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#BMW - Morre #QuincyJones, o gênio da produção de grandes discos

Luís Alberto Alves/Hourpress

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Giovanca: a pérola negra da Soul Music

No primeiro álbum, Giovanca centrou a atenção nas viagens que fazia de Metrô. Com um caderno acabava anotando tudo que lhe chamava atenção. Era a base para o disco Subway Silence. No segundo CD, procurou viajar para dentro de si. O notebook ficava ao lado da cama para aproveitar toda inspiração que surgisse durante a noite. Como tinha dificuldade em dormir, decidiu aproveitar a insônia como fonte criativa.

A maioria das canções brotaram enquanto esperava o sono chegar, os refrões surgiram embalados pelo cansaço. A letra de "Simply Mad", composição que fala das partidas definitivas numa relação veio assim. Depois terminou com a ajuda de Han Kooreneef. Entendeu que não é fácil falar da morte num CD. Mas a noite fornece combustível para tocar neste assunto delicado.

A insônia ajudou Giovanca de várias formas e o resultado acabou num CD maravilhoso. Aproveitou bem a adrenalina liberada. Acordada ela vê o mundo numa dimensão, e perto do sono de outra forma, como cantora e letrista. Teve ajuda do produtor Benny Sings. Ele traduziu de forma magistral as letras e melodias num som bem claro. A coletividade dos músicos se transformou num belo trabalho.

Ela reconhence que nem todas composições precisam ser poesia, mas precisam tocar no coração dos fãs.
Procurar capturar emoções, desde as pequenas às maiores, porém tudo dentro da melodia. Exemplo disso é o single do CD "Drop It", cuja a canção revela a rotina de uma relação tumultuada. "Everything" é outra mostra disso. Em "Little Flower" mostra a impaciência em querer as coisas sem ter que passar pelo processo de esperar o modo natural. É a senha para ter calma, dando tempo ao tempo.

Boa parte das músicas de Giovanca nasceram neste tipo de processo: durante a noite, quando o sono estava longe dela. Para passar o tempo assistia aos noticiários, que documentavam todo o sofrimento do mundo.

Mas a joia rara é a canção "Where Love Live". Onde Giovanca faz dueto com seu ídolo Leon Ware, produtor do álbum "I Want You", de Marvin Gaye na década de 1970. Nesse disco, ele escreveu "Wannabe Where You Are, gravado por Michael Jackson. Ware trabalhou com Ike & Tina Turner e Minnie Ripperton. O produtor percebeu na década de 1990 que Giovanca já era uma cantora de Soul, quando cantava numa banda na Holanda. Anos depois Ware ofereceu a canção que tinha sido composta para El DeBarge, mas nunca acabou gravada.

Em 2008 Giovanca  fez fama com o CD "Subway Silence". Atraiu fãs de Jazz e Pop, além, claro de seu carisma e estilo único. Os críticos reconheceram que outros países precisam conhecer este maravilhoso talento da Soul Music. Parte da Europa já teve o privilégio, inclusive no Japão onde seu CD vendeu muito. Em março de 2010 ganhou o prêmio Harpa de Prata, que premia jovens artistas, mas que contribuiram bastante com a música holandesa.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Nikita Germaine: a lady da black music dos EUA


Nikita Germaine é outra grande estrela da black music dos Estados Unidos, outro rico talento de Oakland. É a mais nova de nove filhos, mas já cantava desde criança, dava verdadeiro show na escola. Não demorou para estudar música no Merritt College e San Francisco State University. Ali decidiu seguir a carreira de cantora e passou a apresentar-se em clubes próximos à baía de San Francisco.

Dai o caminho ficou curto até chegar aos estúdios, onde passou a desenvolver estilo próprio e afiou suas habilidades em compor.  Nessa época acabou apresentada ao produtor de Grammy, Narada Michael Walden, que no passado produziu Stacy Lattsaw. Ficou impressionado com sua voz e logo passou a fazer parte do seu staff. Nikita passou a fazer backing vocal nos CDs de Areta Franklin, Whitney Houston, LaToya London, Tevin Campbell, Steve Winwood, Curtis Mayfield e Shanice Wilson.

O mercado percebeu que Nikita tinha dons especiais, além de beleza estonteante e voz sensual. Foi para Motown Records, lançando ali o álbum "As Sweet as It Comes". Narada Michael produziu para ela os singles "All Over You, All Over Me". Também ajudou a compor o hit "Take me Higher" com Narada para Diana Ross.

Junto com Darside of Family Tree Productions criou o segundo álbum "Just Kita". Com criteriosa seleção de canções, a maioria escrita por ela, abriu a janela para o talento de cantora, como ninguém nunca tinha visto. Saiu um disco excelente: "911- love".

Mas é no palco ao vivo, que ela acaba sentindo em casa. Dividiu o espaço com Stevie Wonder, Chaka Khan, James Taylor, Patti Austin e William´s Brothers. Fez turnês para Europa e Japão e tornou-se centro do palco, por causa de sua grande beleza musical.

James Saxsmo Gates: o sangue novo do Jazz









"Detailed", o novo single de James "Saxsmo" Gates apresenta um dueto bem quente com o mestre da Smooth Jazz, Walter Beasley. É o novo hit do CD "Gates Wide Open, lançado este ano.

Atualmente, James "Saxsmo" Gates é um dos mais célebres músicos jovem da Virgínia.  Toca sax com uma paixão ardente que é evidente em cada nota. Seu virtuosismo junto com sua inegável qualidade do som  acende um fogo que ilumina os corações e as almas de todos os entusiastas do Jazz.
Nativo de Richmond, Virginia, Saxsmo participou da Virginia State University e mais tarde recebeu uma bolsa integral para o prestigiado Berklee College of Music, em Boston. Enquanto freqüentava a Berklee, tornou-se o pupilo e colega de muitos dos leões do Jazz atual, incluindo, Billy Kilson, Lynn Fidmont ,  Freddie Fox, Kevin Eubanks, Alex Bugnon , Cyrus Chestnut, Walter Beasley , Delfeavo Marsalis, Jeff Tain  Watts, Shelia Ford, Billy Hart, Makoto Ozone, Wallace Roney, Greg Osby, Ron Savage, Lala Hathaway, Wil Calhoun, Robin Eubanks, Donald Harrison, Marvin Smitty Smith e Terri Lynn Carrington, para citar apenas alguns. Ele recebeu seu diploma de Bacharel em Música pela Berklee e seu mestrado em Estudos de Jazz da North Carolina Central University sob a orientação do Dr. Ira Wiggins e Brandford Marsalis.
Mais recentemente, foi nomeado Coordenador do Programa de Estudos de Jazz Billy Taylor  em Virginia State University. Além de suas realizações na academia, James Saxsmo Gates, desempenhou e viajou extensivamente nos Estados Unidos e no Exterior com artistas notáveis ​​como Larry Carlton, Jeff Lorber, Bugnon Alex, Joe Kennedy, Jr., Art Blakey e os Jazz Messengers, Dizzy Gillespie, Clark Terry, Walter Davis, Jr., Walter Bishop, The Temptations, Dianne Reeves, Jimmy Cobb, Larry Willis, Roberta Flack, Marvin Gaye, Lou Rawls e The Main Ingredient.
Saxsmo tem três álbuns como solista em sua discografia, "Yes I Can" (fora de circulação), "C´Mon Over To My House" e "It´s Time". Para mais informações confira www.saxsmo.com e www.facebook.com / saxsmo.

 
 

Sean Franks: a onda nova do Jazz e R&B

Nascido no Canadá, Sean Franks ainda era garoto quando acompanhava o pai aos estúdios. A música foi o primeiro amor de sua vida. Cercado por lendas do Jazz como Al Jarreau, David Sanborn, George Benson e Bobby McFerrin, ele encontrou inspiração para criar as próprias composições.

Aos 7 anos começou a tocar percussão. No colégio era um baterista talentoso e logo passou a mestre de piano e canto. Resolveu estudar  Jazz na conceituada Berklee School of Music e The Dick Grove Scholl of Music.

Sua escolaridade ajudou sua reputação no mercado musical de Los Angeles, onde tocava ao vivo e criava os próprios projetos. Logo tornou-se conhecido como cantor, compositor e formou a própria banda. Passou a se apresentar nos melhores locais do sul da Califórnia, além de passar no Festival de Jazz de San Diego.

Sean produz as próprias gravações e compõe para artistas locais e internacionais. Embora suas canções reflitam influências do Jazz, R&B e Pop, o ponto alto são os vocais sensuais, com hits comparados aos de Sting e Stevie Wonder. Já conseguiu dominar a nobre arte de cativar o público com boas letras, mescladas de excelentes melodias. O CD "Guy Like Me" é exemplo disso.




sexta-feira, 27 de julho de 2012

Hannah Francis: o novo diamante da black music

Quando imaginamos que a black music está num beco sem saída por causa de vários artistas de proveta, sempre surge oxigênio puro. É o caso de Hannah Francis, pronta para trazer ao show bizz a elegância da Soul Music de verdade, com canções que conquistam o coração.

O curioso é tentar descobrir como alguém tão jovem pode cantar composições, interpretando a dor causada por uma paixão não correspondida ou rompida bruscamente. Nos seus lábios, os hits saem como fosse voz de anjos.

Nascida em Londres, Hannah é algo raro na balck music, principalmente deste século, onde proliferam vários artistas fabricados por marketing de gravadoras.
Ela é compositora e cantora de R&B e Soul. Ainda muito jovem já gostava de James Brown, Diana Ross & The Marvelettes. Foram suas influências. Versátil, trabalhou com backing vocal de Alexandra Burke, Joss Stone, Lemar, Miss Dynamite e Leona Lewis.

Em 2010 aprimorou suas habilidades de compositora com Marcus Johnson do Ethnic Boyz fame. Juntos criaram nova visão para a Soul Music  e R&B do futuro. Mas a proposta é levar ao mercado canções que tinham significado real e emoção. Um ano depois o show-bizz percebeu que Hannah não era fogo de palha, mas outro diamante da nova black music.


Floacist: uma das grandes poetizas da Soul Music

Nascida na Alemanha, Floacist reconhece que é natural sua relação com as palavras. Isto é essencial na vida dos compositores. Com oito anos de idade já vendia histórias na escola. Ela acostumou-se a ler o que publicava aos colegas de sala.

Deixa bem claro que o primeiro amor é a leitura, seguida da música. Aos 19 anos, ao conhecer o marido, percebeu que era poetiza. Não demorou para ficar diante de um microfone.

A partir dai tudo mudou, como se o universo fosse aberto diante dos olhos. Pouco tempo depois recebeu o convite de Richard Branson, graduado em Artes Cênicas e Faculdade de Tecnologia, que ganhou o título de Aluno do Ano. Floacist tornou-se sua amiga, pois promovera um evento de poesia. Era o florescimento artístico do Sul de Londres e depois para a Filadélfia, nos Estados Unidos.

Depois de ficar cinco anos parada, saiu em turnê e vendeu mais de 1 milhão de cópias de três álbuns lançados e outro ao vivo, no formato DVD. A partir dai, o sucesso a acompanhou.
Logo os fãs perguntaram quando que Floacist musicalmente iria emergir de novo. Ela frisou que sua vida é belo equilíbrio entre a arte e o meio onde vive.

A visão dela é que as pessoas peguem seu CD, aprendam as letras e depois possam ir aos shows, para que consigam se unir com a energia que sai das canções de Floacist. Com ela é possível ouvir a Soul Music de primeira.


terça-feira, 24 de julho de 2012

Richard Dimples Fields: o cantor que sabia cantar as mulheres


Não é fácil encontrar meio termo na forma como as pessoas sentem quando ouvem Richard "Dimples" Fields cantar. Ou acham que ele era um astuto, inteligente, cantor comum, ou  era um pônei de um truque só que exagerou seu schtick clichê para a melhor parte de duas décadas. A resposta é, provavelmente, em algum lugar no meio.
Dimples era o dono de uma boate em San Francisco há anos e foi num ato popular regional, quando  assinou contrato pela ex-Casablanca Records, na figura de Neil Bogart para sua incipiente Boardwalk Records.


Dimples já estava  com 36 anos na época em que resolveu pular naquele galho, e criou um som definitivamente destinado a um público mais adulto. Nem um grande cantor, nem músico, Dimples pareceu a brisa através de seu  material  versando sobre a personalidade. Sua voz, a luz tênue era perfeito para as canções musicalmente leves, que ele lançou a sua opinião sobre a vida e o amor (principalmente ilícitos).

O primeiro álbum para Boardwalk era bastante popular, proporcionando uma cobertura de acerto de 50 dos hit pinguins como, "Earth Angel". O resto do disco foi, em geral esquecível, salvar uma gravação  que ainda recebe o lucro de hoje.  A canção "She´s Got Papers On Me" foi o lamento de um homem casado olhando para o espelho, preso com uma esposa, mas querendo sua amante. A música de seis minutos é nada de especial até que sua esposa (interpretada por Betty Wright), ouvindo as músicas, as interrupções e rasga através de um discurso retórico hilário de 2 minutos com sua visão da situação. Wright impulsionado "She´s Got Papers" em um grampo de rádio especializada em Soul, e desde o momento mais memorável em qualquer gravação de  Dimples. Também levou ao CD a resposta de  Barbara Mason, "She´s Got Papers (I Got a Man)"
  No outro disco de Dimples, ele trouxe o hit "Is It Ain´t One Things", uma canção onde reflete sobre os problemas em sua vida, quando resolve dar vários presentes para uma namorada feia e grávida, invocando a necessidade de ler o Novo Testamento. Estourou nas rádios de Soul Music. O álbum tinha também o hit "Taking Applications", sequela de "She´s Got Papers" num pós-break up de caráter de Dimples. Nessa época aceitava pedidos de dezenas de mulheres para substituir a matriiz. Quando apresentava nos shows, fazia questão de cantar piscando os olhos para suas fãs.


No início dos anos de 1990 conseguiu lançar vários álbuns pelas gravadoras RCA, Columbia, Capitol e pelo seu próprio selo, Owch., porém com sucesso limitado. Teve algum sucesso como produtor (durante o período nos anos 80, quando era quase necessário para cada cantor  de Soul ter um "grupo de garotas"), ajudando a 9,9 em seu hit de 1985, "All of Me For All Of You. " Seus outros lançamentos, como "Your Wife Is Cheating On Us" e "Dear Mr. Deus" raramente eram tão inteligentes quanto os títulos, ou como o material mais cedo, e ao longo do tempo, ele apareceu para se tornar uma paródia de sua trapaça de loverman persona. Seu último álbum foi em 1994, o disco fala do homem  que ama as mulheres.

Sua trajetória terminou em 2000 aos 58 anos, quando um AVC o matou em Los Angeles. Como ocorre sempre após a morte de algum artista, o público passou a apreciar mais seus maiores sucessos, com parte do material sendo reeditado. 

 No esquema da soul music dos anos 70 e 80, Dimples não era nem um pioneiro nem um dos grandes talentos do período. No entanto era um artista real e trouxe muitos momentos de diversão- se, por vezes, balançando a cabeça.

 

Lee Fields: o homem 100% black music

Lee Field é 100% black music, principalmente Soul Music. Ele é o cantor onde o Funk legitímo e o Soul encontram guarita, principalmente depois do lançamento de disco em selos independentes na década de 1970.

Nunca foi de ficar parado esperando que oportunidades caiam diante de si.
Para não deixar ninguém parado despejou no mercado um álbum de baladas Soul, mostrando que esse gênero nunca vai se acabar.
 
Quando o CD Truth & Soul subiu das cinzas em 2004, a primeira missão dos executivos de sua gravadora, os produtores Jeff Silverman e Leon Michels foi gravar um disco de Soft Soul, com baladas no estilo de O´Delfins, The Stylistics, porém com viés moderno.


Quatro anos mais tarde e Campos Lee & The Expressions criaram com sucesso um som único e pessoal que pode conter as bandas que eles estabeleceram para jogar no mercado. No entanto, o que eles criaram no processo vai além de apenas uma cópia carbono de uma música de Soft Soul  dos anos 60 e início dos anos 70.

A fórmula continua a mesma, mas o estilo foi adaptado para os ouvidos dos jovens, cujas experiências com a Soul Music começou com Amy,  Not Al, Otis e Marvin. Trinta anos de retrospecção coloriu esta fusão trans-geracional das mentes. Parece estranho no papel, mas os resultados são clássicos: coletores de Hip-Hop criados recorde círculo cheio vindo a produzir um álbum de Soul Music com um dos progenitores que fizeram tudo possível.

W.Ellington Felton: o princípe dos teclados

Filho de peixe, só pode ser peixinho. O ditado popular aplica-se a Ellington Felton. Filho do pianista de Jazz Hilton Felton, a música é o sangue que corre em suas veias. Canta, escreve, interpreta e apresenta.

É um dos grandes ícones da Soul Music
, pois usa o talento para ressuscitar esse maravilhoso gênero da black music. Em talento é parecido com Sammy Davis Jr., um grande príncipe da música.

Como poucos, Ellington sabe escrever lindos poemas transformados em canções. É maravilhoso ouvir o Hip-Hop que sai de seus lábios. O teclado do piano repercute a obra-prima composta por ele.

Suas canções românticas, segundo diversos fãs, acabou salvando casamentos ou até mesmo superar a terrível dor provocada pelo divórcio. A química é o estilo de falar de amor, sem cair em clichês, tão comuns neste tipo de canção.

Não demorou para ganhar seguidores de sua música em diversas regiões dos Estados Unidos, principalmente após apresentação magistral no Tatro Apollo. No palco comanda o centro das atenções, tirando partido da formação clássica de ator, visto que estudou quatro anos no Carnegie Mellon University.

É memorável a apresentação em 1999, realizada no Centro Kennedy, durante o Festival Nacional de Teatro Negro, ao lado de inúmeros poetas. No ano seguinte apareceu no filme Breakfast at Bens, de Spike Lee, depois trabalhou em "Multitudes of Mercie",que foi ao ar em 2005, na companhia de Raheem Devaughn &Malcon- Jamal Warner. A trama abordava a conscientização sobre os riscos da Aids para a juventude atual.

Em seguinda completou o CD  "Postcards From The Edge", com participações e produção por: Eric Roberson, Yahzarah, Raheem Devaughn, Kev Brown, Nick tha 1da, K'Alyn e Wajeed de PPP. Caso a vida não pregue nenhum surpresa, W. Ellington tem longa estrada para percorrer na sinuosa estrada do show bizz.