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#BMW - Morre #QuincyJones, o gênio da produção de grandes discos

Luís Alberto Alves/Hourpress

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Ramsey Lewis: A pérola negra do Jazz





Lewis é um do grandes nomes do Jazz nos Estados Unidos

Luís Alberto Alves

 O pianista e compositor Ramsey Lewis é figura importante no Jazz contemporâneo desde o final da década de 1950. Sua marca registrada de reproduzir a música com roupa calorosa, permitindo circular entre o Pop e R&B. Nascido em Chicago em 1935, tomou gosto pela nobre arte ao participar do coro de igreja, ao lado do pai. Começou a apreciar Duke Ellington e Art Tatum.

 Passou a estudar piano aos quatro anos. Com 15 anos entrou no grupo The Cleffs, tocando em festas e bailes. Passou a se interessar pelo som Bebop. Após a saída de vários membros da banda, criou o trio Ramsey Lewis, contando com o baixista Eldee Young e o percussionista Redd Holt.

 O trio virou atração jazzística de Chicago e logo ganharam contrato na Chess Records, lançando o álbum Ramsey Lewis & His Gentlemen of Jazz, em 1956. Durante o passar dos anos gravaram vários disco. A sorte estourou de vez, em 1965, num remake de Dobie Gray, “The In Crowd”, rendendo o primeiro Disco de Ouro e Grammy de Melhor Performance de Jazz.

 No ano de 1966 voltou às paradas Pop com as versões de “Hang on Sloopy” e “Wade in the Water”. Nessa época Young e Holt saíram do trio para formar a banda de sucesso, Young-Holt Unlimited, trazendo Cleveland Eaton no baixo e Maurice White na bateria.

 Na década de 1970 White já tinha seu próprio grupo, Earth, Wind & Fire, cedendo a vaga para Morris Jennings. Lewis continuou gravando na Chess até 1972, depois pulou nos braços da Columbia Records, deixando sua música mais contemporânea.

                                                                    Jazz Fusion

 Curioso nesta história é que Maurice White produziu em 1974 o disco Sun Goddess, experimentando teclados eletrônicos pela primeira vez e vários músicos da Earth, Wind & Fire participando das gravações, resultando num grande sucesso nas paradas de Jazz Fusion.

 Durante os anos de 1970, ele gravaria nesta praia de R&B, mesclando ritmos latinos. Em 1983 entrou no estúdio com Eldee Young e Redd Holt para lançar o disco Reunion. No ano seguinte deu a mão para Nancy Wilson no álbum The Two of Us. Em 1988 teve apoio da Orquestra Philharmonia de Londres para o disco A Classic Encounter. O ano de 1989 trouxe Lewis e Dr. Billy Taylor num dueto de piano.

 Em 1992 entrou na GRP Records, lançando três anos após o álbum Urban Knights, trazendo as estrelas Grover Washington Jr., Earl Klugh e Dave Koz. Em 1997 virou DJ numa rádio popular de Chicago.

 Depois olhou para trás em 2005 visualizando suas raízes na Gospel Music, soltando o CD With One Voice, valendo o Prêmio de Música Stellar Gospel de Melhor Álbum Instrumental Gospel. Dois após foi contratado para escrever ballet jazz para a Joffrey Ballet Company, com o grupo estreando num festival de música de Illinois.


 Escreveu várias peças para orquestra de cordas, destacando o CD Songs from The Heart: Ramsey Plays Ramsey, no primeiro lançamento pela Concord Records. Além do trabalho como cantor, compositor, educador e DJ, ganhou em 2007 o prêmio de Mestre do Jazz Award. Teve a honra de transportar a tocha olímpica, que atravessou Chicago, durante os Jogos de Inverno de 2002.

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Maurice White: O coração e cérebro da Earth, Wind & Fire














Maurice White, fundador da banda Earth, Wind & Fire

Luís Alberto Alves

 Quando se fala de Black Music, principalmente da banda Earth, Wind & Fire, Emotions é impossível deixar de pensar em Maurice White. Cantor, baterista, compositor e produtor foi o fundador dessa superbanda em 1968 com os colegas de escola em Chicago.  Naquela época já participava de gravações  na Chess Records de feras do tipo: Billy Stewart, Ramsey Lewis, Etta James entre outros. Sofrendo com Mal de Parkinson, desde o final da década de 1980, se afastou dos palcos, mas ainda continua na rotina dessa banda, que gosta bastante de música brasileira.

 Ele se mostrou bem afinado nessa praia. Em 47 anos de estrada, a Earth, Wind & Fire ganhou seis Grammys, quatro American Music Awards, mais de 50 Discos de Ouro e Platina, além de colocar 46 singles de R&B nas paradas de sucesso. O tempero para criação desse excelente conjunto teve o dedo do ex-arranjador da Chess, Charles Stepney, também produtor, multi-instrumentista e compositor e incentivador da criação da Kalimba Productions.

 Antes White tinha lançado a banda Salty Peppers ao lado do irmão Verdine White, eterno contrabaixista da Earth, Wind & Fire, com quem gravou “Uh Hun Yeah”b/w “Your Love Is Life” pela Capitol Records. Nascido em Memphis, em 1941, a jogada dele foi criar a Earth Wind & Fire tendo como base tambor e banda de metais de sua cidade natal.

                                                    Reasons

 Aos 27 anos o sonho virou realidade após turnês com Santana, Weather Report e Uriah Heep. Após concerto da Earth, Wind & Fire em Denver, White se reuniu com o vocalista Philip Bailey (a voz aguda do hit “Reasons”). Esse encontro iria mudar a história da Black Music dos Estados Unidos.

 Bailey saiu da faculdade e resolveu abraçar a carreira no showbiz em Los Angeles. Um ano antes, em 1967, Maurice já estava na cidade com o projeto de fundar uma banda de música universal. Era casamento perfeito do falsete de Bailey com o tenor de White. A primeira gravação deles aconteceu com o hit “I Think About Lovin ´You” pela Warner Bros Records, apresentando nos vocais Jessica Cleaves.

 Em 1972 saiu o álbum Last Days and Time. A partir dai a Earth, Wind & Fire começou a ganhar fama de gravações inovadoras e shows emocionantes ao vivo, usando piano flutuante, “desaparecimento” de vocalistas, todas elas manipuladas com Doug Henning. Ganhavam o primeiro Disco de Ouro por causa do estouro nas paradas Pop de 1973.

                                                    Disco de Ouro

 Outra jogada foi regravar o hit “Mighty Mighty”, dos The Clefs, da época de Savoy Records. Mas a canção “Sun Goddess” que marcou a estréia do grupo na Columbia Records em 1974. A faixa-título, lançada como single Ramsey Lewis e Earth, Wind & Fire explodiu nas paradas de R&B de 1975. Era o segundo Disco de Ouro.

 Durante viagem de avião, à noite, olhando as estrelas cercando as montanhas de Caribou Ranch, nasceu o hit “Shinning Star”. Outro sucesso, rendendo Disco Duplo de Platina para o álbum That's the Way of the World, primeiro lugar nas paradas de Black Music da época.

 É de 1975 a gravação da balada “Reasons”. O disco Gratitude vendeu 2 milhões de cópias, imortalizando essa canção na maioria dos bailes de todo o mundo. O solo inicial de clarinete e a voz de Philip Bailey dando show nos agudos marcou esse hit para sempre na história da banda.

                                                 Getaway

 Em 1976 resolveu lançar um álbum espiritual. Lançou os hits “Celebrate”, “Getaway” e “Saturday Nite”. Um dos melhores discos da banda, e ultimo projeto musical de Charles Stepney, que morreu em 17 de maio de 1976 em Chicago aos 43 anos. Ganharam Disco de Platina Duplo, três Grammys. O disco teve arranjos de Tom-Tom Washington e Eumir Deodato. Explodiram as faixas “Serpentine Fire” e “Fantasy”, rendendo o disco The Best of Earth, Wind & Fire, Vol.1, incluindo o remake dos Beatles “Got to Get You in my Life”.

 A canção "I'll Write a Song for You", na voz de Bailey, acabou elogiada pela crítica. Mas em 1978 o single “September” virou outro sucesso eterno da banda, inclusive virando tema principal na novela Boogie Oogie da Rede Globo, em 2014.

 Depois Bailey fez um disco com colegas da Earth, Wind & Fire, em 1979. Ganhou destaque a balada “ Wish You Were Here”, além do single “ Stomp and Shout”. Os amantes de soft Soul Music adoraram. O álbum vendeu 2 milhões de cópias. No final da década de 1970 lançaram outro álbum, trazendo o single “Boogie Wonderland”, com vocais do grupo feminino The Emotions. É desse disco a fenomenal balada “After the Love Is Gone”, outro sucesso eterno da banda, escrita por David  Foster e Allee Willis.

                                                   Powerlight

 A década de 1980 trouxe outros hits: “Let Me Talk”, “You”, “And Love Goes On”. Mas a nitroglicerina foi “Let´s Groove”. Rendendo mais discos de Ouro e Platina. Em 1983 veio o álbum Powerlight e estouro do single “Magnetic”. Em 1984, cansados de ganhar prêmios, White resolveu dar uma pausa no grupo.


 Assinou contrato solo com a Columbia Records, de onde saiu um disco destacando as faixas “"Switch on Your Radio" e a balada "I Need You". Fez o backing vocal para Neil Diamond em 1986 no hit “Headed for the Future”. Em 1987 voltaram lançando o single “System of Survival”. Daí para frente Maurice White investiu num outro selo musical, cuja produção ficou nas mãos da Kalimba Productions, trazendo sucesso de Deniece Williams, The Emotions e DJ Rogers.

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Rachel Taylor Brown: A dama do CD World So Sweet



Rachel cantou em conjuntos clássicos
 Luís Alberto Alves

 Rachel nasceu em Oregon. Cantora, compositora e pianista. Combina música de câmara com Rock, além de apresentar letras excêntricas, abordando assuntos desagradáveis. Aprendeu a tocar piano de ouvido na infância.

 Cantou vários anos em conjuntos clássicos, incluindo Portland Capella Romana, Trinity Consort e Orquestra Barroca Portland. Teve problemas com nervos e ficou oito anos de molho.


 Voltou lançando dois discos em 2001 e 2005. Depois passou a trabalhar com o produtor Jeff Stuart Saltzman. A união gerou CD maravilhosos em 2008, repetindo a dose em 2009. Continuou nesse pique soltando o CD World So Sweet em 2011 e Falimy Arriving em 2014.

Curtiss Maldoon: O cantor que ficou famoso com a canção “Sepheryn”



Maldoon: cantor de um só sucesso

Luís Alberto Alves

 Maldoon ficou famoso pelo álbum lançado em 1971, que teve confusão de nomes. Visto que o disco levava o seu nome na capa. A encrenca era o sobrenome, porque o outro artista assinava também Maldoon, só que Clive.

 Ele tinha criado o duo com Dave Curtiss, mas não havia gostado do resultado. Para retirar as dúvidas ouça o álbum Sepheryn: The Definitive Collection Curtiss Maldoon, que se tornou conhecida como Sepheryn, regravada por Madonna como faixa-título de seu disco de 1998.

 O grande problema é que esse hit está no disco de Curtiss Maldoon de 1971, não no de 1973, como muitos imagina. Daí o motivo de sair a coletânea para resolver o problema desta discografia bagunçada.


Phoebe Snow: A beleza do hit “Poetry Man”



Snow aprendeu tocar piano de ouvido na infância

Luís Alberto Alves

 O showbiz reconhece o talento de Phoebe Snow. Nascida em Nova York, passou a infância em New Jersey, onde estudou piano e depois mudou para o violão na adolescência, quando passou a escrever as primeiras canções.

 Logo superou o medo de subir ao palco. Começou a tocar em clubes de Greenwich Village no começo da década de 1970, aprimorando sua técnica, que às vezes se parece com Folk, Pop, Jazz ou Blues.

 Após assinar contrato na gravadora de Leon Russell, lançou o primeiro disco, destacando o hit “Poetry Man”. Fez bonito nas paradas.

 Para ficar melhor, emendou turnê com Paul Simon, divulgando o hit “Gone at Last”. Em 1976 soltou outro álbum, ganhando Disco de Ouro. Fez diversos trabalhos, mas entrou em marcha lenta na década de 1980, sem entrar nos estúdios durante oito anos.

 Assinou com a Elektra Records e ressurgiu em 1989 com o disco Something Real, seguido de várias aparições nos clubes de Nova York. Gravou diversos jingles para rádio e televisão e só voltou a aparecer em 1994.

 Colocou nas ruas os discos: I Can´t Complain (1998), Natural Wonder (2003) e Live in Woodstock (2008). Teve um AVC e morreu em 2011.


Tim Rose: Canções com pitadas de Blues e Folk Rock



A praia de Tim Rose era Blues e Folk Rock com pitadas de Pop Music

Luís Alberto Alves

 É outro cantor e compositor quase esquecido da década de 1960. Seus primeiros discos tiveram semelhança com Tim Hardin. A praia dele era Blues e Folk Rock trazendo pitadas de Pop Music.

 Antes de iniciar carreira solo, cantou ao lado de Cass Elliott no trio Big Three, antes de juntar forças no The Mamas and the Papas. Entrou na Columbia Records em 1966, soltando o disco de estréia no ano seguinte, incluindo singles lançados antes. Foi sua obra mais significativa.

 Porém duas faixas estouraram: “Hey Joe”, servindo de inspiração a Jimi Hendrix e “Morning Dew”, sua melhor composição, depois regravada por Jeff Beck Group, The Grateful Dead, Clannad e outros.

 Tempos depois saiu a briga: ele ou Bonnie Dobson teriam escrito o hit. Lançou outros álbuns, mas nenhum sem a pegada do primeiro. Morreu em setembro de 2002, quando lançaram CD póstumo  Snowed In, que trazia canções que Rose iria gravar.


Howard Werth: Cérebro da trilha do filme Bronco Bullfrong





Luís Alberto Alves

 Em 1972 Werth compos uma música incidental para o filme Bronco Bullfrog. Poucos antes do fim, o hit acabou gravado por sua banda. Na época ele foi um dos selecionados para a vaga de Jim Morrison nos The Doors.

 Passou os dois anos seguintes no selo King Brilliant, sob produção de Gus Dudgeon. Porém não conseguiu superar a idolatria que tinha ganhado no antigo conjunto. Em 1979 lançou outro disco, trazendo influências dos The Doors. Uma das faixas teve o dedo de Ray Manzarek. Porém sem grande destaque nas paradas de sucesso.


quinta-feira, 21 de maio de 2015

Lesley Duncan: Uma das melhores vocalistas da Inglaterra




Lesley teve várias canções gravadas por artistas de renome

Luís Alberto Alves

 Uma das melhores vocalistas de estúdios da Inglaterra, Lesley Duncan cantou em gravações de Elton John, The Dave Clark Five, Pink Floyd, The Alan Parsons Project, Michael Chapman, e Joyce Everson e na banda sonora de Jesus Cristo Superstar. Suas canções foram incluídas em discos de Elton John, Olivia Newton-John, Long John Baldry.

 Sua estréia no showbiz ocorreu em 1963 com o single “I Want a Steady”, fracasso comercial. Porém sentiu o gosto doce do sucesso seis anos mais tarde, quando Elton John incluiu sua canção “Love Song” no álbum Tumbleweed Connection.


 A fama desse hit o levou à CBS/Columbia Records. Logo gravou o disco Eponymously, produzido pelo marido, o tecladista Jimmy Horowitz. De 1976 a 1986 trabalhou com o produtor Tony Cox na MCA Records.  Em 1979 lançou o disco If I Could Change Your Mind, seguido de Hold on to Love dois anos depois. Nos anos 2000 gravou CDs trazendo canções de cunho ambiental. Morreu em 2010 na ilha de Mull, Escócia, onde vivia com o marido.

Dory Previn: A compositora de The Vallery of the Dolls




Dory ganhou várias indicações ao Oscar

Luís Alberto Alves

 Dory Previn era uma letrista de sucesso para trilha sonora de filmes de cinema durante a década de 1960 e início dos anos de 1970. Ganhou três indicações ao Oscar de Melhor Canção naquela época. Ainda é conhecida pelos seis álbuns que lançou entre 1970 e 1976.

 Recebeu grande influência do pai e teve infância difícil. Na adolescência estudou na Academia Americana de Artes  Dramáticas. Depois trabalhou de dançarina e atriz, até passar a escrever letras de músicas, onde conseguiu arrumar emprego na MGM.

 Conheceu o compositor André Previn, namoraram. Em 1957, com poucos mais de 30 anos lançou o disco The Leprechauns Are Upon Me, acompanhada de Previn e Kenny Burrell na Verve Records. Ela e Previn se casaram em 1959.
 O ano de 1960 marcou por vários trabalhos como letrista de trilhas de filmes, geralmente em parceria com o marido. É desta época o hit "The Faraway Part of Town," na trama estrelada por Judy Garland, nomeada para Oscar de Melhor Canção.

 Escreveram diversos hits independentes, além de canções para discos de Doris Day, Eileen Farrell e Jack Jones. Entraram neste circuito Bobby Darin, Sammy Davis Jr., Eddie Fisher. Em 1964 Tony Bennett gravou deles o hit “So Long, Big Time!”

  Mesmo sofrendo dos nervos prosseguiu trabalhando, usando o nome de casada, Dory Previn, pela primeira vez. É quando Frank Sinatra grava “You're Gonna Hear from Me” em 1965. Nessa mesma época o casal escreveu cinco hits para o Vale das Bonecas. The Vallery of the Dolls passou seis meses nas paradas e Dionne Warmick faturou com a gravação da canção tema.

 No final da década de 1960, André Previn passou a compor canções para orquestras e a esposa virou atriz.  O problema é que ele engravidou Mia Farrow e o casamento chegou ao fim. Dory aproveitou para compor a música "Beware of Young Girls." Magoada voltou a escrever trilhas sonoras, num estilo mais introspectivo, como o hit "Come Saturday Morning" . Ganhou a terceira indicação ao Oscar.

 Entrou numa gravadora criada por executivo que saiu da Capital Records, Alan Livingston. Lançou o primeiro álbum após 13 anos, On My Way to Where. Vendeu 25 mil cópias e as letras foram publicidas num livro em 1971. Depois o selo acabou vendido para a United Artists Records, que reeditou seus discos.
 Em 1973 pisou no palco do Carnegie Hall, onde depois lançou disco a vivo, Live at Carnegie Hall. Pulou no barco da Warner Bros Records, onde soltou três discos.

 Na década de 1980 não foi muito ouvida. A partir dos anos 2000 virou ambientalista, mas teve diversos problemas de saúde, inclusive quase perdeu a visão. O CD The Art of Dory Previn saiu em 2008, trazendo suas canções desde a década de 1970. Em fevereiro de 2012 partiu para sempre desta vida na sua fazenda em Massachusetts.


quarta-feira, 20 de maio de 2015

Laura Nyro: A musa do Festival Pop de Monterey


Laura foi uma das cantoras mais originais da Pop Music


Luís Alberto Alves

 Laura Nyro foi uma das cantoras mais originais da Pop Music, além de compositora brilhante e inovadora. Suas canções fizeram muito sucesso comercial nas mãos de outros artistas. Quando resolve cantar, deixa fluir a fusão alquímica de Gospel, Soul, Folk e Jazz.

 Filha de um trompetista de Jazz, compôs as primeiras canções aos 8 anos de idade. Estudou na Escola Superior de Música e Arte de Manhattan. Ali passou a conhecer os clubes da região, influenciada por Bob Dylan e John Coltrane.

 Em 1967 gravou o primeiro disco. Fracasso comercial, mas fonte de inspiração para outros artistas. A banda The Fifth Dimension bebeu nessa fonte para lançar a canção “Wedding Bell Blues” e  “Blowin' Away,” Barbra Streisand repetiu a dose com “Stoney End” e Blood, Sweat & Tears com "And When I Die."

 Em 1967 deu as caras no Festival Pop de Monterry, onde caiu nas graças da multidão. Foi tão impactante o desempenho que o agente David Geffen virou seu empresário. Entrou na Nyro Columbia. Gravou um disco e fez sucesso, cantando músicas de outros artistas.

 Na década de 1970 explorou bastante a Soul Music em suas gravações. É dessa época o disco "Beads of Sweat". O divisor de águas foi o álbum Gonna Take a Miracle, gravado com Labelle e a lendária equipe de produção de Gamble & Huff.

 Aos 24 anos resolveu se aposentar. Casou, cortou relações com o showbiz e mudou para uma comunidade rural na Nova Inglaterra. Quatro depois veio o divórcio e ela ressurgiu com o disco Smille e uma turnê que resultou no disco ao vivo Season of Lights. Mas o tempo longe da música prejudicou a carreira. Baixas vendas a fez se afastar no mundo do showbiz.

 Em 1984 retornou. Esperou mais de cinco anos para lançar outro disco, Live at The Bottom Line, gravado no lendário clube de Nova York, Walk the Dog & Light the Light. Era a primeira coleção de material novo após quase dez anos. Ficou no auge quatro anos até morrer de câncer em abril de 1997. Em 2001 saiu um álbum póstumo, Angel in The Dark.