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#BMW - Morre #QuincyJones, o gênio da produção de grandes discos

Luís Alberto Alves/Hourpress

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Paulinho da Viola, o gentleman do samba

Paulinho da Viola Paulinho da Viola é o sambista que sabe compor uma música tão bem, quanto dar um buquê de rosas à amada. Marcas de quem é gentleman. Suas letras não maltratam nossos ouvidos, principalmente com rimas pobres e melodias horríveis, como ocorre atualmente.

Nascido no Rio de Janeiro, em 1942, cresceu na Zona Sul da cidade e teve o privilégio de presenciar reuniões e saraus em sua casa com Jacob do Bandolin e Pixinguinha. Para completar a cobertura do bolo, seu pai Benedicto César Faria era violonista do grupo de choro Época de Ouro.

Com esse DNA seria difícil não se transformar num grande artista de talento. Suas frequentes visitas aos blocos carnavalescos influenciou na futura formação de sambista. Mais tarde, ele e amigos fundaram o bloco Foliões da Rua Anália Franco. Depois convidados a integrar a escola de samba União de Jacarepaguá, onde Paulinho da Viola apresentou o samba  “Pode ser Ilusão”.

Como talento chama talento, na agência bancária em que trabalhava conheceu o poeta Hermínio Bello de Carvalho. Logo passa a visitar o seu apartamento. Ali, por meio de gravações, conhece o trabalho de Cartola, Zé Kétti, Elton Medeiros e Nelson Cavaquinho.

Logo forma parceria com Hermínio e ambos compõem “Valsa da Solidão” e “Duvide-o-dó”, com a primeira música gravada por Elizete Cardoso.

Nessa época passa a frequentar o famoso restaurante Zicartola, do sambista Cartola e sua esposa, Zica. Passa a se apresentar, tocar suas músicas e de outros autores. Ali, a carreira de bancário começa ficar em segundo plano.

Com um verdadeiro time de feras, integrado por Zé Ketti, Oscar Bigode, Anescar do Salgueiro, Nélson Sargento, Elton Medeiros e Jair do Cavaquinho, Paulinho da Viola forma, em 1965, o grupo A Voz do Morro.

Sob a batuta do diretor musical Luís Bittencourt, eles gravam o disco Roda de Samba. Por causa do sucesso, no mesmo ano, fazem Roda de Samba volume 2, e em 1966 sai A Voz do Morro – Os Sambistas.

Passou a frequentar a Portela, e ali ao cantar o samba “Recado” é incluído na ala de compositores da escola. Em 1966 apresenta o samba enredo “Memórias de um Sargento de Milícias”, que recebe nota máxima dos jurados e a vitória da Portela naquele ano.

Nesse mesmo tempo, encontrou espaço para gravar o musical Rosa de Ouro, lhe rendendo dois discos, além do lançamento de Clementina de Jesus no mundo da música e a gravação do disco Na Madrugada, em parceria com Elton Medeiros pelo selo RGE.

Em 1968 lança seu primeiro disco solo pela gravadora Odeon. E vence, no ano seguinte, o Festival da TV Record com a música “Sinal Fechado”. Também fica em primeiro lugar na Feira de MPB da TV Tupi com o hit “Nada de Novo”. Nessa mesma época lança o samba “Foi um Rio que Passou em Minha Vida”, que tornou-se clássico da MPB.

Após gravar o disco Prisma Luminoso, já consagrado como músico-compositor, Paulinho da Viola reduz a carga de trabalho. Com o rock brasileiro recebendo grande apoio das gravadoras e depois ocorrendo o mesmo com o pagode, em 1986, ele resolve ficar um pouco na sombra.

Neste período teve tempo para trabalhar profundamente sua obra musical. Resultado: em 1989 lança o disco Eu Canto Samba, ganhando quatro troféus do Prêmio Sharp.

Em 1996 grava o álbum Bebadosamba, um dos discos mais aclamados de sua carreira e vira recordista do Prêmio Sharp de 1997. Por causa do sucesso, gravou mais dois discos ao vivo: Bebadosamba e Sinal Aberto, este último em parceria com o violonista Toquinho. Em 2003 lançou o CD Meu Tempo é Hoje, rendendo documentário com o mesmo nome, sob direção de Izabel Jaguaribe.

A obra-prima Coração Leviano
Crítica sutil em plena ditadura militar
Outro samba de primeira linha

O samba que tornou-se clássico da MPB

A voz suave de Teri de Sario

A cantora e compositora Teri de Sario também recebeu um empurrão do Bee Gees Barry Gibb no início da carreira. Ele fez o mesmo com a australiana Samantha Sang. Na época em que estudava no Ensino Médio, Teri de Sario já mexia com música. Era vocalista de um conjunto da escola, com o qual trabalhou de 1970 a 1977.
Naquela época, ela compunha mais hits folk com pitadas de jazz. Foi quando conheceu o autor Bill Purse, juntos fundiram o pop, jazz e folk. Nesse mesmo intervalo, Barry Gibb recebe uma fita demo gravada por Teri de Sario, intitulada “Ain´t Nothing Gonna Keep Me From You”. Ele melhora a canção, dá outra roupagem e assina a composição.
Ela consegue gravar o seu primeiro álbum Pleasure Train, em 1978. No ano seguinte, Teri de Sario produz o disco Moolight Madness, com remake do hit “Dancin´in The Streets”. Agora ela contava com a juda Harry Wayne Casey, líder da banda KC And The Sunshine.
Em 1980, Teri de Sario grava o álbum Caught, incluindo o hit “Yes, I´m Ready”, remake de uma música de Barbara Manson da década de 1960. Ela faz muito sucesso nas paradas, pois sua voz tem o timbre das garotas adolescentes, apesar de já estar com 29 anos.
Por volta de 1984 e 1985, pelo selo Word Records, ela grava os álbuns A Call to us All e Voices in The Wind. Ambos com a produção de Bill Purse. Em 1986, é indicada ao Grammy na categoria gospel de melhor perfomance feminina.
Faz turnê pelo Japão e Filipinas, e só retorna aos estúdios em 1993 para gravar o álbum Emergence 1993´s, produzido por Bill Took. Três anos depois lança o disco Truth & Light: Music From The X-Files.
Ajuda de Barry Gibb no primeiro sucesso
Fallin, outra balada para aquecer corações
Remake de um sucesso da década de 60

Barry White: autor de belas e inesquecíveis canções de amor





Luís Alberto Alves/Hourpress

Quem frequentou bons bailes e ouve programação flash back em rádios FMs de qualidade já ouviu alguma música de Barry White.  A voz grave é inconfundível, além dos seus ótimos arranjos tornando a canção inesquecível. Do ínicio da década de 1970 até 2003, quando faleceu, sempre marcou presença com ótimas composições. A lista é grande. Até hits alheios, como “Just The way You Are”, autoria de Billy Joel, de 1977, Barry White transformou num clássico de amor, principalmente nas calientes sextas-feiras, que muita gente usa para se conhecer melhor entre quatro paredes.

O curioso é que sua infância no Estado do Texas, onde nasceu em 1944, tinha tudo para dar errado. Inclusive participou de assaltos à mão armada, mas uma dura da polícia lhe revelou que o caminho do crime não era bom.  Mesmo na reta  errada, Barry White cresceu cantando música gospel na igreja com sua mãe. Logo aprendeu tocar piano sozinho.

Aos 16 anos, morando na periferia de Los Angeles, participava de sua primeira gravação, com o grupo Upfronts. Sua primeira música chamou-se “Little Girl”. Depois trabalhou em diversos selos independentes, até chegar às mãos de Bob Keane (responsável pela descoberta de Ritchie Valenz e Sam Cooke).

Logo depois foi trabalhar no conjunto 5ª Dimensão. Com seu primeiro hit de sucesso “ Lost Without The Love of My Guy”, vindo das mãos da cantora Viola Willis, que ficou entre as 20 primeiras das paradas de sucesso de R&B (blues de rua).

Nessa época passou a ganhar US$ 60 por semana de salário. Logo começou a trabalhar com Bobby Fuller Four, Bob Keene e Larry Nunes, mais tarde seu conselheiro espiritual  e amigo de verdade até sua morte. Conhece o cantor Felice Taylor e juntos gravam três discos de sucesso na Inglaterra: “It May Be Winter Outside”, “ I´m Under the Influence of Love”, “ I Feel Love Coming On”. Seu salário sobe para US$ 400 semanais.

Deixa Felice Taylor e passa a fazer diversos arranjos de forma independente. O tempo de vacas magras estava ficando para trás. Conhece Gene Page e tem acesso a vários serviços, inclusive com boas quantias em dinheiro. Tempos depois Paul Politti, ex-colega de trabalho anteriores, avisa Barry White que Larry Nunes pretende iniciar uma sociedade com ele. Nunes estava escolhendo repertório para gravar um disco.

Enquanto isso, Barry White tinha descoberto três meninas (na década de 70 seria o trio vocal Love Unlimited), que ainda não trabalhavam no circuito musical. Ensaiou quase um ano com elas. Aproveitou e compôs, para o trio, “ Walkin in The Rain (With The One I Love). 

Era uma letra inspirada numa das cantoras do grupo, James Glodean, mais tarde tornando-se sua segunda esposa.
O trio recebeu o nome de Love Unlimited. Esse primeiro trabalho vendeu 1 milhão de cópias, mas a relação com a gravadora MCA ficou estremecida e Barry White decidiu encerrá-la. Decide trabalhar com um artista masculino. Elabora três fitas demos, onde aparece cantando e tocando piano. O amigo Larry Nunes insiste que Barry White deve ser este artista. É quando em 1973, ele grava “ I´m Gonna Love You Just a Little More Baby”.

Após muita discussão, a MCA Records libera as meninas da Love Unlimited para trabalhar junto com ele. É quando  tem a ideia de fazer um disco instrumental. O álbum é batizado de Love Unlimited Orchestra e o hit “Love´s Theme”. De 1974 a 1979, são vendidas 5 milhões de cópias do disco e essa música faz sucesso em todo o mundo.

A carreira de Barry White deslancha. É dessa época os seus hits de amor “It´s Ecstasy When You Lay Down Next to Me”, “ Play Your Game Baby”, “Let The Music Play”, “You See The Trouble Witch Me”, “Just Another Way to Say I Love You”, “I´ll Do For You Anything You Want Me To”, “Love Serenade”, “The Man (Your Sweetness is My Weakness”, “ Sha La La Means I Love You”, “ September When We Met”, “ Just The Way You Are”, “I Belong to You” (com as meninas do Love Unlimited).

Para aproveitar a onda, Barry White escreveu uma trilha sonora para o filme “The Together Brothers” para a Twenty Century Fox. Da sua banda de estúdio, trabalhavam nomes como Ray Parker Júnior, o saxofonista Kenny G, os baixistas Nathan East e Wilton Felder, Wah Wah Watson, David. T. Walker, Dean Parks, Don Peake, Lee Ritenour, o baterista Ed Greene e percussionista Gary Coleman. E mais tarde o tecladista Rahn Coleman. Um dream time de músicos de estúdio.

Por causa de desavenças, Barry White sai da Twenty Century  Fox Records para a gravadora CBS, onde cria o selo Golden Unlimited. Da lista consta o trio Love Unlimited e a Love Unlimited Orchestra, Jack Perry e uma cantora adolescente, Danny Pearson. Barry White aproveitou para gravar um dueto com esposa  Glodean, no álbum Barry & Glodean. É dessa época, fim da década de 70, o disco The Message is Love.

Após gravar oito álbuns solo, quatro da Love Unlimited, quatro da Love Unlimited Orchestra, turnês constantes e enfrentar os rigores da indústria da música, Barry White deu uma pausa e no começo da década de 1980 veio ao Brasil pela primeira, fazendo grande show em São Paulo e Rio de Janeiro.
Em 1992 assinou contrato com  A&M Records, lançando os discos A Mam is Back, The Right Night & Barry White, além de um dueto com Isaac Hayes no hit “Dark and Lovely”. O álbum de The Icon is Love tornou-se o mais vendido desde os anos 70, ganhando o disco de platina com a música “Pratice What You Preach”.

Com a composição “Staying Power”, em 1999, ganha dois Grammys, nesse álbum que retrata fielmente as tradições da soul music, onde o foco é o cantor e a música.

Em toda sua carreira, Barry White ganhou 106 discos de ouro, 41 de platina, dez singles de platina, com vendas superiores a 100 milhões de cópias. Ele era hipertenso, e em setembro de 2002 foi hospitalizado com problemas nos rins, morrendo em julho de 2003. É o exemplo de quem saiu do gueto, da miséria, e trabalhando honestamente conquistou patrimônio financeiro e artístico.


Dueto inesquecível com Isaac Hayes


Staying Power que rendeu dois Grammys


A música que conquistou corações em todo o mundo


Melhor do que a original com Billy Joel


Sensibilidade para falar de amor



Hit composto em homenagem ao Rio, quando veio ao Brasil em 1980

terça-feira, 19 de julho de 2011

Denicie Williams trocou a Medicina pela Música

denicie williams Denicie Williams (June Denicie Chandler) é o caso típico do artista que reconhece cedo que está no lugar errado e  resolve pular logo do barco. Ela estudava Medicina na Morgan State University, em Baltimore, Estado de Maryland, para ser médica anestesista.

Porém, para espantar as aulas puxadas, cantava num clube noturno, além de trabalhar em uma empresa de telefonia. Após um ano e meio de universidade, descobriu que seu negócio era o mundo da música.

Foi trabalhar como backing vocal na banda de Stevie Wonder em 1970. Ao descobrir que era boa cantora, compositora e produtora, cinco anos depois assinou  contrato com a gravadora Columbia. Do seu primeiro álbum, as músicas “ Free” e “Cause You Love Me, Baby” conquistaram bons lugares nas paradas de sucesso.

Influenciada pelo funk e soul music emplacou, na década de 1980, vários hits, como “ Let´s Hear It For The Boy”, “It´s Gonna Take a Miracle”, “Black Burtterfly”, além de muitos duetos ao lado de Johnny Mathis, incluindo “ Too Much, too Little, Too Late”. Ainda continua em atividade.

Hit gravado em 1984

Outra bela interpretação de Denicie Williams
Balada que virou sucesso nos bailes do Brasil

Spinners e a sensibilidade do soul da década de 70

theSpinners1 Os Spinners foram os que mais reproduziram o que foi o soul da Filadélfia na década de 1970.  Apesar de as raízes do conjunto estarem fincadas em Detroit, de onde o grupo surgiu no final de 1957 numa escola  de Ensino Médio, na periferia de Ferndale.

Com Bobbie Smith, Pervis Jackson, George W. Dixon, Billy Henderson e Henry Fambrough, quatro anos mais tarde, eles chamaram a atenção do produtor Harvey Fuqua, do selo Triphi Records. O primeiro hit do conjunto foi “ That´s  What Girls Are Made For”, que ganhou as paradas de sucesso.

Ao longo da fervorosa década de 1960, eles mudaram do R&B (blues de rua) para o pop. Antes assinaram contrato com a Motown, que comprara a Triphi, a fabrica de sucessos da época, mas a gravadora nunca os teve em boa consideração. Mesmo com o hit “It´s a Shamme” estourando nas paradas, em 1970, mudou a situação.

Com o novo vocalista Phillipe Wynne, eles foram para a Atlantic Records. Ali começaram a trabalhar com o produtor Thom Bell. Conseguirarm criar um som característico da banda, que contou com os falsetes de Wynne, além de dificultosas harmonias musicais.

Entre 1972 e 1977, os Spinners composeram diversos clássicos da soul music, como “ I´ll Be Around”, “Could It Be I´m Fallin in Love”, “Mighty Love”, “Gheto Child”, “The Came You”, “Games People Play” e “The Rubberband Man”. Pelas mãos de Thom Bell, os Spinners tornaram-se um dos grupos de soul music mais populares da década de 1970.

Já nos anos de 1980, o conjunto reduziu o número de hits nas paradas, com destaques para capas de seus  discos, como o álbum “ Working My Way Back to You” e medley “ Cupid /I´ve Loved You For a Long Time”. Antes de 1999, o grupo resolveu reprisar todas suas músicas gravadas.

O estilo mesclando soul com pop
O primeiro grande sucesso na Motown
Resumo dos maiores hits dos Spinners

Samantha Sang: a bela voz que veio da Austrália!

samantha sang Foi pelas mãos dos Bee Gees Maurice e Barry que a australiana Samantha Sang fez sua estreia como cantora em 1977. A dupla escreveu o hit “Emotion”. A balada explodiu em todo o mundo, principalmente nos bailes, onde todos se interessaram em saber de quem era aquela voz aveludada.
Samantha casou beleza e estilo de cantar meio sussurrando, tornando sensuais as composições interpretadas por ela. Ao contrário de muitas artistas fabricadas nos laboratórios de marketing das gravadoras, Samantha tinha talento. Tanto que fez backing vocal para diversos cantores como Davi Wolfert, Francis Lai e Carole Bayer Sager.
Em 1977, auge da Disco Music, ela gravou  “You Keep Me Dancing” para não deixar ninguém parado nas discoteques. Dois anos depois veio com a balada “Can Still Remember”, para dançar bem juntinho e facilitar a paquera. No ano de 1978 gravou “Change of Heart”, também na linha romântica.
Como se pode notar, Samantha Sang não pode ser classificada como cantora de um só sucesso. Interpretou diversas canções. Faltou foi boa divulgação do seu trabalho. Mora na Austrália e continua ainda atividade.
Um de seus hits românticos
Emotion, com Bee Gees de backing vocal

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Roy Ayers: o cantor que uniu o R&B à Disco Music

roy ayers 11
Roy Ayers teve a proeza de mesclar o R&B (blues de rua) à Disco Music na década de 1970, mesmo navegando no mar do jazz, funk e soul. Para essa missão, usou o vibrafone, instrumento pouco utilizado na black music. Tocado com dois bastões, emite um som parecido quando se bate numa garrafa cheia.
Conhecido no Brasil, por ter regravado “You Send Me” em 1978, balada que ainda continua presente na maioria dos bailes de qualidade, sua carreira começou na década de 1960. De 1963 até 2006 já gravou 53 discos, numa média de dois por ano.
Por incrível que pareça, nas décadas de 1970 e 1980 Roy Ayers foi considerado o profeta do acid jazz, por causa de suas ideias musicais avançadas para aquela época. Talento não lhe falta. Aos cinco anos ganhou de presente seu primeiro vibrafone, das mãos de Lionel Hampton, um dos papas do jazz nos anos 40 e 50. Só aprendeu a tocá-lo aos 17 anos, ou seja em 1957.
Do convívio com feras como Curtis Amy, Jack Wilson, Teddy Edwards, Frank Hamilton, Hampton Hawes; ele abre seus ouvidos para novas experiências musicais, não restritas mais ao bep bop que o cativou na infância e adolescência em Los Angeles.
Na década de 1970 grava diversos álbuns para o selo Polydor, um de seus hits “Move to Groove” é destaque nas paradas, em 1972. Quatro anos depois é a vez de “Everybody loves Loves The Sunshine”. Em 1978 grava o álbum You Send Me, que faz muito sucesso nos Estados Unidos e Brasil. O dueto com Carla Vaughn é inesquecível no hit “You Send Me” e “And Don´to Say No”.
No final dos anos de 1970, sua banda de forte componente de jazz faz uma mescla de funk com Disco Music. Apesar de obter vários êxitos comerciais, tanto nas gravadoras Polydor quanto na Columbia, diminui a riqueza musical em seus álbuns. É o típico produto para vender, de forma descartável.
Por causa disso, Roy Ayers, na década de 1980, passa a colaborar com o músico nigeriano Fela Anikulapo-Kuti, criando a Uno Melodic Records. Produzindo ou escrevendo em diversas gravações a inúmeros artistas.
Na década de 1990, funde o jazz com o hip hop  e faz aparição no Guru´s Jazzmatazz álbum seminal. Em 1993 e se apresenta em diversas casas noturnas de Nova York, com Guru e Donald Byrd.
Para matar as saudades do Roy Ayers antigo, é ideal ouvir o álbum gravado no Festival de Montreaux de 1972, quando ele mistura jazz, rock e R&B.
Hit que explodiu nas paradas em 1976
Move to Groove abre o caminho da estrada do sucesso
O início do namoro do funk com a Dance Music
Novo arranjo para a clássica You Send Me
O dueto inesquecível com Carla Vaughn

Emotions: as meninas de Maurice White

emotions1 As três meninas que compõem o trio The Emotions  entraram para a música em 1969. Antes passaram a infância cantando o estilo gospel nas igrejas de Chicago.

Sheila Hutchinson e as duas irmãs Wanda e Jeanette eram ainda adolescentes quando emplacaram o hit “So I Can Love You”, pelo selo Stax, num trabalho conjunto de Isaac Hayes e David Porter.

Quando foram para a gravadora Stax em 1975, o trio começou a ter assessoria de Maurice White, líder e produtor das músicas da banda Earth, Wind & Fire. É quando chega às paradas, 1977, o maior sucesso das Emotions “The Best my Love”. Dois anos depois, as meninas, junto com a Earth, Wind & Fire, gravam “Boogie Wonderland”, que ocupa o sexto lugar nas paradas dos Estados Unidos.

Sempre com dedo de Maurice White, em 1984 elas estouram outro hit: “ All Things Come in Time”, desta vez no selo Red Label. Antes, elas estouraram em 1981 com a balada “ Don´t Ask My Neighbors”, principalmente em diversos bailes no Brasil.

Balada que ajudou muito namoro

No ano seguinte foram contratadas pela Motown, onde gravaram “ If I Only Knew”.

Em 1986 o grupo se dissolveu e cada componente segue carreira-solo. Sheila Hutchinson grava com Garry Glenn´s o hit “Feel Good to Feel Good” no ano de 1987.

Três anos depois participam do coral com tema gospel de Helen Baylor, na música “ There´s Not Greater Love”. Em 1990, Wanda e Jeanette participam do álbum gravado pela Earth, Wind & Fire.

 

O maior sucesso das Emotions
Outro hit com batida de soul misturada a Disco Dance

sábado, 16 de julho de 2011

O funk e as baladas da The Gap Band

The gap band Quem curtiu os bailes das décadas de 1970 e 1980 vai se lembrar do som da The Gap Band. Eram bons cantando funk (original dos Estados Unidos, não a besteira que nasceu no Rio de Janeiro que não tem qualquer semelhança com esse estilo musical criado nos Estados Unidos) como nas baladas, carregadas de bons arranjos de pianos e metais.
Formada pelos irmãos Ronnie, Robert e Charlie Wilson em 1967 na cidade Tulsa, Estado de Oklahoma, as iniciais do grupo são derivadas do nome Greenwood, Archer and Pine Street Band, quando do início de sua carreira.
Até 1970, eles tocaram músicas country em feiras agropecuárias, nos tênis clube e casas onde o rock era som predominante.  Nessa época Charlie propõe aos irmãos a mudança para Los Angeles, impulsionados pelo empresário Lonnie Simmons, que apresenta o compositor e DJ Rogers Simmons.
Em 1974 gravam o álbum Magician´s Holiday. O disco conta com as participações de Chaka Khan, Leon Russel, Les McCann, DJ Roges e Reverend James Cleveland. Destacam-se os hits “ Out of The Blue (Can You Feel It)” e “Little Bit of Love”.
Em 1979, estouram nas paradas outra vez com “Shake” e “Open Up Your Mind”. No ano seguinte colocam entre os primeiros lugares as músicas “Burn Hubber (Why You Wanna Hurt Me)” e “You Dropped on Bomb Me”. Com Charlie fazendo a primeira voz do grupo. É desse ano a balada “No Hiding Place”, que fez muito sucesso nos bailes de black music do Brasil
No auge da Disco Music, início da década de 1980, a banda apresenta às pistas de dança o hit “Don´t Stop The Music”. Já “Yearning For Your Love” é a clássica balada, para dançar de rosco coladinho. A música é inspirada no estilo de vida de Charlie. Em 1982 gravam “Early in The Morning”, para continuar fieis às raizes funk, mas com batida Dance Music.
A lua de mel da banda vai até 1990, quando Charlie, o principal vocalista, escolhe a carreira solo para continuar cantando sem a presença dos seus dois irmãos, que acompanharam desde a criação do conjunto em 1967. Em 2010, morre o baixista Robert Wilson, outro integrante da The Gap Band.  A carreira rendeu ao grupo nove discos de platina e milhões álbuns vendidos.
O som que agitava as pistas de dança
O balanço funk no auge da Dance Music
Balada para não sair sozinho do baile
No Hiding Place, a marca registrada da banda no Brasil

O som inesquecível do Young Holt Unlimited

young holt unlimited Existem grupos musicais que duram pouco, mas gravam composições tão bonitas, que ficam eternamente em nossas mentes. É o caso do trio Young Holt Unlimited. Em 1956, o baixista Eldee Young e o baterista Isaac “Red” Holt eram alunos do Conservatório Musical de Chicago, quando surgiu a ideia de formar um trio.

Convidaram o pianista Ramsey Lewis e criaram o grupo The Cleffs, cuja praia era o jazz. Logo gravaram o hit “The In Crowd”.

Na década de 1960, o trio muda o nome para Young Holt Unlimited. E fica na 20ª posição na parada da Billboard, com a música “Wack, Wack”. Em 1968, o trio vende 1 milhão de cópias com o hit “Soulful Strut” e ganhou Disco de Ouro.

Aproveitando a carona, anos depois gravam Young & Holtful, explorando o mesmo tema musical de “Soulful Strut”, baseado em piano, metal de fundo e bateria leve, como é a marca registrada do jazz.  Em 1974, o trio chegou ao fim, com Holt e Young voltando a tocar em bandas na cidade de Chicago.

No Brasil, pelas mãos do sonoplasta Johnny Black “Soulful Strut” virou fundo musical em alguns programas da extinta Rádio Excelsior (atual CBN). Além do sucesso que conquistou nos bailes, pois é uma soul music em que é possivel dançar como samba-rock.

 

Young & Holtful na mesma cola de Soulful Strut
O maior sucesso do trio Young Holt Unlimited
O hit que abriu as portas das paradas

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Brenton Woods e a velha escola do blues

brentonwood É inconfundível  a voz de Brenton Woods (nascido Alfred Jesse Smith em 1941 na Lousiana, Sul dos Estados Unidos). O curioso é que antes de tornar-se cantor e compositor de sucesso, era esportista.

Fã de Sam Cooke, o seu estilo lembra um dos pais da soul music, até no modo de respirar nas pausas. Isto é visível quando interpreta “Me and You” num programa de televisão, quando inclui na letra, de improviso “You Send Me” e “I Love You For Sentimental Reasons”, dois dos maiores sucessos de Cooke.

Em 1967 lançou “The Song Oogum Boogum” e chegou a 34° da parada Billboard. Outro grande sucesso de Woods é “ Gimme Little Sign”. No single “Darlin”, Brenton Woods revela como era bom o blues da década de 1950, principalmente pelos arranjos, amparados apenas em piano, bateria e contrabaixo.

Em “Baby You Got It”, ele mostra o velho balanço da soul music que modismo nenhum consegue destruir. O backing vocal valorizar cada nota que aquele canta. É o arranjo típico da década de 1960, quando a tecnologia ainda não tinha encoberto os talentos no interior dos grandes estúdios de gravação.

Baby You Got It revela a beleza da soul music da década de 1960

Tempos depois gravou dueto com Shirley Goodman. Dez anos depois estourou de novo com “ Come Softtly to Me”. Em 2001 fez o álbum “This Love for a Real”.

O balanço de Brenton Woods no seu primeiro álbum
Darlin é o velho e bom blues dos anos 50
Seu grande sucesso, no primeiro álbum lançado em 1967
Me and You interpretado com You Send Me de Sam Cooke
Me and You na versão clássica