Postagem em destaque

#BMW - Morre #QuincyJones, o gênio da produção de grandes discos

Luís Alberto Alves/Hourpress

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Soulive: resgate da Black Music das décadas de 1960 e 1970


A grande sacada da Soulive é trazer ao palco a aura musical das décadas de 1960 e 1970
   A banda Soulive é a perfeita tradução do Soul/Jazz, desde 1999 quando surgiram. Ganharam diversos fãs por causa da alta qualidade do som de suas canções. Uma de suas músicas teve arranjos do competente Fred Wesley. A grande jogada da Soulive é que eles nunca se repetem. A cada apresentação despejam na plateia alta carga de energia de talento. É legal ouvir o saxofonista Sam Kininger, o baterista Alan Evans e o tecladista Neal Evans e claro, o novo componente, o guitarrista Eric Krasno. Eles trazem de volta o bom gosto característico da década de 1960, com estilo parecido com Brother Jack McDuff eGroove Holmes.
  Por causa disso ganharam respeito de feras do porte de Chaka Khan, Kweli Talib, John Scofield, Truck Derek, Susan Tedeschi, Robert Randolph, Joshua Redman, Kenny Garret, Ivan Neville entre outros.  Para conferir é bom ouvir o CD Spark. Ele traz a aura do início da década de 1970, quando estouram lançamentos de Freddie Hubbard, Grover Washington e George Benson.
  Quando se ouve o CD produzido pela própria banda, sem dedo de intrusos, como ocorre em diversos álbuns, é gratificante nossos ouvidos se deliciarem com a colaboração de pioneiros do Hip-Hop, como Black Thought, The Roots e Talib Kweli, além da grande cantora de Soul, Amel Larrieux e Dave Matthews. Para seus ouvidos tirarem a dúvida ouçam “Doin ´Something” e “Turn It Out”.
  Percebe-se pelos arranjos que a Soulive está interessada em criar algo novo, não cair na rotina que muitos grupos mergulharam e não saíram mais.  É covardia compará-los a Jimmy Smith, outro grande gênio da Black Music. A Soulive faz a mistura de Funk (o legítimo dos Estados Unidos), R&B, Soul e Jazz, mas tudo com pintura moderna.  É interessante notar que as novas linhas de baixo no órgão de Neal Evans têm outra textura. A guitarra de Eric Krasno lembra George Benson da década de 1970, quando gravou inúmeras pérolas do Jazz/Rock.
  O curioso é que Krasno misturou neste bolo um pouco de Jimmi Hendrix, Green Grant e “Wah Wah” Watson.  Sam Kininger é outra peça importante no grupo. Lembra Maceo Parker e Benny Maupin, com pitadas de Eddie Harris. O baterista Alan Evans é o pêndulo da Soulive. Tem a capacidade de fazer a batida de Funk, recheada de molho de Jazz das Big Band do passado.


The Ideals: a banda que influenciou Tim Maia

Roger Bruno, o primeiro à esquerda, e Tim Maia (terceiro), durante gravação em Nova York, em 1963
Para quem desconhece a história da Black Music, é novidade ouvir um grupo chamado The Ideals, especialistas em R&B, Soul e Funk nascida em Chicago em 1952 por alunos de uma escola de Ensino Fundamental. Durante oito anos brigaram bastante, com diversas trocas de componentes. Quando conseguiram gravar um disco em 1961 era composta por Reggie Jackson, Leonard Mitchell, Robert Tharp e Robert Steward Sam.
  O ano de 1963 marcou a chegada de Eddie Williams. Nesta época também apareceu um rapaz brasileiro, meio gordinho, que estava há quatro anos nos Estados Unidos, aonde chegou apenas com US$ 12 no bolso e a cara e coragem para começar nova vida. Era Tim Maia. Ele os conheceu na periferia de Nova York, onde o conjunto The Ideals cantava em pequenos salões e botecos, como fazem grupos de pagode e bandas de rock no início de carreira.
  Nessa época estava com os rapazes Roger Bruno. Ele ouviu as dicas de Tim Maia para colocar o molho brasileiro nas canções. O síndico descobriu que estavam em Nova York diversos músicos brasileiros para o memorável show no Carnegie Hall, quando apresentariam ao mundo a Bossa Nova, mistura de Samba com Jazz.
   Usou a conversa fiada para levar o baterista Milton Banana e junto com o contra baixista de Jazz, Don Payne para gravar uma fita demo. Tim Maia tocou guitarra nas duas faixas: “New Love” e “Go Ahead and Cry”.  Vinte anos depois (1973), “New Love” seria regravada no  LP  (disco de vinil com 12 faixas)  Réu Confesso , de Tim Maia, fruto da parceria de Bruno na época de The Ideals.
  Após a deportação de Tim Maia em 1964, ao ser pego fumando maconha num carro roubado, a banda The Ideals seguiu seu caminho. Dois anos depois chegaram às paradas com o hit “Kissin”. Depois gravaram a balada “You Los and I Won”. Não demorou muito tempo e o grupo chegou ao fim. A grande colaboração dos The Ideals é ter apresentado a Tim Maia a pegada da Black Music dos Estados Unidos, a jogada de colocar instrumento de sopro nas músicas mais lentas ou agitadas (“Azul da cor do Mar”, “Você”, "Sossego", "Venha Dormir em Casa") é dessa época.
  O mesmo se aplica na batida bem compassada em canções Funk (o ritmo original dos Estados Unidos), como no hit “Eu Gostava Tanto de Você”, "Do Leme ao Pontal", " e a guitarra nervosa em “Descobridor dos Sete Mares”.  Tudo é herança do tempo em que Tim Maia conviveu com a rapaziada dos Ideals.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Skyy: outra banda que sacudiu as pistas de dança


Luís Alberto Alves-Hourpress

O final da década de 1970 teve o embalo da banda Skyy que jogava nas pistas R&B, Funk e Disco Music. De Nova York, muita gente lembra do hit “Call Me” (1981), “Star of a Romance” e “ Real Love”, ambos de 1989. Tudo começou em 1973 no bairro do Brooklin quando as irmãs Denise, Delores e Bonne Dunning conheceram o músico Salomão Roberts Jr. Não demorou para produtor e tecladista da banda Brass Construction, Randy Muller e arranjador da BT Express, colaborar com essa ideia.
   Três anos depois, o grupo se estabeleceu com as meninas no vocal, Roberts, também no vocal, Aníbal “Booche” Sierra (teclados), Larry Greenberg (teclados), Gerald Lebon (baixo) e Tommy McConnell (bateria).  Até o final da década de 1970 eles tinham contrato com a Salsoul Records (ela saiu do mercado em 1985).
  Nessa época fizeram sucesso com “Heres to You” e “ Skyzoo”, “First Time Around”, “High”. O êxito nas pistas de dança resultou no álbum Skyyline, destacando as canções “Let´s Celebrate” e “When You Touch Me” e a superadrenalina “Call Me”, rendendo, em 1981, à banda o top 40 hit nas paradas dos Estados Unidos, alcançando a posição 26.
   Para não perder a força da onda, a banda permaneceu na Salsoul, lançando em 1984 o álbum Inner City, cujo  único destaque foi a canção “Dancin´To Be Dancin´”. Novamente emplacaram vários hits nas paradas de R&B. Antes no começo dos anos de 1980 assinaram com a Capitol Records, lançando o disco From The Left Side. Apesar do sucesso da canção “Givin ´It”, eles não gostaram daquela casa. Fizeram turnês na Europa, Japão e África, além de percorrer diversas cidades dos Estados Unidos.
   Em 1989 entraram na Atlantic Records e gravaram um disco bem-sucedido: Start of a Romance. É desse álbum o hit “Real Love”. Ele estourou na Billboard Hot 100 no início da década de 1990. A segunda canção “Love All The Way” também quebrou o top R&B 50.  Depois colocaram no mercado, em 1992, o disco Nearer to You, com os hits “Up and Over” e “Nearer to You” chamando a atenção do público. Desde então, por opção própria, não gravaram nenhum CD inédito.
    Nos anos 2000, as vocalistas Denise, Dolores e Bonne Dunning continuaram a fazer show com a banda, apresentando a mesma linha de baixo nas canções com levadas de Funk Music e riffs de guitarras característico do grupo na década de 1970. Usam nos shows remixes atualizados das gravações originais. Quem curtiu o som da Skyy, é boa oportunidade de rever e sentir o balanço da banda que sacudiu muitos bailes no auge da Disco Music. Mesmo após 32 anos, o hit “Call Me” (1981) continua sendo a marca registrada do grupo nas apresentações ao vivo.

“Call Me”
“Star of a Romance”
“ Real Love”, 
“Let´s Celebrate"
“When You Touch Me”, a balada que engatou muito casamento















quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Sarah´s Girl: a prova de que Cleveland revela grandes estrelas da música

Sarah´s Girl aperfeiçoou seus dotes musicais ao longo da infância, a transformando numa grande cantora


  Para família Sarah é conhecida como Stacey Richardson Crawford. Mas para o público que gosta de Black Music, inclusive de R&B, o codinome Sarah´s Girl é o cartão de visita para o show-biz dos Estados Unidos. Aos três anos de idade  começou a cantar no grupo de Louvor da Igreja Batista St. Timothy, de Cleveland, no Estado de Ohio, onde seu avô e pastor, Reverendo John T. Weeden regia o coral. Acompanhada de sua mãe, ela nunca se afastou do grupo.

  Ao longo da infância aperfeiçoou seus dotes musicais, cantando em vários grupos e coros, incluindo a sua família, que na adolescência gravou o famoso álbum de Gospel Victory Shall Be Mine, com letras do marido David W. Crawford. Logo de início é possível comparar a voz de Sarah´s Girl com a de Gladys Knight, mas trazendo renovo à Black Music atual.

  Sem esforço, apenas baseada no talento, já conquistou grande público pelos Estados Unidos, inclusive cantando no Hall do Museu da Fama do Rock, além de várias casas de espetáculos de Blues, casinos, incluindo o famoso MGM Grand, Madison Square Garden e todos os grandes teatros dos Estados Unidos.
  Ao longo dos anos, Sarah´s Girl já viajou por todo o país e o mundo já experimentou a doçura de ouvir sua bela voz. Isto ocorreu em Londres, Amsterdã, Seoul, Martinica, Bermudas, Aruba, Bahamas e Jamaica.

  Também dividiu o palco com Stevie Wonder, Brian McKnight, BabyFace, Mariah Carey, Alicia Keys, India.Arie, Jill Scott, Kenny G, Bob Dylan, Cassandra Wilson e John Legend. Não ficaram de for as estrelas do Gospel, como Kirk Franklin, Michelle Williams entre outros. Participou de turnês com Luther Vandross, O´Jays, Carlos Santana e Anita Baker. Uma de suas grandes apresentações ocorreu com a Orquestra de Letterman. Durante o show cantou ao lado de Little Anthony e The Imperials, Bobby Womack e Ronnie Woods, dos Rolling Stones.

  O resultado disso é que Sarah´s Girl tornou-se um rosto bem conhecido no show-biz norte-americano. Mas isto não fez ficar orgulhosa, como ocorre com diversos artistas. Ainda não perdeu o gosto de participar de eventos beneficentes, além de investir dinheiro na promoção de educação de qualidade em Cleveland.


Boz Scaggs: de lenda do Rock a fabricante de vinho

Scaggs ficou vários anos sem gravar na década de 1980

  Boz Scaggs canta, compõe e toca guitarra. Ganhou fama na década de 1960 como guitarrista e vocalista na Steve Miller Band e dez anos depois como artista solo. Nascido em Ohio, em 1944, filho de vendedor ambulante, logo sua família mudou-se para Oklahoma. Depois passou a frequentar uma escola particular em Dallas. Ali ganhou o apelido de Bosley, depois reduzido para Boz.
  Aos 12 anos (1956) aprendeu a tocar violão, quando conheceu Steve Miller. Com 15 anos tornou-se vocalista de sua banda, The Marksmen. Na época de estudante na Universidade de Wisconsin, passaram a tocar em diversas bandas de Blues, como The Ardells entre outras. Ao sair da escola, Scaggs foi cantar em outros grupos e viajou para a Suécia como artista-solo.  Em 1965 gravou seu primeiro álbum solo, Boz. Um fracasso comercial.
  De volta aos Estados Unidos, centrou fogo na música psicodélica, que invadiu San Francisco em 1967. Uniu-se novamente a Steve Miller e gravou dois discos com a Steve Miller Band´s (Children on the Future e Sailor). Após ser visto por um jornalista da revista Rolling Stone, Boz assinou contrato com a Atlantic Records em 1968, lançando o álbum Boz Scaggs no ano seguinte. O disco não vendeu muito. Nove anos depois chegou ao mercado outra versão do mesmo álbum, mas remixado, retirando os backing vocal e teclados, além de ter a  participação do guitarrista Duane Allman.
  Em 1976, na companhia de outros músicos, criou a banda Toto e gravou o disco Silk Degrees. Ele chegou aos primeiros lugares da Billboard e fez grande sucesso em diversos países, destacando os hits “Lowdown”, “Lido Shuffle” e What Can I Say”, bem como a faixa de trabalho: “We´re All Alone”, depois regravada por Rita Coolidge e Frankie Valli. “Lowdow” vendeu mais de 1 milhão de cópias nos Estados Unidos. O disco seguinte não repetiu o mesmo sucesso comercial.
  O álbum Middle Man (1980) colocou duas faixas nas paradas de sucesso: “ Breakdow Dead Ahead” e “Jojo”.  Ainda emplacou as canções “Look What You´ve Done to Me” e “Miss Sun”. Inexplicavelmente só voltou a gravar em 1988, quando gravou a canção “Heart of Mine”. Nas décadas de 1980 e 1990 passou a lançar disco esporadicamente e quase tornou-se um semi-aposentado do show-biz, inclusive abrindo uma boate em San Francisco e continuou sendo sócio a partir de 2008.
  Em 2001 soltou o CD Dig. Dois anos depois veio com But Beautiful , coletânea de Jazz. Em 2008 gravou Speak Low.  Ao longo do tempo criou uma fiel legião de fãs, sendo muito popular, inclusive no Japão, onde gravou um DVD e CD fruto de uma apresentação ao vivo em 2004. No Verão de 2010 fez turnê ao lado de Donald Fagen e Michael McDonald. Do repertório constam clássicos do Rock, Soul e R&B. Como hobby ou necessidade virou plantador de uva na Califórnia e produz seu próprio vinho. Um de seus filhos é jornalista na revista Rolling Stone. O outro morreu de overdose de heroína no final da década de 1990.

Gloria Scott: o tempo não a deixou sozinha

Apoiada por Barry White, depois ficou sem apoio na Casablanca Records, onde pensava estourar na carreira


   Perseverança define a carreira de Gloria Scott. Após mais de 39 anos de carreira, quando lançou seu primeiro álbum, ela continua com o mesmo vigor da época de juventude. O público continua sendo generoso com ela. Nascida no Texas, mudou-se para a costa Oeste logo no início da adolescência. A tia cantava num grupo com Sly Stone (então Sylvester Stewart), junto com sua irmã Rose e a prima LaTanya.
  Scott conheceu Stone, três anos mais velho que ela, durante um dos ensaios do grupo, e isto ocorreu novamente mais tarde num baile do colégio. Após ouvi-la cantar “Gee Whiz”, gravada por Carla Thomas, Stone formou uma banda com Scott batizada de Gloria Scott and The Tonettes.
  O conjunto chegou ao fim após gravar poucos discos, mas ela prosseguiu se apresentando em casas de shows ao redor da Baía de San Francisco. Nesta trajetória  conheceu Charles Sullivan, dono da Fillmore Auditorium. Ali, Gloria abriu um show para Ike & Tina Turner. Um ano depois ela decidiu continuar em sua carreira-solo. Não demorou para Barry White procurá-la por causa de recomendação do seu parceiro de composições, Sonny Chaney. A levou para ser vocalista na banda Love Unlimited e depois conseguiu um contrato para ela na Casablanca Records. Em 1974, Gloria lançou o disco What Am I Gonna. O segundo álbum gravado pela Casablanca.
  A falta de estrutura da empresa prejudicou o trabalho de Gloria, ainda sem muita identidade no mercado de show-biz. Após Barry White estourar nas paradas, faltou tempo para acompanhar a carreira de sua pupila. Ela não conseguiu gravar um segundo disco ali. O contrato de sete anos de Gloria com Barry White estipulava  vários discos. No sexto ano pediu para sair. Acabou abandonada, mas os fãs de Soul Music a acolheram.
  Cópias do álbum What Am I Gonna passaram a valer US$ 300  ao longo dos anos e ela ganhou grande fama na Europa. Em 15 anos, o disco acabou relançado três vezes e Gloria ainda regravou algumas canções mais populares com a Baltic Soul Orchestra. Este gesto do público provocou inveja em diversos artistas da velha guarda. 

Jimmy Ruffin: cantor que pegou nascimento da Motown Records

O irmão de Ruffin era vocalista do grupo Temptations

   Conhecido no show-biz como o irmão mais velho do ex-líder dos Temptations, David Ruffin, Jimmy teve um período de sucesso com três hits produzidos pela Motown Records no final da década de 1960.  Nascido em Collinsville, Mississippi, aos 21 anos mudou-se para Detroit no início dos anos de 1960. Pegou o nascimento da Motown e fez uma série de gravações de péssima qualidade. Cinco anos mais tarde conseguiu experimentar o gosto doce do sucesso com o hit “What Happens With a Broken Heart”, tornando-se uma das canções mais solicitadas do catálogo da Motown.
   Na infância, Jimmy e David cantava num coral Gospel da igreja onde o pai de ambos era ministro. A música “What Happen With a Broken Heart” foi escrita, em 1966, para a banda The Spinners, mas ele entrou no circuito dizendo que na sua voz a canção iria estourar. Oito anos depois o hit continuou na cabeça do público britânico, solidificando o nome de Ruffin na Europa.
  Na década de 1960, ele continuou firme ao explodir com “East Side West Side”, lançado apenas na Austrália, por causa de uma discussão com o presidente e fundador da Motown, Berry Gordy. Porém, os hits “I´ve Been Here Before” e “I´ll Give You All The Love I Have” chegou às paradas norte-americanas no final de 1966 e início de 1967. O curioso é que os dois singles foram gravados pelos Temptations, na voz de seu irmão David.
   Os anos de 1970 marcaram as carreiras individuais de Jimmy e David, que já se encontrava afastado dos Temptations. Lançaram o disco Am My Brother´s Kepper. Álbum modesto, mas bem-sucedido, incluindo o cover de Bem E.King, “Stand By Me” e “Your Love Worth Waiting For”. Foi o último sucesso de Jimmy na Motown. Depois tentou a sorte na Polydor antes de voltar ao top em 1980, com o hit “Hold On To My Love”, arrancando elogios do compositor e produtor Robin Gibb, dos Bee Gees.
  Até o final da década de 1980 e começo da de 1990, Jimmy morou na Grã-Bretanha, onde inclusive apresentou um programa de rádio de prevenção contra as drogas. A causa era nobre, pois seu irmão acabou vítima de overdose. Antes precisou se livrar da enrascada de uma fã morrer estrangulada e na sua bolsa a polícia britânica encontrar uma tolha jogada por Jimmy aos fãs num show em Manchester. Morando em Las Vegas, Jimmy tem composto várias canções e pretende lançar um CD em maio de 2013, quando faz 74 anos.

Carmen Rodgers: outra joia do Mississippi

Carmen nasceu na fértil região musical do Mississippi, famoso berço de bluesman

   Nos últimos anos, Carmen Rodgers deixou sua marca na indústria musical dos Estados Unidos, como uma grande cantora da Soul Music independente. Consegue caminhar bem cantando ou compondo. Nascida na fértil região do Mississippi, famoso berço de bluesman, na adolescência mudou-se para Dallas, Texas, onde começou a cantar em corais da cidade. A intenção inicial era estudar engenharia e música na Kansas State University. Mas optou pela música. Logo entrou como backing vocal da cantora de Soul N´Dambi, além de compor para outros artistas, como Geno Young.
  Para juntar a fome com a vontade de comer tornou-se apresentadora de programa numa rádio popular de Dallas, o Sankofa Kafe. Ali desenvolveu seu próprio estilo como artista que se apresenta ao vivo. Sua carreira começou logo com inclusões de faixas individuais em compilações, a maioria dos registros conhecida como Hidden Beach, Hidden Hits.
   Em 2004, de forma independente, Carmen lançou o primeiro CD, Free, um álbum maduro musicalmente forte que estourou nas paradas e teve o respaldo de uma boa distribuição. No ano seguinte, gravou outra faixa na trilha sonora popular para o documentário de basquete 25 Strong. Em 2009 veio o segundo CD, com várias faixas trazendo como temática relações amorosas. O disco Intermission teve sua primeira canção lançada digitalmente na Primavera de 2010. Os fãs tiveram certeza que Carmen não era fogo de palha. Algo comum no atual mercado musical.