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#BMW - Morre #QuincyJones, o gênio da produção de grandes discos

Luís Alberto Alves/Hourpress

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Oleta Adams mostra que a black music continua viva

Oleta Adams é o que se pode chamar de garota prodígio. Filha de um pastor batista da pequena cidade de Yakima, Washington, quando criança já tocava piano e dirigia o grupo de louvor da igreja. Aos 18 anos renunciou a bolsa de estudos e foi para Los Angeles em busca do sonho de tornar-se artista. Ao seu estilo, não se encaixava no som do início da década de 1970.
Mudou-se para Kansas City e aos poucos continuou a cantar e tocar piano em boates. Logo seu show virou point para visita de celebridades.
Sua grande chance veio em 1988, quando Roland Orzabal e Curt Smith, do grupo britânico, em seguida, Tears for Fears, viu seu show e ofereceu-lhe a oportunidade de fazer backing vocals para o álbum The Seeds of Love, o acompanhamento da sua Songs smash internacionais álbuns a partir da Big Chair (e seu hit "Everybody Wants to Rule  the World"). Seu desempenho em The Seeds of Love foi notável, e ela logo assinou contrato com a Mercury Records para gravar seu álbum de estreia com produção Orzabel.Estréia de Adams de 1990, Circle of Love, foi como nada mais no momento, e levou o mundo musical pela tempestade. Sua capa de Brenda Russell soprosa "Get Here" era praticamente irreconhecível em relação ao original. Foi uma obra-prima latente, Torchy e produção escassa Orzabal atrás dela voz profunda e clara, feita para uma das baladas verdadeiramente grandes da década.
O resto do álbum foi igualmente notável, especialmente a cobertura sete minutos jazzy do clássico "Everything Must Change" e composição legal Orzabel de "Rhythm of Life". Numa altura em que o público adulto urbano já estava regozijando-se estrelas em ascensão Luther Vandross e Anita Baker, Adams proporcionou um igualmente forte - mas jazzier - Além do crescente mercado adulto contemporâneo urbano.Seu álbum seguinte, Evolution, foi mais de uma declaração pessoal, com Adams escrevendo sete das 12 canções. Trabalhando com o produtor britânico Stewart Levine, Adams criou um álbum memorável menos completo, mas com alguns pontos altos notáveis, incluindo a balada impressionante "I Just Had to Hear Your Voice" eo número de fechamento alegre "Window of Hope". Infelizmente, a falta de um único grande feito este álbum menos apreciado do que deveria ter sido, e ela desapareceu a partir dos prontuários de forma relativamente rápida.Adams seguiu em 1995 com Moving On, um álbum mais urbano em sonoridade que não clique crítica ou comercialmente. Ela se mudou de volta para suas raízes gospel em 1997 com o passeio muito agradável Come With Me, alcançando seu maior aclamação da crítica desde sua estréia. Ela então passou os próximos anos em turnê antes de lançar e o CD All the Love  na Europa em 2001. Foi um sucesso moderado lá, e um ano depois o mercado norte-americano respondeu de forma positiva.
 Ela seguiu alguns anos mais tarde com Christmas Time Com Oleta, mas não gravou outro álbum de estúdio do padrão até 2009.Embora apenas os mais fortes fãs têm investido em catálogo inteiro Oleta Adams ', a compilação The Best of Oleta Adams é altamente recomendado para todos os fãs do clássico Soul Music, Jazz com sabor. Ele inclui os melhores cortes de seus três primeiros álbuns, assim como alguns cortes adicionais de escolha de outras sessões de gravação.

 



Bloodstone: outra banda da rica década de 1960

A banda Bloodstone surgiu em 1962 na cidade de Kansas, Missouri. Composta por Melvin Webb na bateria, Roger Durham na percussão, Charles Love na guitarra e vocais, Charles McCormack no baixo, Harry Williams na percurssão e  Willis Draffen na guitarra, o grupo deixou seu nome escrito na história da black music. O nome Bloodstone batizou o conjunto quando mudaram para Los Angeles em busca de maior visibilidade. Na década de 1970 fizeram sucesso com os hits " It´s The Way We Make Our Music" e "Natural High", com essa canção ficaram conhecidos pelo Funk misturado com Soul, além de pitadas de Rock e Gospel.
Ainda na década de 1970 emplacaram as canções "Never Let You Go", "Woman Outside" e "My Little Lady". Foram importantes para o movimento funk naquela época. O álbum Nature (1973), produzido por Mike Vernon, vendeu mais de 1 milhão de cópias, além de ganhar o Disco de Ouro daquele ano. Na década de 1980, a bola do grupo baixou um pouco, com a saída de McCormick. Mesmo assim chegaram de novo às paradas com os hits "Go On" e "Cry", num disco gravado em 1982. Nos anos 1990 continuaram a gravar, além de escrever trilha sonoras para filmes produzidos em Hollywood. Porém, o ano de 2002 marcou a morte do fundador da banda, Willis Draffen.




Ron Anthony é o sucessor de Luther Vandross

Perfomances enérgicas, letras românticas, apoiadas numa grande banda ao vivo, e uma voz parecida com a de Luther Vandross são as grandes ferramentas do sucesso de Ron Anthony. Antes de morrer, Luther disse para ele acreditar no seu talento, que o céu seria o seu público. Como ocorre com maioria dos grandes intérpretes dos Estados Unidos, Ron deu os primeiros passos numa igreja Batista do bairro do Brooklin, Nova York. Aos 13 anos já cantava num coral gospel.Ali aprendeu que é preciso interpretar a canção, não basta apenas deixar a voz invadir o microfone. Passou a estudar música, principalmente canto, onde desenvolveu o som característico e cinco oitavas de tenor. Estudou com o famoso diretor artístico Harry Poe no Mindbuilders Centro de Artes Criativas. Em 1992, ganhou papel de liderança na produção da turnê de Mama, I Want to Sing. Passou vários anos viajando pelos Estados Unidos, Europa, Japão e Taiwan. Ali começou a construir sólida reputação como cantor de fundo trabalhando ao lado de Phoebe Snow, Debarge Chico e Amel Larrieux.
Nestas apresentaçãos passou a chamar atenção de Luther Vandross. Ele reconheceu o talento de Ron e o levou para sua companhia de produção, a LV Productions. Começou a cantar a seu lado. O público foi cativado por seus vocais carismáticos e perfomances de palco dinâmicas.
Ron  reintroduziu letras e melodias suaves e sedutodas de R&B atual e Soul Music. Logo apareceram os hits "You Are My Love Song", "All Nite", "Step Brooklin", "Get You Back", "Playa" e "Superman".
Ao lado de sua banda Skin Tight, passou a correr o mundo, principalmente o Oriente Médio, onde faz diversos shows. A explicação para o sucesso é simples: escreve música que todo mundo pode ouvir, misturando o eclético da velha escola com a nova. Coloca no liquidificador de suas canções pitadas de Donny Hathaway, Stevie Wonder e Marvin Gaye.
Mas sem esquecer de explorar temas da responsabilidade, respeito, amor e social. Caso continue nesta estrada, provavelmente sentirá o gosto suave do sucesso por décadas. É só manter os pés no chão.

Crystal Aikin: outro talento bruto do Gospel

Crystal Aikin é outro grande talento da música Gospel norte-americana. Desde criança envolvia-se com grupos de louvor da igreja. Tinha o sonho de chegar ao pedestal dos grandes intérpretes do Gospel. Ficava maravilhada ao ouvir os hits de Kirk Franklin. Enquanto não chegava a fama, trabalhava como enfermeira num pronto-socorro.
Não perdeu tempo. Procurou as músicas certas e bons produtores para realizar seu sonho. Aos poucos as pessoas não podia contestar a força de sua voz, bem colocada nas canções Gospel e R&B e até mesmo em Jazz. Como soprano, Crystal Aikin transmite emoção e mostra, por meio de suas músicas, a gratidão do Senhor em relação a nós.
Isto é vísivel nas faixas "What If", "I Deserve More" e "A Song About Jesus", composta por Kirk Franklin. Sua voz deixou lindas as canções "He´s so Worthy", "Lord You Reign Forever" e "Turn to Him".
Crystal Aikin carimbou sua própria marca no estilo de suas interpretações. É um talento bruto, que o tempo vai encarregar-se de lapidar transformando numa grande joia.



 

Calloway é outra joia de Ohio

No final da década de 1980, os irmãos Calloway eram os destaques da Solar Records. Começaram a carreira como produtores e compositores de boas canções. Logo aproveitaram a oportunidade para gravar seus próprios discos.
Nascidos e criados em Cincinnatti, estado de Ohio, que deu tantas feras da black music nos últimos 60 anos, Reggie no trompete e Vincent no trombone formaram a banda Midnight Star em 1976, quando estudavam na Universidade do Kentucky.
Em 1980, o grupo gravou um disco para a RCA, antes de ir para a Solar Records dois anos depois. A banda engordou com a entrada dos guitarristas Gentry Melvin e Jeffrey Cooper, o baixista Kenneth Gant, o baterista Bill Simmons e o tecladista Bo Watson. Lançaram dois álbuns na Solar, com Reggie Calloway no comando firme do grupo. Ganharam disco duplo de platina em 1983, no álbum No Parking on The Dance Floor, destacando-se os hits "Wet My Whistle" (autoria de Reggie), "Freak-a-Zoid" e a faixa título do do disco.
Neste mesmo ano, Reggie trouxe de sua cidade natal o grupo The Deele, que se beneficiaram de sua produção e chegaram ao topo das paradas com a canção "Beat Street". Em 1984, a Midnight Star lança outro álbum e tornam-se sucesso os hits "Body Snatchers" ,"Operador" e "Love Cientifico". O ano de 1986 rendeu outro Disco de Ouro, com o álbum "Meeting in The Ladies Room" e a saída dos irmãos Calloway da banda.
Passaram a produzir sucessos de outros artistas, inclusive ajudaram a veterana Natalie Cole quando a canção "Jump Star" a jogou nas paradas novamente. O mesmo ocorreu com Gladys Knight & The Pips, no hit "Love Overboard" no final de 1987.
Depois de todas essas experiências, os irmãos Calloway perceberam que estavam prontos para tocar projeto próprio. Foram recompensados. A canção "I Wanna Be Rich" estourou. Composta em 1983, mas nunca gravada pela Midnight Star. Em seguida vieram "All The Way", "Sir Lancelot", "Let´s Get Smooth", "Sugar Free", "One Day At a Time"e "Set The Table". No ano 2000, Reggie lançou um CD que foi muito elogiado pela crítica e estourou nas paradas da Grã-Bretanha.





 

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Blackbyrds: da Universidade para o show-biz


Os Blabyrds era um grupo de Jazz-Funk que surgiu na Universidade Howard no começo dos anos 1970. O grupo tinha o guitarrista Barney Perry, o tecladista Kevin Toney, o trompista Allen Barnes, o percussionista Jacobs Perk, o baixista Joe Hall e o vocalista Keith Killgo. O líder da banda era o trompetista de Jazz Donald Byrd, responsável por ensinar música a todos membros do conjunto. 
O maior sucesso dos Blakbyrds foi o hit "Walking in Rhythm", cuja canção mesclava Soul e Jazz. No final da década de 1970 colocaram nas paradas as composições "Happy Music", "Time is Movin" e a Disco Dance "City Life". Continuaram a gravar nos anos 1980. Com menos componentes, a banda ainda prossegue em atividade.




quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

All-4-One voltaram a acertar a mão

O quarteto All-4-One ainda continua sendo referência no Gospel e Soul dos Estados Unidos. Na década de 1990 foi um dos grupos mais talentosos a surgir nas terras norte-americanas.
O início da carreira de todos foi nos grupos de louvor das igrejas evangélicas. Ali cresceram musicalmente Tony Borowiak, Jamie Jones e Alfred Nevarez. Os três se reuniram num estúdio da Califórnia para cantar jingles comerciais. Acabaram convencidos a aceitar a inclusão de Delious Kennedy. Juntos enfrentaram um teste na LA Records. Cantaram o clássico "So Much in Love". Aprovados, lançaram o primeiro disco em 1994. Naquela época houve renascimento dos quartetos vocais, liderados pelos Boys II Men. A versão cappella de "So Much in Love" estourou nas paradas Gospel dos Estados Unidos. Outro destaque foi o hit "I Swear", sucesso absoluto nas paradas Pop durante mais de dois meses e o disco mais vendido do ano. Porém, até o final de 1995 o grupo parecia estar à beira do estrelato.
No segundo disco, o quarteto enfrentou o dilema: apoio crescente tanto no Pop e cantos da Soul Music e a cena da música já ter mudado desde a época do álbum de estreia da banda. Curiosamente, o grupo errou de forma criativa na gravação da canção " And The Music Speaks". Não era Soul nem Gospel, mas tinha um som suave. O hit "I Can Love You Like That" entrou nas paradas e o disco sumiu rapidamente das lojas. Em 1997 gravam  Ond and Ond, mas os estúdios atrasaram o disco em quase 18 meses. De forma silenciosa saiu para as lojas em 1999, pelo selo Atlantic, com pouco apoio. Foi o melhor disco do grupo. As baladas notáveis destacaram-se, como "Time to Come Home" e "I Will be Right Here", além das magníficas performances de Kennedy e Jones. Poderia ser melhor, mas um acidente de carro deixou o quarteto de molho por mais de um ano. Em 2001 gravaram o CD All-4-One...Has Left The Building, mas ele nunca foi lançado.
No ano seguinte soltaram A41, álbum dócil, contendo a balada melódica "Not Ready for Goodbye". Em 2004 lançaram o álbum Asia Split Personality. O destaque ficou para a faixa "Someone to Live in Your Heart". Depois desse trabalho, o vocalista Jamie Jones lançou um CD solo, isto não impediu de o grupo continuar junto em futuras gravações. Jones alcançou sucesso como produtor, especialmente com a canção "Wayne Brady Change is Gonna Come".
 Ele abriu as portas para os All-4-One assinar com a Peak Records. Ali lançaram o CD No Regrets, concluído em setembro de 2009. Nesta década é o melhor disco do conjunto, com excelente atualização do som do quarteto com arranjos mais quentes. É o renascimento comercial de um grupo determinado a fazer as coisas direito pela segunda vez.




Vanessa Bell Armstrong: uma das gigantes do Gospel

Uma das grandes cantoras de Gospel, nos Estados Unidos, é Vanessa Bell Armstrong. Seu último CD Walking Miracle é a prova disto. De contrato assinado com a Gospel EMI Records, ela encontrou lugar para explorar seu talento, unção e experiência.
Humilde, Vanessa ainda se sente como simples vocalista quando começou a cantar ao lado de Thomas Whitfield, mesclando o Gospel antigo e o atual. Ela reconhece que o som contemporâneo do Gospel é quem joga para cima o moral de quem se julga prostrado.
O CD Walking Miracle é a mistura de Soul e Gospel, mas de grande vibração. O primeiro single "So Good to Me" é a radiografia dela. A canção teve a produção de Smokie Norful. O conhecimento e amizade de ambos traduziu-se num excelente trabalho. No estúdio, Smokie confessou que ouvia Vanessa desde sua adolescência, quando cantava suas canções na igreja onde congregava. É um clássico construído com todos os ingredientes do Gospel.
A canção verbaliza o tema Armstrong, que está preocupada em dizer a todas as pessoas como Deus tem sido bom para com ela. É a resposta aos críticos que achavam que sua carreira tinha chegado ao fim. Vanessa disse apenas que o Senhor a tinha colocado em processo de hibernação, para trazê-la à tona na hora certa.
Das 11 faixas deste CD, a mais pessoal  é "It´s Over Now". É uma conversa íntima dela com Jesus Cristo, onde lhe pede uma canção para seu filho, filha e para mundo que precisa de uma cura coletiva para as pessoas enfrentarem suas lutas diárias. Reconhece ser a canção predileta, pois Deus preparou a música para ela enfrentar as forças das trevas, derrotando doenças e amarguras do coração.  Walking Miracle apresenta o superprodutor Rodney Jerkins na faixa título, onde Armstrong explora bem seus vocais claros e cativantes.
A letra fala da relação e poder de Deus que cura. Vanessa lembra que a canção surgiu por causa da doença  que acometeu seu filho. Nas orações, Jesus o curou. É uma composição que enfatiza a fé que precisamos continuar tendo no Senhor, mesmo nos momentos difíceis.
Outro destaque é a balada "Fall in Love", falando do sentimento amoroso dos cristãos em relação aos outros, da intensidade do primeiro amor por Jesus Cristo. O hit enfatiza a vontade de recuperar o tempo perdido e voltar aos braços do Pai.Também não pode ser esquecida a faixa "Seasons", onde os vocais de J. Moss deixam o CD mais lindo ainda.
Poucos sabem que Vanessa apareceu pela primeira vez na Broadway em 1991 na produção de Not Get Started God". Ela resistiu ao teste do tempo, pois seu primeiro lançamento, Peace be Still (1984), tornou-se canção de definição para ela. Depois gravou mais três álbuns, mostrando sua importância no Gospel norte-americano.
Desde aquela época, que seus discos, por meio de lindos louvores, procuram incentivar, inspirar e lembrar a todos nós do incrível poder de Deus. O CD Walking Miracle passa a mensagem de que precisamos esperar, ter fé, saber que há vitória e que Jesus Cristo está ao nosso redor. É o recado de que Deus a ungiu para cantar às multidões, ainda presas nas garras do mundo.







Carl Anderson: o destaque do Smooth Jazz

Quando Carl Anderson surgiu em 1973, o show-biz imaginou que fosse uma estrela de infinita grandeza. Afinal sua performance na versão filme da premiada peça Jesus Cristo Superstar iludiu a crítica. Anderson roubava a cena por sua magistral interpretação do hit "Heaven on Their Minds".
Tudo não passou de track. Ele ficou sem gravar durante dez anos. E quando lançou um disco pela  Columbia Records, a faixa "Absence Without Love" foi outro fracasso. Em 1984 lançou "Ond and Ond". Só em 1985 acertou a mão trabalhando com Patrick Henderson e com o guitarrista Al McKay, da Earth Wind & Fire, num álbum maravilhoso. O destaque ficou para a canção "Cah´t Stop This Feeling". Depois veio o dueto com Gloria Loring, no hit "Friends and Lovers", tornando-se nitroglicerina nas paradas de sucesso dos Estados Unidos.
De olho grande, a Columbia lançou outro álbum: Carl Anderson. O disco direcionado ao público pop adulto fracassou nas vendas. Ele aproveitou e mudou-se para a MCA Records, onde gravou o disco Act of Love, numa linha próxima ao Smooth Jazz , mas recebeu pouca atenção da crítica. O desastre o deixou sem gravadora. Para escapar do prejuízo, resolveu apostar num trabalho de Jazz puro. Sob a batuta de Russ Freeman, o CD Piece of a  Heart foi sucesso comercial e de crítica. Lançou mais três álbuns e iniciou uma carreira de vocalista de Smooth Jazz.
Apresentou-se ao lado de Nancy Wilson e Eric Marianthal ao longo da década de 1990. Sua última gravação ao vivo do CD Why We Are Here  tornou-se boa introdução para seus futuros lançamentos na linha Smooth Jazz. A versão do hit " Who Can I Turn To?" é a referência para comprar este CD. Infelizmente Anderson não pôde ir mais longe: em fevereiro de 2004 a leucemia o derrotou para sempre.





Babyface é cara nova da black music

Na década de 1990 surgiu provavelmente o mais importante compositor e produtor de black music dos Estados Unidos: Kenneth "Babyface" Edmonds.  Seu aprendizado começou na banda  Bootsy Collins. Mais tarde juntou-se a LA Reid para formar o grupo A Deele. O Funk nunca mais foi mesmo.
Não demorou para Babyface passar a expandir-se para fora dos domínios da banda A Deele. Como compositor lançou a sussurrante "Rock Steady", em 1987, que atingiu o top das paradas de sucesso dos Estados Unidos. O mundo do show-biz ficou atento ao seu estilo de compor. Logo mudou suas composições mais melódicas, quase clássicos do Pop. Deu-se ao luxo de criar novas batidas de Funk. Após o sucesso das açucaradas "Two Ocassions", em contraste com "Body Talk", ele passou a trabalhar  no hit "Face´s Tender Love", outra canção a estourar nas paradas e pistas de danças norte-americanas. Após sair do grupo E Deele, Babyface  e LA Reid viraram rolo compreensor, com a dupla produzindo, numa década, diversas músicas de sucesso. Ganharam quatro Grammies de produtores do ano, além de criar hits para Bobby Brown, Whitney Houston, Karyn White, Toni Braxton e Boys II Men.
As canções "End of The Road" e "I´ll Make Love to You" tornaram-se clássicos da história da música Pop, por causa de suas irresistíveis melodias. Preocupado em escrever para outros artistas, Babyface tinha pouco tempo para sua carreira-solo. Enquanto seus álbuns, como Cool in You, cujo CD incluía a balada vencedora do Grammy "When Will I See You Again", foram sucessos consagrados, Babyface não teve maturidade suficiente para atingir o top e ali manter-se por muito tempo.
Na década de 1990 passou a trabalhar em trilhas sonoras, incluindo o filme O Guarda-Costas e a comédia Boomerang, com Eddie Murphy. Em 2001 lançou o CD Face 2 Face. O álbum ficou pouco tempo nas paradas. Depois gravou o intimista Grown & Sexy. Seus tropeços não retiram os méritos de ótimo compositor e produtor da recente geração de artistas de black music dos Estados Unidos. É difícil esquecer de suas canções, com impecáveis melodias.





Aysha é outra estrela do Jazz


Nos últimos seis anos, Aysha construiu uma sólida carreira solo. Não é uma cantora cometa, que logo aparece e depois some. Em 2010 ganhou o prêmio de Artista Jazz do Ano. Tudo começou em 2006 ao lançar de forma independente seu primeiro CD Love is a Rock. A faixa "Send for Me" reviveu as doces baladas das décadas de 1970 e 1980, quando os casais não conseguiam ficar parados.  Pouco tempo depois gravou Stay With Me.
Composto de cinco canções originais produzidas pelo competente e lendário arranjador Monty Seward, cujo currículo inclui diversas estrelas do show-biz norte-americano, entre eles Jackson´s Five. O CD recebeu ótimas críticas de diversas publicações de todo os Estados Unidos e atingiu as paradas de sucesso da Grã-Bretanha. O talento de violonista é visível no hit "I Give You My Love", onde Aysha mostra que não é uma cantora de proveta, como as inúmeras existentes no mercado.
Aysha tornou-se excelente estrela do Jazz e R&B, com várias apresentações no circuito de casas de show deste estilo. Sua voz aveludada é sensual e suave, com influências de Sade, Toni Braxton e Phyllis Hyman. Antes de apostar na carreira-solo trabalhou como backing vocal das bandas Zapp e War. Da experiência que teve com as feras desses dois grupos, ela teve coragem para apostar num estilo próprio, apresentando-se em várias casas de show de Los Angeles, entre elas a famosa BB King Blues.
Em agosto de 2006, uma rádio da Califórnia (a live365com) a escolheu como artista top, por causa de músicas que passaram a ser executadas em vários horários, forçadas pelos pedidos do público. De março de a outubro de 2008, Aysha destacou-se em inúmeras revistas que abordam artistas independentes. Neste pique, logo será uma grande estrela internacional do Jazz.











Gerald Albright: uma das feras do Soulful

A Califórnia deu de presente para a black music o talento de Gerald Albright. Crescido no sul de Los Angeles, frequentou a Universidade de Redlands, onde recebeu grau de BS em Administração de Empresas, com especialização em Música.
Após concluir o curso universitário passou a trabalhar em estúdio com artistas como Patrice Rushen, Anita Baker, Ray Parker Jr., Atlantic Starr, The Winans, Olivia Newton-John, Temptations e Maurice White, o fundador da Earth Wind & Fire.
Também acompanhou em turnês Les McCann, Franklin Rodney, Jeff Lorber, Marie Teena, Marlene Shaw, Debra, Quincy Jones, Whitney Houston, Phil Collins entre outros. Trabalhou em diversas casas de show da Califórnia e participou de vários festivais de Jazz. Uniu-se a Chaka Khan, Jonathan Butler, Hugh Masekela e Rachelle Ferrell para tocar Jazz numa linha mais popular.
Para enriquecer ainda mais o currículo apareceu em inúmeros programas das emissoras de televisão dos Estados Unidos, até conduzir apresentações em Las Vegas. Toda essa cancha serviu para firmar Albright como um dos músicos mais competente dos Estados Unidos. Tornou-se um dos dez saxofonistas que participaram da posse do presidente Bill Clinton, em apresentações privadas na Casa Branca.
Nesta caminhada já vendeu mais de 1 milhão de CDs nos Estados Unidos. Produz seus álbuns com ótimos arranjos de guitarra, teclados, flautas, bateria e excelentes vocais. É conhecido como "músico músico".
Usa o talento de saxman para arrecadar fundos para diversas entidades assistenciais, principalmente a Sociedade Americana do Câncer. Nunca se esquece de ajudar a comunidade negra.
É conhecido por sua rapidez no palco e seu som, onde deixa bem marcado a pegada do Soulful. Sempre dá ao público o show que ele espera ao comprar o ingresso.
Além de grande saxofonista, Albright explora seu talento no piano e às vezes no contrabaixo, tentando manter a mesma pegada de Louis Johnson que o influenciou na adolescência. Já gravou 9 CDs e ocupa grande destaque na história da black music dos Estados Unidos, como músico, compositor e produtor.




Universidade ajudou criar After7


A Universidade de Indiana (Estados Unidos) foi a responsável pelo nascimento do After7. Ali os irmãos Kevin e Melvin Edmonds se uniram ao colega de estudos Keith Mitchell para formar o trio. Começaram a fazer shows ao redor daquela cidade. Logo eles seriam um grupo de Funk no estilo bem atual. Para colocar mais pimenta no molho, veio como produtor Kenneth "Babyface" Edmonds, trazendo à tiracolo LA Reid. A dupla já havia trabalhado com Boyz II Men, Toni Braxton, Whitney Houston e dezenas de artistas que frequentavam as paradas de sucesso  norte-americana.
Em 1988, Babyface e Reid entraram num acordo com a Virgin Records e levaram para lá o grupo After7. O trio assinou contrato. Lançaram o primeiro álbum e três hits chegaram ao topo: "Ready on Not", "Nights Like This" e "Baby I´m For Real".
O ano de 1995 marcou o estouro de "Til  You Do me Right". O destaque do After7 era a harmonia e as boas performances dos irmãos Edmond, excelentes vocalistas. No final da década de 1990, o trio chegou ao fim, com Edmonds Kevin optando pela carreira-solo. Mas em 2009, Keith Mitchell e Kevin Edmonds foram reunidos por Jason Edmonds para formar outra versão de After7.









terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Fantasy: um dos destaques do American Idol

A black music norte-americana renova-se sempre. Às vezes há lixo imposto pelas gravadoras, mas em alguns períodos surgem boas obras. É o caso de Fantasy, vencedora do American Idol (um dos programas de maior audiência na televisão dos Estados Unidos) em 2004.
Dali que decolou Fantasy rumo ao sucesso. Nascida na Carolina do Norte, atualmente é um dos destaques da Soulful. Seu primeiro CD estourou as paradas de sucesso. Repetiu em público o que fez por trás das câmeras do American Idol.
Logo passou a trabalhar a RCA Records. Ali lançou Free Yourself. No verão e outono de 2004 fez 52 shows. Para não deixar a peteca cair, montou uma banda com feras do porte de Missy Elliot, The Underdogs, Jermaine Dupri, Harold Lilly e Soulshock & Karlin. Três faixas chegaram ao topo: " I Believe", "Summertime" e a empolgante "Chain of Fools", clássico gravado por Aretha Franklin. Fantasy reconhece a influência da primeira-dama da Soul Music, pois sua mãe tocava sempre seus discos em casa. Logo incluiu a regravação de "Daydreaming", sua música favorita.
Desde criança que Fantasy interessava-se pelos microfones. Seus pais e irmãos cantavam em festas de casamento, além de se apresentar em diversas igrejas, incluindo os tradicionais hinos da harpa cristã, alguns compostos há mais de século. Um de seus preferidos era "All My Life", que não faltava em nenhuma festa de alguém que casasse.
Mas ela ouvia muito Rock, Jazz e R&B, além de astros como Anita Backer, Aretha Franklin e Luther Vandross.
Na época de escola, Fantasy participou de diversos grupos e bandas locais. Reconhece que foi difícil atingir o topo do show-biz. A resistência de manter o sonho de tornar-se cantora era baseada em cantoras como Angie Stone e Jil Scott. Elas ensinaram que a beleza externa não pode ser barreira para alguém cantar bem.
Após algumas semanas de competição no American Idol, o telespectador norte-americano resolveu decidir que Fantasy merecia um lugar de destaque na música. Conseguiu realizar seu sonho.
Seu estilo comovente de interpretar as canções a tornou popular. Isto ficou visível quando cantou "I Think It Was When (One of The Judges)". Outro destaque foi "Summertime". Após assinar contrato com a RCA Records, exigiu que seus álbuns tivesse como público chave quem gosta de músicas que tocam em clubes e rádios.










Funkatized: a alquimia da dupla Dee Gee e En Bee

A Funk Music, na década de 1990, ganhou o talentos dos muilti instrumentistas Dee Gee e En Bee. Ambos se conheceram quando tomavam cerveja num bar em Berlim, Alemanha. Em 1994 montaram um show com suas duas bandas. Logo se uniram e passaram a tocar vários projetos. Antes tocaram juntos em outros grupos, desenvolveram vocabulário musical próprio. Sofisticaram suas capacidades de produção. Gravaram vários hits, que estouraram nas rádios e emissoras de televisão dos Estados Unidos e Europa. Um dos CDs é The Sound of Acid Jazz, de 2000. Em março de 2007 voltaram a se encontrar para bancar o projeto Funkatized. Continuam na vanguarda da black music dos Estados Unidos.