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#BMW - Morre #QuincyJones, o gênio da produção de grandes discos

Luís Alberto Alves/Hourpress

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Emily King: bonita e talentosa

Emily King, nascida dem 1985, é cantora e compositora e indicada ao Grammy. Começou a carreira em 2004 e três anos depois lançou o primeiro CD, East Side Story. Em dezembro de 2007, o álbum acabou indicado ao Grammy deMelhor Álbum de R&B Contemporâneo.

Cresceu num pequeno apartamento de Lower East Side. Seus pais, Marion e Kim era uma dupla que cantava e viajava muito para apresentações. Aos 16 anos, Emily deixou o Ensino Médio e investiu na carreira artística, passando a fazer shows em restaurantes e cidades próximas a Nova York.

Em 2004 chamou a atenção do produtor Chucky Thompson que a apresentou ao magnata da música, Clive Davis e um contrato com a J Records/Sony Music. Após ganhar a indicação ao Grammy, ela saiu em turnê com John Legend e Floetry, abrindo shows para artistas como Nas, Alicia Keys, Chakha Khan e Erykah Badu. Após sair da J Records em 2008, investiu em gravações independentes.

Tanto que em julho de 2011 gravou em sua casa o CD Seven. No mês de outubro aceitou convite do Maroon 5 para abrir shows em sua turnê pela Europa. Em 2012 ela recebeu o Prêmio Holly (um tributo ao legado de Buddy Holly) como reconhecimento pelo trabalho de compositora. Desmentindo o ditado popular no meio artístico, Emily é bonita e talentosa.


 

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Eddie Kendricks: a voz de falsete dos Temptations


Quem gosta ou já ouviu as canções do grupo The Temptations (a balada "My Girl" é uma delas) vai se lembrar do vocalista Eddie Kendricks. Cantor e compositor, ele era conhecido pelo estilo de cantar em falsete e fazia a diferença nos Temptations na fase aurea. Co-fundador da Motown Records no início da década de 1960, ele ficou na banda até 1971. A célebre "Just My Imagination" não teria o mesmo brilho sem o seu falsete, entre os numerosos sucessos do grupo naquela época. Outro destaque é o single "Keep On Trukin". Até morrer aos 53 anos, em 1992, Kendricks queimou muita lenha nas paradas de sucesso de todo o mundo.

Nascido em Union Springs, Alabama, região extremamente racista dos Estados Unidos e berço de radicais como a Klu Klux Klan que defende o extermínio de negros, judeus e todo tipo de raça, começou a cantar ainda criança. Aos 10 anos soltava sua linda voz no coral da igreja ao lado de seu melhor amigo, Paul Williams. Com 16 anos formou o grupo The Cavaliers, junto com Williams e os amigos Kell Osborne e Jerome Averette e passaram a cantar na cidade de Birmingham.

Em 1957 mudaram para Cleveland, Estado de Ohio, há 900 km de Nova York. Ali encontrarm o produtor Milton Jenkins que os levou para Detroit, Michigan, onde conjunto recebeu o nome The Primes. Quatro anos depois foram para Osbourne, na Califórnia e a banda chegou ao fim. Porém, Kendricks e Paul Williams uniram-se a Otis Williams e Melvin "Blue" Franklin. Nascia a banda Elgins, que mudou para The Temptations e assinaram contrato com a Motown Records, fundada por Berry Gordy Jr.

Na década de 1960, The Temptations fizeram muito sucesso, embora Kendricks fosse primeiro tenor na harmonia do grupo, acostumou-se a cantar em falsete.Tem sua linda voz os hits "Dream Come True" (1962), "Get Ready" (1966), "Just My Imagination" (1971), "Cloud Nine'" (1968), "You're My Everything "(1967), "I Can Not Come Near You" (1969), "Ball of Confusion" (1970) entre outros. Ele era o autor dos arranjos vocais e atuou como gerente de guarda-roupa, incluindo os famosos ternos púrpura que a banda vestia.

Segundo as más línguas, Kendricks teria sido amante de Mary Wilson, uma das vocalistas do conjunto The Supremes, da qual fazia parte Diana Ross na década de 1960. Após 1971 ele entrou em choque com Norman Whitfield que adotou estilo psicodélico para a banda cantar em oposição às baladas que eles fizeram muito sucesso. Depois passou a discutir com os colegas Otis Williams e Melvin Franklin, pois não suportava ver seu amigo Paul Williams ir doente se apresentar.

Após sair da banda estourou nas paradas com a balada "Just My Imagination (Running Away With Me) em abril de 1971. Antes brigou com Williams e Franklin durante uma festa numa boate. Assinou contrato com a Tamla Motown e lançou o primeiro álbum All By Myself. Não demorou para enfrentar problemas. A carreira entrou em marcha lenta, enquanto os Temptations, sob comando de Norman Whitfield explodiam nas paradas de sucesso. Inclusive foi obrigado engolir o hit "Superstar (Remember how you got where you are)," escrito em sua homenagem.
Em 1972, com ajuda de alguns amigos, Frank Hooker, gravou o álbum Hold On. Era o início da Disco Music, que estouraria pouco tempo depois em Nova York. A canção "Girl You Need a Change of Mind, " foi o seu cartão de visitas. O ano de 1973 marcaria com "Keep on Truckin", co-produção de Frank Wilson. Vendeu 1 milhão de cópias e ganhou um Disco de Ouro. Depois vieram "Boogie Down" (1974) e outro milhão de discos vendidos, "Son of Sagitarius" (1974), "Shoeshine" (1975), He´s a Friend" (1976) e "Close Friends" (1977).
Como estava ganhando muito dinheiro, Kendricks se irritava com a falta de controle financeiro na Motown e foi para Arista Records e pulou depois para Atlantic Records. A popularidade caiu e para complicar começou a perder sua voz. A máquina de fofocas do show bizz dizia que era por causa das drogas. Em 1982 ele juntou-se a David Ruffin e uniram-se ao Temptations para breve turnê. Retirou a letra S do nome e  assim conseguiu gravar um álbum para a RCA em 1988. Três anos antes participaram da gravação de um álbum ao vivo num evento beneficente em Nova York no Teatro Apollo.
Em 1991 Kendricks descobriu um câncer de pulmão e o amigo David Ruffin morreu de overdose de drogas. No final daquele ano, ele passou a viver em Birmingham, no Alabama. Operou um dos pulmões para evitar a propagação da doença. Teve forças para última turnê durante o Verão de 1992, quando adoeceu novamente e morreu. O Temptations perdia para sempre a marca registrada de sua voz de falsete. 





Kentrell: filhos das duras ruas de Chicago

Kentrell (Marcus Kentrell Brown) nasceu no Mississippi e cresceu em Chicago. Filho de uma cantora Gospel, aos 6 anos já era líder do grupo de louvor de sua igreja.

Na adolescência passou a perseguir o sonho de tornar-se um cantor. Pelas ruas de Chicago enfrentou dificuldades, principalmente após o divórcio dos pais, quando tinha 13 anos.

Aos 17 anos passou a compor. Trabalhou duro, pois não encontrava alguém que lhe desse valor. Especializou-se em temas atemporais. Ele define suas músicas como Soul Pop, por causa do Mississippi e a arrogância das ruas de Chicago.

Espelhou-se nos passos de Marvin Gaye, Prince e Michael Jackson.
O hit "Encore" é descrito como uma melodia sexy. Produzido por Malay e KP e composto por ele, HO James e Kawan Prather, "Encore" foi seu primeiro single após assinar coma Jive Records. Pretende manter essa pegada daqui para frente. Resta saber as condições de suas pernas na dura estrada do show bizz.

 
 

Keb ´Mo: o Blues ainda está vivo

Quando se fala em Blues nunca se deve esquecer de Keb ´Mo, ligação viva a esse magnifico som de quem navegou pelo Mississippi e todo os Estados Unidos.  Afinal foi daquela região que brotaram os primeiros acordes dessa música que é a mãe de todas que surgiram no século passado.

Com o nome de batismo Kevin Moore, nasceu ao sul de Los Angeles, mas adotou o nome artístico mais conhecido quando era um jovem e inspirado jogador.

Como bom bluesman, bebeu na fonte de Muddy Waters e logo tornou-se Keb `Mo. Em 1994 lançou seu primeiro álbum, batizado com esse codinome e ficou famoso.
Ele consegue tocar um Blues puramente pós-moderno, visto que seu som característico abraça diversos gêneros, incluindo Folk, Rock e Jazz, onde navega facilmente.  Procuram manter em seu repertório a alquimia característica de Rober Johnson, um dos papas do Blues. Mesclando esses estilos procuram passar experiência humana e o peso emocional de suas canções.

 

Kalani: a beleza do Gospel de Oakland

Desde pequena, Kalani teve o desejo de cantar, muitas vezes imitando os gostos de artistas como Phyllis Hyman, Angela Bofill, Marie Teena, Donnie Hathaway, Stevie Wonder entre outros.

Filha de Oakland, pretendia cantar R&B, porém ao tornar-se cristã, começou a fazer parte do grupo de louvor de sua igreja. Ali percebeu que sua voz seria instrumento de benção.


Por meio de canções ministra a palavra de Deus, num Soulfull poderoso e convincente. Seu CD, From My Heart to Yours toca em diversas rádios dos Estados Unidos. Nele teve como produtor Jamie Hawkins (filho de Walter e Tramaine Hawkins).

Kalani fez a bela mistura de R&B, Neo-Soul, Jazz e Hip-Hop, mesclando letras de Gospel e vocais melódicos, em canções escritas por ela. A proposta é alcançar massas por meio do louvor, levando as palavras de amor pregadas pelo Senhor.

Junior: de cantor de sucesso a DJ

A década de 1980 foi excelente para Junior Giscombe para criar diversas músicas misturando Reggae e Soul clássico. Foram várias canções memoráveis. Escreveu para si e outros cantores. Nascido e criado em Londres, filho de imigrantes jamaicanos, Junior já tocava em bandas quando era adolescente e usou esta experiência na carreira-solo.


 Em 1982 assinou contrato com a Phonogram e lançou o primeiro disco. Estourou nas paradas britânicas e logo chegou aos Estados Unidos. O primeiro hit dançante foi "Mama", mostrando elementos do Soul tradicional, porém seus arranjos vocais faziam a diferença. 

Depois de "Mama" emplacou "Too Late", que também estourou nas paradas de sucesso lhe rendendo o Prêmio Top Newcomer da Billboard. Em 1983, num álbum menos bem sucedido, chegou às paradas com o hit "Communication Breakdown" e a linda balada "Baby I Want You Back". No terceiro disco teve a companhia do lendário produtor Arif Mardin. Ele ajudou a produzir a alegre "Oh Louise", mas não conseguiu estourar. Naquele mesmo ano gravou a canção "Do You Want My Love" para a trilha sonora de Beverly Hills Cop.

Em 1987, Junior lançou outra canção, "Another Step" num dueto com Kim Wilde, outro grande sucesso no Reino Unido, porém um fracasso nos Estados Unidos.O lançamento gerou uma turnê pela Grã-Bretanha ao lado de Wilde, abrindo shows para Michael Jackson. No ano seguinte gravou o álbum Sophistication Street, último disco pela Polygram. Estourou com o hit "Yes (If You Want Me)".

Depois foi para a MCA Records para lançar o último álbum, Stand Strong, muito aclamado pela crítica, mas sem vender muito. Prosseguiu compondo para outros artistas, incluindo Maxi Priest e outros grupos. Tornou-se DJ de Soul Music na rádio Internet Rede Solar ( www.solarradio.com/), onde está até hoje. Em 2006 lançou de forma independente o CD Album Oceans, com vários de seus maiores sucessos.



segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Jakiem Joyner: a estrela em ascensão da Black Music

Jakiem Joyner é outro excelente saxofonista da Black Music. Sua paixão por filmes tem influenciado demais suas canções, principalmente no lançamento do terceiro CD. Já é uma estrela do Smooth Jazz.

 É capaz de contar uma história, sem palavras, apenas com o sopro do instrumento. Em seu CD mostra a versatilidade de tocar diversos instrumentos, além de compor, produzir, gravar e mixar.

O trabalho revela a sofisticação de suas obras, sempre permanecendo fiel às raízes da Black Music. A forma ritmica explora as batidas complexas e de ritmo frenético. Relembra que aos 12 anos já tentava tocar bateria usando os talheres da mãe, usando a parede como couro. Ali aprendeu noções de ritmos.

Agradece o apoio da gravadora, pois teve a liberdade de criar, algo meio raro no meio, onde executivos se intrometem para sugerir besteiras. Pensam apenas nos cifrões, deixando a beleza das canções em segundo plano. O ano de 2008 foi quente para ele, principalmente por causa do single "Soul Lil´Man". Ficou nas paradas por 12 semanas seguidas. Em 2010 foi a vez de "Take Me There" repetir a proeza. Babysoul, seu primeiro CD ficou várias semanas na Billboard, com o single "Stay With Me Tonight", dueto com guitarrista de Jazz Peter White.

Para ganhar mais molejo tornou-se músico da banda de Keiko Matsui numa turnê ao redor do mundo, inclusive tocando na Ucrânia. Na volta repetiu a dose na banda da Força Aérea dos Estados Unidos. Como ocorre com diversos talentos da Black Music, aprendeu tocar bateria e depois saxofone no grupo de lovuro da igreja de Norfolk, onde nasceu. No departamento de música lapidou o talento, inclusive numa viagem missionária, em 2002, pela África. Sem qualquer dúvida, Joyner é uma estrela em ascensão. Ainda bem.


Margie Joseph:outra grande dama do Gospel

Quem gosta de ouvir alguém talentoso cantando, deve abrir os ouvidos para  Margie Joseph. É reconhecida como uma das maiores intérpretes de Soul Music. Deu azar de gravar em selos inexpressivos, prejudicando parte de sua rica carreira.

 Nascida no Mississippi em 1950, Joseph mudou-se para New Orleans em 1968, para participar de Dillard University. Lá ela conheceu o DJ Larry McKinley, que se apaixonou por sua voz poderosa, mas doce e a ajudou a conseguir um show tocando com jazzster Adderley Cannonball. Isso levou a desempenhos em Muscle Shoals, Alabama e um contrato de gravação com a já- extinta Okeh subsidiária da Columbia Records.

Porém suas gravações foram prejudicadas. Apenas quando foi para Volt Records, em 1969, que a situação mudou, atingindo o sucesso com o hit "Your Loving Sweet". Depois estourou com a canção "Stop in  The Name of Love", das Supremes, grupo liderado por Diana Ross naquela época.
Não demorou para ir cantar na Atlantic Records e uniu-se ao lendário produtor Arif Mardin, que a ajudou lançar discos de moderados sucessos, principalmente regravando o hit "My Love", de Paul McCartney e sua esposa Linda. Nessa época tornou-se estilista de belas composições.

Em 1975, ela atingiu o pico da popularidade com a banda Blue Magic. Não demorou para Lamont Dozier produzir outras pérolas para sua bela voz. Em seguida vieram profissionais como Johnny Bristol, Dexter Wansel e Michael WaldenNarada. Nas décadas seguintes, Joseph não conseguiu se manter no alto da onda do sucesso e parou de gravar após 1988, quando estava na Ichiban Records.
Frustrada, saiu do mercado e foi trabalhar com hotelaria e educação de serviços comunitários durante longos 15 anos. Ao aprofundar sua fé em Cristo, retornou em 2005 para lançar o primeiro CD Gospel, em fevereiro de 2006. Nossos ouvidos agradecem o seu retorno.
 .

Rene Jones: beleza traduzida em bonitas canções



Ainda criança Renes Jones começou a se interessar por música. Filha de pianista do grupo de louvor da Igreja facilitou a tarefa. Logo tornou-se membro do coral onde sua mãe cantava. Depois pegou o seu caminho. Nascida e criada na Géorgia, região bem racista, a música foi refúgio.

Diferente de outras crianças, sempre esteve à frente do seu tempo. Foi muito influenciada pelas canções antigas nas vozes de O´Jays, Donnie Hathaway, John Mayer, George Duke e antre os novos estão Angie Stone, Anita Baker, Jill Scott e Toni Braxton.

Depois passou a compor. Ela mesma produziu o CD Chill Factor, de forma independente. Lançado em janeiro de 2007, o álbum é repleto de canções amorosas, com letras falando de amor de amantes, amor de si, amor de bons sentimentos e amor de inspiração. Rene consegue escrever hits que contam histórias completas ou transmite emoção do início ao fim.

Para ajudar teve o privilégio de trabalhar com bons produtores e vocalistas excelentes. Desta forma conseguiu cimentar uma boa carreira, longe dos modismos que enterraram tantos artistas brilhantes.


domingo, 23 de setembro de 2012

Tamika Jones: da pobreza ao sucesso


Nascida e criada em Washington DC, a cantora e compositora Tamika Jones conquistou o próprio espaço. Cresceu na pobreza e encontrou na música a válvula de escape para driblar a miséria e as armadilhas das drogas e violência ao seu redor. Aos 11 anos ela foi descoberta quando um colega de classe a ouviu cantando uma canção, de forma magistral.


Na demorou para toda a escola desfrutar do seu talento e logo passou a se apresentar em diversos lugares. Logo começou a cantar em grupos de louvor de várias igrejas, até ter o seu próprio grupo. Não demorou para chamar a atenção do produtor Chuky Thompson, indicado ao Grammy, também nativo de Washington DC.

A parceria entre ambos rendeu vários anos de trabalho, envolvendo composição, gravação e produção. Ela logo passou a desfrutar de companhias de artista do naipe de Faith Evans, Nick Cannon e da compositora vencedora do Grammy, Denise Rich. Tamika logo percebeu e começou a procurar o próprio som e lugar no show bizz.

Influenciada pelas canções de Duke Ellinghton, Billie Holiday, Nina Simone, Sade, Karen Clark Sheard e Jill Scott, entre outros, Tamika percebeu que navegava melhor no mar do Jazz e Gospel. Com o Hip-Hop conquistou jovens e crianças, passando mensagens positivas.  Ao olhar para Tamika, é visível o amor e paixão que ela tem pela música, é como uma flor nascendo num pequeno resto de terra deixado no asfalto.

Tem personalidade para andar sozinha, compartilhando sua vida, amor e as paixões de uma maneira única, através de boas letras e belas melodias. Hoje suas canções estão presentes nas melhores casas noturnas dos Estados Unidos, de Oeste a Leste do país. É uma bela cantora.




Angela Johnson: a nova chama da Soul Music

Era verão de 2003, e 30 anos antes os programas musicais apresentavam um dos períodos mais fertéis da Black Music com artistas do naipe Donny Hathaway,             Al Green e Aretha Franklin, que cantavam canções lindas numa cultura em mudança. Infelizmente depois dessa fase, poucos cantores surgiram para dar um novo alento ao show bizz dos Estados Unidos.

Chegou ao cúmulo de certas cantoras tirar a roupa para ganhar destaque na mídia, por falta de talento. Havia ficado difícil achar bons artistas, como ocorria 30 anos atrás com a nata da Soul Music.

Mas de repente surgiu Angela Johnson, uma jovem cantora e compositora, vocalista da banda de baile Cooly is Hot Box. No seu primeiro álbum soltou uma mistura de Soul, Jazz e Gospel, tudo trazendo a bela alquimia  da Black Music da década de 1970.

Ela deu nova mistura à R&B, numa subcultura moderna dirigida por talentosos jovens, ignorados pela maioria das rádios. Como em terra de cego que tem olho é rei, Angela é a nova rainha do pedaço, no meio da mediocridade musical atual.

Em 2005 estourou nas paradas com "Got To Let It Go", outra joia de canção, numa verdadeira explosão como produtora e arranjadora. Enquanto as rádios perdiam tempo com Hip-Hop, a internet e a televisão centraram fogo em "Got Let It Go" e ressuscitou a Soul Music. Logo os frutos apareceram, conquistando o público adulto, cansado do lixo que infestavam os shows, deixando os novos talentos de canto.

Esse é o  motivo de Angela conquistar tanto admirador, pois suas canções  têm brilho reunindo novos talentos como Maysa, Gordon Chambers e Eric Roberson entre outros. Os CDs produzidos por Angela têm a mesma alquimia da época de Berry Gordy Jr ou da dupla Gamble e Huff do inesquecível The Philly of Sound, da rica década de 1970. Ela voltou a acender a tocha da Soul Music genuína. A Black Music merecia.






sexta-feira, 21 de setembro de 2012

JazzHole: geleia de ritmos e sons

JazzHole é um grupo que reúne diversos músicos talentosos de Nova York ao vivo ou em estúdio. Desde a estreia em 1994, a banda do núcleo de composição e produção é composta por Marlon Saunders, Warren Rosenstein e John Pondel Has-not.

A assinatura musical do grupo é de Marlon Saunders, com uma mistura de Jazz e Soulful. Compositor e produtor, ele já gravou com feras como Bobby McFerrin, Michael Jackson, Sting e compôs para Barry White, Maysa e Vanessa Rubin.

Saunders é professor de canto no prestigiado Berklee College of Music. Portanto merece respeito da crítica.
 A guitarra fica nas mãos de John Pondel e seu talento é visto em hits como "Poet´s Walk" e "Timeless", também já tocou ao lado de ícones como Geraldo Wilson, Diane Schurr e Carmen McRae. No início de 1990 enquanto trabalhava em Acid Jazz, nas faixas "Hot Music" (Soho) e "Jazz it Up" (Band CFM), Rosenstein retirou vários talentos que estava no estúdio ao lado do seu, como gente dos Manhattan, Jack Ruby Jr., Ronnie & Rosa Russ e Michelle Lewis.
 Ao lado de músicos como o baixista Scott Colley, o saxofonista David Binney, conseguiu gravar um dos CDs mais dançantes da nova fase do Groove. É inesquecível o trompete de Kevin DeSimone, no clássico Acid Jazz "Forward Motion".

 Em 1995, o CD JazzHole recebeu elogios da crítica especializada. Pois tinha Funk sem a necessidade do recheio de Groove. O álbum tinha várias letras poéticas e muito balanço. Cinco anos depois, o grupo misturou elementos da música eletrônica a raízes da Soul Music, deixando o Acid Jazz e Hip-Hop em segundo plano. Os fãs receberam bem a mudança. Em 2003, O JazzHole trouxe um som mais acústico, numa verdadeira festa aos nossos ouvidos. Colocaram lado a lado sons africanos com a avançada tecnologia de hoje. Deu certo.