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#BMW - Morre #QuincyJones, o gênio da produção de grandes discos

Luís Alberto Alves/Hourpress

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

F.L.Jones: outra promessa do R&B

F.L. Jones é a história da perseverança no Funk. Manteve-se fiel às raízes desafiando a moda e os esquemas propostos pelo mercado. Talento não lhe falta: canta, compõe e executa tudo dentro do estúdio. Tem um excelente dom para melodias.

Em seu novo álbum, Becoming  Myself, ele funde o amor da época de ouro da Soul Music, com o brilho contagiante da moderna, impactando direto o coração.

Quando tinha cinco anos começou a cantar para os amigos do pai no salão de barbeiro da cidade. Recebeu grande influência de Stevie Wonder, Donnie Hathaway, Parliament-Funkadelic, Aretha Franklin e Prince.  Para completar, cresceu na era do Hip-Hop, mas seu coração sempre pertenceu à era das bandas de R&B.

Refinou o talento em clubes e teatros, onde descobriu as manhas para agradar o público. Mudou para Nova York e ali descobriu os desafios da cidade grande. Seis meses depois conseguiu um papel no musical Rent. A produção agradou em cheio na Austrália, o colocando diante de milhões de pessoas naquele país.

Retornando para os EUA,  realizou  uma turnê nacional de "Rent", e então começou a tocar ao vivo extensivamente em Nova York, em locais como o Jazz Standard, Le Bar Bat, The Bitter End. Ele também marcou o longa-metragem, "200 american" e atuou como compositor e supervisor de música nos filmes "Whirlwind" e "Raw Moves."
Mas o seu sonho foi o de gravar seu próprio álbum, e algum tempo depois conseguiu, quando passou a trabalhar ao lado de Michael Levey. Tudo feito, na maioria das vezes, em sua casa. A maioria em questão de minutos. No hit "Hey Friend", ele incluiu efeitos de palmas, uma linha de baixo deslizando e staccato (prolongamento de uma nota) piano, juntamente com seus vocais sem esforço. O tiro foi certeiro, com uma música bem arranjada e som de extrema pureza.
 "I Choose You" pulsa com uma batida disco que está totalmente modernizada. O sulco é de propulsão, com a guitarra de trituração e uma vibe febril que constrói a tensão, pingando com uma sensualidade que está incorporado nas notas. Ea faixa-título mostra lado FL do concurso, uma balada que é uma declaração de intenções de como ele quer ser o seu eu autêntico, o tempo todo reconhecendo os desafios universais que enfrentamos na busca do cumprimento final do amor.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Chris Jones: outra doce voz do Gospel




Se Chris Jones não tivesse morrido em 2006, sua carreira seria recheada de muito sucesso. O início foi no grupo de Louvor de uma igreja em Detroit em 2001. Ali soltava a voz cantando os hits " Exalt the King" e " Love  me Like a Rock". Mas poucos prestaram atenção a ele.
 
No começo de 2006, ele lançou o segundo CD pela Tyscot Label, que o colocou no grande pedestal da música Gospel dos Estados Unidos. Nele são visíveis as influências de Kirk Franklin, Fred Hammond e Kurt Carr. Neste trabalho, Jones seguiu a trilha dos grandes intépretes do Gospel.
 
Este CD foi parcialmente composto por letras de Jones e recheada com canções de outros artistas. Ele é lindo. O barítono Soulfun Chris Jones, que lembra o estilo de Hammond, dá um show. A faixa-título "Praise Him", composta por Ernest Lee, e "Sion" e as baladas " We Life Your Name" e "I Give You Everything"   valorizam o trabalho. Para quem gosta de música Gospel alegre, é dificil ficar sem ouvir Chris Jones.
 

The Jones Girls: as doces vozes do The Philly Sound


Entre 1979 e 1984, o grupo The Jones Girls, composto pelas meninas Shirley, Valorie e Brenda Jones interpretaram lindas canções da Soul Music que saíram de Detroit. Foi ali que começaram cantando Gospel e na década de 1960 e início da de 1970 fizeram backing vocal, depois montaram uma banda regional até chegar ao sucesso em nível nacional.

No começo tentaram chegar às paradas gravando no selo de Curtis Mayfield, mas fracassaram. Porém ao entrar como grupo de apoio na banda de Diana Ross, durante turnê no início dos anos de 1970, a situação mudou. Caiu sobre elas o olhar clínico de Kenny Gamble e logo chegaram à International Records do famoso The Philly Sound, que tanto artista de qualidade colocou no mercado.

Logo de cara estouraram com o single "You Gonna Make Me Love Somebody Else", sucesso nas paradas de Soul e Pop e Dance Music. Depois veio a linda balada "We´re A Melody", que trazia a marca do Som da Filadélfia, com arranjos sofisticados e excelentes harmonias.

Individualmente as meninas cantavam muito bem, em conjunto o resultando era excelente. Sob as mãos da dupla Gamble & Huff e com ajuda dos compositores Dexter Wansel e Cynthia Biggs, diversas melodias bonitas passaram a frequentar as paradas dos Estados Unidos. No segundo e terceiros discos brotaram pérolas como "Night over Egypt", "I Just Love The Man", e um cover do hit dos Stylistics, "Children Of The Night".

Mas no auge do sucesso, o grupo trocou a Philadelphia International pela RCA Records em 1984. Não conseguiram repetir a alquimia do The Philly Sound. No ano seguinte a vocalista Shirley Jones seguiu carreira-solo, retornando ao berço da dupla Gamble & Huff, emplacando a canção "Do You get Enough Love". No restante da década de 1980, Shirley continuou gravando esporadicamente.

Nos anos de 1990, o grupo se reuniu para concerto especial e lançou álbum em 1992, direcionado para a Europa. No restante da década, elas se dedicaram à criação de seus filhos e fazendo backing vocal para outros artistas. Em 2000 lançaram o CD The Best Og The Jones Girls, focado nos amantes da Soul Music, com canções bem orquestradas. No ano seguinte morreu Valorie.

Atualmente, Brenda Jones vive em Atlanta e canta com frequência com sua banda de quatro músicos, interpretando  tanto Jazz e R & B, incluindo várias músicas da época em que estava no The Jones Girls. Ela está planejando uma mudança para Nova York e, agora que seus filhos estão crescidos.Shirley Jones também foi para  Atlanta e lançou uma turnê com o musical "Til Death Do Us Part", que viajou por diversas cidades dos Estados Unidos em 2008. Aproveitou para aparecer numa série de concertos na Europa ao lado de Jean Carne, Glenn Jones e Cherelle. Dois anos depois lançou o CD Feels Like Heaven.

Jon B: a voz branca do R&B

A cor foi a grande barreira que Jon B enfrentou para entrar na praia do R&B, predominantemente dominada por artistas negros.  A situação só refrescou graças aos contatos mantidos com BabyFace e colocar nas paradas os hits " Someone to Love", "They Don´t Know" e "Are You Still Down", esta última ao lado de Tupac Shakur.  Mas no final da década de 1990 acabou vítima das fusões de selos musicais e foi mal aproveitado em algumas gravadoras., como ocorreu no selo Mathew Knowles.Em 2004 conseguiu dar a volta por cima, exercendo o talento de cantor, compositor, produtor e músico com o CD Helpless Romantic ao abrir sua própria gravadora. A maturidade artística veio com o nascimento da primeira filha, Azzure Zuna, que significa lua azul.

Jon B reconheceu que não estava em bom caminho na Mathew Knowles Records. É diferente de ser independente. Ele se recorda que na época da fusão de vários selos, acabou engrossando o time de artistas abandonados. Não esquece da falta de promoção do CD lançado em 2001 Pleasures You Like. Para complicar não fizeram a divulgação  de dois clipes. A política da empresa o atrapalhou bastante.

Reconhece que quando se alcança sucesso, ocorre confusão com o time do contra. Pessoas que apostam em canções de péssima qualidade para se ganhar dinheiro e fazer sucesso. Ele ficava fulo da vída, porque a Mathew Knowles assinou contratos com Kool & The Gang, Ray J, Chaka Khan, EW & F, De La Soul e outros grandes grupos, mas faltava dinheiro para investir em seu trabalho. Não tinha sequer uma equipe de funcionários para lhe dar apoio nos shows, em sintonia com seus objetivos. Reconhece que suas grandes conquistas nos últimos dez anos se deve a parcerias com Tupac Shakur e BabyFace, principalmente sua primeira indicação ao Grammy. Mesmo assim, sua gravadora o deixou de lado. Jon B aprendeu, após muito sufoco, que Soul Music não é composta apenas de letras tristes, mas de boas mensagens enviadas às pessoas de todo o mundo. Essa é a razão para que elas gostem de suas canções e comprem seus CDs.

 

Yolanda Johnson: uma descendente da The Gap Band

Como já ocorreu com diversos artistas da black music, Yolanda Johnson é nativa do Brooklyn, Nova York, verdadeiro celeiro de talentos. Aos cinco anos começou a compor. O pai, Samuel Jonathan Johnson era artista da Columbia e um dos primos, Wilson, participava da The Gap Band.

Após atingir a maioridade, ela se mudou para Los Angeles e colocou como meta a carreira artística. No papel de compositora focou-se no conteúdo lírido de suas canções. Logo descobriu que a música ameniza as dores provocadas pelo coração.

Em 2002 lançou o primeiro CD, com edição limitada. Permaneceu cantora regional. Quatro anos depois retornou com o hit "Individual". Este álbum a colocou no circuito indie de Soul Music. Logo emendou turnê por todo o país.

Em 2008 passou a trabalhar em outro CD, batizado de Breathing. Numa menção ao primeiro CD, quando cantou a maioria dos hits segurando a respiração, aguardando o aval do público. Agora pode ter mais calma, pois os fãs já conhecem seu potencial, visto que todos estão cheios de amor e ele faz com que as pessoas não consigam respirar direito. Por outro lado, o amor pode ser tão difícil e literalmente lhe tirar o fôlego. Em 2009, o CD Breathing chegou às lojas.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Lyfe Jennings: da dureza do presídio para a música

As letras compostas por Lyfe Jennings refletem a realidade de quem conheceu a realidade das prisões norte-americanas. Ele já esteve dentro delas. Nascido na cidade de Toledo, Ohio, Estados Unidos, desde criança era mestre em provocar dor de cabeça em sua mãe. Ohio é célebre em revelar grandes talentos da black music, Isley Brothers (banda responsável pelo surgimento de Jimi Hendrix em 1965), Ohio Players entre outros.

Foi ali que começou cantando em grupo de louvor das igrejas evangélicas. Mas por falta de maturidade logo acabou atrás das grades ainda na adolescência. Ali dentro teve inspiração para compor o primeiro hit "Momma", faixa Soulful descrevendo a paranoia da mãe em tentar educar um filho problemático, atraído pelas más companhias.

Ora ensaiava algumas músicas do grupo New Edition ora percorria as ruas em busca de emoções fortes, sempre coibidas pela polícia. Na gravação de "Momma" contou com a ajuda de Anthony Hamilton para dar uma canja no baixo. Tentou transmitir a dor que uma mãe sente ao ver o filho mergulhado no caminho errado da vida.

Ao lançar o CD I Still Believe, Jennings prometeu que passaria a focar mais a família, se preparando para dura e escorregadia caminhada na estrada do sucesso. Onde muitos caem nos primeiros quilômetros. Tentou aproveitar a chance oferecida pela nova gravadora Jesus/Warner Brothers, mesmo com ele tendo controle total sobre a produção do disco. Deixou as ruas para viver nos estúdios, como os artistas responsáveis fazem.

No outro CD fez questão de batizá-lo de Lyfe 268-192, fazendo menção ao antigo número de presidiário. Ali encontrou inspiração para compor letras comprometidas com a realidade, deixando de fora letras água com açúcar. É a resposta aos críticos que insistem em perguntar onde encontra inspiração para suas canções. Ele cita o hit "Haters", música bem dançante, porém de mensagem profunda. Ali destaca as mentiras de estava maluco e não tinha mais chance de recuperação. "Haters" é a forma de dizer que estava cansado da loucura das ruas e das mentiras.

Reconhece que os dez anos passados na prisão surtiram efeito na conduta. No pátio alguns detentos o questionavam o porquê de ficar tocando guitarra em vez de jogar basquete. Nesses intervalos nasceu a canção "Cry", faixa do seu primeiro CD. Mostrou a importância do diretor da prisão em não deixar mergulhar de vez no limo da criminalidade.

De volta às ruas encontrou maneiras mais simples de simplificar o seu som, compondo letras sem delongas, mas com a pureza que as grandes canções merecem. Nelas coloca o relacionamento complexos com as mulheres, a família e até consigo mesmo. Isto é possível ver nas faixas "Holla", "Done Cryin", "Statistics". A grande sacada foi mostrar, por meio da música, o que os homens pensam sobre o amor, relacionamentos, intimidade e compromisso. É a resposta ao questionamentos das mulheres de que não há homens bons. Entre todos os seus hits, Jennings destaca o Reggae "That´s Love".

A letra fala do amor de uma mãe cuidando dos filhos, mesmo sofrendo o desprezo do marido. Resgata a alquimia da Jamaica, onde há tanta pobreza, mas a música traz a grande riqueza dos sentimentos, valorizando o amor. Nesse hit é vísivel as mãos talentosas do produtor Wyclef Jean.
Mesmo crescendo ouvindo RAP, com artistas do naipe de Tupac, Biggie e Jay-z, Jennings conseguiu aglutinar vários gêneros em suas canções. Não foi em vão que ganhou a letra "Like This", do grupo de RAP ATL Ludacris.

Miles Jaye: tão bom quanto Miles Davis

Miles Jaye ostenta o mesmo talento de outro expert no trompete: Miles Davis. Sua carreira já ultrapassou mais de 25 anos, período em que o público ficou fascinado por suas apresentações. Diversos países já  tiveram o privilégio de vê-lo tocar, entre eles Austrália, Birmânia, Colômbia, Inglaterra, França, Holanda, Hong Kong, Coreia, Japão, Peru e Suíça.

Jaye é conhecido pelo vocal apaixonado, transformando qualquer música num verdadeiro espetáculo, mesmo que a letra não mereça.

Como grande artista, é violinista, de formação clássica, toca piano, flauta, saxofone, guitarra e contrabaixo.

Natural de Nova York, Jaye foi introduzido no mundo  da música durante a sua passagem de cinco anos na Força Aérea dos EUA. Ao retornar à cidade natal,  se estabeleceu como um dos mais procurados músicos. Depois da turnê com o guitarrista de Jazz Eric Gale, a cantora Phyllis Hyman  e uma turnê mundial como o policial superior na banda  Village People ; Jaye partiu para sua própria carreira.
Como escritor, Miles já escreveu e gravou mais de 40 composições originais e tem a distinção de gravar 12 instrumentos diferentes em vários de seus CDs aclamados pela crítica. Este violinista clássico  também produziu sete sucessos no topo das paradas e goza de uma reputação como um escritor de Jazz e R & B Contemporâneo.

Nos Estados Unidos tornou-se rotina ouvir seus hits nas rádios de programação Soul Music. Ao longo de sua carreira já gravou ou dividiu palco com artistas do porte de Nancy Wilson, Dizzy Gillespie, Lionel Hampton, BB King, Grover Washington  Jr., Roy Ayers, Phyllis  Hyman, Patti LaBelle, Roberta Flack, George Duke, Branford Marsalis, Najee, Kirk Whalum, Alex Bugnon, Rachelle Ferrell, Will Downing, Gerald Levert, Vicki Winan, CeCe Winan, Phil Perry, Tony Terry e muitos mais. Seu primeiro disco (1987) saiu pela Island Records e o último (2003) pela Black Tree Records. Nesse período colocou várias canções nas paradas, entre as quais "Let´s Start Love Over", "I´ve Been A Fool For You", "Objetive", "Heaven..", "I´ll be There..", "Sensuous" e "Strong For You".

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Jamiroquai: o molho picante de Jazz/Funk e Acid Jazz da Grã Bretanha


Para entender a banda Jamiroquai é preciso conhecer algumas regras. Não venderam 35 milhões de cópias de CDS do nada, dos vários álbuns já gravado pelo grupo.  Quando está componto, Jay Kay, a cabeça pensante da rapaziada, adota o seguinte esquema: se a letra e a melodia não ficarem boas apenas com teclado ou vocal, acompanhado de guitarra, é descartado. Essa regra é adotada pelos melhores produtores e músicos do mundo.

Caso a melodia e letra casem, o caminho para o sucesso está no rumo certo. Ele diz que as melhores músicas da história são simples, cita o caso de Stevie Wonder por exemplo. O compositor não pode deixar a pessoa ficar pensando muito, mas atingir em cheio o seu coração. É a regra do sucesso.

Desta forma que os meninos da Jamiroquai, banda britânica de Jazz Funk e Acid Jazz, liderada por Jay Kay, consegue ganhar fãs em todo mundo. Nos seus CDs exploram o Pop, Rock e hits eletrônicos. Em 1997 ganhou um Grammy. O nome do grupo é derivado da tribo Iroquoi de nativos norte-americanos, com os quais Jay Kay se identifica filosoficamente, combinado à expressão "Jam", como em Jam Session, do idioma inglês.

Jason Kay (Jay Kay), cabeça da banda, nasceu em Manchester, Grã Bretanha. Filho de mãe inglesa e pai português, acabou influenciado pelo lado materno que cantava em bares e chegou a ter o seu próprio programa de televisão na década de 1970. Desde a infância, Kay já levava jeito para o mundo artístico.
 Em 1989 comprou uma bateria e gravou algumas músicas com ajuda de amigos. Mais assinou contrato com a Acid Jazz Records. Três anos depois após ser recusado na banda Brand New Heavies, ele se uniu aos músicos N.Van Gelder, Toby Smith, Stuart Zender e Wallis Buchanan. Nascia a Jamiroquai. Com algum exagero, certos críticos comparam a voz de Jay Kay à de Stevie Wonder.

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A primeira canção gravada pela banda, "When You Gonna Learn" provocou disputa entre gravadoras e acabou sendo ganha pela Sony Records, com quem assinaram contrato para lançar oito álbuns. Uma proeza para um jovem que andava de skate, era apaixonado por roupa de griffe e usava chapéus esquisitos. Mas na busca por dinheiro, executivos de gravadoras esquecem as loucuras dos seus contratados. Em alguns casos até os vícios por determinadas drogas.

Após quase 20 anos, 35 milhões de cópias vendidas, várias turnês mundiais e 141 semanas na tabela de singles das paradas britânicas, a Sony Records colheu bons frutos enquanto os teve brilhando sob seu guarda-chuva. O primeiro disco Emergency On Planet Earth (1993) vendeu muitas cópias em curto intervalo de tempo, desde os tempos de "Faith" de George Michael. No ano seguinte, The Return of the Space Cowboy, repleto de comentários agressivos, o sucesso deles não saiu do Reino Unido.

Com Travelling Without Moving, eles mostraram aos críticos que não estava brincando, pois traziam letras falando dos perigos da engenharia biogenética. Antes, lançaram um single de quatro faixas com remixes sobre o hit de Jamiroquai. Após ganhar um Grammy e quatro prêmios MTV, lançado no dia em que nasceu a ovelha Dolly, fruto criado em laboratório, a crítica e o público foram atingidos em cheio. A Jamiroquai não estava brincando, nem um grupo de malucos. Sabiam do que falavam.

Como ocorre sempre na escalada do sucesso, logo após o álbum Virtual Insanity, surgiram discussões durante a gestação do disco Synkronized. Ele foi motivo para Stuart Zender pegar o boné e ir embora. Por causa de direitos autorais, a banda precisou compor novas canções. Conversas de bastidores revelam que Jay estava ganhando muito dinheiro e deixando Zender na mão, visto que ele era co-autor das letras.

Após a conclusão de Synkronized, a banda colaborou no CD No Boundaries, projeto que contou diversos artistas, cuja a renda das vendagem foi para os refugiados de Kosovo. Em 2001 lançaram A Funk Odyssey, trazendo o hit "Love Foolosophy", que estourou nas paradas. Por estratégia só retornaram ao batente em 2005, lançando o CD Dynamite.

Para desfrutar da grana ganha com sua banda, Jay Kay não foge à regra da maioria das estrelas do mundo da música. É dono de uma mansão em Buckinghamshire, com a garagem repleta de carros esportivos. Para quem sobrevivia num quartinho em Ealing, na Zona Oeste de Londres e sofreu quatro anos para sentir o gosto do sucesso do Cd A Funk Odyssey, nada disso é desperdício.

Após a pauleira da estrada do sucesso, da formação atual, só resta Jay Kay. Em 2010 deram-se o luxo de gravar o CD Rock Duts Light Star. Antes tiveram o luxo de gravar o álbum Dynamite, que segundo a crítica foi feito na mansão Buckinghamshire, com equipamentos sofisticados e técnicos de primeira linha. Caso continuem com a cabeça no lugar, a banda Jamiroquai vai longe até o dia que Jay Kay fechar os olhos e partir para carreira-solo. Quem sabe ele não terá mais tempo para pilotar seu próprio helicóptero e mostrar suas habilidades como grande piloto.