Reportagens com clipes descrevendo histórias de artistas famosos,
principalmente de intérpretes da Black Music, além de destacar a importância do Blues no Showbiz.
Com sua reverência flagrante para Buddy Holly,
o companheiro texano Bobby Fuller foi um pouco de uma anomalia em meados dos
anos 60. Com sua guitarra Stratocaster e impetuoso, som completo, no seu melhor
Fuller soou como Holly poderia ter sido se estivesse sobrevivido ao acidente
que o matou em 1959.
Ao lançar uma regravação de Holly, "Love's Made a Fool of You" e o Top Ten
"I Fought the Law" chegou ao
mundo da fama, até morrer em circunstâncias misteriosas num carro estacionado
em Hollywood. A polícia imaginou que fosse suicídio.
Neste curto período
Fuller estourou em todos os Estados Unidos, lançando várias canções. Após
gravar vários singles em sua cidade natal de El Paso, no começo da década de
1960, mudou-se para a Califórnia em 1964 e conheceu o produtor Bob Keene, o
mesmo que descobriu Ritchie Valenz e Barry White.
Lançou os hits “Let
Her Dance”, “Another Sad and Lonely Night”, "My True Love,"
"Never to Be Forgotten," "Fool of Love," e "The Magic
Touch." Era um herdeiro digno do Rock & Roll. Caso não tivesse morrido
precocemente iria produzir bons discos, pois era compositor talentosos. Na
década de 1980 muitas canções inéditas deles foram regravadas.
A música de Boyd
Bennett caiu no gosto popular quando o Rock & Roll começava a dar seus
primeiros passos nos Estados Unidos. Atuando como baterista em Nashville e
cantor na banda de Francis Craig, não demorou em chegar à King Records no final
de 1952. Onde lançou o single “Time” no final daquele ano.
Dois anos depois mudou o nome de seu conjunto
de Southlanders para Rockets, mesclando elementos do R&B visando ganhar um
público mais jovem. Coincidentemente isso aconteceu quando Bill Haley refez sua
banda.
No começo de 1955,
Bennett and The Rockets gravou o hit “Seventeen”. A canção estourou nas paradas
Pop da época. Um dos discos mais vendidos da King Records. Na onda, lançou os
singles “My Boy Micro-Top”, além do clássico Rockyabilly “"Seven Nights to
Rock”.
Ao longo de 1957 e
1958 gravaram outros hits, como “Hit That Jive” “School Hop High”, sem grande
êxito. Em 1959 entrou na Mercury Records. Após várias fracassos, percebeu que
estava velho para o público que gostava de Rock & Roll e resolveu se
retirar do palco.
Com o dinheiro ganho
pela canção “Seventeen” tinha comprado três discotecas e virou sócio de uma
emissora de televisão. Dez anos depois abriu uma empresa fabricante de peças
para ar condicionado. Nunca mais voltou ao mundo da música.
Buddy Knox foi o
primeiro artista da era do Rock & Roll a escrever e gravar seu próprio hit ‘Party
Doll” que vendeu milhões de cópias em 1957. Foi pioneiro da Lone Star State
Rockabilly, que depois ganharia o nome de Tex-Mex. Ele antecipou a carreira do
colega do Texas, Buddy Holly. O mais curioso é que as contribuições de Knox
para o Rock ficaram subestimadas.
Nascido Wayne Knox, em 1933, numa fazenda na
periferia de West Texas Town of Happy, durante a Segunda Guerra Mundial sua mãe
e os irmãos eram integrantes de um grupo gospel, embora fosse apaixonado por
Country Music.
No Ensino Médio ele
participou do West Texas State College e como clandestino entrou no grupo vocal
amador Serenaders, que incluía o baixista Jimmy Bowen e o guitarrista Donny
Lanier. Em 1955 o trio ganhou o nome de The Rhythm Orchids por causa das
camisas roxas que usavam nas apresentações.
Depois entrou o baterista Don Mills, nesta
época se aproximaram do Rock. Conheceram a lendária Sun Records, a gravadora
que descobriu Elvis Presley. Aconselhados por Roy Orbison deixaram a produção
do disco nas mãos de Norman Petty, que já havia trabalhado com outras estrelas
deste estilo musical. Porém o baterista Mills sentiu a responsabilidade e
resolveu voltar para a escola. No seu lugar entrou Dave Alldred.
Gravaram os hits: “ Party Doll” e “"I'm
Stickin' With You”. Pegaram 500 cópias dos discos e voltaram para West Texas.
Juntaram uma grana e fundaram a Triple D e prensaram mais 2.500 discos. A irmã
do guitarrista Lanier passou, modelo em Nova York, pegou um dos vinis e
repassou para editora de música Phil Kahl. O hit entrou na recém-formada
Roulette Records.
Ed
Sullivan
Conseguiram vender mais de 1 milhão de cópias,
com o hit “Party Doll”, estourando nas paradas. A canção ficou mais de 23
semanas no topo dos grandes sucessos,
rendendo apresentação no programa de Ed Sullivan, o Silvio Santos dos Estados
Unidos na década de 1950.
A partir dai Knox e
Bowen optaram por carreiras solos, mas usando a banda
The Rhythm Orchids
como grupo de apoio. Em 1957, Knox explodiu com a canção "Rock Your Little
Baby to Sleep”, vendendo mais 1 milhão de discos. A grande jogada é que o som
dele era um Rockabilly mais bonito.
Durante aquele ano ele ocupou o posto de grande estrela do Rock. Em 1958 gravou
os hits “Devil Woman” e "Swingin' Daddy”, seguido de uma regravação de “Somebody
Touched Me”, outro estouro de vendas. A canção "I Think I'm Going to Kill
Myself", que incentiva o suicídio foi proibida em diversas rários, marcou
o último Hot 100.
Taste
of the Blues
Após lançar dois singles para a Roulette, “Taste
of the Blues” (1960) e “Long Lonely Nights”, Knox saiu da gravadora para entrar
na Liberty Records. Ali o produtor Snuff Garret o lapidou mais. Soltou o hit “Lovey
Dovey” em 1961, mas a produção de Garret numa pegada adolescente não rendeu
bons frutos.
Lançou outros
singles: “Ling-Ting- Tong”, “Dear Abby” e “All Time Loser” sem bons resultados.
Saiu para entrar na Reprise Records em 1964. Gravou as canções “"Livin' in
a House Full of Love" e "Love Has Many Ways." Pulou no barco da
United Artists e o produtor Bob Montgomery acertou a mão na música “Gypsy
Man", grande sucesso em 1968.
Mudou para o Canadá e abriu uma boate e
manteve agenda intensa de turnês nas décadas de 1970 e 1980. Em 1999 descobriu
que tinha câncer no pulmão, por causa do vício no cigarro. Quando o mês de
fevereiro daquele ano terminou, Knox já estava na lista dos passageiros que
embarcaram rumo ao além.
Joe e Rose Maphis
foram uma popular dupla de marido e mulher na década de 1940 e 1950, cantando
diversas canções ancorada no talento instrumental de Joe que tocava tudo sobre
cordas, especialmente guitarra dupla.
A
canção “Dim Lights, Thick Smoke (And Loud, Loud Music)” é um dos grandes
sucessos da dupla. Até a morte de Joe, em 1986, ele tocou para diversos
artistas, entre eles Rick Nelson, Tex Ritter e Wanda Jackson.
Maurice White foi um dos fundadores da Earth, Wind & Fire
Luís Alberto Alves
A
Black Music ficou mais pobre no dia 3 de fevereiro: morreu um dos fundadores da
Earth, Wind & Fire, Maurice White. Aos 74 anos, ele já estava afastado dos
palcos por causa do mal de Parkinson. Talentoso, durante várias décadas fez os
arranjos da maioria dos grandes sucessos da banda que tirou do papel em 1968 em
Chicago.
Dois
anos antes, White era baterista da banda Young Holt Unlimited, que estourou nas
paradas de todo o mundo com o hit “Soulful Strut”. Nessa época ele conheceria
Ramsey Lewis, que ao lado de White, mais tarde, escreveria canções e arranjos
de hits que viraram clássicos nos bailes de todo o mundo. Um deles é a balada
de 1975 “Reasons”, onde a bela introdução feita com clarinete a imortalizou.
Nascido em Memphis, terra da inesquecível e
legendária gravadora Stax Records, em 1941, na adolescência mudou-se para
Chicago e ali começou a trabalhar como baterista na Chess Records, quando
conheceu Ramsey Lewis. Num dos hits da Eart, Wind & Fire, gravado em 1979,
o talento de White é exposto na canção “September”, até hoje outro grande
sucesso do grupo.
No palco era difícil não reconhecê-lo, por
causa dos quase 2 metros de altura e a famosa cabeleira estilo black power. Ao
lado do irmão e contrabaixista Verdine White, o vocalista Philip Bailey (a voz
fina do hit “Reasons”), o percussionista e vocalista Ralph Johnson, manteve a
Earth, Wind & Fire no topo.
Mesmo quando a doença o afastou das
apresentações, o trio Verdine, Bailey e Johnson manteve ativo o DNA da banda,
agora com 48 anos de estrada. Com mais de 90 milhões de discos vendidos, seis
prêmios Grammy e espaço assegurado no Rock & Roll Hall of Fame, White pode
descansar em paz. Entrou para a galeria dos grandes artistas da Black Music.
Compacto simples (disco de vinil com 2 músicas) raro de Jorge Benjor, na época assinava Jorge Ben
Último desfile pela escola de samba Vai-Vai em março de 1987, ainda na Avenida Tiradentes
Folheto de divulgação de baile da equipe Tropicália em 1975
Luís Alberto Alves
Com mais de 300 mil
acessos, nestes cinco anos, posso afirmar que esteblog
blackmusicworld.blogspot.com.br é um sucesso. Em visualizações o
Brasil aparece em primeiro com 151.451 acessos, Estados Unidos com 116.258,
Alemanha com 4.759, Portugal com 2.569, Rússia com 2.026, França com 1.129,
China com 855, Reino Unido com 557, México com 374 e Japão com 372. A matéria
que mais chamou a atenção dos meus leitores foi: “A morte gosta de quem faz a
segunda voz”, com 4.444 visualizações, seguida de “Ricky Chayne, o cantor de
Mamy Blue”, com 1.442 acessos.
Mas não cheguei até
aqui ao acaso, existe trabalho de bastidores, como pesquisas e extenso arquivo
de canções que reuni em mais de 35 anos de estrada.
Desde a adolescência
gostei de estudar a história da Black Music. Nenhum segmento musical conseguiu
aglutinar tantos gêneros embaixo do seu imenso guarda-chuva. Dois dos estilos
mais famosos do mundo tiveram influências afro: Rock e Samba!
Na minha curtida juventude aprendi a manejar duas
rudimentares picapes para dar os famosos bailes de garagens, onde muitos namoros
se transformaram em casamentos. Não existia a tecnologia atual. Os efeitos eram
obtidos por meio de disco de vinil. Numa picape ele era acionado, na outra
entrava a canção. Tinha desde canto de passarinho a barulho de turbina de avião
subindo ou o estrondoso ronco das buzinas dos navios chegando ou saindo do
porto.
Para ficar sintonizado nas novidades, pois não existiam
Google, Youtube, Facebook, Orkut, Facebook, ouvia todos os dias a rádio AM
Difusora Jet Music, pertencente aos Diários Associados, dono também da rede de
televisão Tupi. A Difusora fazia programação FM numa época que não existia este
tipo de rádio no Brasil. Ali que garimpava as canções que fariam sucesso nos
bailes, principalmente as músicas lentas, que hoje são denominadas de melodias,
por causa do ritmo vagaroso.
Do salário de Office boy (na época não havia motoboys)
tirava um pouco de dinheiro para comprar os discos de vinil (cada um com 12
canções, seis de cada lado). Quando era raro, o preço subia. É como se pagasse
por um determinado CD, hoje, o equivalente a R$ 500 ou R$ 1.000,00 por causa da
sua preciosidade. Aos poucos comecei montar minha discoteca. Passei a gostar de
Black Music nesta época, por causa do balanço das músicas (os arranjos). O que
elas provocavam quando tocadas em determinados horários.
Discos de vinil raros
Lembro-me que em 1980 comprei o disco de vinil gravado
por Roy Ayers em 1978 pela Polydor Records, onde está a célebre canção “You
Send Me”, composta por Sam Cooke em 1957, desbancando Elvis Presley das paradas
na época. Era importado. Paguei o equivalente a R$ 100 em valores atuais na
loja Museu do Disco, da Rua Dom José Gaspar, quase esquina com a Avenida São
João, Centro de São Paulo. Quando a toquei no baile a primeira vez, de
madrugada, todos começaram a correr atrás das meninas para dançar. Ninguém
queria perder a chance de usar aquele hit para não voltar sozinho para casa.
LP de Vinil de Roy Ayers, onde está a regravação de "You Send Me"
Também me recordo do disco de vinil gravado pela dupla
Peaches and Herb, em 1978, em que a lenta “Reunited” estourou em todo o mundo,
principalmente nos bailes de garagem e salão no Brasil. O comprei na Rua Barão
de Itapetininga, região central de São Paulo. Cada disco tem sua história.
Passei a ser muito requisitado para fazer, inclusive, festa de casamento.
Porque o pessoal sabia que minha coleção de disco fazia a diferença de
madrugada. Conseguia tocar mais de sete horas sem repetir canções.
Em épocas especiais frequentava os bailes promovidos no
salão (hoje demolido, e na época grudado ao Shopping Bourbon, no bairro da
Pompéia, Zona Oeste da Capital paulista) do Palmeiras pela Chic Show e na Casa
de Portugal ou Club Homs pelo pessoal de Os Carlos O Som para Dançar. A Chic
Show, que chegou a ter mais de seis casas de shows em São Paulo nas décadas de
1970 e 1980, seria considerado o time do Barcelona na arte de fazer baile e Os
Carlos, o Som para Dançar, o Santos de Neymar.
Love Island, de Eumir Deodato
Outro disco raro, de 1978, do maestro Eumir Deodato, com a disputada balada "Tahiti Hunt"
Tinham as outras, Zimbabwe, Black Mad, Tranza Negra,
Galotte, Kaskatas, Sideral (que ousou trazer pela primeira vez um cantor
internacional ao Brasil, em 1978), Soul Grand Prix, Jirau, Furacão 2000, essas
últimas do Rio de Janeiro. Mas não portavam com o profissionalismo da Chic Show
e sua imensa coleção de discos, assim como Os Carlos, O Som para Dançar eram
mestres em raridades de samba-rock, numa época que se dançava muito Soul e Funk
(o dos Estados Unidos, sem o rebolado erótico e letras obscenas do atual ritmo
que nada tem de Funk, nem os arranjos musicais).
Disco de vinil de Djavan, com a primeira gravação de "Flor de Liz"
No final da década de 1970 passei a gostar de escola de
samba. Época dos desfiles na Avenida Tiradentes, Centro da Capital paulista. Em
1978 ao assistir a apresentação da Vai-Vai, e mesmo sem som no microfone do
intérprete de samba, ela conseguiu ganhar o título de campeã naquele ano,
deixando em segundo lugar sua arquirrival Camisa Verde e Branco. Dois anos
depois passei a participar dos ensaios e depois dos desfiles até 1987, quando
fui tetracampeão, ainda na Passarela da Avenida Tiradentes. No quinto ano de
Vai-Vai entrei na Ala de Compositores. Antes em 1978 comecei a aprender tocar
violão.
É neste álbum duplo que está a primeira gravação do inesquecível hit "Reasons" de 1975
Conheci ícones do samba, como Geraldo
Filme, com quem aprendi a escrever letras curtas, mas cheia de informações e
melodias gostosas, Osvaldinho da Cuíca, Nadão, Ademir, Paquera, Chapinha, Xoxão
(parceiro de samba enredo e grande talento ignorado pelas gravadoras), Branca
di Neve (antes de gravar seus dois antológicos discos que entraram para a
história do samba-rock no Brasil) e Mário Sérgio, que toca cavaquinho há vários
anos no grupo Fundo de Quintal. Com ele fui incentivado a entrar num
conservatório musical e estudar música clássica. Isto fiz no conservatório
Souza Lima, da Rua José Maria Lisboa, região da Avenida Paulista, em São Paulo.
Parceria de Chubby Cheker e Bobby Ridel de 1962
Acesso ao Gospel
Com esse pessoal aprendi a compor sambas cheio de
balanço, na linha de Tim Maia e Jorge Benjor, cantores que tive a oportunidade
de assistir muitos shows nas décadas de 1970 e 1980. Nessa época era raro se
ouvir samba em rádio FM ou AM, só na época do Carnaval. Nas quadras das
escolas, o pessoal acabava formando rodas de samba e cada um apresentava suas
músicas inéditas. Caia na boca do povo e ali muitos ganhavam dinheiro vendendo
fitas K/7 (avó do CD) de suas músicas.
Segundo e último disco de Branca di Neve, com quem tive prazer de tocar na época de Vai-Vai
Acabei conhecendo um maestro, conhecido como Jacó
Guitarra, responsável pela produção do primeiro disco gravado por Angela Maria
na década de 1950 no Brasil. Ele lecionava no conservatório onde estudava.
Passei a entregar minhas músicas para que escrevesse as partituras. Ainda
na segunda metade da década de 1980 entrei na faculdade de Jornalismo. Em 1990,
quando trabalhava no extinto jornal paulistano Diário Popular, resolvi com
colegas de trabalho, fundar uma banda de carnaval, denominada Banda do Caju,
espécie de Casseta Planeta do asfalto.
Banda de carnaval que mantive até 1996
Escolhíamos um tema político da época e em cima disso a
música era composta. Um delas teve como inspiração as pernas (lindas, diga-se
de passagem) da ex-cunhada do ex-presidente Fernando Collor de Mello, que teve
o mandato cassado em 1992, Thereza Collor. A folia da Banda do Caju durou até
1996.
Cantores evangélicos dos Estados Unidos
Guitarra Ibanez que esteve na maioria dos meus CDs Gospel
Apesar de estar com 35 anos, minha vida pessoal,
profissional e espiritual parecia um carro sem freios numa imensa ladeira. Era
igual o general sem tropa ou perfume sem cheiro. Resolvi me tornar cristão ou
evangélico como se diz atualmente. Passei a perceber que as igrejas
evangélicas, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, investem muito na área
musical. Não deixando nenhum culto sem tocar ou cantar canções, que mais tarde
fui descobrir, eram Blues, Soul e Funk (o legítimo dos Estados Unidos).
Descobri que várias bandas que ouvia na minha
adolescência ou mesmo cantores solo, eram evangélicos nos Estados Unidos, como
Al Green, Philip Bailey (intérprete do hit “Reasons” na banda Earth, Wind And
Fire), Isley Brothers, Commodores (inclusive seu grande vocalista Lionel
Ritchie), Kool and The Gang, James Brown (pasmem), Janis Joplin, Billie Holiday,
Billy Stewart (intérprete da linda “I Do Love You”), Denicie Williams
(pastora), Little Richard, Elvis Presley, George Benson, Cissy Houston (mãe de
Whitney Houston) entre outros.
Ao estudar inglês percebi que diversas letras falavam
do poder de Jesus Cristo em mudar nossas vidas.“The Greatest of the Love All”, de
George Benson, é um exemplo disto.Em
1997 comecei a escrever letras evangélicas, a maioria Blues, Soul ou Funk Music
(o legítimo dos Estados Unidos). Porém, só em 2000 consegui lançar meu primeiro
CD, numa gravadora independente. O acaso acabou responsável por uma grande
amizade profissional com o maestro Isaias AES, dos estúdios Art&Louvor, em
São José dos Campos, SP, Brasil.
Perto do final do ano 2000, meu CD, com 12 canções,
acabou concluído pelo irmão em Cristo, Isaias AES. Em nossas conversas percebi
que ele gostava do estilo Black Music, as pegadas Funk de James Brown, Kool and
The Gang, Bar- Kays, The Gap Band, Billy Stewart e o Blue e Soul de Sam Cooke,
Roy Ayers, Al Green, Linda Clifford, Isley Brothers, GQ, Bobby Womack entre
outros.
“Donna”, namorada de Ritchie Valenz
Dai por diante passou a produzir meus CDS (neste 2013
sai o 8º, em nome de Jesus Cristo). Algumas das faixas desses álbuns coloquei
no youtube, a maioria com a batida e timbre de instrumentos das décadas de 1950
(Blues “Outro Amor”, “Eu Só Quero te Adorar”), de 1960 (Blues “Reflexão”), 1970
(Ska “Jerusalém”), 1980 (Funk “Graças”, “O Futuro a Deus Pertence”, “Não se
Canse de Interceder pela Vida de seu Irmão”), 1990 (Soul “Adoração”, Reggae
instrumental “Eternamente”, RAP “Valeu”).
Em 2008, durante minha passagem pelo jornal
paulistano Metrô News, onde ocupei o cargo de editor-chefe, passei a escrever
às segundas-feiras matérias relativas à música, trazendo ao leitor curiosidades
desse segmento, na maioria das vezes desconhecidas pelos leigos, como exemplo,
informando que Tim Maia foi quem ensinou Erasmo Carlos a tocar violão e que na
adolescência, no bairro da Tijuca, Rio de Janeiro, junto com Roberto Carlos e o
contrabaixista Edson Trindade (autor do hit “Eu Gostava Tanto de Você”),
formaram uma banda conhecida como The Sputinik.
Passava dados como o início da carreira musical do
guitarrista Jimi Hendrix na banda de Black Music The Isley Brothers, na década
de 1960; que a canção “Donna” teve como inspiração a então namorada e grande
amor de Ritchie Valenz, morto num acidente de avião em 3 de fevereiro de 1959,
nos Estados Unidos, quando se dirigia para se apresentar no segundo show
daquela noite de sábado. Também esclarecia que o conjunto The Commodores, em
1968, era a banda de apoio do grupo The Jackson Five, onde brilhava o garotinho
Michael Jackson.
Após quase dois anos no Metrô News resolvi sair da
empresa em fevereiro de 2010. Três meses depois criei este blog e passei a
publicar todos os textos que saiam nas edições de segunda-feira do Metrô News.
A mesma atenção dispensada pelos leitores passou a ocorrer neste blog, com
internautas de todo o mundo acessando meus textos. Alguns de países distantes,
onde talvez nunca possa visitar um dia, como Finlândia, Indonésia, Ilhas Fiji,
Nova Zelândia.
Deixo aqui o meu carinho a todos vocês. Fiquem cientes de que
procuro dar o melhor em minhas pesquisas para escrever e publicar matérias que
valorizem os ricos talentos da Black Music, responsável por mais de 80% dos
estilos existentes no mundo.Comparem:
Jazz+Soul+Blues (Funk), Soul+Calypso+Blues (Reggae),
Blues+Gospel+Jazz (Soul), Blues+Gospel (Sharm), Jazz+Samba (Bossa
Nova), Jazz+Soul+Rock (RAP), Gospel+Blues (Jazz),
Rhythmn´Blues + Country (Rock and Roll), R&B+Hip-Hop (New Jack).
Os irmãos Lawrence e
Lawrencine Collins, ambos nascidos no início da década de 1940, aos 11 e 13
anos de idade já faziam a diferença na Columbia Records e nas emissoras de televisão
dos Estados Unidos. A irmã mais velha Lorrie era a mais sensual, já o menino
tinha muita energia, que despejava na guitarra, que aprendeu rapidamente.
Os dois faziam lindo
dueto em canções campestre, mais tarde mesclando para o Rockabilly, misturando
Black Music. Reverenciado por colecionadores de Rockabilly de todo o mundo,
ambos não eram apenas bons quando adolescentes, mas simplesmente excelentes
artistas para aquela época.