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#BMW - Morre #QuincyJones, o gênio da produção de grandes discos

Luís Alberto Alves/Hourpress

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Linda Clifford, a miss que virou cantora


Linda Clifford é uma cantora talentosa. Apesar de alguns críticos a rotularem de diva da Disco Music no final da década de 1970. Quando criança, ela cantava em programas de televisão em Nova York. Na adolescência apaixonou-se pelo Jazz, logo formando o trio Linda e The
Tradewinds. Aos 20 anos, trocou o Jazz pelo R&B (blues de rua) e, em 1973, assinou contrato com Paramount Records. Antes aos 18 anos foi miss Nova York. Seu primeiro hit "Long Long Winter" não estourou nas paradas, mas mostrou ao mercado que uma nova cantora estava na área.
Pouco tempo depois foi para a gravadora de Curtis Mayfield. De cara explodiu nas pistas de danças com hit "Runway Love" (
http://youtu.be/pKEUuF_PdNM), faixa do álbum The Curtom Anthology. O backing vocal tinha a beleza e o charme das Jones Girls, tudo proporcional ao talento de Linda Clifford. O sucesso lhe rendeu indicação ao American Music Awards.
No seu terceiro disco, em 1981, as paradas norte-americanas conheceram o hit "Red Light" (http://youtu.be/ZGTS4-9QaO8), funk com batida de Disco Music e bom arranjo de teclados; a receita ideal para se dançar. Nesse disco também entrou "Let Me be Your Woman" (http://youtu.be/t839fhkXgGs), hit do seu primeiro disco no selo de Curtis Mayfield. Uma balada que ajudou muitos a encontrar seu par nos bailes.
Para mostrar aos críticos, que não estava brincando, fez um dueto com o soulman Isaac Hayes no hit "Shoot your Best Shot" . Depois lançou outro álbum, cantando ao lado de Curtis Mayfield. Com a redução da febre da Disco Music, a estrela de Linda Clifford perdeu um pouco de brilho.
Casada, mãe de um casal de filhos, e apaixonada pelo esposo Nick Coconato; gravou um disco com baladas e funk music. Destacando-se "You Keep on Loving You", "
Only The Angels Know"(http://youtu.be/YnvWrywNTck) e "All Need a Man" (http://youtu.be/nvrr60vM-oE). Apesar de diversos hits na sua carreira, nos bailes do Brasil, Linda Clifford é lembrada pelo R&B "Please Darling Don´t Say Goodbye" (http://youtu.be/q124GOv5uH0).
Hit que é autêntica dor de cotovelo, justificando o nome da música em português: "Por favor querido, não diga adeus". A longa introdução do backing vocal, strings, batida maneira da bateria e poucos acordes de guitarra resultaram numa balada que entrou para vida de diversos casais. Longa, com mais de 6 minutos, era fórmula ideal para não deixar ninguém voltar sozinho para casa.
Na década de 1990, Linda Clifford dedicou-se mais a família, inclusive levando os filhos à escola. Deixou a carreira musical em segundo plano. Para manter a renda, gravou jingles para diversas empresas, desde fast food a montadoras de automóveis. Aproveitou o ócio, para compor diversas canções.
Neste século 21, ela retornou à estrada, trazendo hits para dançar, destacando-se "
Changin" ( http://youtu.be/m6qWrbBoX4M) e " Philly Groove" (http://youtu.be/NX1gQVOYdDU). Com os filhos crescidos, Linda Clifford tem o projeto de regravar num álbum seus maiores sucessos, desde o início da carreira. E, claro, manter os pés na estrada.


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segunda-feira, 8 de agosto de 2011

A nitroglicerina chamada Booker T & The MGs

Uma gravadora que não conte com excelentes músicos de estúdio, é igual carro sem câmbio. Não sairá do lugar. Na década de 1960, a Stax Records, de Memphis, Sul dos Estados Unidos, rivalizava em pé de igualdade com a Motown. Visto que essa tinha os Funk Brothers, conjunto responsável pela "cozinha" em todos os discos produzidos por Barry Gordy.
O detalhe curioso da Booker T & The MGs, a banda de estúdio da Stax, é que ela foi uma das primeiras a aplicar a integração racial no conjunto. O guitarrista Steve Cropper e o baixista Donald "Duck" Dunn eram brancos, enquanto o baterista Al Jackson e o pianista Booker T. Jones eram negros.
Os anos 60 foram intensos na questão dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos. Até 1962, a segregação racial obrigava negros a dar lugar a passageiros brancos no transporte coletivo, beber água em locais separados tanto em empresas quanto em estabelecimentos públicos. Também não podiam votar nem serem votados. No mundo da música, eram proibidos de trabalhar para artistas brancos. Esse é o gol de placa da política racial da Stax, ao formar uma banda "integrada".
O guitarrista Steve Cropper é o responsável pelo arranjo do hit "The Dock of The Bay" (http://youtu.be/wzrXc68gNjQ), gravado por Otis Redding, poucos dias antes de sua morte num acidente aéreo em 1967. Na década de 1960, a banda Booker T & The MGs fez sucesso com "Green Unions" (http://youtu.be/U-7QSMyz5rg). O ponto forte do conjunto era música instrumental, como é possível perceber no hit "Green Unions", além de ótima pegada na bateria e casamento perfeito entre guitarra e contrabaixo. O teclado, nas mãos de Booker T, fazia o molho ficar mais gostoso, sem agredir os ouvidos. O nome da banda teve como inspiração o modelo de carro fabricado pela montadora Triumph Motor Company.
Na clássica "Summertime" (http://youtu.be/4i7U1Uhq69A), imortalizada na voz de Janis Joplin, é magistral sua interpretação, principalmente no órgão, onde Booker T dá uma verdadeira aula de como se toca blues. A guitarra de Steve Cropper é outro tiro de canhão na arte de se passear pelas cordas desse instrumento. O contrabaixo de Donald "Duck" Dunn anda levemente, testemunhando o duelo entre órgão e guitarra. Outro destaque é Eleanor Rigby (http://youtu.be/toOTTq5ksBQ). O mesmo talento é aplicado nessa música gravada originalmente pelos Beatles.
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Placa Luminosa: uma das melhores bandas de baile de formatura

Quem já assistiu uma apresentação da banda Placa Luminosa é unânime em concordar com o som de primeira da rapaziada. Mesclam soul, funk (o legítimo dos Estados Unidos) e R&B. Lembram o estilo da Earth, Wind & Fire da década de 1970, quando seu fundador e líder do grupo, Maurice White, ainda estava na ativa.
Algumas pessoas imaginam que a Placa Luminosa, por ficar fora do circuito comercial, esteja na pindura. Engano. É um dos grupos mais requisitados para tocar em bailes de formatura de faculdades e universidades. É onde o talento prevalece, pois precisam tocar durante cinco horas, sem intervalo, apresentando todos os tipos de ritmos, além de hits de sucessos atuais. Tudo igual ao original.
Com mais de 30 anos de estrada, o conjunto surgiu na cidade satélite de Taguatinga em Brasília inspirada no nome de uma música, composta por Clodô Ferreira, que seria inscrita num festival universitário da canção, na primeira metade da década de 1970. Logo, o Distrito Federal ficou pequeno para o talento dos meninos da Placa Luminosa. Chegam em São Paulo, o horizonte se expande. Começam a aparecer em programas de televisão, como na TV Tupi, em 1976, interpretando um grande sucesso de Stevie Wonder, na voz de Jessé, um dos fundadores do conjunto. O balanço é inconfundível (http://youtu.be/6MhaWSnrKog). Ali já era visível que a Placa Luminosa iria permanecer no mundo da música, onde muitos passam igual cometa.
Na década de 1980, eles gravam "Mais uma Vez" (http://youtu.be/et54F886cFM), versão de um hit de Smokey Robinson. Estouraram nas paradas. Nessa época deixaram o circuito de baile de formatura para atuar no circuito comercial. É quando fizeram shows para a comunidade brasileira nos Estados Unidos, principalmente em Michigan. Lá, foram elogiados pela qualidade do som e vocal. E desta fase os bailes no ginásio do Palmeiras, promovido pela equipe Chic Show. Colecionaram diversos hits de sucesso, como "Fica Comigo" (http://youtu.be/et54F886cFM), que fez parte da trilha sonora da novela Top Model, da Globo, em 1989. Ego (
http://youtu.be/gToE6iN72pA) é outra composição bela do grupo, com introdução do velho e bom piano Rhodes, marca registrada dos Isley Brothers. "Faz de Conta" (http://youtu.be/YyE7JZ14CTI) revela o lado funk (o genuíno dos Estados Unidos) da banda. Não fica nada a dever aos grupos norte-americanos. Inclusive na mesma pegada rítmica. Outro destaque é "Pensando Nela" (http://youtu.be/6d4oXrmuF64), hit gravado originalmente por Dom Beto em 1978. O que era belo, ficou mais lindo ainda. Inclusive por causa dos arranjos de teclados. Mesmo após tanto anos de estrada, a voz do vocalista Luizão continua impecável, assim como os riffs de guitarra do seu irmão Ribah. Esse é o motivo, no inicio dos anos 80, para Tim Maia fazer algumas apresentações, com a Placa Luminosa no lugar da inesquecível Banda Vitória Régia.
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Ed Lincoln, o rei dos teclados no Brasil


Ed Lincoln é um grande instrumentista, cantor e compositor. Na década de 1960 conseguia rivalizar com os Beatles e demais conjuntos nas paradas de sucesso. Suas mãos faziam proezas nos teclados. Sob sua batuta, no final dos anos de 1950, um jovem violonista começou a tocar no seu grupo. Mais tarde o seu talento foi reconhecido mundo afora. Baden Powell era o seu nome. Outro diamante da MPB começou a ser lapidado por Ed Lincoln. Um ótimo crooner. No final da década de 1970, ele chegou ao grande público e permanece até hoje. Seu nome? Emílio Santiago.
A carreira de Ed Lincoln iniciou-se aos 19 anos, quando veio para o Rio de Janeiro em 1951 e passou a trabalhar na boate Plaza tocando contrabaixo e piano ao lado de feras como Luiz Eça e Johnny Alf, um dos pais da Bossa Nova. Quatro anos depois formou sua banda. Em 1961 gravou os discos Ao Teu Ouvido e Ed Lincoln Boate, nesse segundo inclui o hit "Saudade Fez um Samba", de Carlos Lyra e Ronaldo Bôscoli. Dois depois lançou o disco Ed Lincoln - Seu Piano e Órgão Espetacular. Do álbum constavam as músicas "Só Danço Samba", de Tom Jobim e Vinícius de Moraes; "Influência do Jazz", de Carlos Lyra; "Vamos Balançar", de Carlos Imperial; "Balansamba", autoria de Luiz Bandeira; "Pra Que?", de Silvio César, entre outros hits.
Durante a década de 1960, Ed Lincoln foi considerado o rei dos bailes. Visto que seu conjunto literalmente colocava fogo nas pistas de danças. Quem curte samba-rock vai se lembrar do hit "Meu Querido Amor" (http://youtu.be/5eJXOOcMERI), de 1966. De letra simples, mas com bom arranjo, destacando o órgão que Ed Lincoln sabe tocar de forma magistral. Outra composição inesquecível é o "O Ganso" (http://youtu.be/0MmYIOUYVX0), da segunda metade da década de 1960. Novamente, é visível o molho que Ed Lincoln consegue colocar numa música, até considerada infantil. Mas nas mãos de um grande profissional torna-se obra-prima.
Outra nitroglicerina é o hit "Blues Walk" (http://youtu.be/SPMNJvwROLM). Instrumental, mas cheia de molho, com lindo solo de metal. Esse hit fez muito sucesso nos bailes de salão, principalmente nas periferias de São Paulo e Rio de Janeiro, onde o estilo samba-rock predominou. Em 1968 lançou "Catedral" (http://youtu.be/5Zfc6kC41E4). Outro hit que entrou para a galeria de seus grandes sucessos. Com arranjo bem leve, recheada de strings, é um samba bem no estilo Bossa Nova.
Para avaliar o feeling musical de Ed Lincoln, pelo seu conjunto passaram feras como Toni Tornado, Silvio César, Orlandivo, Marcio Montarroyos (o nosso Kenny G), o papa da bateria Wilson das Neves entre outros.
Até 1971, Ed Lincoln lançou disco e trabalhava tocando em bailes. A partir daí passou a gravar jingles e trilhas sonoras. Dedicou-se à música eletrônica, sendo um dos primeiros a usar este tipo de tecnologia na produção de álbuns, o que fez em 1989, quando lançou o disco Novo Toque, com regravação de antigos sucessos.
Em 2000 participou do CD de Ed Motta, na faixa "Conversa Mole". Como ocorreu com a Banda Black Rio, de 2002 em diante as músicas instrumentais de Ed Lincoln estouraram nas pistas de danças da Inglaterra, algumas delas pirateadas.Após problemas de saúde, Ed Lincoln retornou ao pique em 2007, tocando órgão Hammond (que teve em Jimmy Smith excelente divulgador) no samba " Sem Compromisso", de Geraldo Pereira e Nelson Trigueiro.
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sexta-feira, 29 de julho de 2011

As baladas maravilhosas de Ray, Goodman & Brown

ray godman brown 1
Grande presença de palco, além de ótimo vocal. Eram as marcas registradas do trio Ray, Goodman & Brown na década de 1970. Eles surgiram como grupo de soul  da gravadora Moments. Com esse nome chegaram às paradas de sucesso com o hit “Love On a Two Way Street”.
Logo emplacaram outras músicas. Entre elas “If I Didn´t Care”, “Gotta Find a Way”, “Sexy Mama”, “Look At Me (I´m in Love)”. Ao final dos anos de 1970,  a proprietária da gravadora, Sylvia Robinson, dona do nome “Moments”, passou a demonstrar desinteresse pelo trabalho dos três rapazes.
Eles assinam contrato com o selo Polydor e o grupo passa a se chamar Ray, Goodman & Brown (combinação dos nomes de Harry Ray , Goodman Brown e Al Billy). Logo estouram nas paradas, em 1979, com o hit “Special Lady”.
Em vez de investir em músicas afinadas com a Disco Music, que estava no auge, o trio centrou fogo em baladas com ricas harmonias musicais e ótimos duetos. Era o que parte dos fãs desejava, já cansados da febre da Disco Music.
Nesse álbum destacavam-se “ Inside of You”, “ Slipped Way” e  “This is The Love Way” . A maioria das pessoas ainda não havia desconfiado que Ray, Goodman & Brown era o grupo Moments, descartado por Sylvia Robinson. Ela teve de amargar o prejuízo, pois o novo trio usava nomes próprios, contra os quais é impossível mover qualquer tipo de ação judicial.
O segundo álbum, intitulado Ray, Goodman & Brown II repetiu a receita do primeiro com dois hits fazendo sucesso: “ Happy Anniversary” e “ My Prayer”, essa última do grupo The Platters.
Em 1981, o terceiro trabalho “Stay” foi classificado pelo mercado como soul music velha. No ano seguinte Harry Ray segue curta carreira-solo no selo de Sylvia Robinson. Ao perceber que voltara às mãos da loba, retornou à companhia de Goodman e Brow.
Seis anos depois, dessa vez na gravadora EMI, lançam outro disco e apostam na balada “ Take It To The Limit”, mas ela não explode nas paradas. Em 1992 morre Harry Ray, substituído por Kevin Owens, tenor talentoso.
Na década de 1990, o trio participou de várias turnês em conjunto com os grupos Stylistics, The Chi-lites entre outros conjuntos de soul music clássica. Nos shows, eles detectam que eram mulheres o público simpático às suas músicas.
Já em 2003, após 15 anos sem gravar outro álbum, lançam dois discos de uma só vez. O primeiro “Intimate Moments”", apesar de boas críticas, não decolou. O segundo “A Moment with Friends” foi mais conceitual, com eles regravando clássicos de conjuntos como Stylistics (“You Are Everything”), “Break Up To Make Up”; Manhattans ( “It Feels So Good To Be Loved So Bad”) e Blue Magic (“Side Show” e “Three Ring Circus”.
A gravação é ótima. Em algumas músicas, eles superam em qualidade as originais. Torna-se coleção imperdível para quem gosta de soul music de qualidade. No final de 2003, Alicia Keys convida Ray, Goodman & Brown para fazer backing vocal no seu álbum “Diary”. Eles se destacam, principalmente no hit “ You Don´t Know My Name”.
Em 2009, o grupo passou a trabalhar num projeto piloto de um programa de rádio chamado Um Minuto com Amigos. Não foi para frente, porque em 2010  Goodman Brown morre de repente. Aos fãs de boa música, ficou a lembrança de outro grande conjunto de soul music.
O primeiro de uma série de sucessos
Ainda com o nome The Moments
Romantismo e bom vocal como grandes qualidades
O hit que estourou nas paradas e bailes do Brasil
Destaque do segundo álbum de Ray, Goodman & Brown

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Jimmy Bo Horne e a adrenalina funk de Miami

Jimmy Bo Horne - Front A Disco Music foi uma mãe para Jimmy Bo Horne. Com o hit “Dance Across The Floor”, em 1978, ele ficou entre os dez mais das paradas de sucesso da Black Music nos Estados Unidos.

Escrita e produzida do Harry Wayne Casey (líder da KC and The Sunshine Band), essa canção frequentou as pistas de danças e a maioria dos bailes, principalmente na periferia das grandes cidades brasileiras.

Nesse mesmo disco tinha outra dinamite sonora: “Let Me (Let Me Be Your Love)”. Em 1979, Jimmy Bo Horne estourou de novo, agora com o hit “You Get Me Hot”, ficando entre as 20 primeiras colocadas das paradas norte-americanas.

O disco não era só funk e soul, bem no estilo da KC and The Sunshine Band. No álbum de 1979, a balada “Close To You” contribuiu para muitos encontrar sua cara metade nos bailes. Com letra bonita e romântica, virou flash back.

No auge do sucesso, Jimmy Bo Horne veio ao Brasil, no começo da década de 1980 ,e lotou o ginásio do Palmeiras. A Banda Black Rio o acompanhou e manteve a mesma adrenalina sonora de suas músicas.

Depois retornou ao Brasil no final de 2010, desta vez trazido pela Musicalia. Cantou seus maiores hits e tocou fogo no público.

Balada que ajudou muitos encontrar sua outra parte
A dinamite funk dos bailes de 1978
Outra nitroglicerina sonora
Em dezembro de 2010, durante show na Casa de Portugal, em SP

terça-feira, 26 de julho de 2011

Gladys Knight: 59 anos de ótima música

Gladys Knight and The Pips

Luís Alberto Alves/Hourpress

A carreira de Gladys Knight começa em 1961, quando junto com o seu irmão Merald cria o grupo Gladys Knight and The Pips. Logo coloca entre as dez mais da parada de sucesso o hit “ Every Beat of My Heart”.

Depois com o apoio do compositor e maestro Van McCoy emplacam as composições “ Letter Full of Tears” e “Giving Up” entre as 40 mais músicas  tocadas nos Estados Unidos na primeira metade da década de 1960.

Por causa do grande sucesso do grupo, logo a gravadora Motown os contrataram. Influenciados pela tradição gospel do Sul dos Estados Unidos e impulsionados pela Soul Music colecionaram novos êxitos com os hits “ I Heard It Throug The Capevine”, If I Were Your Woman”, “ It Should Have Been Me”, “The End of Our Road” e Friendship Train”.

Mas foi em 1973 que Gladys Knight and The Pips gravaram um de seus maiores sucessos: “ Neither One of Us”. A letra relata a agonia de uma separação, quando nenhum dos dois tem coragem de assumir que o casamento se acabou e chegou a hora de cada um seguir o seu caminho. Logo o grupo saiu da Motown e foi para o selo Buddah.

Num show ao lado de Ray Charles, ainda na década de 1970, Gladys Knight dá uma verdadeira aula de interpretação, ao cantar esse blues. O coral de ambos os artistas deixou essa música  muito bela. Inesquecível.

A sensibilidade para escrever e gravar novos hits continuou marca registrada de Gladys Knight and The Pips. Surgem “ Midnight Train to Georgia”, “I´ve Got to Use My Imagination” e “Best Thing That Ever Happened to Me”.

Na década de 1980 ela se afastou do grupo The Pips, com quem estave junto desde o início da carreira em 1961. Porém manteve sua essência Gospel e Soul. No início dos anos de 1990 fez dueto com Frank Sinatra.

Em 2005 gravou o álbum One Voice,um disco de gospel que atingiu boa colocação nas paradas de sucesso desse gênero nos Estados Unidos. No ano seguinte lançou outro trabalho, Before Me, com temas de jazz clássico no estilo de Duke Ellington e Gershwin, entre outros compositores desse estilo.


" Neither One of Us”, um dos maiores sucesso de Gladys Knight



Ao lado de Ray Charles: uma aula de interpretação


Em 1972, o balanço do Sul dos EUA


Interpretação diferente para um hit regravado inúmeras vezes


A inesquecível Georgia cantada em verso e prosa

segunda-feira, 25 de julho de 2011

As talentosas mãos de Jimmy Smith

jimmy smith 05

Quando se fala em JimmY Smith, logo vem à memória a eletrizante “I Got My Mojo Working”, autoria de Preston Foster, grande sucesso de 1976, no álbum “The Best of Jimmy Smith”. É a música com maior solo de órgão da história.

Nascido em 1925, aprendeu a tocar piano ainda menino. Só aos 23 anos entrou na conceituada Hamilton School of Music e ali começou a tocar órgão Hammond. Aos 32 anos estreou no Café Bohemia de Nova York e passou a conhecer o gosto suave do sucesso.

Em mais de 40 anos de carreira, encerrada em fevereiro de 2005, quando morreu dormindo, Jimmy Smith gravou com grandes nomes do jazz e tocou com feras como Wes Montgomery (que influenciou fortemente  no estilo de George Benson e um dos maiores guitarristas do jazz), Oliver Nelson e Kenny Burrel.

Antes de chegar ao topo, comeu muita poeira. Teve de abandonar os estudos na 3ª série para ajudar o pai com problemas de saúde. Aos 15 anos alistou-se na Marinha durante a Segunda Guerra Mundial. Como se sentia limitado com o piano acústico, entrou numa loja para conhecer o Hammond. Para entender o instrumento pediu que o dono o deixasse estudá-lo, pagando um dólar a hora, até conseguir comprá-lo. O lojista aceitou, pois passou a atrair clientes.

Quando estourou nas paradas, no início dos anos de 1950, Smith já era expert neste tipo de teclado. Seus solos revolucionaram a maneira de tocar o Hammond. Hoje, poucos pianistas conseguem imitar o seu estilo. Isto quase 61 atrás.

Antes de Smith, nenhum organista conseguiu grande destaque com o instrumento. Nem seu ídolo de infância, Wild Bill Davis, que colocou esse órgão nas Big Bands.

O curioso dessa história é que um agiota ajudou a comprar o Hammond. Em cada show, um capanga estava em seu encalço para ter certeza que estava trabalhando para ganhar o dinheiro que lhe devia. Conseguiu pagar a dívida. No seu primeiro álbum “Bashin: The Umpredictable Jimmy Smith”, de 1962, a música “Walk on The Wild Side” estourou nas paradas dos Estados Unidos. Seu talento no órgão, acompanhado de guitarra e bateria, passou a cativar o público.

O segredo desse hit é a mudança de ritmo, após iniciar sutilmente, para depois entrar num solo quentíssimo, sempre voltando ao tema principal da música, como é a característica do jazz.

Depois disto, Smith grava os álbuns Hobo Flats, The Incredible Jimmy Smith, The Cat (outro grande sucesso no Brasil), Peter and Wolf, numa adaptação de uma peça clássica de teatro de Prokofiev, com cada instrumento assumindo um personagem. Neste caso, Jimmy Smith era o lobo.

A década de 1960 foi marcante, quando ele uniu seu estilo de tocar órgão com a agilidade do guitarrista Wes Montgomery. Dessa parceria surgiu o álbum Jimmy Smith and Wes: Dynamic Duo. A dupla acabou criando diferentes visões do blues, soul e jazz, onde os solos viraram rotina, além de muito balanço. Jimmy Smith fazia música para dançar.

Quem conseguir encontrar nos sebos o álbum Jimmy and Wes: Dynamic Duo, não se arrependerá de ouvir os hits “Night Train” e “Down by The Riverside”, além, claro da lenta “Mybe September”.

Na década de 1990, Jimmy Smith veio ao Brasil participar de um festival de jazz, em São Paulo. Depois do show foi dar uma canja no bairro de Moema. Quem assistiu sua apresentação sabe o que é um excelente organista, um mestre dos teclados. Infelizmente, o que é bom dura pouco.

O estouro dos bailes em 1976
Smith e Montgomery; encontro de gênios
O doce gosto do sucesso nas paradas dos EUA
Hit que frequentou diversos bailes

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Sergio Mendes é o cartão postal da MPB nos Estados Unidos

sergio mendes Logo após os primeiros dias, que depois tornaram-se 21 anos, da implantação do Regime Militar no Brasil em 1964, Sergio Mendes foi para os Estados Unidos. Músico  (ex-aluno do brilhante maestro Moacir Santos) cantor e compositor, ajudou a divulgar bastante a música brasileira no Exterior. Em algumas vezes, abria os inúmeros shows de Frank Sinatra por diversas cidades norte-americanas.

Frequentador assíduo do famoso Beco das Garrafas, na região central do Rio de Janeiro, onde era comum, no início da década de 1960, encontrar reunida por ali a nata da Bossa Nova e mesmo do samba. Até mesmo o iniciante Jorge Ben, tocando seu violão com outro estilo.

Em 1961, Sergio Mendes e o conjunto Sexteto Bossa Rio gravaram o disco “Dance Moderno”. Excursionou pela Europa, Estados Unidos, onde se apresentou no famoso Carnegie Hall. Inconscientemente já preparava o terreno para trabalhar e morar por ali. É quando troca a cidade de Niteroi, Rio de Janeiro, por Los Angeles.

Em terras norte-americanas cria o grupo Sergio Mendes & Brasil 66. Gravam o sucesso de Jorge Benjor, “Mais que Nada” em ritmo de Bossa Nova. O hit emplaca nas paradas, inclusive sendo regravado por diversos cantores e cantoras dos Estados Unidos.

O profissionalismo e talento de Sergio Mendes conquistaram fãs, entre eles Stevie Wonder e os meninos do Black Eyed Peas, que assumiram gostar do som feito por Mendes. Aliás, Stevie Wonder compôs “The Real Thing”, em 1977, para ele. Isto o animou a continuar na batalha, mesmo quando alguns dos seus 30 discos gravados não foram estouro de vendas ou as músicas não explodiram nas paradas.

Mas o ano de 1984 tornou-se pragmático para ele: a música “Never Gonna Let You Go” fez grande sucesso, assim como álbum Confetti, que trazia o hit “Olympia” feita para as Olímpiadas de 1984, realizadas em Los Angeles.

Já em 1993 ganhou o Grammy na categoria World Music. Para quem gosta de dançar, Sergio Mendes produziu excelentes discos. Caso do álbum Herb Alpert presents Sergio Mendes & Brazil´66 (1966); Cannonbals bossa nova with Bossa Rio (1964); Sergio Mendes favourite things ( 1968); Love Music- Sergio Mendes & Brazil´77 (1973); Horizonte Aberto (1979).

Apesar de mais de 45 anos longe do Brasil, Sergio Mendes ainda mantém no seu carro as placas da cidade de Niteroi, onde nasceu há 70 anos. Assim como o gosto pelas composições de brasileiros do porte de Tom Jobim, Gilberto Gil, João Donato, Carlinhos Brown, Jorge Benjor e Moacir Santos.

 

O hit que abriu as portas nos Estados Unidos
Nova roupagem para música de Burt Bacharah
A beleza da Bahia nas mãos de Sergio Mendes
Com seus fãs, os meninos do The Black Eyed Peas

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Toni Tornado é a energia da Black Music no Brasil

toni tornado front Toni Tornado é a mais pura energia da black music no Brasil. No final da década de 1970 já cantava funk e soul como James Brown e outras bandas dos Estados Unidos. Além de apresentar passos de dança que muita gente sentia dor na coluna para colocar em prática.

Aos 11 anos fugiu de casa, no Interior de SP, e foi parar no Rio de Janeiro onde tornou-se menino de rua. Para sobreviver vendia amendoin e engraxava sapatos.

Após servir o Exército na escola de paraquedismo, ao lado do desconhecido Senor Abravanel, mais tarde conhecido como Silvio Santos, entrou para o mundo da música, antes, é claro, de lutar no Egito, no final da década de 1950.

No começo dos anos de 1960, adota o pseudônimo de Tony Checker e vai dublar e dançar no programa “Hoje é Dia de Rock”. Ali imitava os cantores Chubby Checker e Little Richard. Nessa mesma década viaja e passa cinco anos morando nos Estados Unidos.

Ao retornar ao Brasil, em 1969, trabalha como cantor nas boates, sob o codinome de Johnny Bradfort. É a partir de 1970 que adota o nome artístico de Toni Tornado por causa da influência de James Brown.

Nesse mesmo ano, ao lado do Trio Ternura, defende a soul music brasileira “BR-3”, que conquista o primeiro lugar no  V Festival Internacional da Canção. Depois grava o funk “Podes Crer Amizade”. O hit faz muito sucesso nos bailes de black music, realizados em salões de clubes de futebol e periferia de São Paulo e Rio de Janeiro.

Ainda na década de 1970 se casa com a atriz Arlete Salles. A união de ambos provoca debate acalorado na população. Diversas pessoas não aceitam o matrimônio, por Toni Tornado ser negro e Arlete branca e loira. A pressão aumenta e após alguns anos eles acabam separando-se.

A partir de 1972 vai trabalhar de ator e participa de diversas novelas na extinta TV Tupi e Globo. Aliás, na novela Roque Santeiro, escrita por Dias Gomes, o seu personagem, Rodésio que trabalhava para a viúva Porcina (Regina Duarte), num dos finais gravado terminaria ao seu lado.

Mais uma vez discriminação racial imperou: por medo da reação do público, na metade da década de 1970, a Rede Globo vetou. Aos 81 anos, Toni Tornado (sem nehuma ruga no rosto) continua em plena atividade. Inclusive participou em 22 de julho de 2011 do Black Na Cena Music Festival, realizado na Arena Anhembi, São Paulo, ao lado grandes feras da black music brasileira e internacional.

Uma das pérolas do baú musical de Toni Tornado
Adrenalina dos salões de baile na décade de 1970
Soul music de quem viveu nos Estados Unidos
Balada com gosto de baile
A clássica BR 3

Golden Boys e a marca dos bons quartetos do Brasil

GoldenBoys No final da década de 1950, o conjunto norte-americano The Platters estourava nas paradas dos Estados Unidos com o hit “Only You” e o seu sucesso também repercutia no Brasil. É quando surgem os Golden Boys, formados por três irmãos e um primo, no Rio de Janeiro.
O caminho das pedras era se apresentar em programas de rádios e televisão para solidificar a carreira. A proposta é cantar músicas para o público jovem, pois o rock não tinha nem seis anos de idade.
Aproveitaram a onda dos inúmeros conjuntos que apareceram nos Estados Unidos e Inglaterra para gravar versões de seus hits de maior sucesso. Assim traduzem composições dos Beatles ( Michele – disco de 1966 – Hello Goodbye – disco de 1968), além do rock com a batida do Movimento Jovem Guarda.
Em 1970, eles lançam o álbum Fumacê com faixa título fazendo muito sucesso, pois de forma bem humorada fala de alguém fumando maconha. Conseguiram enganar a censura imposta pela Ditadura Militar e a música ganhou as rádios.
Nos bailes, a faixa “Se você Quiser, Mas Sem Bronquear” também emplacou, principalmente no coração de quem sabia dançar bem samba-rock. Após algum tempo, o disco sumiu das lojas e só era possível encontrá-lo em sebos.
Em 1975 regravam o sucesso “Zazueira”, autoria de Jorge Benjor. Outro hit de grande destaque é “ Não Esquente a Cabeça Não”, que fez parte de trilha sonora da novela da Globo. Além de emplacar nas rádios de programação popular.
No ano de 1978, eles lançam o disco Samba Arquivo Rock. Um dos destaques é a balada “Nada Mais”, com lindo arranjo de teclados e vocal. Em muitos bailes, o hit foi responsável pelo surgimento de diversos namoros. O nome Golden Boys escrito em vermelho num muro, remete de forma subliminar ao álbum Let´s Stay Together, gravado por Al Green em 1972.
Na década de 1980 gravam diversos discos recheados de flash backs, como ocorreu em 1984 com “Pensando Nela”, versão de Bus Stop”, composta pelos  The Hollies em 1967. Em 1986, com “Andança”, que revelou Beth Carvalho no III Festival Internacional da Canção de 1968. Nesse mesmo álbum também está “Na Rua, Na Chuva, Na Fazenda, composta por Hyldon em 1974.
Em 1991 prosseguem na gravação de coletâneas repletas de sucessos do grupo, como “O Cabeção”, de 1970, e pout- pourri de Roberto Carlos, com os hits “Namoradinha de um Amigo Meu”, “Quero que vá Tudo  Pro Inferno” entre outros.
Seis anos depois lançam outro álbum, dessa vez recheado de composições que marcaram época entre o público mais politizado, como “Pra não Dizer que Não Falei das Flores”, eterno sucesso de Geraldo Vandré no final da década de 1960; “Casa no Campo”, de Zé Rodrix e gravada por Elis Regina; “A Banda”,  autoria de Chico Buarque e participante de festival na década de 1960. “Domingo no Parque”, de Gilberto Gil, também faz parte desse inesquecível disco.
Grupo comemora 50 anos, em 2008, com clássico do The Platters
A balada que fez muito sucesso em 1978
Samba-rock que incendiou os bailes em 1970
Fumacê falou de maconha em plena Ditadura Militar

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Paulinho da Viola, o gentleman do samba

Paulinho da Viola Paulinho da Viola é o sambista que sabe compor uma música tão bem, quanto dar um buquê de rosas à amada. Marcas de quem é gentleman. Suas letras não maltratam nossos ouvidos, principalmente com rimas pobres e melodias horríveis, como ocorre atualmente.

Nascido no Rio de Janeiro, em 1942, cresceu na Zona Sul da cidade e teve o privilégio de presenciar reuniões e saraus em sua casa com Jacob do Bandolin e Pixinguinha. Para completar a cobertura do bolo, seu pai Benedicto César Faria era violonista do grupo de choro Época de Ouro.

Com esse DNA seria difícil não se transformar num grande artista de talento. Suas frequentes visitas aos blocos carnavalescos influenciou na futura formação de sambista. Mais tarde, ele e amigos fundaram o bloco Foliões da Rua Anália Franco. Depois convidados a integrar a escola de samba União de Jacarepaguá, onde Paulinho da Viola apresentou o samba  “Pode ser Ilusão”.

Como talento chama talento, na agência bancária em que trabalhava conheceu o poeta Hermínio Bello de Carvalho. Logo passa a visitar o seu apartamento. Ali, por meio de gravações, conhece o trabalho de Cartola, Zé Kétti, Elton Medeiros e Nelson Cavaquinho.

Logo forma parceria com Hermínio e ambos compõem “Valsa da Solidão” e “Duvide-o-dó”, com a primeira música gravada por Elizete Cardoso.

Nessa época passa a frequentar o famoso restaurante Zicartola, do sambista Cartola e sua esposa, Zica. Passa a se apresentar, tocar suas músicas e de outros autores. Ali, a carreira de bancário começa ficar em segundo plano.

Com um verdadeiro time de feras, integrado por Zé Ketti, Oscar Bigode, Anescar do Salgueiro, Nélson Sargento, Elton Medeiros e Jair do Cavaquinho, Paulinho da Viola forma, em 1965, o grupo A Voz do Morro.

Sob a batuta do diretor musical Luís Bittencourt, eles gravam o disco Roda de Samba. Por causa do sucesso, no mesmo ano, fazem Roda de Samba volume 2, e em 1966 sai A Voz do Morro – Os Sambistas.

Passou a frequentar a Portela, e ali ao cantar o samba “Recado” é incluído na ala de compositores da escola. Em 1966 apresenta o samba enredo “Memórias de um Sargento de Milícias”, que recebe nota máxima dos jurados e a vitória da Portela naquele ano.

Nesse mesmo tempo, encontrou espaço para gravar o musical Rosa de Ouro, lhe rendendo dois discos, além do lançamento de Clementina de Jesus no mundo da música e a gravação do disco Na Madrugada, em parceria com Elton Medeiros pelo selo RGE.

Em 1968 lança seu primeiro disco solo pela gravadora Odeon. E vence, no ano seguinte, o Festival da TV Record com a música “Sinal Fechado”. Também fica em primeiro lugar na Feira de MPB da TV Tupi com o hit “Nada de Novo”. Nessa mesma época lança o samba “Foi um Rio que Passou em Minha Vida”, que tornou-se clássico da MPB.

Após gravar o disco Prisma Luminoso, já consagrado como músico-compositor, Paulinho da Viola reduz a carga de trabalho. Com o rock brasileiro recebendo grande apoio das gravadoras e depois ocorrendo o mesmo com o pagode, em 1986, ele resolve ficar um pouco na sombra.

Neste período teve tempo para trabalhar profundamente sua obra musical. Resultado: em 1989 lança o disco Eu Canto Samba, ganhando quatro troféus do Prêmio Sharp.

Em 1996 grava o álbum Bebadosamba, um dos discos mais aclamados de sua carreira e vira recordista do Prêmio Sharp de 1997. Por causa do sucesso, gravou mais dois discos ao vivo: Bebadosamba e Sinal Aberto, este último em parceria com o violonista Toquinho. Em 2003 lançou o CD Meu Tempo é Hoje, rendendo documentário com o mesmo nome, sob direção de Izabel Jaguaribe.

A obra-prima Coração Leviano
Crítica sutil em plena ditadura militar
Outro samba de primeira linha

O samba que tornou-se clássico da MPB