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#BMW - Morre #QuincyJones, o gênio da produção de grandes discos

Luís Alberto Alves/Hourpress

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Cadence: outro patrimonio da black music

Cadence é a Soul Music em pessoa. Ela tem um som que é a extensão do Gospel, Hip Hop, Blues, rock e Jazz. Tudo para agradar aos nossos ouvidos. Quando lhe pediram para descrever seu estilo, ela disse que timidamente tenta transmitir os sentimentos envolvidos na criação da música. Nas gravações é vísivel os bons vocais, guitarra, baixo e bateria, tudo em perfeita harmonia. Cadence tenta, por meio de suas interpretações, doçura a este mundo amargo.
Ela cresceu no Sul dos Estados Unidos, berço da black music, cantando em igrejas e admirando o trabalho de ícones como Lauryn Hill, Etta James e Nina Simone. Aperfeiçou a arte de cantar com grupos de louvor. Para completar, o companheiro Brandon White (compositor/guitarrista) cresceu em Chicago , ouvindo uma mistura de Blues, Soul e Hip Hop, além de apreciar o trabalho de Muddy Waters. Após conhecer Cadence numa escola de pós-graduação em música, a paixão entre ambos explodiu.
Juntos já se apresentaram em diversas cidades dos Estados Unidos, principalmente após o lançamento do CD Kisses Before The Sun.


terça-feira, 24 de abril de 2012

Bobby Byrd: a segunda voz de James Brown

Em setembro de 2007, a black music perdia o talento de Bobby Byrd, morto aos 73 anos. Ele foi muito amigo de James Brown, o qual conheceu em 1952, quando morava na Geórgia. Chegaram a tocar juntos num grupo chamado Avons. Anos mais tarde, este conjunto seria responsável por colocar Brown nas paradas. Se ambos fossem mulheres, Byrd teria sido Florence Ballard e Brown Diana Ross, visto que Ballard fundou as Supremes, Diana tentou e conseguiu sucesso na carreira-solo.
Byrd colaborou para o avanço da black music nos Estados Unidos, ao colocar fogo no show-biz por meio do Soul, Funk e Jazz. Ninguém nunca questionou o seu talento. Se fosse usar uma metáfora do futebol, James Brown seria zagueiro e Byrd um grande meio-campista. Mesmo assim ele ficou ao lado de Brown até 1973. Neste período viu seu amigo assumir o posto de comando do grupo, com o nome James Brown e os Famous Flames. O som evoluiu, numa mistura de R&B e Funk. Byrd tornou-se cantor de backup e um sideman. Mas sua voz continuou forte, servindo de contraponto ao vocal de James Brown. Quando Brown gritava "Stand Up" em "Sex Machine", a voz de Byrd respondia "Get Up". Ele fez backing vocal para a maioria dos grandes sucessos de Brown.
Byrd nunca escondeu a paixão pelo Jazz. Principalmente ao longo das décadas de 1960 e 1970. Exemplo disso é com hit "I Know You Got Soul". Após sair das asas de Brown em 1973, ele continuou lançando boas músicas. Sua gravação mais recente é de 2005: "Back From The Dead".



Dayna Caddell é a soma de vários estilos musicais


Dayna Caddell conseguiu a proeza de estourar nas paradas de sucesso da Alemanha ao gravar seu primeiro single "He is Good". Uma canção cativante carregada de batida que provoca bem-estar. Produzida pelo premiado Warry Campbell, chegou às principais emissoras de rádios alemãs. Em 2009 lançou outro CD e o hit " Every Prayer" estourou nas paradas gospel. A composição fez parte da trilha sonora do filme Perry Tyler The Family That Preys.
Enquanto se preparava para outro projeto, que se tornaria realidade naquele ano, Dayna provava ser artista que os verdadeiros amantes da boa música gostam. Nada de artificialismos, apenas o talento que Deus derramou sobre ela.
Na infância viveu sempre rodeada por boa música, pois seu pai, dono de um antigo estúdio de gravação, promovia Jazz Session com o grupo Weather Report. O padrinho, Willie Bobo, era percussionista. Mas o som de Rufus & Chaka Khan, ouvido pela irmã Brenda, a seduziu. Reconhece ser produto do Rock, Hip-Hop, Soul, R&B, Jazz e Gospel. Passou a transpirar música de qualidade.
Esta versatilidade proporcionou a chance de gravar vocais para Diana Ross e aparecer no The Tonight Show com Jay Leno. Trabalhou com os produtores Warryn Campbell e Aaron Lindsey e colaborou para vários projetos com o produtor Vann Clayton. O seu profissionalismo ajudou elevar a fama junto às gravadoras.
Logo estava presente nos canais de música Gospel, com apoio de George Huff, Vickie Winans, Bobby Jones, Martha Munizzi e Rosario JoAnn. Teve a oportunidade de estudar e cantar ao lado da lendária Nancy Wilson. A musa reconheceu que Dayna tem excelente som, além de sua voz confortar quem a ouve.
Outra dádiva foi ter o prazer de ser acompanhada pelo mestre dos teclados Hammond: Johnny Smith. Ele mesmo a incentivou a prosseguir na carreira. Porém, após ficar algum tempo cantando R&B, percebeu que o melhor era cantar Gospel. Com sua voz ajudando a trazer almas para Deus.
Apesar de cantar e compor, o seu talento é vasto. Fundou uma empresa de designers, cujos clientes incluem Will e Jada Pinkett, Big Jon Platt (vice-presidente da EMI e Virgin Records), Warryn Campbell e esposa e diversas celebridades do show-biz. Dayna vai percorrer muitos quilômetros na estrada do show-biz.

Jesse Boykins III: o som sem ligação com geração do passado

No mundo da música, a cada geração surge um novo estilo. É natural a divergência em relação aos cantores do passado, pois os novos não aceitam as influências recebidas. Jesse Boykins III virou conciliador a respeito do assunto. Suas canções têm a sonoridade que lembra Jazzy e Soulful dos primeiros R&B.
Nascido em Chicago, cidade pródiga em revelar inúmeros talentos nos últimos 50 anos, mudou-se para a Jamaica com cinco anos de idade. Quatro anos mais tarde passaria o restante da juventude em Miami, Sul dos Estados Unidosw. Ali passou a ouvir a nata da black music: Marvin Gaye, Steve Wonder, Donny Hathaway, Jimmy Cliff, Bob Marley, Sizzla, Bilal, DAngelo e Music Soulchild. Para reforçar, a maioria dos parentes era cantor ou músicos. Isto ajudou  a forjar seu próprio talento.
Quando foi para o coral da escola, aos nove anos, passou a fazer testes em todas as oportunidades que surgiam em seu caminho. Passou a assistir gravações de vários artistas locais. No colégio acabou convidado para atuar em O Ensemble Jazz Grammy e da gravação de todo o álbum. O desempenho o levou à Universidade New Scholl de Nova York. Ali aprimorou suas habilidades como cantor, performer, escritor, arranjador e produtor, além de estudar música clássica com Kamal Scot e Bila, da Universal Music.
Com 22 anos, ele canta, compõe e grava. Sua voz se estende por uma faixa de 5 oitavas e o seu som baseia-se num gosto eclético. Tem o estilo que não está vinculado por gerações ou tempo.
 

John Brown: outro bom filho de Detroit


Outra excelente cria de Detroit. John Brown ou faz você gritar, chorar ou sorrir, quando ele canta. Seus hits falam de paixão, num autêntico R&B. Brown assume que coloca tudo de si numa letra.
Nascido e criado na cidade onde surgiu a Motown Records, verdadeira fábrica de sucessos e talentos nas décadas de 1960 e 1970, Brown é o caçula de cinco filhos. Filho de pregador do evangelho, cantava na igreja do pai todos os domingos a partir dos 8 anos de idade. A mãe, aos 17 anos, teve seu próprio negócio com a Motown Records e adorava cantar músicas clássicas em casa.
No Ensino Médio, Brown se juntou a um grupo de teatro juvenil, alimentando sua vocação para cantar. Logo teve a oportunidade de cantar o Hino Nacional do time de basquete Pistons. Em cinco ocasiões, foi escolhido para se apresentar diante do então presidente Bill Clinton.
Não demorou para participar de inúmeros shows de talentos no colégio e ganhou todos. A notícia se espalhou pela cidade sobre a versatilidade do cantor precoce. Passou a perseguir um contrato para gravar. Pouco tempo depois seu melhor amigo, Robert Curry lhe falou do produtor e músico Wyclef Jean. Ele tinha planos de formar um conjunto. Brown logo chamou dois vocalistas e nascia o E2G. Após passar no teste em Nova Jersey, assinou contrato com a Clef Records. Um ano depois o grupo chegou ao fim. Clef o queria manter como artista solo, mas Brown preferiu terminar os estudos.
Ficou o tempo suficiente naquela cidade para entrar na Linden High School em 2004, depois foi para a Universidade Estadual de Grambling com a bolsa de estudo de coro acadêmico completo. Passou os quatro anos transferindo de escolas. Não lhe saia da cabeça, tocar e gravar.
Nesta pegada, alguém o procurou no MySpace e lhe ajudou. Meio precavido, aceitou a proposta. Apesar do receio, no verão de 2009, Brown se encontrou com a figura desconhecida. Ele o apresentou para um advogado, Philip Ragan, especialista em entretenimento. Em poucas semanas, Brown estava em Atlanta onde gravou sua primeira canção de sucesso: "Imma Love You Right". A música estourou e despertou interesse de outras gravadoras. Seis meses assinava outro contrato, mas com a Universal Republic.
Com metas agressivas na cabeça, Brown se preparou para o lançamento do álbum de estreia, uma mistura de R&B com pitada de Hip-Hop e influências de Rock. Assumiu que poderia cantar qualquer estilo, sem auxilio de tecnologia, assim como faziam os cantores da antiga.
Nas canções conseguiu impor estilo alegre e sensual. Com a ajuda dos produtores Bei Major e Larry Nix, ele se propôs a mostrar as várias formas de se amar uma mulher, tudo usando seus olhos, mãos, voz e o tempo. Explica que essa canção é para as garotas que já tenha passado por situações doloridas com alguém.
Revelou depois que a meta é fazer músicas de bem-estar, como Usher, Coldplay, Jimi Hendrix, Sting e Jay-Z. Reconheceu que o foco de seu sucesso é a perseverança, qualidade incorporada em sua jornada de trabalho. Sempre lutou para conquistar seus objetivos. No show-biz é preciso grandes doses para resistir na caminhada.

 

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Steve Burks, um estudioso da black music


Steve Burks sempre pergunta qual será o impacto de suas canções junto às lendas da black music. Nativo de Gary, a mesma cidade dos Jackson´s Five, Indiana, ele é vocalista, compositor e grande músico do Gospel e old-school rapper. Ou seja, considera que as letras das canções são mais importantes que a melodia. Formou-se na Jacobs University of Music e passou a receber mestrado em estudos afro-americanos. Sua tese baseou-se na Soul Music e Hip-Hop.
Depois treinou composições ritmicas com o Revue Soul UI, um conjunto de música popular negra mesclado com alunos da Jacobs University. Em seguida lecionou em Dallas. Atualmente é vocalista e tecladista da Casa Internacional da Fundação Blues, além de membro da entidade que analisa as canções dos candidatos ao Grammy e Fórum de Compositores Americanos.

 

Byro Cage: outro furacão do Gospel dos EUA

Byro Cage tem mais de 20 anos de estrada no Gospel dos Estados Unidos, além de inúmeros prêmios por causa de suas gravações profissionais. É um dos artistas mais dinâmicos e populares do Gospel atual.
Por dois anos seguidos ganhou o Prêmio Stellar para Canção do Ano, prova do apelo magnético de seus hits de desagregação, como a "Presence of the Lord", "Praise the Lord" and "" Broken But I'm Cured ". Isto é fruto de sua dedicação. Também foi candidato ao Grammy.
Cresceu em Detroit e cercado de grandes nomes da música Gospel, além do seu mentor, o maestro Thomas Whitfield, e de James Abney Bishop.
Após assistir uma apresentação no Morehouse College, em Atlanta, ele se juntou à Catedral Novo Nascimento, na época com apenas 700 membros, sob batuta de Eddir Long Bishop. Logo é alçado ao grupo de louvor.
Lançou dois álbuns no final da década de 1990 e chegou ao auge em 2003, com o hit "Presence of The Lord". Ganhou cinco prêmios, além de ser considerado o Melhor Vocalista Masculino e CD do Ano e Melhor Álbum Gospel.
Dois anos depois gravou o CD A call to worship, chegando à posição 2 na parada Billboard Top Gospel e levar para casa o seu primeiro Grammy.A partir daquela noite em que foi premiado, percebeu que fazia música Gospel de qualidade.

 

Darien Brockington: o novo talento da geração atual do Hip Hop


Darien Brockington é considerado como um dos mais talentosos artistas da black music da nova geração. Provou ser um grande talento do R&B atual. Quem o conhece, sabe da profundidade dos seus projetos.  Principalmente ao lado do grupo de Hip Hop Little Brother. Ele já conseguiu fãs desde o Alasca à Austrália.
Darien tem influências de Donny Hathaway, Faith Evans, Daryl Coley e Patti Sandy. Sua música fala de vida, fé, amor e outros bons temas, não é vazia como ocorre com outros cantores. Outro destaque é o trabalho ao lado de artistas talentosos, com os quais excursiona, interpretando Gospel junto com William Becton e Star Jaheim. Destaca-se também com aparições junto com a lenda do Hip Hop, Pete Rock. Após a forte movimentação em torno do Hip Hop e R&B, em 2006 ele lançou o CD, D-Brock. Alguns críticos o classificaram como um trabalho cheio de arrogância. Depois promoveu o álbum Rain. Em dezembro de 2009 gravou outro CD e relançado em julho de 2010 com o nome de Sunstorm. Não demorou para sair outro álbum:The Foreign Exchange, com o hit "Come Around Feat"
  lançado em outubro de 2010, estourando nas paradas.

Jerry Butler: o famoso Homem Gelo

Durante algum tempo, Jerry Butler foi considerado O Homem de Gelo por um DJ da Filadélfia por causa do seu incrível balanço. Isto na década de 60. É dele o sucesso "For Your Precious Love"
Mais de 40 anos depois, ele ainda é o Homem de Gelo, mas você pode chamá-lo de "Comissário Ice Man", como ele é Comissário na sua Chicago natal.
Música Collectors 'Choice relançou dois dos álbuns seminais de Butler de solo em um CD - The Ice Man Cometh e Ice on Ice, ambos produzidos pela escrita Filadélfia multi-platina e equipe de produção de Kenny Gamble e Leon Huff, criadores do inesquecível Som da Filadélfia.
Butler foi abordado por Gamble & Huff na Filadélfia, uma cidade que se provou importante em sua carreira. A dupla havia acabado de estourar  com "Expressway to Your Heart" de Bell Archie & o Drells " . A reunião levou a uma colaboração resultando primeiro em The Ice Man Cometh, que fez sua estréia no Billboard Top Albums em janeiro de 1969 e incluiu três singles grande:. "Lost", "Hey, Western Union Man" e "Only the Strong Survive" Dos muitos que Gamble e Huff artistas produziram, incluindo os O'Jays, Billy Paul, Lou Rawls e Harold Melvin & the Blue Notes, Butler apreciava a distinção de ser o único com quem o duo co-escreveu.
Butler estava esperançoso com os anos que Western Union iria utilizar o seu nome como-bater em um comercial, mas nunca era para ser.
O álbum Ice on Ice chega às lojas mais tarde, em 1969, e continha dois hits escritos por Gamble-Huff-Butler, "Woman Moody" e além disso, uma das faixas do álbum, "A Brand New Me", tornou-se um enorme sucesso não para Butler, mas para tanto Aretha Franklin (que era o lado B de sua versão de "Bridge Over Troubled Water") e Dusty Springfield.
Após dois  anos da carreira  de Butler com Gamble e Huff, a dupla decidiu que não faria ainda mais a produção no exterior, concentrando seus esforços em sua marca Philadelphia International, vendendo 10 milhões de cópias em um período de nove meses. Butler tinha acabado de re-engatado com a Mercury Records em Chicago. Ou, como disse Sculatti ", eu teria ido com eles."
Butler passou a ter outros sucessos, mais notavelmente "Never Gonna Give You Up" e  este último um dueto com Branda Lee Ansioso. No início dos anos 70, ele abriu seu próprio selo. Na década de 1980 acabou eleito vereador em Chicago. Mas para quem pretende ouvir o famoso Homem de Gelo no auge, compre o CD Music Collectors ´Choive, dois discos fundamentais para entender a carreira deste grande intérprete da black music.

sábado, 21 de abril de 2012

A bela e afinada voz rouca de Kim Burrell


A marca registrada de Kim Burrell é a sua voz rouca, mas bem afinada, que transita livremente pelo Gospel e Jazz. Antes de chegar ao auge, criou vários hits nas comunidade de música Gospel dos Estados Unidos. Apareceu em diversos eventos onde mostrou seu grandioso talento. O início da brilhante carreira começou em Houston, Texas, onde diversas pessoas já apostavam, na década de 1990, que ela teria destaque no Gospel norte-americano.
A voz de contralto chama atenção. É após servir de escada para muitos, em 1997 lançou o primeiro álbum solo: Try Me Again.
Mesmo com produção limitada e gravado de forma independente, as canções que se dividiam entre Jazz e Gospel, causou boa impressão na crítica, além de contrato com a Tommy Boy Records.
Kim não decepcionou. A canção "Everlasting Love"  chegou ao posto 12 na Billboard Gospel de 1998. Em 2002 foi candidata ao Grammy para Melhor Álbum Gospel. O CD Soul Live in Concert renovou várias de suas músicas de seus dois primeiros discos com estilo Gospel e Jazz. Foi apelidada de Geração Ella Fitzgerald, por sua grande interpretação nas composições de Jazz. Ela diz que isto se deve à maturidade e experiência vocal, obedecendo aos propósitos de Deus, no lugar da imitação.
Por causa de seu talento, Kim acostumou-se a fazer apresentações ao lado de artistas como Harry Connick Jr., Missy Elliot e Stevie Wonder. Mas nesta caminhada enfrentou problemas. Com a morte de Tommy Boy, em 2002, Kim assinou contrato com a Elektra Records. Na época ela preparava um plantel de artistas gospel, incluindo cantoras como Yolanda Adams e Karen Clark-Sheard. Mas ali lançou apenas um CD. Teve vários projetos arquivados pela gravadora. Foi para a Sony, mas em 2006 a fusão com a Colombia Records a deixou confusa. Isto prejudicou a carreira de diversos artistas elogiados pela crítica. Kim passou a fazer backing vocal e cantar música secular. É desta época o dueto com Shirley Caesar, Connick Jr e com R. Kelly & Kelly Price, além de aparição ao lado do funkman George Clinton.
Após a passagem desta tempestade, Kim escolheu novo repertório mesclando Gospel/Jazz, com cada faixa melhor do que a outra. No hit "Sir Wonder, Duke", um tributo ao Jazz moderno de Duke Ellington, ela faz bonito num arranjo ágil. O mesmo acontece com "Happy". Também não se esqueceu de George e Ira Gershwin no clássico "Someone To Watch Over Me", onde muda a canção original num verdadeiro Spirituals.
Com a ajuda do co-produtor Chris Davis, os arranjos de todas as canções revela a revitalização do Gospel na voz de Kim Burrell, com ela não se esforçando para ser igual Ella ou qualquer diva do Jazz, mas servindo apenas de  padrão para nova geração de cantores Gospel.

Helen & Terry: a dupla que faz a festa dos DJs

O talento da dupla Helen & Terry não pode ser questionado. Elas são responsáveis por projetos vitoriosos com gravações que ganharam o Grammy, como Celine Dion, Gloria Estefa, Linda Jones  entre outros. Terry é vocalista vencedora do Disco de Platina no hit "How High". Helen compôs e produziu o aclamado álbum Have You Heard About It. Também escreveu parte da trilha sonora da série CSI. As duas são armas secretas de vários DJs.
As composições de ambas já chegaram aos primeiros lugares da Billboard, caracterizados por canções que fazem parte de filmes. Uma delas foi no arrasa quarteirão The Score, estrelado por Robert De Niro. As vozes dessas meninas podem ser ouvidas, também, em diversos comerciais da televisão norte-americana.
 Mas elas não vivem só dentro dos estúdios. Às vezes fazem shows ao vivo, onde não faltam paixão e energia. Em turnês por Nova York, Europa e Japão dividiram o palco com Dave Koz, Steve Vai, Ledisi, Patti LaBelle e outros.
O sonho delas era criar uma companhia de música multifacetada personalizando canções para filmes de cinema, TV, comerciais, ringtones, ringbacks e jogos eletrônicos. O sonho virou realidade por meio da Productions Phil´erzy que a partir de 2009 passou a produzir hits para vários artistas e ganhou o Grammy pela canção "Baby I Know" na voz de Linda Jones e Melhor Performance R&B Vocal Tradicional
O último album Helen & Hollyhood Terry saiu em 2010.

Carl Brister é a continuidade do Gospel

Carl Brister é outro grande talento da música Gospel norte-americana, com sua sensibilidade de tocar os corações dos fãs. Outro detalhe curioso, é que através dessas canções ele compartilha a palavra de Deus.
Como ocorre com a maioria de outros artistas do Gospel, Carl começou jovem. Aos 7 anos de idade apresentou-se pela primeira vez numa igreja. Aprendeu que nem sempre a batalha é ganha, há os momentos em que é preciso compreender os motivos daquele fracasso. Pois às vezes as pessoas lutam sem orientação do Senhor e acabam quebrando a cara literalmente.
Na dura e escorregadia estrada do show-biz, repleta de armadilhas, Carl Brister já percebeu como é preciso se comportar. A proposta de suas canções é incentivar as pessoas a lutar e conquistar o lugar merecido, determinado pelo Senhor. Reconhece o dom de compor e poder cantar. O talento dele inclui produção executiva, composição e saber navegar pelo R&B, Soul e Jazz. Espelhou-se nas feras Stevie Wonder, Fred Hammond, CeCe Winas entre outros. Teve a brilhante oportunidade de ministrar o louvor "Pray For Me" num programa de TV, com audiência em todos os Estados Unidos. O show contou com as presenças de Fred Hammond, Michael V. McKay e Staton Candi.
Neste ritmo lançou em 2000 o primeiro CD,The Journey. Ficou entre os 10 melhores do Gospel norte-americano, antes tinha gravado o álbum The Melody. Reconhece que se não fosse o amor pela música, já estaria morto. Por isso que ao compor, pensa nos projetos que Deus lhe reservou que é o de cantar para mostrar aos problemáticos que ainda existe solução para os problemas.

Brandy, outra princesa da black music

Em 2005, Brandy já tinha vendido mais de 5 milhões de discos e colocado 16 hits no Top 20 Pop e R&B, tanto que deu-se ao luxo de lançar a coletânea The Best Of Brandy, algo que muitos artistas fazem já em fim de carreira e com ausência de inspiração para novos trabalhos. É a rica veia artística de quem nasceu no celeiro de grandes artistas: Mississippi.
Para Atlantic Records, onde gravou quatro álbuns, em 1998 o hit "Never Say Never vendeu mais de 4 milhões de cópias em todo o mundo. O brilho teve os dedos dos produtores Rodney Jerkins, Fred Jerkins III, Guy Roche e David Foster. Depois vieram os CDs lançados em 2002 e o best seller Afrodisiac, que ganhou destaque na mídia.
Brandy é uma artista multi talentosa. Ela mostrou isso no seriado Moesha, que durou de 1996 a 2001, sempre com sucesso. Em 10 anos de carreira é possível perceber o seu desenvolvimento, principalmente no aspecto vocal. Nem Brandy consegue acreditar que uma década tenha passado tão depressa. Às vezes ela se recorda de quando cantava no quarto sonhando em ser estrela. É humilde para reconhecer que Whitney Houston foi sua inspiração. Dai encontramos explicação para os clipes do hit "I Wanna Be Down", gravados ao lado de Queen Latifah, Yo Yo e MC Lyte. Essa canção estourou nas paradas em 1994. O single foi dedicado ao seu irmão, mas era difícil de cantar. O quarto sucesso foi  um dueto com Wanya Morris dos Men Boys II, que ela estava morrendo de vontande de ir  ao parque de diversões  Six Flags na periferia de Los Angeles. Mas os técnicos do estúdio só diziam que isso ocorreria após o término das gravações. Para apressar, Brandy colocou muita paixão na interpretação.
O segundo álbum Never Say Never tinha seis canções de sucesso. Era o sinal de seu primeiro envolvimento como co-produtora de uma série de faixas, como "Angel in Disguice", lançada em 1999, sua música preferida. Era a primeira vez que Atlantic Records a deixava produzir algo com o seu estilo próprio.  Aproveitou para colocar o próprio toque especial no hit "The Boys is Mine", originalmente uma faixa solo. Resultado: vendeu 2 milhões de cópias e passou algumas semanas no primeiro lugar no Hot 100 e oito como o número 1 R&B recorde em 1998.
No Pop seu maior sucesso é o single "Have You Ever", mas na época sua voz não tinha o potencial de hoje e esteve pela primeira vez ao lado do produtor David Forster. Em 2002 lançou o terceiro CD, com a faixa título produzida por Mike City, porém o hit "What About Us" teve pegada mais agressiva, cuja letra falava de um relacionamento que não estava mais dando certo. Morando no Arizona, região mais calma em relação a agitada Los Angeles, Brandy continua firme, às vezes cuidando da filha, e na maioria do tempo exercitando o vocal, ao tomar banho, com a diferença que ela já sabe cantar.


 

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Melba Moore sacudiu a poeira e deu a volta por cima

Melba Moore é filha de um saxofonista de Jazz. É bacharel em música, cantora, atriz com vários papéis interpretados em peças na Broadway, além de participar de diversos filmes e seriados da TV norte-americana.
Como interpréte tem vários discos gravados, desde quando entrou para valer no show-biz, em 1971, aos 25 anos.
Melba é o exemplo da superação: saiu da miséria para a riqueza, quando criou seu próprio programa de televisão de rede, tornando-se um nome familiar no início da década de 1970. Porém sua carreira foi ladeira abaixo deixando-a na pobreza em 1990. Mas após chegar ao fundo do poço, recuperou-se e deu a volta por cima, para alegria dos seus fãs. A música esteve sempre em suas veias, pois o pai era saxofonista e a mãe cantora, depois o padrasto era pianista. Os seus irmãos eram também músicos, que se reuniam em casa para tocar e cantar.
Outra grande influência foi o bairro negro do Harlem, onde cresceu em meio a violência. Descobriu cedo que estudar era o lugar certo para perseguir seus objetivos musicais. Para isso frequentou boas escolas em Newark, em New Jersey. Ali formou-se em música, depois seguiu para faculdade Montclair para se especializar nesta arte nobre.
Após a formatura retornou ao ensino público de Newark e lecionou música durante um ano, mas decepcionou-se com a falta de estrutura do local.
Enquanto trabalhava começou a cantar num grupo local chamado Voices, formado por professores interessados em divertir os outros. Em seguida passou a trabalhar de backing vocal nas gravadoras e bandas de Aretha Franklin e Frank Sinatra. Também engordava o salário cantando comerciais de televisão.  Ganhou respeito da crítica.
Em 1967 chegou cedo para uma sessão de gravação e foi convidada pelo dramaturgo Gerome Ragni para uma produção musical numa peça de teatro na Broadway. O enredo era venenoso: sexo, drogas, rock e nudez. Sua presença no palco eletrizou a plateia, ganhando o papel principal. Anos depois reconheceu que a experiência foi tremenda loucura. Melba brilhou nesta peça 18 meses. Depois partiu para outra, mas desta vez mais leve, falando das plantações da Geórgia. Acabou ganhando o Prêmio Tony. Até chegar 1971, quando lançou seu primeiro disco. Neste período estrelou um programa na TV CBS. Aproveitou para emendar diversas turnês. Nos shows fazia diversas vozes e estilos diferentes, como se estivesse encenando uma peça.
Apesar de todo trabalho duro, ela encontrou pedreira no caminho, com seus gerentes deixando-a na mão até ficar sem nenhum projeto nas mãos. A sorte mudou ao casar-se com o promotor artístico Charles Huggins, com que teve um casal de filhos e parceria numa empresa de produção. Assinou contratos com a Buddah e Epic Records. Neste período, 1971 a 1979, gravou vários discos, além de estourar nas paradas de sucesso.
A maré alta prosseguiu na segunda metade da década de 1980, quando foi nomeada para um Grammy pela segunda vez, por um álbum gravado em 1985: Read My Lips. Os anos de 1990 começaram bem, quando gravou uma versão do sucesso "Lift Every Voice and Sing" ao lado de Dionne Warwick, Anita Baker e outros. Mas o pedido de dívórcio pelo marido em 1991 a deixou sem rumo. Ficou sem dinheiro até para comprar comida para os filhos, quando o ex-marido não lhe pagava a pensão. No final da década de 1990 retornou por cima.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Lydia Caesar: a mãe do Rock&B

No meio de tanta armação no mundo da música, Lydia Caesar é exceção. Quando sobe ao palco, as pessoas não têm dúvida do que ela é capaz de fazer com a voz.
Consegue criar diversos efeitos quando canta, além de grande presença nas apresentações. Em vez de interpretar canções de R&B, ela criou o Rock&B. A adrenalina fica mais forte com suas canções cheias de riffs de guitarra, além da batida inesquecível da bateria.
Alguns críticos dizem que suas composições ficarão eternas. Nascida no bairro do Queens, em Nova York, a menina cresceu com fortes vínculos com a igreja, família e curso de música. Para Lydia, cantar é um estilo de vida, por isso suas letras refletem sua rotina. Aos quatro anos de idade já cantava na igreja fundada por seu avô, onde congrega. Reconhece que Deus a abençoou com o dom de cantar e precisa repassar a benção ao mundo, no formato de música. Suas influências foram Michael Jackson, Tina Turner e Chaka Khan. Na escola, aos 16 anos, já escrevia, dirigia e estrelava espetáculo de teatro musical. Das 10 mil pessoas que fizeram testes na primeira temporada do programa Making the Band na MTV, ela foi uma das últimas 15 cantoras. Ali decidiu compor suas canções, por sugestão de pessoas da produção do programa.
O seu carisma a ajudou em diversos shows por Nova York, além do reconhecimento da própria mídia. Passou um mês viajando pelo Marrocos. Depois em 2009 colocou sua voz num evento da ABC. Brilhou no palco ao abrir apresentações de vários cantores. Há dois lançou o CD Soul Biscuts, com quatro hits de sua autoria.
Depois gravou o CD Eletric Garden Love, mistura de Rock e Rhythm and Blues, o qual denominou de Rock & B. Este álbum é cheio de músicas suaves, para deixar tranquilo o astral de quem ouve. Não parou por ai. Usando a mesma massa, acrescentou Soul e Pop ao seu Rock&B em outro CD chamado Love Bells, lançado na Primavera de 2010.
Mas nem só de música é feito o mundo de Lydia. Finalizou o bacharelado em Teatro na Universidade de Hofstra. Depois colocou no mercado sua própria linha de produtos de beleza, pela griffe Caesarwest. Pelo visto, ela terá fôlego para sustentar uma loga carreira numa estrada do show-biz repleta de surpresas. Lydia aposta que o seu tempo é agora, para isso tem a personalidade que aglutina filha, irmã, mãe, cantora, escritora, atriz, designer e muita essência de black music.