheceu o pianista Pete Johnson. 

  No Sunset, administrado por Piney Brown, Turner compôs "Piney Brown Blues" em sua homenagem e essa canção ele a interpretava sempre, até o final da carreira interrompida em 1985 por um ataque do coração, na Califórnia, aos 74 anos. O curioso é que apenas em 1983 ele foi induzido ao Blues Hall of Fame e em 1987 no Rock and Roll Hall Fame. 

  Para medir o tamanho do seu talento é interessante ouvir as canções "Roll Em Pete" (1938), que vendeu 1 milhão de cópias em 1954, "Honey Hush" (1953), também atingiu 1 milhão de discos vendidos, "Shake, Rattle and Roll (1954), regravada por Elvis Presley, Jerry Lee Lewis e Bill Haley, "Flip Flop and Fly" (1966), "Cherry Red"(1956), "Corrine, Corrina" (1956), que ficou 10 semanas nas paradas da Billboard, "Wee Baby Blues" (1956) e "Love Roller Coaster (1956". 




    quinta-feira, 28 de março de 2013

    The Three Pieces: o sangue novo do Hip-Hop e R&B

    Apesar do pouco tempo de estrada, a banda já faz muito barulho no show biz
      O grupo The Three Pieces nasceu em Chicago em 2002. Mesmo com esse pouco tempo de estrada no show biz já conseguiu deixar sua marca no Hip-Hop e R&B. Reese G, Lucky Charm e J. Bizzle são os responsáveis por colocar fogo nas pistas de dança dos Estados Unidos. O CD de estreia da banda, lançado em 2002, First Come First Served vendeu mais de 200 mil cópias. 

      A Faixa "Ohh Ahh" ficou 42 semanas no topo das paradas da Clear Channel de Chicago, quebrando o record de R. Kelly, com 36 semanas . Eles já dividiram o palco com pesos pesados como Jay-Z, R. Kelly, Mary J. Blidge, Brian McKnight, Ja Rule, Jahiem, Omaiorn, Marcus Houston, Nelly, LL Cool J, Dru Hill, Tyrese, Kanye West entre outros. Pelo visto terão vida longa nesta estrada sinuosa e traiçoeira do show biz. 









    Dorothy LaBostrie: de cozinheira à lendária compositora de "Tutti Frutti"




    Dorothy lapidou a nitroglicerina "Tutti Frutti", de Little Richard
      Quando fala de Rock na década de 1950 ninguém pode se esquecer da lendária compositora Dorothy LaBostrie, famosa por tornar publicável a letra "Tutti Frutti", composta por Little Richard, repleta de palavrões na versão original, sem qualquer chance de ser gravada.

     Nascida numa pequena cidade da Zona Rural do Kentucky, Estados Unidos, mas após um acidente sua família mudou-se para Mobile, no racista Alabama, onde negro não podia andar na mesma calçada com os brancos ou frequentar os mesmos bares em que eles estivessem.

    Aos 13 anos, em 1941, foi para Nova Orleans em busca de parentes do pai. Aproveitou para ouvir música nos night club. Desde o extinto Primário, atual Ensino Fundamental, gostava de escrever poemas e cantar. Sabia que chegaria a algum lugar no mundo da música. 

      Neste intervalo Little Richard, quando o  Rock ainda dava os primeiros passos na década de 1950, vai para uma sessão de gravações no Studio Cosimo. Ouviu no rádio que a gravadora procurava compositores. Deixou o serviço de cozinheira e partiu em busca do sucesso. Ao chegar à gravadora deparou-se com Little Richard ao piano. Ali escreveu o lendário "Tutti Frutti", que nas mãos de Richard era apenas o relato de quando passava numa loja para comprar drogas e ao ver o sabor tutti frutti, inspirou-se para fazer uma canção.  

      Também compôs "I, m Just A Lonely Guy" e "Blessed Mother. Tudo no mesmo dia. Depois fez o mesmo na Joe Ruffino´s Ric Records. Ali colocou nas mãos do cantor gospel Johnny Adams a canção "I Won't Cry", que na época não estourou, mas conheceu o doce sabor do sucesso em 1970. Cedeu composições para Irma Thomas na obscena letra  ("You Can Have My Husband But Please) Don't Mess With My Man". O hit ficou entre as 22 nas paradas de R&B de 1960. 

     Naquela década ela escreveu diversas canções, entre as quais " Wopbabalubop". Vivendo em Nova York, Dorothy recebe a cada três mes cerca de US$ 5 mil (quase R$ 9 mil) de direitos autorais relativos à "Tutti Frutti". Entrou para a história do Rock and Roll. 






    Johnny Adams: o canário da Soul Music

    Adams foi outro grande nome da Black Music, que bebeu nas ricas fontes do Gospel
        Johnny Adams tinha grande capacidade para cantar. Isto é visível no álbum de tributo aos compositores Doc Pomus e Percy Mayfield. Ele gostou sempre de interpretar baladas na linha da Soul Music, com muitos arranjos de cordas. Como ocorre com a maioria dos artistas da Black Music dos Estados Unidos, Adams começou cantando Gospel nas igrejas antes de mudar de rumo em 1959. 

    Era vizinho da lendária compositora Dorothy LaBostrie, responsável pela lapidação das letras obscenas de Little Richard, que tornou o hit "Tutti Frutti" mais light e vendável, o convenceu a cantar sua balada ""I Won't Cry". A faixa, produzida pelo adolescente Mac Rebennack, saiu pela Joe Ruffino´s Ric Records. Adams gostou e gravou também os hits "A Losing Battle" (primeiro lugar nas paradas de R&B de 1962) e "Life is a Struggle". 
      
      Depois da tempestade de sucessos, ele só voltou em 1968 com as canções " Release Me", que virou febre nacional norte-americana, o Country-Soul "Reconsider Me", onde dá show de como cantar em falsete. "I Can't Be All Bad" vendeu muitos discos, apesar de Adams não ser o big boss comercial. Por isso ficou pouco tempo da Atlantic Records. 

     Em 1984 Adams provou que ainda tinha bala na agulha. Ao lado do produtor Scott Billington lançou nove álbums na Rounder Records, antes do câncer matá-lo em setembro de 1998. 








    terça-feira, 26 de março de 2013

    Eric Dolphy: gigante do Free Jazz


    Dolphy foi um grande saxofonista de Jazz na década de 1960

     O Jazz foi um gênero musical com grandes artistas em todas as décadas. Um deles foi Eric Allan Dolphy, nascido em Los Angeles em 1928 e morto em Berlim em 1964, aos 36 anos. Tocava sax alto, flauta e clarone. Foi  o primeiro claronista como solista no Jazz, além de grande flautista. Era mestre na arte do improviso. Nas primeiras gravações tocava de vez em quando clarinete soprano tradicional em Si Bemol. Usava amplos saltos intervalares e abusava das 12 notas da escala. Era comum usar efeitos sugerindo sons de animais. 

      Embora muitos críticos classifiquem o trabalho de Dolphy como Free Jazz, porém suas canções e solos tinham lógica diferente da maior parte dos músicos de Free Jazz. Após sua morte passaram a classificar seus hits como muito "Out" para ser "In" ou demasiado "In" para ser "Out".

      No início da carreira na década de 1950 tocou em big-bands lideradas por Gerald Wilson e Roy Porter. Ao participar do quinteto de Frank Hamilton acabou conhecido por um público maior e passou a viajar por todos os Estados Unidos em 1958, quando mudou-se para Nova York. Ali construiu várias parcerias, as mais importantes com as lendas do Jazz: Charles Mingus e John Coltrane (1961/1962) e com Mingus  de 1959 a 1964. 

      Era muito querido pelos dois músicos. Inclusive Coltrane dizia que Dolphy poderia ser comparado a ele e Mingus o achava seu brilhante intérprete. Coltrane nessa época gozava de fama por participar do quinteto de Milles Davis. Nessa época tocou em gravações com Ornette Coleman (Free Jazz: A Collective Improvisation), Oliver Nelson (The Blues and the Abstract Truth) e George Russell ( Ezz-Thetic) entre outros.

     Sua carreira em estúdio começou na Prestige Records. Ficou na casa de 1960 a 1961, gravando 13 álbuns,  somadas atuações em discos de outros artistas. Os dois primeiros álbuns foram Outward Bound e Out There. Este último disco está próximo das canções third stream. Elas fariam parte da herança de Dolphy com respingos na instrumentação do grupo de Hamilton com Ron Carter no violoncelo. O álbum Far Cry foi  gravado na Prestige em 1960, na primeira parceria com o trompetista Booker Little. 

     Em julho de 1963 junto com o produtor Alan Douglas marcou uma sessão de gravação com diversos músicos notáveis da época. Do encontrou saíram os discos Iron Man e Conversations. No ano seguinte entrou na lendária Blue Note Records e lançou o álbum Out to Lunch, enraizado na vanguarda, com solos dissonantes e imprevisíveis, mantendo a marca registrada de Dolphy. Alguns críticos consideram esse disco como o melhor já gravado por ele e um dos maiores discos de Jazz já lançados. 

      No início de 1964 deixou de excursionar pela Europa com o sexteto de Charles Mingus, pois pretendia morar naquele continente com a noiva, dançarina de ballet em Paris. Tocou e gravou com várias bandas europeias e estava se preparando para unir-se a Albert Ayler numa gravação. Infelizmente na tarde de 18 de  junho de 1964 caiu numa das ruas de Berlim. Socorrido ao hospital, os enfermeiros desconheciam que Dolphy era diabético. Imaginaram, por ser jazzista, que tivesse sofrido overdose. O deixaram sem atendimento até passar o efeito das drogas. Teve coma diabético e morreu. 

      Da herança musical de Dolphy, muitos roqueiros se apossaram, como John McLaughlin e Jimi Hendrix. De sua banda tocaram feras como Herbie Hancock, Bobby Hutcherson e Woody Shaw, além do baterista Tony Williams. Esse pessoal formou a espinha dorsal do segundo quinteto de Milles Davis. 

    segunda-feira, 25 de março de 2013

    The Fatback Band: outro diamante do Funk da década de 1970



    Após longas férias na década de 1980, a Fatback continua em atividade, com shows em diversos países
       Outra grande banda de Funk ( o legítimo dos Estados Unidos) foi a The Fatback Band, que brilhou muito na década de 1970 e início dos anos de 1980 quando resolveram tirar férias. Faziam desde canções humorísticas até jingle para políticos. O grupo era composto pelo baterista Bill Curtis, o trompetista George Williams, o guitarrista Johnny King, o baixista Johnny Flippin, os saxofonistas Earl Shelton e Fred Demerey, o flautista George Adam, o tecladista Gerry Thomas.

      Com esse time eles colocaram vários hits nas paradas, como "Street Dance" (1973), "Wicki-Wacky" e " (Are You Ready) Do The Bus Stop". Gravavam a Funk Music que o público da época gostava, carregado de muito balanço. O grande sucesso da banda foi a canção " Spanish Hustle" (1976) ficando entre as 12 mais nas paradas de R&B dos Estados Unidos. 

    Para facilitar a comunicação, a partir de 1977 reduziram o nome da banda para Fatback e colocaram nas paradas seu primeito Top Ten R&B com a canção "I Like Girls" (1978), porém o maior sucesso da banda foi "King Tim III (Personality Jock), considerado por muitos críticos o primeiro RAP a fazer a cabeça dos jovens da década de 1970, bem antes de ganhar vida a armação chamada SugarHill Gang Band. 


      A chegada de 1980 trouxe outros hits como "Gotta Get My Hands on Some (Money)" e " Backstrokin". Até 1982 eles premiaram o público com canções como "Take It Any Way You Want I Can". Neste período a banda recebeu o apoio vocal das três  meninas do Wild Sugar, destacando Evelyn Thomas, principalmente na canção  "Love Spread" (1985). Após esse hit, a Fatback deu uma pausa para retornar às atividades anos mais tarde.

     Em 2012 fizeram vários shows na Europa, agora com novos integrantes  ao time: Cordell "Pete" Everett (vocal e baixo), Ed Jackson (saxofone), Thomas Livingston (percussão), Ledjerick Todd Woods (trompete), George Williams (trompete), Darryl McAllister (guitarrista), Lynel Muldrow (baterista). Com o CD lançado em 2012, Bill Curtis and friends and Fatback, já gravaram 38 állbuns.




    sábado, 23 de março de 2013

    The Sylvers: quando a família ajuda no sucesso

    The Sylvers foi uma banda familiar, com muito sucesso na década de 1970
           
        A banda The Sylvers nasceu, na década de 1970, em Memphis, terra da legendária Stax Records que durante muitos anos rivalizou com a Motown Records, do Norte dos Estados Unidos. Era conhecida inicialmente como The Little Angels (Os Anjinhos). O cabeça do grupo era Shirley Sylvers, mãe de Leon Frank III, Charmaine, Olympia-Ann e James. O ponta pé inicial foi em pequenos shows em Memphis e outras cidades da região do Tennessee, antes da mudança para o bairro do Harlem (bairro similar à Cracolândia na capital paulista), em Nova York.

       O repertório era composto de canções Pop e R&B. Depois emendaram turnês com Ray Charles e Johnny Mathis, servindo de banda de apoio. Ainda na década de 1970 saíram do Leste para o Oeste dos Estados Unidos, fixando residência em Watts, Los Angeles, quando trocaram o nome para The Sylvers. Nesta fase o grupo já havia incorporado os irmãos Edmund, Richmond, Ricky, Angie e Pat.

      Em 1972 eles eram conhecidos do público por aparecer em diversos programas de televisão dos Estados Unidos, como Spike Jones, Groucho Marx e Dinah Shore. Assinaram contrato com a Pride Records, subsidiária da MGM Records. Estouraram nas paradas com o hit " Fool´s Paradise", que ficou entre as 13 na Billboard de R&B. Depois emplacaram "Wish That I Could Talk To You´" repetiu a mesma dose.

      Mais tarde foram transferidos para a MGM e colocaram nos bailes e rádios a canção " Through The Love in My Heart". Não demorou para Larkin Arnold forçar uma mudança para a Capitol Records, visando colocar em campo o produtor Freddy Pearson, responsável por muitos hits do Jackson Five e Tavares.

      A estratégia deu certo. Pearson lançou o hit "Boogie Fever", que ocupou os primeiros lugares nas paradas de sucesso de todos os Estados Unidos. Em seguida vieram as canções "Cotton Candy", "Dance School". Em 1978 os Sylvers mudaram para a Casablanca Records onde colocaram seu último hit na boca do público, "´In One Love And Out The Other", que ficou entre as 50 mais da Billboard. A partir dai desapareceram do show-biz.

     

    sexta-feira, 22 de março de 2013

    Eldra Patrick: o cabeça da banda The DeBarge

    Eldra Patrick é o cabeça da família DeBarge

    Quem curtiu a banda formada pelos irmãos DeBarge no começo da década de 1980 vai se lembrar de Eldra Patrick, hoje com 51 anos. Cantor de R&B/Pop e Soul Music/RAP, é mais conhecido pelos hits "Who's Johnny" , "Love Always" e " Everywhere I Go", faixa do seu último CD lançado em 2013. Nesta canção, um RAP recheado de piano Rhodes, sintetizador e bateria eletrônica, Patrick canta de forma suave, num ritmo gostoso para se ouvir sentando à beira da praia ou mesmo passeando de mãos dadas com alguém que gostamos.

      Patrick já foi canditado três vezes ao Grammy. Também trabalhou com Tone Loc, Quincy Jones, Fourplay and DJ Quik. Nascido em Detroit, Michigan, é o sexto filho de dez irmãos. Quando criança cantava no grupo de louvor da igreja e tocava piano. Aos 13 anos sofreu a dor do divórcio dos pais. Cresceu imitando o irmão mais velho, Bobby.

      Em 1975, com 14 anos, decidiu correr atrás do sonho de ser artista. No ano seguinte foi pai (mais tarde teria 11 filhos). Em 1977 saiu da escola e começou a tocar com seus irmãos em clubes de Michigan. Dois anos depois Bernd Lichters os colocou na MCA Records. Gravaram um álbum como Banda Smash, composta por ele, os irmãos Mark, Randy, os primos Andre Abney, Elliot e Stanley Townsend Hood. Bunny, a irmã mais velha, uniu-se ao grupo depois.

      Porém o sucesso, Patrick teve pique para se apresentar sozinho diante do manda chuva da Motown Records, Berry Gordy. Ganharam um contrato e passaram ser conhecidos como The DeBarges. Gordy, macaco velho, lapidou a banda com canções comerciais e de arranjos e produção fáceis. Lançaram os álbuns This is My Dream e Reaching for Tomorrow. O primeiro trabalho de Patrick, em 1979, na Motown, foi como backing vocal nos hits " I Call Your Name", "Love Over and Over Again" e "My Friend in the Sky", essa última composta pela irmã Bunny e o irmão Bobby.


      Os primeiros três anos da década de 1980 renderam vários sucessos ao grupo, como "I Like It", "Love Me in a Special Way" , "Time Will Reveal". Patrick era o produtor e arranjador de todos os discos que a banda gravava na Motown. Mas a pressão  em tornar Patrick artista solo, longe dos irmãos, começou a provocar discussão entre eles. Era a mesma tática aplicada com Smokey Robinson e The Miracles, na década de 1960.

      Para colocar mais água quente ao molho, a Motown pediu para Patrick produzir sozinho o álbum Rhythm of the Night, sem qualquer ajuda dos seus irmãos. O disco vendeu bastante. A faixa título estourou em cinco países, incluindo Estados Unidos e Reino Unido. Em 1986 ele saiu da banda. Lançou três discos, todos um fracasso de vendas. Em 1990, a Motown o jogou na rua. Foi para a Warner Bros. Dois anos depois Maurice White, fundador da Earth, Wind and Fire, produziu seu disco, destacando o hit "You Know What I Like". A crítica percebeu que o álbum era muito parecido com estilo de cantar de Marvin Gaye.

      Patrick passou a colaborar em projetos de outros artistas, incluindo o irmão Chico e o DJ Quik entre outros. Entre 1994 e 2009 não lançou nenhum CD. Só em 2010, após 16 anos, gravou o álbum Second Chance. O CD teve como destaque os hits " Second Chance" e "Lay With You" (responsável por três indicações ao Grammy). Patrick continua sendo o único membro da família DeBarge a ter indicações ao Grammy.

      Os traumas familiares, como lembranças do seu pai que abusava de seus irmãos na infância, as brigas entre ele e a esposa, e por fim a morte do irmão Bobby por overdose de drogas, em 1995, deixaram  marcas profundas em Patrick. Comentam-se que ele nunca se recuperou totalmente da perda do irmão mais velho. Para superar já apresentou diversas canções de Bobby em seus shows. Em 2001 acabou preso por porte de cocaína. Cinco anos depois foi detido novamente.
      Em 2007 uma disputa doméstica o levou para a cadeia. No ano seguinte a polícia o surprendeu com grande quantidade de crack e outras drogas, quebrando os termos de sua liberdade condicional. A Justiça o condenou a dois anos de prisão na Califórnia. Em 2011 cancelou vários compromissos para se internar numa clínica para drogados. Só voltou ao trabalho em fevereiro de 2012. Até quando ninguém sabe.